ATIVIDADES LÚDICAS E O ENSINO DE HISTÓRIA: BRINCANDO E APRENDENDO NA CONSTRUÇÃO DO SABER HISTÓRICO

Documentos relacionados
CONSTRUÇÃO E AVALIAÇÃO DE UM JOGO DIDÁTICO PARA TRABALHAR O CONTEÚDO DE TABELA PERIÓDICA COM ALUNOS DO ENSINO MÉDIO

PIBID QUÍMICA: Proposta de interdisciplinaridade através do tema gerador a composição química da célula

UTILIZAÇÃO DE JOGOS COMO RECURSO DIDÁTICO PARA O ENSINO DE BIOLOGIA

ARTE: ESPAÇO DE CRIAÇÃO E DESENVOLVIMENTO SANTOS, Scheila Pires 1 TOSTES, Jessica Caroline Do Couto 2 NAIMAIER, Juliana Alegre Fortes 3

Palavras-chave: Bioquímica. Jogo Didático. Ensino de Química. Pibid.

ABORDAGEM LÚDICA NAS AULAS DE FÍSICA: UTILIZAÇÃO DE UM JOGO SOBRE ASTRONOMIA

PERFIL HISTÓRIA: Jogando e ensinado História a partir do PIBID INTRODUÇÃO

JOGO DA VELHA DA POTENCIAÇÃO: VIVÊNCIAS NO LABORATÓRIO DE ENSINO DE MATEMÁTICA

JOGOS UTILIZADOS COMO FORMA LÚDICA PARA APRENDER HISTÓRIA NO ENSINO MÉDIO

TAPETE DAS LIGAÇÕES: UMA ABORDAGEM LÚDICA SOBRE AS LIGAÇÕES QUÍMICAS E SEUS CONCEITOS

PRODUÇÃO DE MATERIAIS DIDÁTICO-PEDAGÓGICOS PARA O ENSINO DE MATEMÁTICA: UMA AÇÃO DO PIBID/MATEMÁTICA/CCT/UFCC

FORMAÇÃO EDUCACIONAL: NOVA DIDÁTICA E FORMAÇÃO DO PROFESSOR DO ENSINO FUNDAMENTAL

OFICINA DE PRODUÇÃO DE MAPAS NO ENSINO DE GEOGRAFIA

ATIVIDADE LÚDICA "CRUZADA DOS PROTOZOÁRIOS": UMA ALTERNATIVA DIDÁTICA NO ENSINO DE BIOLOGIA.

ARTEDÓ: TECENDO O SABER HISTÓRICO DE FORMA DINÂMICA

O ENSINO DE BOTÂNICA COM O RECURSO DO JOGO: UMA EXPERIÊNCIA COM ALUNOS DE ESCOLAS PÚBLICAS.

A CONSTRUÇÃO DE UM JOGO PARA O ENSINO DA MATEMÁTICA: O TANGRAM DA EQUAÇÃO

Foto 1: Jogo: Roda-Roda Equações

A APLICAÇÃO DO JOGO LÚDICO COMO FACILITADOR DO ENSINO DE TERMOQUÍMICA

O EMPREGO DE ATIVIDADES LÚDICAS COMO MOTIVADOR PARA O ENSINO-APRENDIZAGEM

A IMPORTÂNCIA DO USO DE JOGOS DIDÁTICOS E SUAS CONTRIBUIÇÕES PARA O ENSINO DE QUÍMICA

BRINCANDO COM ORIGAMI: CONSTRUINDO O CUBO

CRIATIVIDADE E PRODUÇÃO TEXTUAL: PRÁTICAS DE INCENTIVO À LEITURA

A CONTRIBUIÇÃO DA LUDICIDADE NO ENSINO DA PRÉ-HISTÓRIA NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL

TRILHANDO A CÉLULA EUCARIÓTICA: O LÚDICO NO ENSINO DE CITOLOGIA

JOGO MEMÓRIA DAS INTEGRAIS COMO FERRAMENTA PARA APRENDIZAGEM DAS INTEGRAIS NO CÁLCULO INTEGRAL 1. Wélida Neves Martins; Thiago Beirigo Lopes

Jogos Educativos. Joceline Mausolff Grübel. Marta Rosecler Bez. Centro Universitário Feevale

A MATEMÁTICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAS: DISCIPLINA PARA O DESENVOLVIMENTO DE HABILIDADES MENTAIS

O USO DE JOGOS COMO PRÁTICA EDUCATIVA

PLANETA LIMPO. PROJETO DE INTERVENÇÃO DESENVOLVIDO NO 3º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL.

O USO DE KITS EXPERIMENTAIS COMO FORMA DE CONSTRUÇÃO DE CONHECIMENTOS

A IMPLANTAÇÃO DO LÚDICO AO ENSINO DA TABELA PERIÓDICA (TP)

HIDROTABULEIRO: UMA PROPOSTA LÚDICA PARA TRABALHAR A HIDROSTÁTICA

DESENVOLVENDO A HABILIDADE CRÍTICA DO ALUNO SOBRE OS 4RS (REPENSAR, REUSAR, REUTILIZAR, RECICLAR) ATRAVÉS DE UMA SEQUÊNCIA DIDÁTICA

JOGOS DE TABULEIRO: ferramenta pedagógica utilizada na construção do conhecimento químico

TRABALHANDO O LIVRO DIDÁTICO: Com produção de maquetes no Ensino de História Medieval

O USO DE JOGOS NAS AULAS DE MATEMÁTICA: TRABALHANDO COM AS OPERAÇÕES COM NÚMEROS NATURAIS E INTEIROS

SISTEMA MONETÁRIO BRASILEIRO: O USO DE ATIVIDADES LÚDICAS COMO FERRAMENTA FACILITADORA NO PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM

O MEIO LÚDICO COMO ESTRATÉGIA EM SALA DE AULA: JOGO EDUCATIVO SOBRE FONTES DE ENERGIA NO COTIDIANO

ENIGMA DAS FUNÇÕES QUADRÁTICAS

VII CONGRESSO INTERNACIONAL DE ENSINO DA MATEMÁTICA

O JOGO COMO RECURSO DIDÁTICO PARA O ENSINO E A APRENDIZAGEM DA EVOLUÇÃO Gustavo Lopes Ferreira 1 Daianny de Souza Mota 2 Cristiele Santos Souza 3

O USO DO JOGO LÚDICO COMO UMA ALTERNATIVA DIDÁTICA PARA O ENSINO DA TABELA PERIÓDICA NA ESCOLA ESTADUAL ORLANDO VENÂNCIO DOS SANTOS

JOGO COM CARTAS PARA O ENSINO DA OPERAÇÃO DE MULTIPLICAÇÃO NO CONJUNTO DOS NÚMEROS INTEIROS

A PRODUÇÃO DE PINTURAS RUPESTRES COMO RECURSO DIDÁTICO NO ENSINO DA PRÉ-HISTÓRIA

Materiais e métodos:

UTILIZAÇÃO DE JOGOS DE TABULEIROS COMO MOTIVADOR PARA UM ENSINO EM GRUPO

O PIBID E OS JOGOS LÚDICOS COMO METODOLOGIA ALTERNATIVA DO ENSINO-APRENDIZAGEM DA QUÍMICA NO NÍVEL MÉDIO: JOGO DAS TRÊS PISTAS

JOGOS LÚDICOS: BINGO DA QUÍMICA UTILIZANDO A TABELA PERIÓDICA NO ENSINO DE QUÍMICA

OS JOGOS DIDÁTICOS NO ENSINO DE CIÊNCIAS DA NATUREZA: UMA PROPOSTA METODOLÓGICA DE AUXÍLIO À APRENDIZAGEM

Brincando com Palitos: Aprendendo a Racionar

GINCAMÁTICA. Marília Zabel 1 Universidade do Estado de Santa Catarina UDESC CCT

UNINDO O LÚDICO E A APRENDIZAGEM ATRAVÉS DA CONSTRUÇÕES DE MATERIAIS DIDÁTICOS

10º Congreso Argentino y 5º Latinoamericano de Educación Física y Ciencias PIBID: O SUBPROJETO CULTURA ESPORTIVA DA ESCOLA

A UTILIZAÇÃO DE JOGOS COMO RECURSO DIDÁTICO

A ARTE TRANSVERSAL ATRAVÉS DA MATEMÁTICA. CAMARGO, Fernanda 1 SOUZA, Michele²

Palavras-chave: Metodologia de jogos; Ensino de matemática; PIBID.

ALFABETIZAÇÃO MATEMÁTICA ATRAVÉS DE ATIVIDADES LÚDICAS

VII CONGRESSO INTERNACIONAL DE ENSINO DA MATEMÁTICA

ENSINO DE EQUAÇÕES DO PRIMEIRO GRAU ATRAVÉS DE JOGOS

ISSN do Livro de Resumos:

DANÇA PARA ADOLESCENTES COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL

UMA EXPERIÊNCIA COM O ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA NO ÂMBITO DO PIBID

O PIBID COMO DIVISOR DE ÁGUAS PARA UMA PEDAGOGIA LIVRE E CRIATIVA

JOGOS NA EDUCAÇÃO MATEMÁTICA: TRILHA DAS OPERAÇÕES BÁSICAS DA MATEMÁTICA

PROJETO DE EXTENSÃO BIT DE INSERÇÃO SOCIAL

PRÁTICAS DE ORALIDADE NA SALA DE AULA

USO DO JOGO BINGO ATÔMICO COMO AUXÍLIO PARA COMPREENSÃO DO CONTEÚDO DAS CARACTERÍSTICAS ATÔMICAS

Joseane Tavares Barbosa, 2 universidade Estadual da Paraíba. Juracy Regis de Lucena, 4 universidade Estadual da Paraíba.

RELATÓRIO DE GRUPO APOIO PEDAGÓGICO 1º Semestre/2016 Turma: 2º ao 5º ano Professora: Izabela Moreira Alves Coordenação pedagógica: Lucy Ramos Torres

AS BRINCADEIRAS E JOGOS DE UMA COLÔNIA DE FÉRIAS COMO RECURSO METODOLÓGICO NO ENSINO DE CIÊNCIAS EM UMA ESCOLA PÚBLICA DE CAJUEIRO DA PRAIA - PI

O USO DE MATERIAIS MANIPULÁVEIS PARA O ENSINO- APRENDIZAGEM DE NÚMEROS RACIONAIS VIA RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS. Modelagem e Educação Matemática GT 04

Elaboração e aplicação do jogo didático Jogando com Hidrocarbonetos

A ALFABETIZAÇÃO MATEMÁTICA PARA CRIANÇAS COM DEFICIÊNCIA VISUAL CONGÊNITA E ADQUIRIDA ATRAVÉS DE JOGOS PEDAGÓGICOS.

A INFLUÊNCIA DA MATEMÁTICA NOS BORDADOS

PIBID DE MATEMÁTICA EM ARRAIAS (TO) UMA EXPERIÊNCIA DIFERENTE

LUDICIDADE COMO RECURSO PEDAGÓGICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL

VIVENCIANDO PRÁTICAS DE LEITURA LITERÁRIAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL

A EXPERIÊNCIA DO PIBID E A FORMAÇÃO DO PROFESSOR DE HISTÓRIA

A RELEVÂNCIA DO LÚDICO NO ENSINO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA CRIANÇAS DO ENSINO FUNDAMENTAL

JOGOS PEDAGÓGICOS NAS AULAS DE LÍNGUA PORTUGUESA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

OFICINAS PEDAGOGICAS: COMO FORMA DE AUXILIO NO APRENDIZADO DOS EDUCANDOS NAS AULAS DE GEOGRAFIA

ROLETA DOS MICROORGANISMOS PROPOSTA DIDÁTICA NO ENSINO DE CIÊNCIAS

AVALIAÇÃO DE UM JOGO LÚDICO COMO RECURSO DIDÁTICO AUXILIAR PARA A COMPREENSÃO DE CONCEITOS DE QUÍMICA ORGÂNICA COM ALUNOS DO ENSINO MÉDIO.

O LÚDICO NA AULA DE MATEMÁTICA

MÉTODOS INTERDISCIPLINARES APROXIMANDO SABERES MATEMÁTICOS E GEOGRÁFICOS

O JOGO COMO FERRAMENTA PEDAGÓGICA PARA O ENSINO DE HISTÓRIA: EXPERIÊNCIA DO PIBID COM O JOGO DE DAMAS.

ZOOMÁTICA 1 INTRODUÇÃO MATERIAL E MÉTODOS

Palavras-chave: Ensino Fundamental. Alfabetização Interdisciplinar. Ciências e Linguagens.

A UTILIZAÇÃO DOS JOGOS PARA O ENSINO DE MATEMÁTICA: TRABALHANDO O CONTEÚDO DE FORMA LÚDICA E EDUCATIVA

APRENDENDO E ENSINANDO NO ESTAGIO SUPERVISIONADO: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

ENCARTE DE APOIO AO PROFESSOR. 1. Titulo: Por dentro da célula. 2. Resumo:

PIBID - RECURSOS DE ATIVIDADES LÚDICAS PARA ENSINAR APRENDER HISTÓRIA

TABULEIRO DA FATORAÇÃO: UMA EXPERIÊNCIA UTILIZANDO MATERIAL CONCRETO

A IMPORTÂNCIA DA RELAÇÃO TEORIA E PRÁTICA NA FORMAÇÃO DO PROFESSOR DE EDUCAÇÃO INFANTIL: DESAFIOS A ENFRENTAR NO CONTEXTO DA ESCOLA PÚBLICA 1

PIFF GEOMÉTRICO UMA FERRAMENTA DE ENSINO E APRENDIZAGEM DE GEOMETRIA ESPACIAL AUTORES RESUMO

JOGO DIDÁTICO COMO FERRAMENTA LÚDICA PARA O ENSINO DO CONCEITO DE SUBSTÂNCIAS QUÍMICAS DURANTE O ESTÁGIO SUPERVISIONADO

DOMINÓ ORGÂNICO: ESTUDANDO NOMENCLATURA DE UMA FORMA DIFERENCIADA

A UTILIZAÇÃO DE JOGOS COMO ESTRATÉGIA NO PROCESSO DE ENSINO APRENDIZAGEM DOS SISTEMAS DO CORPO HUMANO

CONSTRIBUIÇÕES DO PIBID NA FORMAÇÃO DOCENTE

Transcrição:

ATIVIDADES LÚDICAS E O ENSINO DE HISTÓRIA: BRINCANDO E APRENDENDO NA CONSTRUÇÃO DO SABER HISTÓRICO Autor: Sívylla Sauanny Araújo de Melo 1 Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) Email: sivylla.araujo@gmail.com Orientadora: Auricélia Lopes Pereira 2 Universidade Estadual da Paraíba E-mail: auricelialpereira@yahoo.com.br RESUMO: Este trabalho relata a experiência adquirida durante a atuação no Programa de Iniciação à Docência fornecido pela Universidade Estadual da Paraíba, tendo como propósito abordar a importância da incorporação de novas linguagens para o ensino de História com o intuito de renovar o processo de ensino-aprendizagem nesta área do saber. Assim, utilizamos dois jogos, Roleta Pré-Histórica cuja temática utilizada para desenvolvê-lo foi Pré-História; quanto ao segundo, um Jogo da Velha, usufruímos do assunto acerca dos Indígenas, para constatar a importância desse tipo de linguagem na construção do conhecimento histórico nos estudantes da Escola Estadual de Ensino Fundamental Aplicação, na cidade de Campina Grande - Paraíba. Percebemos que o jogo é uma ferramenta capaz de motivá-los, entretê-los e proporcionar reflexões sobre os conteúdos. Além de torná-los autoconfiantes, sociáveis dentro do ambiente da sala de aula. Palavras-chave: Novas Linguagens; Ensino de História; Jogos; Ludicidade; Conhecimento. INTRODUÇÃO Atualmente entendemos que a incorporação de novas linguagens para o ensino de História é necessário para renovar o processo de ensino-aprendizagem desta área do conhecimento. Dessa maneira, ao utilizarmos o jogo como recurso didático com esse objetivo, compreendemos igualmente a Oliveira (2012), que atividades lúdicas como jogos, devem ser vistas como um meio para instigar situações de aprendizado, e não o fim. Reconhecemos como objetivo final, o momento em que o estudante consegue 1 Graduanda em História pela Universidade Estadual da Paraíba. Bolsista do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência PIBID/CAPES. 2 Professora doutora do Departamento de História da Universidade Estadual da Paraíba. Bolsista PIBID/CAPES.

absorver, refletir, analisar sobre o que lhe foi proporcionado enquanto conteúdo, quando percebemos que o processo de ensino-aprendizagem foi recepcionado com eficiência. Portanto, o jogo é o meio que proporciona a um determinado tema ser problematizado e percebido (Oliveira, 2012). Assim, através do jogo buscamos propor um caminho diferenciado para intervir no processo do desenvolvimento do aprendizado histórico e também do progresso no pensamento histórico. Ou seja, através da experiência dessa atividade conseguir possibilitar o crescimento da consciência histórica, que pode se manifestar a partir do já referido aprendizado (OLIVEIRA apud RUSEN, 2012). O que é uma brincadeira tornase um instrumento capaz de estimular, construir e internalizar saberes, ao mesmo tempo, fazer com que os estudantes reflitam sobre os acontecimentos históricos. Logo, o jogo tanto entretém, entusiasma quanto ensina com maior eficácia, de uma forma não cansativa, facilitando o procedimento da relação ensino-aprendizagem. Resolvemos trazer como recurso o jogo, porque acreditamos que a ludicidade torna o estudante apto a auto-expressar-se, e transforma-se em um ser autoconfiante, como também mais sociável entre os colegas. Porque segundo Falkemback (2006), jogar é uma alternativa de realização pessoal que possibilita a expressão de sentimentos, de emoção e propicia a aprendizagem de comportamentos adequados e adaptativos (Falkemback, 2006). Dessa forma, ele consegue saber respeitar os limites através do conhecimento das regras, consequentemente, auxilia na formação da disciplina do educando, e a perceber que é possível conviver com as diferentes pessoas, à medida que ele precisa do outro colega do grupo para articular as estratégias e vencer o jogo. Contudo, é essencial depreendermos que o jogo não possui um valor pedagógico isoladamente. Então, é importante o professor fornecer um conteúdo para que o jogo possa seguir. E assim, conseguir transformar a sala de aula em um ambiente, onde aprender é prazeroso, divertido e atrativo. METODOLOGIA Pensamos em produzir jogos capazes de interligarem os conhecimentos históricos prévios dos educandos em relação às temáticas de Pré-história e Indígenas. Buscando atender essa expectativa fabricamos o jogo, cujo nome é Roleta Pré-Histórica, e em outro momento, um Jogo da Velha com o assunto Indígena. Para o primeiro, montamos a estrutura do jogo sobre um papel cartão cortado no formato quadrado, sobre este colamos papeis coloridos no formato de uma circunferência. Sobre as cores amarela,

azul e vermelha inserimos os respectivos nomes: Neolítico, Paleolítico e Idade dos Metais. Para proporcionar o giro, e assim, o seguimento do jogo. No centro da circunferência foi posto metade de uma bola de isopor, nesta incorporamos um lápis, e este último no disco compacto. Além disso, também foi posto o desenho de uma seta sobre o disco compacto que usamos como objeto girador da roleta, para no momento que os estudantes girassem a roleta a mesma indicasse sobre qual período Pré-Histórico ou a Idade trataria a pergunta presente em cartas. Foram fabricadas 19 cartas com 19 perguntas, das quais sete eram a respeito da Idade dos Metais, seis são correspondentes ao período Neolítico, seis sobre o Paleolítico. Primeiramente, para iniciarmos a brincadeira com os estudantes, pedimos para que se dividissem em quatro grupos, em seguida explicamos as regras do jogo. A cada rodada um representante do grupo girava a roleta, a seta indicava de qual Período ou a Idade, o educando escolheria uma carta sobre uma mesa. Entre as cartas, unas representavam a cor que usamos para nos referirmos ao Período Neolítico, outras ao Período Paleolítico e a Idade dos Metais. Escolhida a carta, a pergunta era realizada ao representante por um dos bolsistas. Por exemplo, as cartas amarelas tinham o nome do Período Neolítico, e a pergunta era alusiva ao mesmo. Se acertassem a pergunta retirada no tempo de 30 segundos, o grupo pontuava. Para o segundo jogo, utilizamos o mesmo estilo de tabuleiro da brincadeira tradicional, contudo, foi ampliado para um tamanho maior. Fabricamos seis peças que representam a letra X e outras seis que representam bolinhas. Dividimos a sala em três grupos. Na primeira partida disputaram dois times, cujo objetivo dos jogadores, então, era colocar três marcas numa das configurações válidas, enquanto evitavam que o grupo oponente conseguisse fazer as três marcas. Na segunda rodada, o grupo que ganhasse a primeira, disputava com o outro grupo, que aguardava. À medida que acertassem as perguntas, tinham a chance de colocar uma peça - seja X ou uma bolinha, dependendo de qual grupo tenha acertado - e dessa maneira, também a oportunidade de fazer as três marcas e ganhar o jogo. Esses mecanismos de aprendizagem foram pensados pelos bolsistas do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência baseando-se em três pontos

fundamentais. Primeiramente, as aulas explanadas na sala de aula, segundo o texto introdutório, e finalmente, o livro didático História Sociedade e Cidadania do 6º ano do autor Alfredo Boulos Júnior. RESULTADOS E DISCUSSÕES Durante a aplicação dos dois jogos, que ocorreram em ocasiões diferentes, pudemos perceber avanços com relação à interação dos estudantes uns com os outros, com o professor e com os bolsistas do PIBID, porque até mesmo os educandos mais tímidos conseguiam participar, ou mesmo, manifestar suas emoções. Seja no instante em que pontuavam, ou no momento em que havia a contagem regressiva do tempo do grupo adversário. Conseguimos, portanto, contribuir para um dos objetivos dos Parâmetros Curriculares Nacionais, que é o desenvolvimento do sentimento de confiança em suas capacidades afetivas, de autoconfiança - pois o instante do jogo estimulou alguns a arriscarem respostas e dicas - e ao mesmo tempo, de inter-relação pessoal, aproximando-os uns aos outros e também acercando-nos aos estudantes. Surpreendemonos e ficamos extasiados com a união e a agitação dos grupos para encontrar as respostas. Alguns ficavam irritados quando os colegas conversam na leitura das perguntas, o que expõe interesse e atenção. O interessante é que os estudantes conseguiram além de trabalhar em grupo - ajudando-se mutuamente - compreenderam os limites com o estabelecimento de regras pelo jogo, e dessa forma, auxiliando na formação da disciplina do discente. Trabalhar em grupo, também ensinando-os a lidar com as diferenças, onde cada integrante pensa diferente, e possui uma determinada e característica velocidade de compreensão e resposta. Os educandos conseguiram formar as respostas com uso de suas próprias palavras, sem se prender a linguagem do livro didático. Essa atitude demonstra o quanto o jogo permitiu-os refletir e analisar sobre determinado tema, que nas situações aqui apresentados foram Pré-História e Indígenas. Depreendemos que houve dificuldades na formação de algumas respostas para as perguntas realizadas. Contudo, acreditamos que o erro ou a dúvida fazem parte do processo ensino-aprendizagem, ou seja, da construção do saber, onde os discentes podem aprender com o erro e as dúvidas. À medida que erravam, apontávamos e explicávamos porque estava errado, e o melhor caminho para articular as ideias e encontrar respostas sensatas.

Figura 1 Jogo Roda a Roda Pré-Histórica Figura 2 Jogo da Velha Temática Indígena

Figura 3 (da esquerda para direita) Jogo da Velha e Jogo Roleta Pré- Histórica CONCLUSÃO A partir dessas atividades lúdicas unimos a criatividade à aprendizagem para estimular os discentes e desenvolver o processo de ensino-aprendizagem de uma maneira descontraída, tornando as aulas mais dinâmicas e divertidas. Mas também, buscamos favorecer o desenvolvimento tanto intelectual quanto social. Portanto, ao contribuirmos para o desenvolvimento intelectual e cognitivo dos estudantes, enquanto mediadores do processo de aprendizado, também auxiliamos no desempenho das notas, haja vista que à medida que davam as respostas certas às perguntas do jogo, os pontos eram revertidos em nota para avaliação da unidade. Percebemos que, apesar das dificuldades de alguns educandos, mesmo assim, conseguiram internalizar os conhecimentos, formulando análises e reflexões para chegar às respostas. Contudo, mesmo aqueles que não alcançavam uma resposta correta, explicávamos os caminhos possíveis para buscá-la, ou seja, demonstrando que apesar de cometerem erros, estes não são catástrofes, mas que podem ser aproveitados como possibilidades de chegar ao conhecimento (Cortella, 2001). Estes jogos possibilitaram o aumento da autoconfiança dos estudantes a partir do momento que se sentiram capazes de ariscarem respostas, e fornecerem dicas aos colegas para atingir a vitória. Além disso, conforme nossas observações, os estudantes aprenderam a trabalhar em equipe, o que permitiu a interação da turma, e o sentimento de solidariedade.

Figura 4 Desenvolvimento do Jogo Roleta Pré-Histórica Figura 5 - Desenvolvimento do Jogo da Velha com a temática Indígena

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Cortella, Mario Sergio. A escola e o conhecimento: fundamentos epistemológicos e políticos. 4. ed. São Paulo: Cortez: Instituto Paulo Freire, 2001. Falkembach, Gilse.A.Morgental. O Lúdico e os Jogos Educacionais. In: CINTED - Centro Interdisciplinar de Novas Tecnologias na Educação, UFRGS. Disponível em: <http://penta3.ufrgs.br/midiasedu/modulo13/etapa1/leituras/arquivos/leitura_1.pdf> Acesso 14 de junho, 2015. Oliveira, Núcia Alexandra Silva. Novas e Diferentes Linguagens e o Ensino de História: construindo significados para a formação de professores. In: Revista EntreVer, Florianópolis, Jan./Jun. 2012. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: história. Brasília: MEC/SEF, 1998.