Relatório Reunião com Embaixador da China no Brasil, Li Jinzhang São Paulo, 31 de agosto de 2012
Agradecemos o apoio da Fundação Armando Alvares Penteado e do Instituto Confúcio para Negócios da FAAP para a realização deste evento. 2
Luiz Fernando Furlan, Embaixador Sergio Amaral, Luiz Fernando Furlan, Embaixador Sergio Amaral, Embaixador Li Embaixador Li Jinzhang Jinzhang. Luiz Fernando Furlan, Embaixador Li Jinzhang, Embaixador Sergio Amaral e Julia Dias Leite. Embaixador Li Jinzhang e Embaixador Sergio Amaral. Octávio de Barros, Embaixador Sergio Amaral e Embaixador Li Jinzhang. Plateia. 3
Reunião com o Embaixador da China no Brasil O Conselho Empresarial Brasil-China (CEBC), em parceria com o Instituto Confúcio da FAAP, promoveu uma palestra com o Embaixador chinês no Brasil, Li Jinzhang, na última sexta feira, 31 de agosto. O Embaixador iniciou sua apresentação posicionando o CEBC como uma das principais instituições de divulgação de informação entre o Brasil e a China, colaborando para reduzir o gap de conhecimento mútuo entre os dois países. Também elogiou a abertura do Instituto Confúcio da FAAP como um novo e importante canal de aproximação entre as culturas brasileira e chinesa, sendo que o Embaixador apoia iniciativas de criação de grupos de estudos sobre China nas instituições de pesquisa brasileiras. Li Jinzhang deixou claro que a Embaixada está aberta ao diálogo e que seus funcionários estão à disposição para ajudar a aprimorar o ambiente de negócios com o intuito de elevar a corrente de comércio e investimentos entre os dois países. Ele convidou as empresas brasileiras membros do Conselho a visitarem a Embaixada chinesa, caso queiram trazer suas questões, e acrescentou que pretende trabalhar em conjunto com o Conselho para esclarecer eventuais conflitos de interesse. O diplomata destacou também que a China tem se apresentado como o principal parceiro comercial do Brasil nos últimos três anos; em contrapartida, o Brasil posiciona-se como nono parceiro para a China. De acordo com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), em 2011, o comércio bilateral 4
entre os dois países chegou à marca de US$ 77 bilhões. Até junho de 2012, esse número alcançou US$ 37 bilhões de acordo com a estatística brasileira, enquanto que pela contagem chinesa o total giraria em torno de US$ 49 bilhões. O Embaixador ressaltou que por se tratarem de economias complementares, em que os dois países exploram suas maiores capacidades, o comércio bilateral tenderá a crescer, uma vez que o Brasil apresenta grande produção de commodities e a China tem necessidade crescente destes bens para movimentar sua economia. Ademais, o Embaixador mostrou intenções de diminuir a resistência brasileira em relação à China, de forma geral, destacando que a parceria entre ambos os países pode favorecer a competitividade no mercado doméstico brasileiro. Salientou ainda que boa parte das importações é referente a máquinas e equipamentos, o que contribui para aumentar a competitividade da indústria brasileira. Já com relação ao desequilíbrio entre as pautas comerciais, Li Jinzhang destacou que é importante desmistificar a questão do valor agregado, pois muitos setores relativos ao agronegócio possuem nichos de mercado com alto valor agregado e que são passíveis de exploração na China. Como exemplo, comentou que a venda de commodities brasileiras para o mercado chinês possuirá um valor agregado cada vez maior, dado que as exportações de carnes processadas de boi e aves tenderão a aumentar nos próximos anos. A respeito da economia chinesa, o Embaixador afirmou que o país deve sofrer uma desaceleração. Explicou que este desaquecimento não preocupa, pois é esperado como um ajuste pelo qual a economia chinesa deve passar para se adequar à trajetória definida pelos planos do governo e atingir o novo modelo de desenvolvimento do país. Baseada no consumo, a China ainda possui muito espaço para crescer, até mesmo por conta do potencial de urbanização do país que atualmente corresponde a 51% da população. Por fim, reforçou a importância do diálogo entre as empresas, o Conselho e a Embaixada da China no Brasil, que está aberta para trabalhar em conjunto com vistas a aperfeiçoar o comércio e o investimento entre os países. 5
Empresas e Instituições presentes Brasileiras 1. ABIOVE 2. Banco do Brasil 3. Banco Bradesco 4. China Invest 5. Comexport 6. Concordia 7. Ernst & Young 8. Embraer 9. Êxito XCMG 10. FAAP 11. Felsberg e Associados 12. FIESP 13. Instituto Confúcio 14. Odebrecht 15. PwC 16. Sertrading 17. Suzano Papel e Celulose Chinesas 1. Banco da China 2. Huawei 3. JAC Motors 4. State Grid 6