Centro de Formação Profissional de Évora. Técnico de Maquinação CNC. UFCD [5842] Maquinação Torneamento CNC. Relatório de Maquinação.

Documentos relacionados
Exercício Avaliação Torno

Exercício 2 - Torneamento

Exercício 4 Fresagem

Exercício 2 - Fresagem

Exercício 1 - Fresagem

Caderno de Exercícios Aluno Comando Siemens. Índice

TECNOLOGIA DE CONTROLE NUMÉRICO PROGRAMAÇÃO CNC CICLOS FIXOS

TECNOLOGIA DE CONTROLE NUMÉRICO EXERCÍCIO DE PROGRAMAÇÃO CNC

TECNOLOGIA DE CONTROLE NUMÉRICO PROGRAMAÇÃO CNC CICLOS FIXOS

Manufatura Assistida por Computador

INSTITUTO FEDERAL DE SANTA CATARINA CNC/CAM. Profº Emerson Oliveira Matéria: CNC/CAM Câmpus Joinville

3.01 FRESAGEM CNC. Carlos Fonseca Delegado Técnico do SkillsPortugal DEPARTAMENTO DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL.

Manufatura Assistida por Computador (SEM-0350)

Departamento de Engenharia Mecânica Graduação em Engenharia Aeronáutica

Tipos de movimento da mesa: discordante: sentido de rotação oposto ao movimento de avanço concordante: mesmo sentido de rotação e avanço

Concurso Público para Cargos Técnico-Administrativos em Educação UNIFEI 30/08/2009

OPERADOR/A TÉCNICO/A DE MÁQUINAS-FERRAMENTAS

CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS TEC. LABORATÓRIO ELETROMECÂNICA (CNC)

TORNEIRO MECÂNICO TECNOLOGIA

CONDIÇÕES ESPECIAIS PROGRAMA DE FORMAÇÃO CONTACTE-NOS PARA OBTER MAIS INFORMAÇÕES PRINCIPAIS CURSOS OUTROS CURSOS

Aplicação da Programação CNC a um Eléctrodo com Forma de uma Cruzeta

TUS - TECNOLOGIA DE USINAGEM EXERCÍCIOS: REVISÃO PÓS P1

ORIENTAÇÕES SOBRE A PROVA DISCURSIVA

PERFIL PROFISSIONAL OPERADOR/A DE MÁQUINAS FERRAMENTAS

Questões de Provas Antigas (P2)

Introdução ao Controlo Numérico Computorizado II Referenciais e Trajectórias. João Manuel R. S. Tavares Joaquim Oliveira Fonseca

EME005 - Tecnologia de Fabricação IV Fresamento CNC 4

Manufatura Assistida por Computador (SEM-0350)

Catálogo geral

informações técnicas

FECHADURAS PARA MÓVEIS / DOBRADIÇAS ESPECIAIS / TRILHOS TELESCÓPICOS / RODÍZIOS PÉS PARA MÓVEIS / PINOS E GRAMPOS INDUSTRIAIS / PINADORES E

Roteiro aula prática nº 2 (de 13/08 a 16/08)

Torno Automático CNC de cabeçote móvel. Torno Automático CNC de torneamento curto TNL12 TNL12K

CALIBRADOR. Prof. Dr. Roger Nabeyama Michels

SENAI, SUA CONQUISTA PROFISSIONAL

Í n d i c e. Tornear e Roscar por Torneamento 14-17

APOSTILA DE TORNEAMENTO CNC (TCNC I)

Catálogo de produtos 2013 / 2014

TÉCNICO EM ELETROMECÂNICA METROLOGIA. Prof. Fábio Evangelista Santana, MSc. Eng.

Retirado da Apostila DIDATECH - Programação Fanuc21T OS CÓDIGOS DOS PROGRAMAS FORAM ALTERADOS CONFORME O SOFTWARE FANUCL - DENFORD

Teoria e Prática da Usinagem

Alavancando sua produtividade com tranquilidade. Silent Tools

SENAI, SUA CONQUISTA PROFISSIONAL

NOVOS PRODUTOS EQUIPAMENTO DE OFICINA I / ,00 SISTEMA DE MICRO MOTOR GESM 1200 ACABAMENTO DE SUPERFÍCIES

Suporte de Relógio com Alicate de Pressão

Acesse:

TECNOLOGIA DE CONTROLE NUMÉRICO ASPECTOS DE PROCESSOS DE USINAGEM

Para uma operação de usinagem, o operador considera principalmente os parâmetros:

CENTRO DE TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MECÂNICA. Cotagem em Desenho Técnico

2.7.2 Fichas de instrução 2.8 Dossier de fabricação para a maquinagem de peças mecânicas 2.9 Determinação do método de fabricação

USINAGEM CNC. Professor: Emerson L. de Oliveira

CONTEÚDOS PROGRAMADOS. (Comando Numérico EEK 561)

USINAGEM CNC. Professor: Emerson L. de Oliveira

CNC VEGA EVO VÍDEO: Comércio de Máquinas e Assistência Técnica

ACESSÓRIOS PARA PERFURAÇÃO E CINZELADO EM BETÃO RESISTÊNCIA GARANTIDA

Torneamento. Prof. Régis Kovacs Scalice. UDESC Universidade do Estado de Santa Catarina FEJ Faculdade de Engenharia de Joinville

substitui todos os anteriores Março E ste M anual

substitui todos os anteriores Maio Este Manual

Mesas de Medição. Série 7 Modelo padrão. Série 7 Modelo padrão com mesa grande

Disponível em 13 diferentes formatos Nas Principais Geometrias

Introdução ao Controlo Numérico Computorizado III Sintaxe de Escrita (G, M, ) João Manuel R. S. Tavares Joaquim Oliveira Fonseca

Programação de Máquinas CNC

Bases Magnéticas para Relógios

Introdução ao Controlo Numérico Computorizado III Sintaxe de Escrita (G, M, )

PROJETO E CONSTRUÇÃO DE UM DIFERENCIAL COMO MODELO PEDAGÓGICO

Processos Mecânicos de Fabricação. Conceitos introdutórios sobre usinagem dos metais

WHEEL. GRUPO Equipamentos Industriais, S.A. TABELA Nº 1. Discos Abrasivos / Corte e Rebarbar REBARBAR AÇO CONCAVOS MEDIDA SIZE

> LINHA DE CentroS de torneamento vulcanic

CANALIZAÇÃO PARA AR COMPRIMIDO. Tubo em Alumínio. Pescoço de Cavalo para Picagem. Curvas para Montagem. União Tubo-Tubo. União Tubo-Tubo de Redução

PROGRAMA (BÁSICO) Divisão Máquinas Operatrizes

PROCESSOS DE GEOMETRIA NÃO DEFINIDA

Tacômetros Suporte de Relógio com Alicate de Pressão

SEM-0534 Processos de Fabricação Mecânica. Aula 5 Processo de Torneamento. Professor: Alessandro Roger Rodrigues

Relatório. Técnicas laboratoriais - ensaios não destrutivos UFCD CENTRO DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL DE ÉVORA

IFSC. CNC Comando numérico computadorizado. INSTITUTO FEDERAL DE SANTA CATARINA Câmpus Joinville. Curso técnico em Mecânica IFSC campus Joinville

#02 PROJETO MESA DE IMPRESSÃO SIMPLES FIXA NA PAREDE

CÓDIGO G Torno Fresa. G00 XYZ... Movimento Rápido Movimento Rápido G01 XYZ...F..E Interpolação Linear Interpolação Linear G02 XYZ...I J K..R..F..E.

26º Encontro Técnico da AESabesp. Descobrindo como fazer pitometria em tubulações de Polie7leno PE 100

Maio Este Manual substitui todos os anteriores

Série 331 Micrômetro digital com saída de dados SPC DIN 863 com IP 65. Visor para modelo IP 65

Cabeças e Ponteiras CMM

1/2" Figura Tipos de seta

Sistema de ensamblar com cavilhas DOMINO

Torno universal CNC Modelo TNG 42 Comando FANUC 0i-Mate TC

AULA 1 ESTADO DE SUPERFÍCIE. Professores

RELAÇÕES ENTRE PARÂMETROS DE CORTE E ACABAMENTO SUPERFICIAL NA LIGA DE ALUMINIO 7050

MESA ADAPTÁVEL PARA CADEIRA DE RODAS MANUAL DE CONFECÇÃO MESA ADAPTÁVEL PARA CADEIRA DE RODAS MANUAL DE CONFECÇÃO

213 x 160 x 201 cm. Manual de montagem Assembly instructions. Sauna pré-fabricada PANORAMA SMALL. Element sauna PANORAMA SMALL. Fotografia simbólica

Manufatura Assistida por Computador (SEM-0350)

Quebra-Cavacos F30 F50 SN-29. Geometria A11. Robusta. Vivo. Aumento da espessura do chanfro (arestas de corte estáveis)

Características: 100 fotos meramente ilustrativas. Conserve este Manual - Fev/2016. AAS quinta-feira, 17 de agosto de :23:56

Dobradeira CNC Synchro Série PBH

Novos produtos. Fabricação de moldes IV / H 1080 para aperto de postiços NF

CENTRO DE USINAGEM VERTICAL DE 5 EIXOS. Uma Fonte Confiável de Excelentes Máquinas para Complementar Sua Força de Trabalho

DEFINIÇÕES GERAIS - VALEM PARA TODOS OS TRABALHOS

CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS

Março Este Manual substitui todos os anteriores

Série BNA 42 Centro de Torneamento CNC

Robustos, precisos e flexíveis.

Colisões em Máquinas de Medir 3D

Transcrição:

Técnico de Maquinação CNC UFCD [5842] Maquinação Torneamento CNC Relatório de Maquinação Exercício Cálice Luís Miguel Lopes Romudas Data: 04.05.2012

1. Projecto Designação: Cálice Processo de Maquinação: Torneamento CNC Máquina-Ferramenta: Torno CNC Haas ST20 Material: Alumínio Varão redondo Ø50 mm Imagem: Cálice

2. Planeamento Plano Tempo Trab. Nº. OP Operação Ferramenta Nº. Estimado (hh.mm.ss) - OP 0 Medição de Ferramentas - - 00.10.00 OP 1 Preparação (Ponto Zero) Ferro de Desbaste (Direito) T101 00.02.00 OP 2 Furação Broca Ø15 mm T707 00.07.00 OP 3 Furação Fresa Ø16 mm T505 00.03.00 OP 4 Desbaste Interior Ferro de Desbaste (Interior) T707 00.01.00 OP 5 Ranhurar 1 Ferro de Sangrar 3mm T909 00.02.00 OP 6 Ranhurar 2 Ferro de Sangrar 3mm T909 00.02.00 OP 7 Ranhurar 3 Ferro de Sangrar 3mm T909 00.02.00 OP 8 Desbaste (Esquerdo) Ferro de Desbaste (Esquerdo) T1111 00.02.00 OP 9 Desbaste (Direito) Ferro de Desbaste (Direito) T101 00.02.00 OP 10 Raios Esquerdos + Sangrar Ferro de Sangrar 3mm T909 00.00.20 Tempo Total Estimado: 00.25.20

3. Procedimento 3.1 Descrição Antes de realizar qualquer operação, cumpriram-se os procedimentos e verificações normais ao bom funcionamento do Torno CNC (programa de aquecimento, verificar níveis de lubrificante e inspecção visual de ferramentas e máquina). Seguiu-se o prólogo das operações planeadas com a colocação e medição das ferramentas a utilizar, com uma nota especial para a medição do Ferro de Desbaste Interior e do Ferro de Desbaste Esquerdo que têm que ser medidas de forma inversa ao Ferro de Desbaste Direito: Posicionamento das diferentes ferramentas em relação à sonda durante a medição. De seguida colocou-se o material na máquina contando com os movimentos do ferro de Desbaste Esquerdo, que devido à largura do suporte poderia colidir com as garras da bucha. Marcou-se depois o zero de referência e deu-se uma compensação de Z-0.3 no offset do plano de trabalho para que as irregularidades subsequentes do corte mecânico fossem cobertas pelo decorrer da operação de desbaste. Todas as operações subsequentes foram corridas em modo bloco-a-bloco (Single Block) e com uma velocidade operacional (Rapid) de 5%.

3.2 Programação Nome do Programa: O02223 (CALICE) % O02223 (CALICE) T707 (OP2) G97 S1000 M03 G00 Z25. G00 X0 G83 Z-19. R5. Q3. F0.2 G00 Z25. G00 X250. G80 M09 T505 (OP3) G97 S1000 M03 G00 Z25. G00 X0 G83 Z-19.57 R5. Q3. F0.1 G00 Z25. G00 X250. G80 M09 T303 (OP4) G50 S3000 M08 G96 S150 M03 G00 Z5. G00 X12. G71 P10 Q20 U0. W0. D0.7 F0.1 N10 X40.79 Z5. G01 G41 Z5. G01 Z0 G02 X39.29 Z-1. R1. G03 X40.29 Z-5.87 R20.15 G03 X12. Z-26.02 R20.15 N20 G00 G40 X12. G00 X200. T909 (OP5) G96 S100 M03 G00 Z-32.87 G75 X25. Z-64.87 K2. F0.1 T909 (OP6) G96 S100 M03 G00 Z-32.87 G75 X15. Z-44.87 K2. F0.1 T909 (OP7) G96 S100 M03 G00 Z-57.87 G75 X15. Z-64.87 K2. F0.1 T1111 (OP8) G50 S2000 M08 G96 S200 M03 G00 Z-30. G71 P50 Q60 U0.1 W0.1 D1. F0.1 N50 X15. Z-30. G01 Z-29.87 G02 X48. Z0. R25.15

N60 G00 G40 X55. G70 P50 Q60 F0.07 T101 (OP9) G50 S2000 M08 G96 S200 M03 G00 Z-36. G71 P30 Q40 U0.1 W0.1 D1. F0.1 N30 X15. Z-36. G01 Z-44.87 G03 X25. Z-49.87 R5. G01 Z-54.87 G01 X15. Z-57.5 G01 Z-64.87 G02 X25. Z-69.87 R5. G01 X43. G03 X48. Z-72.37 R2.5 G01 Z-78. N40 G00 G40 X55. G70 P30 Q40 F0.07 G00 Z5. G01 X46. F0.1 G01 Z0 G01 X48. Z-1. T909 (OP10) G50 S2000 M08 G96 S150 M03 G00 Z5. G00 Z-52.87 G01 X25. F0.1 G03 X14.95. Z-57.87 R5. G01 X55. G01 Z-75.37 G01 X48. G03 X43. Z-77.87 R2.5 G01 X55. G01 Z-77.87 G01 X0 F0.1 (CARLOS SEQUEIRA ROMUDAS) M30 % 4 Peça Terminada

Imagem: peça terminada, vista geral Imagem: peça terminada, pormenor Imagem: peça terminada (à direita) e as tentativas anteriores

5 Observações Furação com fresa de 16mm Após a primeira tentativa concluiu-se que apenas usando uma fresa para alargar o furo se conseguiria obter um fundo plano no cálice; depois de se observar também que o ferro de desbaste interior não conseguiria maquinar completamente o fundo esférico, porque as costas da ferramenta colidem invariavelmente com a parede interior do cálice. Encosto da ferramenta indesejado Não se consegue maquinar um objecto esférico usando apenas o ferro direito porque a parte posterior vai tocar no material durante o movimento descendente (das 12 horas para as 9, no sentido contrário aos ponteiros do relógio). Corrigiu-se primeiro com a utilização de um ferro de menor largura (imagem acima, segundo cálice da esquerda); todavia só com o ferro de desbaste esquerdo, e por consequência dois ciclos distintos de desbaste, os resultados foram satisfatórios. Ranhurar antes do desbaste Com a inclusão da ferramenta de desbaste esquerdo, decidiu-se fazer duas ranhuras no pé do cálice de forma a que as ferramentas de desbaste não entrassem violentamente no material, evitando assim vibrações indesejadas. Ajustes no Offset das ferramentas As entradas das ferramentas de desbaste, tanto direito como esquerdo, deixaram marcas no material devido aos seus raios serem diferentes (imagem acima, terceiro cálice da direita). Resolveu-se o problema ajustando o tool wear de uma das ferramentas para -0.2. Nota: ao diminuir o tool wear, por exemplo, indica-se à máquina que a ferramenta é ligeiramente menor e isso faz com a própria máquina compense a diferença fazendo a ferramenta entrar mais no material.