AVALIAÇÃO DE DANO MECÂNICO E QUALIDADE DE SEMENTES EM FUNÇÃO DO HORÁRIO DE COLHEITA DA CULTURA DA SOJA

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Transcrição:

INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL DO ALTO URUGUAI FACULDADES IDEAU AVALIAÇÃO DE DANO MECÂNICO E QUALIDADE DE SEMENTES EM FUNÇÃO DO HORÁRIO DE COLHEITA DA CULTURA DA SOJA CONFORTIN, Renan¹; renanconfortin@hotmail.com DEMBOSKI, Jonatan¹; jonatandemboski@hotmail.com DEVENS, Igor¹; devensigor51@yahoo.com FAVERO, Larissa¹; lari.favero@hotmail.com GUZZO, Carlos¹; ce.guzzo@gmail.com ALMEIDA, Mauro Antonio² mauroalmeida@ideau.com.br CAMILLO, Maristela Fiess²; maristelacamilo@ideau.com.br MEIRELLES, Ronaldo Bernardon²; agronomia@ideau.com.br OLIVEIRA, Franciele de ²; francieleoliveira@ideau.com.br PIEROZAN, Morgana K.²; morganapierozan@ideau.com.br SEXTO, Paloma Alves da Silva² palomasexto@ideau.com.br URIO, Elisandra A.²; elisandra-urio@ideau.com.br WEIPPERT, Rosângela M.²; rosangelaw@ideau.com.br ¹ Discentes do Curso de Agronomia, Nível VII 2016/1- Faculdade IDEAU Getúlio Vargas/RS. ² Docentes do Curso de Agronomia, Nível VII 2016/1 - Faculdade IDEAU Getúlio Vargas/RS. RESUMO: O Brasil vem aumentando ano a ano a produção de soja, oleaginosa amplamente utilizada como fonte de proteína vegetal, altamente consumida no mundo. O principal insumo para a produção de soja é a sua própria semente. Diante disso se conduziu um estudo objetivando descobrir qual o melhor horário para colheita de soja para produção da semente. Durante a colheita, foram realizadas 5 coletas em diferentes horários do dia, no município de Getúlio Vargas RS. Para a analise da qualidade foram analisadas germinação, com teste no papel germitest; viabilidade, deterioração por umidade, danos de percevejo, com teste de tetrazólio; dano mecânico e sementes quebradas com teste de hipoclorito de sódio. A analise dos dados mostrou que as sementes colhidas nos horários de 20:00 e 21:00 horas obtiveram melhor viabilidade, em virtude de menor deterioração por umidade, porém obtiveram maior percentual de sementes quebradas devido ao menor teor de umidade dos grãos. Os danos causados por percevejos foram muitos severos, ocasionando perdas de qualidade à semente. Germinação e dano mecânico não sofreram alterações. De um modo geral, pode-se dizer que o melhor horário para a colheita é entre as 20:00 e 21:00 horas devido a melhor qualidade das sementes, e para solucionar o

problema de sementes quebradas deve-se realizar um melhor ajuste na colhedora. Além disso, deve-se ter uma atenção especial para o controle de percevejo. Palavras-chave: colhedora, germinação, germitest, produção e tetrazólio ABSTRACT: Brazilian soybean production has increased year by year. As an oilseed, it has been broadly used as source of vegetable protein, highly consumed all around the world. The main input for soy production is its own seed. Considering that, a study was conducted aiming to find out the best time of the day to harvest soybeans for seed production. During the harvest period, 5 samples were collected at different times in the same day in Getúlio Vargas City Rio Grande do Sul. Quality analisys were made in order to test germination using germitest paper; viability, moisture damage, and Pentatomidae bugs injuries was used the tetrazolium test; for broken and mechanical damaged seeds the samples were submitted through Sodium hypochlorite test. As a temptation to decrease moisure damage, the harvest made between 8 and 9 PM seemed to be a better option for seeds viability. The damage caused by Pentatomidae bugs was considered severe, decreasing the quality of the seeds. As a general conclusion, the best time of the day to harvest is between 8 and 9 P.M given to the high quality of the seeds. In order to reduce the number of broken seeds, it is needed to set a better harvest adjustment. Finally, the Pentatomidae control is fundamental. Germination and mechanical damage showed no difference. Keywords: combine, germination, germitest, production and tetrazolium 1 INTRODUÇÃO A produção de soja destaca-se entre as atividades econômicas dentro do agronegócio mundial, apresentando crescimento expressivo, atribuindo fatores como o desenvolvimento e estruturação de um sólido mercado internacional. Como uma importante fonte de proteína vegetal, atende a uma demanda crescente diretamente ligada ao aumento de consumo de produtos de origem animal e uma geração de oferta de tecnologias que viabilizam a expansão do mercado sojícola para regiões diversas do mundo. Assim, para o Brasil, a cultura da soja tem expressiva importância econômica, envolvendo um amplo número de agentes e organizações ligados aos mais diversos setores econômicos, desempenhando papel fundamental para o produto interno bruto (EMBRAPA, 2011). Conforme Beline 2009, de cada dez sacas de grãos (milho, arroz, feijão, soja e trigo), 1,3 em média é perdida no Brasil antes e depois da colheita. Antes da colheita, as perdas são decorrentes de mudanças climáticas, má escolha de sementes, doenças e pragas, acarretando posteriormente uma má germinação e vigor de futuras sementes. Diversas são as causas para a ocorrência de perdas durante a colheita, como causadores de perda aponta-se o mau preparo do solo, inadequação da época de semeadura, do espaçamento e da densidade, ocorrência de plantas daninhas, retardamento da colheita, umidade na hora da colheita, horário da colheita, má regulagem e condução da máquina colhedora (EMBRAPA, 2011). Para a produção de sementes de soja de qualidade, devem se levar em conta todas as etapas do desenvolvimento da cultura. A colheita é de suma importância para a produção de soja como semente, pois apresentam muitos riscos nas lavouras que são constituídas para 2

produção (MARCONDES, 2010). Portanto o produtor deve adequar todas as fases de forma a integrar a colheita ao sistema de produção para obter semente que apresentem um bom padrão de qualidade. Neste sentido todas as etapas do processo de produção, devem ser reavaliadas e adaptadas para obtenção de sementes de qualidade (SEHBEN, 2013). Na atividade de produção agrícola, a semente pode ser considerada uma tecnologia completa, uma vez que nela estão contidas as principais características que serão transmitidas às plantas. Em razão disso a manutenção de suas características de qualidade física e fisiológica é de fundamental importância. Costa et. al., 2001 e Mesquita et. al., 1999 constataram que apesar de toda tecnologia disponível, a qualidade de sementes de alguns locais tem sido severamente comprometida em função dos elevados índices de deterioração por umidade, de lesões por percevejo, de quebras, de rupturas de tegumento e de danos mecânicos (FRITSCH & BONETTI, 2011). Nas lavouras quando bem sucedidas e com alta produtividade, a semente de alta qualidade tem grande influência. Já quando a utilização de sementes com baixa qualidade compromete a obtenção de estande de plantas adequado, influindo diretamente na produtividade da lavoura. Acarretando grandes prejuízos ou perca total da produção (SEHBEN, 2013). Na região norte do Rio Grande do Sul, inúmeros produtores de soja optam por guardar sementes na própria propriedade para a semeadura da safra seguinte. Isso se deve muito a garantia do produto, e principalmente a diminuição do custo deste insumo, quando comparado à compra em revendas. Assim, ocorre uma preocupação por parte dos produtores de qual é o melhor horário para realizar a colheita que será destinada para semente. Desta forma o objetivo deste trabalho é avaliar diferentes horários de colheita e se há influência sobre o dano mecânico, germinação e viabilidade das sementes, analisando então qual o melhor horário para colheita de soja para produção de semente. 2 MATERIAIS E MÉTODOS Os testes foram realizados no laboratório do Instituto de Desenvolvimento Educacional do Alto Uruguai IDEAU, na cidade de Getúlio Vargas - RS. As sementes utilizadas para os testes foram coletadas no exato momento da colheita durante o dia 31 de março de 2016. A cultivar de soja utilizada foi BMX Ativa, sendo coletada na propriedade de Ademir José Simioni, localizada em Vila Souza Ramos, no munícipio de Getúlio Vargas. A colheitadeira utilizada foi de marca New Holland, modelo TC 5070, com sistema de trilha 3

radial. O tempo durante o ciclo da cultura foi intensamente chuvoso, com índice pluviométrico de 1.366mm. Além da intensidade das chuvas, houve grande incidência de doenças sobre a cultura, principalmente de ferrugem asiática (Phakopsora pachyrhizi). As amostras foram coletadas em diferentes horários, sendo cada uma com 15 kg. No momento da coleta foram realizadas medições da temperatura do ar, através de aparelho Fluke 971 e umidade do grão, através do aparelho Motonco, marca Callibra. As amostras de grãos permaneceram com a umidade de colheita, não sendo realizada secagem. As amostras foram coletadas nos seguintes horários: 1ª amostra: 14h00min 14h30min; 2ª amostra: 16h00min 16h30min; 3ª amostra: 18h00min 18h30min; 4ª amostra: 20h00min 20h30min; 5ª amostra: 21h00min 21h30min. As amostras foram classificadas em um classificador de grãos, tipo mesa densimétrica Modelo MG 75, marca Casp. Os tratamentos constituíram-se de cinco amostras de sementes de soja com quatro repetições cada. Para o teste de dano mecânico utilizou-se o teste com Hipoclorito de Sódio onde o primeiro procedimento foi a formulação da solução, foram misturados os 473 ml de NaOCl à 12% e 563 ml de água, para formar uma solução a 5,25%. Após usou-se 25 ml desta solução com 975 ml de água para formar a solução 2, que foi utilizado nas sementes. Colocou-se então em cada copo 100 sementes, que foram imersas pela solução 2 por 10 minutos. Após foram colocadas sobre um papel para contagem das sementes normais e afetadas conforme figura 1. Neste teste foram avaliadas as sementes quebradas e mensurado o dano mecânico. Figura 1 Sementes na solução de Hipoclorito de sódio. Foto: Guzzo, C., Estação, 2016. 4

Para realização do teste de germinação foram seguidas as indicações da RAS (Regras para Análises de Sementes) do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento, de 2009. Foram utilizadas quatro amostras de cem sementes cada. As mesmas foram colocadas em papel germitest utilizando espaçamento entre sementes de três vezes sua largura, de modo que ficassem distribuídas uniformemente dentro do papel. As folhas de germitest foram imersas em água destilada com água equivalente a 2,5 vezes seu peso. As sementes foram escolhidas ao acaso dentro da amostra, e colocadas sobre duas folhas de papel (Figura 2), após foram enroladas e, posteriormente colocados para germinar em estufa com temperatura controlada de 22 25 ºC, pelo período de cinco dias. Foram então quantificadas as sementes que germinaram e as que não germinaram. Assim como, as plantas que apresentaram problemas em suas estruturas (danificadas, deformadas, deterioradas). Figura 2 Sementes sendo semeadas no papel germitest. Foto: Devens, I., Laboratório Faculdade IDEAU, Getúlio Vargas RS, 2016. O teste de tetrazólio foi empregado para averiguar a viabilidade das sementes, conforme metodologia descrita por França-Neto et al., 1998. Utilizaram-se quatro repetições de cinquenta sementes para cada amostra. Foi utilizado como solução 0,075 0,1 % do cloreto 2, 3, 5 trifenil tetrazólio. Para facilitar a absorção da solução de tetrazólio, as sementes passaram por processo de pré-umedecimento: usou-se papel germitest embebido em água 5

destilada, após semeou-se cada repetição sobre duas folhas de papel que foram embrulhadas na forma de rolos e postas em câmara de germinação com temperatura de 35 ºC pelo período de 10 horas. Após as sementes foram colocadas em copos plásticos e cobertas com a solução de tetrazólio, envoltas por saco plástico preto para evitar a exposição de luz, e colocadas em câmara de germinação com temperatura de 40 ºC pelo período de 3 horas. As sementes foram então retiradas, passadas em água corrente e realizadas as análises. As sementes foram analisadas logo após a retirada, e enquanto eram feitas as analises ficaram em copos cobertas com água. Para a analise fez-se uma bissecção longitudinal através do eixo embrionário entre os cotilédones. Avaliaram-se primeiramente as sementes viáveis e as inviáveis, sendo esta caracterizadas com fraturas, picadas por percevejos, e deterioradas nas regiões meristemáticas apicais e radiculares do eixo embrionário, e na região vascular dos cotilédones. As sementes foram analisadas uma a uma, a olho nu, sem auxilio de lupa. Aquelas consideradas viáveis tinham coloração vermelho carmim e aquelas com coloração diferentes, muito fortes ou muito fracas foram consideradas inviáveis, além das sementes com danos de percevejos e deterioradas por umidade, conforme figuras 3, 4, 5 e 6. Figura 3 Semente de soja após teste de tetrazólio: semente considerada viável pela coloração. Foto: Demboski, J., Getúlio Vargas RS, 2016. 6

Figura 4 Semente com dano de percevejo. Foto: Demboski, J., Getúlio Vargas RS, 2016. Figura 5 Semente de soja com deterioração por umidade nas manchas avermelhadas. Foto: Demboski, J., Getúlio Vargas RS, 2016. 7

Figura 6 Sementes com danos por excesso de umidade detalhes nas estrias avermelhadas. Foto: Demboski, J., Getúlio Vargas RS, 2016. Para análise estatística os dados foram agrupados para cada variável, utilizando delineamento casualizado. Utilizou-se o teste de Tukey, a 5% de probabilidade. 3 RESULTADOS E ANÁLISE A analise estatística dos resultados obtidos com o estudo indicou aumento da viabilidade das sementes nos horários de colheita mais tardios do dia, as 20:00 e as 21:00 horas, quando comparadas com os demais horários de colheita, conforme análise da Figura 7. Na tabela 2 podemos observar também que o teor de germinação na amostra 1 foi bem abaixo das outras amostras. Estes fatos podem ser explicados pela queda no nível de problemas nas sementes causados por deterioração por umidade, já que o dano por percevejos se manteve praticamente o mesmo em todas as analises, até mesmo por ser proveniente de uma mesma área. Comparando os dados da Figura 7 com a tabela 1 e 2 podemos averiguar que os danos com deterioração por umidade foram diminuindo ao longo do dia, além disso, a umidade do grão e a temperatura do ar também diminuíram. Danos maiores causados por deterioração nas primeiras amostras se deve ao excesso de umidade no grão. 8

TABELA 1 Umidade do grão e temperatura do ar no momento da coleta proveniente de cinco horários diferentes de colheita, na safra 2015-2016, em Getúlio Vargas RS. Amostras Umidade da semente Temperatura do ar Amostra 01 14,8 % 29 ºC¹ Amostra 02 14,0 % 26 ºC Amostra 03 13,7 % 23 ºC Amostra 04 13,0 % 18 ºC Amostra 05 12,8 % 17 ºC CV (%) ¹Médias seguidas pela mesma letra na coluna não diferem entre si pelo teste de Tukey, a 5 % de probabilidade. Fonte: Os autores França-Neto et al., 1994 encontraram resultados de perdas de viabilidade devido excesso de chuvas durante a maturação da soja até a colheita, mesmo fato ocorrido este ano na região do experimento. A solução para a produção de sementes de qualidade seria implantar a cultura em áreas com mais de 800 metros de altitude, onde predomina temperatura mais amena e baixos índices de precipitação durante a maturação até a colheita (exemplo Vacaria RS), ou então ajustar melhor a época de semeadura, esta última opção mais difícil em função do clima oscilar muito de ano para ano. Condições climáticas de baixa precipitação e temperaturas mais amenas durante a colheita propiciam uma redução nos danos causados por decomposição com umidade, cujos sintomas foram detectados no teste de tetrazólio (COSTA et. al., 1994). CV (%) 7,58 16 14 12 10 8 6 4 2 0 13,5 12 11,5 7,5 7,5 7,5 7,5 5,5 5 Amostra 01 Amostra 02 Amostra 03 Lesões por percevejo 7,5 Amostra 04 Deterioração por umidade Amostra 05 F igura 7 Níveis de lesões por percevejo e deterioração por umidade, em porcentagem, provenientes de cinco horários diferentes de colheita, na safra 2015-2016, em Getúlio Vargas RS. 9

Analisando a Figura 7, pode-se observar que a incidência de percevejo na área foi muito grande, tendo como média mais de 6 % de sementes com danos decorrentes de percevejo. Este dado é de extrema importância para a produção de sementes, uma vez que os danos causados por percevejos são muito graves nas sementes. Segundo Costa, et. al., 2003, danos de percevejo até 5 % não afetam significativamente a viabilidade das sementes, porém após 6% de danos a perda de viabilidade ocorre com declínio significativo. A Tabela 2 demonstra os resultados obtidos dos testes de germinação e viabilidade em cada tratamento. TABELA 2 Resultados de germinação e viabilidade de sementes de soja provenientes de cinco horários diferentes de colheita, na safra 2015-2016, em Getúlio Vargas RS. Amostras Germinação (%) Viabilidade (%) Amostra 1 84 a 79 b¹ Amostra 2 92,25 b 81 b Amostra 3 90,25 b 83 ab Amostra 4 90,75 b 85 a Amostra 5 91,5 b 87 a CV (%) Fonte: Os autores ¹Médias seguidas pela mesma letra na coluna não diferem entre si pelo teste de Tukey, a 5 % de probabilidade. TABELA 3 Resultados de dano econômico e sementes quebradas provenientes de cinco horários diferentes de colheita, na safra 2015-2016, em Getúlio Vargas RS. Amostras Amostra 1 Amostra 2 Amostra 3 Amostra 4 Amostra 5 CV (%) Fonte: Os autores Dano Econômico (%) 9% 6,75 % 9,5 % 7% 8,5 % Sementes quebradas (%) 3,75 %¹ 5,5 % 5,5 % 8,75 % 9,25 % ¹Médias seguidas pela mesma letra na coluna não diferem entre si pelo teste de Tukey, a 5 % de probabilidade. Analisando os resultados obtidos na tabela 3, podemos ver que o dano econômico não teve diferença entre os horários diferentes de colheita. Porém, a porcentagem de sementes quebradas aumentou conforme o horário de colheita era maior, sendo isso explicado pelo fato 10

de que o teor de umidade do grão era menor com o passar do dia (tabela 1). Os resultados ainda mostraram que houve muitos problemas de dano mecânico e sementes quebradas, comprometendo a qualidade das sementes, isso se deve muito a regulagem da máquina colhedora. Segundo Marcondes, 2010, os mecanismos de trilha, normalmente, transmitem impactos agressivos sobre as plantas, principalmente, os de alimentação tangencial, pois o sistema envolve ações simultâneas de impacto, de compressão e atrito sobre as sementes que são levadas a passar entre o cilindro e o côncavo durante a colheita. Por sua vez, Minuzzi et. al., 2010 afirmaram que dano mecânico é causado por choques e/ou abrasões das sementes contra superfícies duras ou contra outras sementes, resultando em materiais quebrados, trincados, fragmentados e danificados, levando à redução do padrão de qualidade fisiológica da soja. 4 CONCLUSÃO Os melhores horários de colheita para produção de sementes de soja na safra 20152016 em Getúlio Vargas são entre as 20:00 e as 21:00 pois apresentam uma melhor viabilidade em função dos baixos índices de deterioração por umidade. O excesso de umidade do grão durante a colheita ocasiona grandes danos por deterioração, ocasionando inviabilidade da semente, além disso a germinação também foi bastante prejudicada no primeiro horário de colheita onde a umidade estava maior. No horário onde as sementes apresentam melhor qualidade deve-se ter cuidado com a regulagem da colhedora para evitar excesso de quebra de sementes. Dano mecânico não apresentou diferenciação para os diferentes horários de colheita. Deve-se atentar para o controle de percevejo, que ocasionou grandes danos as sementes, ocasionando queda de viabilidade das sementes. 5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BELINE, H. et al.; Cultura da soja: receita não realizada das perdas evitáveis durante a colheita, Custos e Agronegócio online, v. 5, n. 1, 2009. COSTA, N. P., MESQUITA, C. D.M., MAURINA, A. C., FRANÇA-NETO, J. B. F., KRZYZANOWSKI, F. C., HENNING, A. A., Qualidade fisiológica, física e sanitária de sementes de soja produzidas no Brasil. Revista Brasileira de Sementes. Vol. 25, nº 1. p. 128 132, 2003. 11

COSTA, N. P., MESQUITA, C. D.M., MAURINA, A. C., FRANÇA-NETO, J. B. F., PEREIRA, J. E., BORDIGNON, J. R., KRZYZANOWSKI, F. C., HENNING, A. A. Efeito da colheita mecânica da soja nas características físicas, fisiológicas e químicas das sementes em três estados brasileiros. Revista Brasileira de Sementes, vol. 23, nº 1, p. 140-145, 2001. FRANÇA-NETO, J. B., KRZYANOWSKI, F. C., COSTA, N. P., O teste de tetrazólio em sementes de soja. Embrapa CNPSo, Documentos, 116. Londrina, 72 p., ISSN: 0101-5494, 1998. FRITSCH, M., BONETTI, L. P., Qualidade física e fisiológica de sementes de soja produzidas na região de Colorado RS. In: SEMINÁRIO INTERINSTITUCIONAL DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO, 16, 2011. Cruz Alta. Anais... Cruz Alta: Unicruz, 2011. p. 01 04. HIRAKURI, M. H.; LAZZAROTTO, J. J.; Evolução e Perspectivas de Desempenho Econômico Associadas com a Produção de Soja nos Contextos Mundial e Brasileiro; Embrapa Soja, Paraná, 2011. MARCONDES, M. C., MIGLIORANÇA, E., FONSECA, I. C. B. Qualidade de sementes de soja em função do horário de colheita e do sistema de trilha de fluxo radial e axial. Engenharia Agrícola. Vol. 30, nº 2, p. 315 321, Jaboticabal, março/abril 2010. MESQUITA, C. M., COSTA, N. P., PEREIRA, J. E., MAURINA, A. C., ANDRADE, J. G. M. Colheita mecânica da soja: avaliação das perdas e da qualidade física do grão. Engenharia Agrícola. Vol. 18, nº 3, p. 44 53, Jaboticabal, 1999. MINUZZI, A., BRACCINI, A. D. L., RANGEL, M. A. S., SCAPIM, C. A., BARBOSA, M. C., ALBRECHT, L. P. Qualidade de sementes de quatro cultivares de soja, colhidas em dois locais no estado do Mato Grosso do Sul. Revista Brasileira de Sementes, vol. 32, nº 1. P. 176 185, 2010. REGRAS PARA ANÁLISE DE SEMENTES Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Secretaria de Defesa Agropecuária. Brasília: MAPA/ACS, 2009. 399 p. ISBN: 978-85-99851-70-8. SEHBEN, J. F. Dano mecânico em sementes de soja em diferentes mecanismos de colheita mecânica. 2013. 26 f. Trabalho de conclusão de curso para bacharel em Engenharia Ambiental. União Dinâmica de Faculdades Cataratas. Foz do Iguaçu, 2013. 12