O ESTÁGIO SUPERVISIONADO NO CURSO DE LICENCIATURA EM LÍNGUA INGLESA EM UMA INSTIUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR NA CIDADE DE PARANAGUÁ.



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Transcrição:

O ESTÁGIO SUPERVISIONADO NO CURSO DE LICENCIATURA EM LÍNGUA INGLESA EM UMA INSTIUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR NA CIDADE DE PARANAGUÁ. Resumo XAVIER Jean Paulo Bernardo Eixo Temático: Formação de Professores Este estudo pretende demonstrar a importância e a contribuição da disciplina de Estágio Supervisionado para a formação do professor de Língua Inglesa.Ao participar de uma organização escolar em situações cotidianas, o aluno terá a possibilidade de avaliar planos ou programas, testar ou aplicar modelos e instrumentos, construindo e ou ampliando seus conhecimentos teórico-práticos. Assim entendido, o estágio aponta a situação ideal para a formação do professor, possibilitando-lhe conhecer e interagir com a diversidade de seu campo de atuação. Os objetivos e as finalidades do estágio supervisionado nem sempre são compreendidos pelos acadêmicos do curso. A dicotomia teoria prática é ainda assunto bastante complexo. O Estágio Curricular Supervisionado mais do que uma experiência prática vivida pelo acadêmico, é uma oportunidade para a reflexão sobre os saberes trabalhados durante o curso de graduação. Essa pesquisa está sendo realizada em uma Faculdade Estadual, localizada na cidade de Paranaguá, Estado do Paraná. Essa instituição é responsável pela formação da maioria dos professores de Língua Inglesa que ministram aulas na rede estadual de ensino da referida cidade. O lócus desse trabalho será apresentar como a disciplina de estágio supervisionado é ministrada, focando-se a contribuição desta para a formação do professor de Língua Inglesa. As fontes dessa pesquisa são os documentos contidos na instituição sobre a disciplina Prática de Ensino e Estágio Supervisionado. Serão efetuadas entrevistas com os professores da disciplina de Prática de Ensino e Estágio Supervisionado, questionários serão distribuídos aos professores de língua inglesa da rede estadual da cidade de Paranaguá licenciados na instituição. Essa pesquisa encontra-se em andamento e outras considerações e reflexões sobre a problemática poderão ainda ampliar o universo estudado. Os autores que contribuem com esse estudo são: Pimenta (2001), Pimenta & Lima (2004), Pimenta & Gonçalves(1990),Fazenda(2006), entre outros. Palavras - chave: Prática pedagógica. Formação de professores. Estágio supervisionado. O estágio supervisionado. O Estágio Curricular Supervisionado num curso de licenciatura consiste em um processo planejado, visando à integração entre conhecimentos práticos e conhecimentos

2672 teóricos que complementem a formação acadêmica do aluno. O estágio supervisionado poderá realizar-se em instituições públicas ou privadas de ensino e constitui-se de atividades de aprendizagem social, profissional e cultural, proporcionadas ao estudante pela participação em situações reais de vida e de trabalho. (PIMENTA E LIMA, 2008). O estágio compreende atividades entre elas a de observação, que é o momento em que o estagiário observa a prática pedagógica de professores já formados e que atuam na rede de ensino pública ou privada, atividades de participação e regência, quando o acadêmico atua em sala de aula juntamente com o professor, desenvolve algumas atividades e/ou ministra aulas escolas com base no planejamento previamente elaborado. Essas práticas têm como objetivo contextualizar as áreas e os eixos de formação curricular, associando teoria e prática e destinam-se à iniciação profissional como um saber fazer que busca orientar-se por teorias de ensino-aprendizagem para responder às demandas colocadas pela prática pedagógica à qual se dirige. Segundo Pimenta e Lima, os currículos de formação de professores têm se constituído em um aglomerado de disciplinas isoladas entre si, sem qualquer explicação de seus nexos com a realidade que lhes deu origem. (2008, p. 33). Ainda de acordo com as mesmas autoras há algumas questões de suma importância, que devem ser levantadas, tais como: que profissionais se quer formar? O que significa ser um profissional? Quais os nexos com o conhecimento produzido e em produção? Estas questões que na maioria das vezes não são contempladas nos programas das disciplinas, nos conteúdos selecionados, na elaboração dos objetivos e na metodologia adotada. O exercício de qualquer profissão envolve a prática, no sentido de que se terá que aprender a fazer algo, tomar uma decisão ou realizar uma ação. Pode-se aprender uma profissão sob a perspectiva da imitação daquilo que será reproduzido, reelaborado e baseado nos modelos observados que serão considerados bons. O estágio, sob essa ótica, reduz-se então a observar os professores em aula e imitar esses modelos, sem proceder uma análise crítica fundamentada teoricamente e legitimada na realidade social em que ela se processa. (PIMENTA E LIMA, 2008, p. 36). Nessa perspectiva, o contato com a escola, através do estágio, é realizado sem um estudo prévio da realidade, do contexto escolar. O aluno estagiário apenas observa as aulas e, espera-se dele, através dessa observação, a elaboração e a execução de possíveis aulas segundo o modelo observado. Na maioria dos casos os estagiários não conhecem o conteúdo que estará sendo trabalhado pelo professor regente, não

2673 têm idéia alguma sobre o rendimento intelectual do grupo ou série na qual assistem as aulas. Esses fatores podem tornar o estágio uma atividade desmotivadora e improdutiva para os acadêmicos dos cursos de licenciatura. Assim, o profissional fica reduzido a prática não necessitando dominar os conhecimentos científicos, mas apenas as rotinas de intervenção técnica derivadas da prática. Para Pimenta e Lima (2008), nesta perspectiva a atividade de estágio fica reduzida à hora da prática ao como fazer, às técnicas a serem empregadas em sala de aula, ao desenvolvimento de habilidades específicas do manejo de classe, ao preenchimento de fichas de observação, diagramas e fluxogramas. A perspectiva técnica do estágio gera um distanciamento da vida e do trabalho concreto que ocorre nas escolas, pois as disciplinas que compõe os cursos de formação não estabelecem os nexos entre os conteúdos ou teorias que desenvolvem e a realidade nas quais o ensino ocorre. Essa forma de estágio de observação restringe os acadêmicos dos cursos de licenciatura a apenas captar, os desvios e falhas da escola, dos professores, dos diretores, pois os estagiários apenas preenchiam fichas anotando as falhas ocorridas e rotulavam as instituições e os profissionais que nela atuavam. Tal forma de estágio gerou conflitos e aumentou ainda mais o distanciamento entre a universidade e a escola, que, muitas vezes, recusava-se a receber os estagiários das instituições de ensino superior. (PIMENTA E LIMA, 2008, p. 40). O papel das teorias é iluminar e oferecer instrumentos e esquemas para análise e investigação que permitam questionar as práticas institucionalizadas e as ações dos sujeitos e também colocá-las em questionamento, pois as teorias são explicações sempre provisórias da realidade. O estágio dever ser um eixo em torno do qual todas as disciplinas do curso devem girar e não apenas aquelas denominadas de práticas. Em um curso de formação as disciplinas, tanto as de fundamentos como as didáticas, devem contribuir com a finalidade de formar professores a partir da análise, da crítica e da proposição de novas maneiras de fazer educação.(pimenta E LIMA, 2008, p. 44) Pimenta e Gonçalves (1990) consideram que o estágio tem como finalidade aproximar o aluno da realidade na qual atuará. Assim, nesta ótica, o estágio se afasta da compreensão de que seria a parte prática do curso. Ainda para as mesmas autoras deve-se buscar uma nova

2674 postura e uma re-definição do estágio, que deve caminhar para a reflexão, a partir da realidade. É no contexto da sala de aula, da escola, do sistema de ensino que a práxis de dá. A teoria deve também é oferecer aos professores perspectivas de análise para compreender os contextos históricos, sociais e culturais, organizacionais e de si mesmos como profissionais, nos quais se dá sua atividade docente, para neles intervir, transformando-os. Reportando-se a história da educação brasileira sabe-se que as tendências educacionais, desde a implementação das Escolas Normais no Período Imperial, até a segunda metade do século XX, demonstraram oferecer um ensino profissional incipiente. Somente a partir de 1968, os estudos na Escola Normal voltaram-se para as disciplinas profissionalizantes, com estágios de observação e práticas em escolas primárias, aspecto do qual dependeria o certificado de conclusão do curso. As modificações instauradas no sistema educacional pela Lei 5.692/71, que estabelecia a qualificação obrigatória, reservavam à disciplina didática a tarefa exclusiva de aproximação da realidade da sala de aula. Conforme o parecer nº 349/72 do conselho federal de educação, a Didática compreenderá estudos relativos à Metodologia de Ensino sob os aspectos de Planejamento, de execução do ato docente discente e verificação de aprendizagem, conduzindo à Prática de Ensino (...) Deverá ainda apreender técnicas explicatórias que lhe permitem identificar e dimensionar os recursos comunitários, bem como estagiar em instituições que desenvolvam atividades relacionadas com sua futura habilitação. Poderá ser anterior, concomitante e posteriormente à Didática, embora não haja dúvidas de que a concomitância tem vantagens sobre as outras duas, por manter praticamente indissociáveis a teoria e a prática - o que se deve fazer e o que realmente se faz. (BRASIL, 1972). Entretanto, o ideário educacional em torno do Estágio Supervisionado ligou-se a um momento histórico em que se acreditava que esta atividade fosse concebida como um espaço privilegiado na luta para a melhoria na formação de professores bem como para a melhoria da qualidade do sistema de ensino. (FAZENDA, 2006. p.18). Porém que respaldo teórico teriam os alunos do curso para discutir a questão da qualidade de ensino, uma vez que a disciplina de Didática não contextualizava seus estudos na escola brasileira? De acordo com Fazenda(2006), alguns autores (Saviani, 1983; Libâneo, 1983,1985; Martins, 1989; Veiga, 1989) que estudaram as tendências da prática dos professores ou as

2675 correntes e abordagens de ensino e da Pedagogia destacaram o predomínio ora de pressupostos teóricos políticos e ideológicos; ora de concepções diferenciadas de mundo, escola, prática docente(fazenda, 2006, p.19). De maneira geral, essas análises da pedagogia indicam sempre a importação de ideais e técnicas nascidas em outras realidades, em outras áreas do conhecimento e, portanto, com interessem necessidades e finalidades também diferentes da realidade observada nas salas de aula da escola brasileira. (FAZENDA, 2006. p. 19). Deve-se destacar que a preocupação com a Prática de Ensino iniciou-se na década de 1930, com a criação dos cursos superiores de Licenciatura. Com relação ao estágio curricular, a mesma preocupação iniciou-se somente a partir da reforma universitária institucionalizada pela lei 5.540/68. Para o terceiro grau, a disciplina de Prática de Ensino tornou-se parte do mínimo curricular dos cursos de Licenciatura, sob a forma de Estágio Supervisionado com a resolução de nº 9, anexa ao parecer 672/69 do CFE. (FAZENDA, 2006. p. 17,18). O Parecer CFE 672/69, de 4/9/69, conduz à Resolução 9/69 de 10/10/69. Este parecer reexamina o Parecer 292/62 no qual se teve a fixação das matérias pedagógicas da licenciatura, especialmente com relação ao tempo de duração da formação pedagógica no âmbito de cada licenciatura. A Resolução 9/69, de 10/10/1969, fixava a formação pedagógica em 1/8 das horas obrigatórias de trabalho de cada licenciatura voltada para o ensino de 2º grau. (BRASIL, 1969). Como componente curricular o estágio pode não oferecer uma completa preparação para o magistério, mas possibilita que os alunos do curso de licenciatura trabalhem e discutam algumas questões básicas e fundamentais para o exercício do magistério: o sentido da profissão, o que é ser professor na sociedade em que vivemos, como ser professor, a escola concreta, a realidade dos alunos, do professores e do próprio sistema educacional. A obrigatoriedade legal do estágio e o cumprimento de sua respectiva carga horária obrigatória, que sofreu, através da Lei de Diretrizes e Bases n 9.394, um aumento considerável de 300 para 800 horas, tem sido uma das preocupações dos cursos de licenciaturas e formação docente.(basil,1996). Porém, o estágio continua sendo uma atividade terminal dos cursos de formação, pois as próprias condições de trabalho dos decentes nas universidades, dificultam sua implementação.é importante que haja um grande comprometimento dos professores da disciplina de estágio supervisionado e dos alunos do curso de licenciatura quanto ao estágio, que precisa ser visto como um campo de

2676 conhecimentos necessários ao processo de formação do professor nos cursos de licenciatura. (PIMENTA E LIMA, 2008, P. 101). De acordo com PIMENTA E LIMA, a fragmentação do estágio impede ou dificulta a visão da vida escolar e do ensino como um todo, do sistema de ensino e de educação, tornado quase sempre essa prática curricular insuficiente para a compreensão das debilidades e mesmo para a projeção de alternativas se superação destas. (2008, p. 1011-102). Assim, os estágios, acabam configurando-se em atividades distantes da realidade concreta das escolas, resumindo-se muitas vezes, a mini-aulas na própria universidade para os colegas de turma e em palestras proferidas por profissionais convidados. A falta de intencionalidade, objetivos e reflexão sobre a importância do estágio para as formação docente acaba por transformá-lo em uma atividade meramente instrumental, desvinculada do projeto pedagógico do curso de licenciatura. Para Pimenta e Lima (2008), a base formativa dos professores baseia-se em conhecimentos teóricos e metodológicos que os permitam compreender a escola, os sistemas de ensino e as políticas educacionais. O estágio tem como objetivo preparar o futuro professor para a realização de atividades nas escolas, com os professores nas salas de aula, bem como para o exercício de análise, avaliação e critica dos desafios que a realidade escolar revela. Para Pimenta e Lima, o estágio como reflexão da práxis, possibilita aos alunos que ainda não lecionam aprender com aqueles que já possuem alguma experiência no magistério. Ainda para as mesmas autoras, cabe então questionar até que ponto o estagiário tem elementos teóricos para construir uma reflexão crítica sobre a atividade do estágio? Como as reflexões feitas com o professor da disciplina de estágio e com os discentes do curso de licenciatura podem ultrapassar os limites do senso comum pedagógico e do meramente observável? (PIMENTA & LIMA, 2008, p. 103). O primeiro impacto enfrentado pelo estagiário são as contradições entre o escrito e o vivido, o dito pelos especialistas em seus discursos, as teorias, a fundamentação teórica e o que realmente acontece no interior das escolas, ou seja, a dissociação teoria - prática. Realidade esta que nem sempre é conhecida pelo próprio professor da disciplina de estágio que, na maioria das vezes, leciona apenas na universidade onde iniciou como docente há

2677 muito tempo, ou mesmo tendo lecionado no ensino formal de primeiro e segundo graus, dele afastou-se já há longo período. Pimenta e Lima (2008) apontam alguns problemas observados por alunos estagiários: a falta de organização, de recursos materiais, de integração entre a escola e os estagiários, indisciplina e violência. O distanciamento entre a universidade e a escola é um dos pontos também enfatizado pelas autoras. É importante salientar que o estagiário poderá se deparar com alguns, ou mesmo muitos professores insatisfeitos com suas carreiras, com o trabalho que desenvolvem, com o contexto sócio-econômico, com suas próprias vidas e que, por certo, tentarão induzir o estagiário a desistir da carreira que está iniciando. (PIMENTA & LIMA, 2008, p. 104). O aluno estagiário nem sempre compreende a dinâmica do estágio e de sua presença na escola e esse fato dificulta a superação das dificuldades que por certo surgirão no decorrer do processo de realização do estágio supervisionado. Para Pimenta e Lima (2008), quanto mais claros forem os fundamentos, a natureza e os objetivos do estágio, suas possibilidades e limites curriculares, mais fácil será a compreensão do processo. (PIMENTA & LIMA, 2008, p. 105). O estágio supervisionado no curso de licenciatura em Língua Inglesa em uma instituição de ensino superior na cidade de Paranaguá. O Estágio Supervisionado em Língua Inglesa no curso de licenciatura em Letras Anglo e respectivas literaturas da faculdade pesquisada é realizado nos últimos ano do curso, ou seja no terceiro e no quarto ano, de acordo com a matriz curricular aprovada no ano de 1997 pelo processo nº 718/97 e que dispõe as disciplinas do curso até os dias atuais. Durante o terceiro ano do curso de licenciatura os alunos realizam o estágio supervisionado em Língua Inglesa no Ensino Fundamental e no decorrer do quarto ano de curso os discentes realizam o estágio supervisionado em Língua Inglesa no Ensino Médio. O estágio é dividido em Estágio de Observação, Estágio de Participação e Regência de classe, assim distribuídos: 10 aulas de Estágio de observação, 10 aulas de Estágio de Participação e Regência em sala de aula e nas escolas, que será realizada no segundo semestre. Para que se possa conhecer a visão dos acadêmicos sobre o estágio, valemo-nos dos Relatórios de Estágios de alunos que concluíram sua graduação nos anos de 1998 a 2000 e de

2678 2006 a 2007. O número total de relatórios analisados foi de dezenove assim divididos conforme o ano de sua realização:1998 01 relatório, 1999 01 relatório, 2000 04 relatórios, 2006 03 relatórios e 2007 10 relatórios. Após a realização do estágio curricular de observação, onde o estagiário observa a prática pedagógica de professores já formados e que atuam na rede de ensino pública ou privada, os alunos apresentam ao professor orientador um relatório organizado em forma de pasta relatório, que é assim composta: Folha de presença: Nela o aluno registra a data, o horário de início da aula observada, o nome do professor que a ministrou por extenso com sua respectiva assinatura. Relatório do estágio de observação em sala de aula: Neste documento o aluno registra o que observou nas aulas dos professores regentes do Ensino Fundamental e Médio. Aqui o aluno deve ser descritivo e analítico. Plano de Aula: O acadêmico se utiliza deste documento para elaborar sua(s) aula(s) prática(s). O referido documento compõe-se dos seguintes itens: objetivos, conteúdos, tópicos de gramática, novo vocabulário, habilidades lingüísticas, procedimentos metodológicos, recursos, desenvolvimento, avaliação e referencias utilizadas. No que diz respeito à avaliação do processo de estágio, o mesmo é composto por três etapas representadas por três tipos de fichas ou relatórios de avaliação: Ficha de avaliação de aulas práticas (observação e regência de classe): Esse documento solicita que os alunos respondam com absoluta sinceridade questões que dizem respeito a aula assistida. As questões contemplam os seguintes itens: objetivos, conteúdos, planejamento uso do quando de giz e de recursos didáticos, motivação por parte dos alunos, andamento da aula, qualidades pessoais do professor, avaliação, pontos positivos e pontos que poderiam ser melhorados de acordo com a opinião do aluno estagiário obervador. Ficha de auto-avaliação (após as aulas de regência): Esta ficha é preenchida pelo aluno após a realização de sua aula de regência e contempla os seguintes itens: o propósito da aula, o envolvimento dos alunos, os objetivos atingidos, as mudanças que poderiam ser realizadas em caso de uma reapresentação da mesma aula, a utilização do conteúdo ensinado por parte

2679 dos alunos e quais itens o aluno estagiário ministrante mais gostou em sua aula (os alunos, o conteúdo, a metodologia ou suas própria atuação). Ficha de auto-avaliação final: Este documento encerra o processo avaliativo da disciplina de estágio supervisionado e nela o discente deve justificar seu ponto de vista. O documento apresenta as seguintes perguntas: Você gostou de trabalhar com alunos do Ensino Fundamental / Ensino Médio, quais os benefícios a regência e as discussões em sala lhe trouxeram, quais as dificuldades encontradas durante a direção de classe, cite algumas experiências que poderão ajudá-lo(a) nas futuras atividades docentes, que sugestões você apresentaria em relação às orientações recebidas nas aulas de Metodologia de /ensino e Estágio Supervisionado, você pretende exercer as profissão de professor, quais as qualidades indispensáveis para o profissionalismo docente, você se considera detentor das qualidades necessárias ao professor competente, após sua experiência como estagiário, julga-se preparado para assumir o magistério. De acordo com relatos de acadêmicos, contidos nos relatórios de estágio supervisionado, o estágio tem por objetivos: melhorar a habilidade do aluno quanto ao ensino de Língua Inglesa; fazer com que o acadêmico reflita sobre sua escolha profissional; oportunizar ao graduando a possibilidade de perceber como a escola funciona na prática e como os professores gerenciam e trabalham com as dificuldades pertinentes ao dia-a-dia da escola; fazer com que o futuro professor treine e desenvolva suas habilidades quanto a prática pedagógica; relatar as experiências presenciadas nas escolas, tendo como foco a situação real do educando e da educação e seu contexto histórico ; demonstrar os aspectos gerais, tanto positivos como negativos, fazendo com que o aluno formando possa refletir sobre possíveis mudanças que se fazem necessárias objetivando sempre a melhoria da qualidade na formação profissional. (Relatórios de Estágio alunos egressos da Instituição de ensino superior pesquisada nos anos de 1998 a 2000). Ainda de acordo com alguns formandos o estágio supervisionado é útil pois provoca nos mesmos uma possível reflexão sobre a educação e a prática pedagógica do professor de Língua Estrangeira, gerando um pensamento crítico de sua futura prática e consciência quanto a importância do estudo e da formação contínua. (Relatórios de Estágio alunos egressos da Instituição de ensino superior pesquisada nos anos de 2006 e 2007). Considerações finais.

2680 Através dos relatos e experiências descritas pelos acadêmicos nos relatórios de estágios analisados, observa-se uma repetição de estratégias de observação e simples anotações do que os professores realizam ou realizavam em suas aulas. Percebe-se, quando recebemos os alunos estagiários nas instituições de ensino fundamental e médio nas quais trabalhamos, que há um desinteresse demonstrado pelos próprios alunos, pois muitos acreditam que o estágio tem como único objetivo o cumprimento das horas estabelecidas e muitos acadêmicos apenas solicitam as assinaturas nas folhas de presença. Esse fato torna claro que os discentes não têm clareza quanto ao objetivo do próprio estágio Em entrevista já realizada com um dos professores da disciplina de estágio supervisionado, o mesmo relatou que se realiza uma discussão entre os acadêmicos, no sentido de compartilhar o aprendizado e as experiências obtidas através do estágio. Porém essa discussão não é levada ao departamento do curso de letras para que novos rumos e possibilidades venham a ser implementadas. A prática, como descreveu Prado (2004) deve ser entendida como o desenvolvimento das ações realizadas naquele momento, sempre pautada por uma teoria. Essas ações estarão presentes nos cursos de formação de professores e nos estágios curriculares. A correlação entre teoria e prática será um movimento contínuo entre saber e fazer na busca de significados na gestão, administração e resolução de situações próprias do ambiente da educação escolar. E o estágio curricular supervisionado, ainda segundo a mesma autora, será o tempo de aprendizagem que, por meio de um período de permanência, alguém se demora em algum lugar para aprender a prática do mesmo e depois poder exercer uma profissão. É a observação do trabalho do profissional que possibilita o estágio de observação. A denominação estágio curricular supervisionado explica-se pela supervisão do profissional experiente que assiste ao estagiário, nos estágios de observação, participação e regência, e contribui com a ampliação do conhecimento sobre a aplicação dos meios didáticos mais indicados a determinadas situações. Essa supervisão compreende o enriquecimento da futura prática do professor, que é um dos pontos da lista de hipóteses a serem verificadas. Como esta pesquisa ainda encontra-se em andamento várias novas hipóteses poderão surgir e alterar as considerações prévias da análise. Referências. BRASIL. Parecer do Conselho Federal de Educação n.º 292/62. Estabelece a carga horária das matérias de formação pedagógica.

2681. Parecer do Conselho Federal de Educação n.º 52/65. Fixa critérios para a duração dos cursos superiores.. Parecer do Conselho Federal de Educação n.º 349/725. Fixa critérios para o exercício do magistério de 1º e 2º graus.. Parecer do Conselho Federal de Educação n.º 672/69. Estabelece a duração e a carga horária dos cursos de Formação de Professores da Educação Básica, em nível superior, curso de licenciatura, de graduação plena. Parecer do Conselho Federal de Educação n.º 581/76. Fixa critérios para o ensino de língua estrangeira.. Lei nº. 4.024/61. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira.. Lei nº. 5.540/68. Fixa normas de organização e funcionamento do ensino superior.. Lei n 5.692/71. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira.. Lei n 9.394/96. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira. FAZENDA, I.C.A. A prática de ensino e o estágio supervisionado. 12. Ed. São Paulo: Papirus, 2006. GONÇALVES, C. L; PIMENTA, S.G. Revendo o ensino de 2º grau, propondo a formação do professor. São Paulo: Cortez, 1990. LUDKE, Menga & ANDRÉ, Marli E. D. Pesquisa em educação: abordagens qualitativas. São Paulo: EPU, 1988. PIMENTA, Selma G. O Estágio na Formação de Professores: unidade teoria e prática? 4. ed. São Paulo: Cortez, 2001. & LIMA, Maria do Socorro L. Estágio e Docência. São Paulo: Cortez, 2008. PRADO, Eliane M. As práticas dos professores de História nas escolas estaduais paulistas nas décadas de 1970 e 1980. São Paulo. Tese (Doutorado). PEPG Educação: História, Política, Sociedade. Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, 2004.