RESUMO. diferenciou-se estatisticamente para as variáveis vigor germinativo, sementes germinadas, massa verde, comprimento de hipocótilo e radícula.

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Transcrição:

EFEITOS FISIOLÓGICOS EM SEMENTES DE SOJA (Glycine max L.) SUBMETIDAS AO USO DE DIFERENTES ADITIVOS 1 PELISSARI, Guilherme 2 ; CARVALHO, Ivan Ricardo 2 ; FERRARI, Mauricio 2 ; PELEGRIN, Alan Junior 2 ; DEMARI, Gustavo 3 ; NARDINO Maicon 3 ; SOUZA, Velci Queiróz 4 ; CARON, Bráulio Otomar 4 1 Trabalho de Pesquisa desenvolvido na Universidade Federal de Santa Maria Campus Frederico Westphalen-RS. 2 Curso de Agronomia da Universidade Federal de Santa Maria Campus Frederico Westphalen- RS, Brasil. 3 Mestrando em Agronomia, Universidade Federal de Santa Maria Campus Frederico Westphalen-RS, Brasil. 4 Prof PhD. Adj. da Universidade Federal de Santa Maria, Campus de Frederico Westphalen, RS, Brasil. E-mail: guilherme_pl_@hotmail.com; ivan_ricardo_21@hotmail.com; rr_mauricio@hotmail.com; ajpelegrin06@hotmail.com; ghdemari@bol.com.br nardinoagronomia@bol.com.br; velciq@gmail.com; otomarcaron@yahoo.com.br. RESUMO Avaliando tecnologias com ênfase em maior qualidade de semente e desempenho produtivo da soja, o trabalho teve a finalidade avaliar cultivares de soja sobre o desempenho inicial de germinação com aminoácido, Hormônio regulador de crescimento e Inoculantes. No experimento utilizou o delineamento experimental inteiramente casualizado, com 35 tratamentos em oito repetições. Analisando os tratamentos utilizados verifica-se que o inoculante liquido e turfoso apresentaram resultados significativos inferiores no índice de vigor, germinação e plântulas anormais e sementes não germinadas em relação aos outros tratamentos, porém esses mesmos tratamentos demonstraram diferença significativa sob as varáveis massa verde e massa seca. O tratamento aminoácido apresentou diferença significativa para massa seca, tamanho de hipocótilo e radícula. A cultivar Brasmax Energia RR diferenciou-se estatisticamente para as variáveis vigor germinativo, sementes germinadas, massa verde, comprimento de hipocótilo e radícula. Palavras-chave: Germinação, Vigor de sementes, Fixação biológica de nitrogênio, Fitorregulador. 1. INTRODUÇÃO O Brasil cultiva aproximadamente 22 milhões de hectares com a cultura da soja (Glycine max L.), as condições adequadas de cultivo proporcionam aumentos graduais no rendimento desta oleaginosa, no ano 2006 foi a espécie mais cultivada do país (IBGE, 2007). Estudos realizados por Sediyama, (2009) caracterizam a soja como planta de extrema importância mundial, expressa altos teores de proteína e óleo. Utilizada na alimentação humana, produção de biodiesel, após seu beneficiamento o farelo produzido é destinado à suplementação animal devido seus benefícios bromatológicos. 1

Pesquisas são realizadas com intuito de desenvolver alternativas tecnológicas que tragam desempenho técnico avançado, melhoria na eficiência fisiológica das sementes e aumento da produtividade da cultura a campo. A utilização de aminoácidos juntamente às sementes da soja enquadra-se como forma eficaz na exploração de recursos disponíveis, buscando acréscimos no crescimento e desenvolvimento da cultura, esta técnica proporciona benefícios na germinação, plântulas mais vigorosas, sistemas radiculares mais resistentes e eficazes na absorção de nutrientes e água, o uso de aminoácidos acarreta na uniformidade do enchimento de grãos, influência na constituição protéica dos grãos provindos do cultivo com uso desta substância (LUDWIG, et., al., 2011). A utilização de hormônios reguladores do crescimento vegetal enquadra-se como alternativa importante para ganhos produtivos na cultura da soja. São componentes as citocininas responsáveis pelo estímulo do crescimento vegetal, giberelina, age no processo metabólico da germinação das sementes, auxina ou ácido indolbutírico estimula a formação do sistema radicular e vasos condutores de seiva. Este composto é caracterizado como fitoestimulante que contém fitorreguladores e traços de sais minerais (CASTRO, et., al., 1998). Estudos realizados por Kerbauy, (2004) relatam que a giberelina promove o alongamento e divisão dos tecidos celulares, regula o crescimento, ciclo celular, mobiliza as reservas do endosperma, minimiza efeitos no aborto floral da soja, portanto a manutenção floral reflete diretamente no rendimento da cultura, por proporcionar maior número de legumes por planta. A ação metabólica na germinação das sementes, quebra da dormência, controle da hidrólise das reservas do endosperma e crescimento do embrião, são processos resultantes das ações da giberelina (FLOSS, 2008; FERRI, 1985). Segundo Taiz; Zeiger, (2004) as citocininas promovem a divisão celular, senescência foliar, dominância do meristema apical, mobilidade de nutriente e quebra da dormência das gemas. Estes autores relatam que os fitorreguladores atribuem crescimento vegetal, alongamento celular, acréscimos na absorção de nutrientes. A inoculação através do uso de bactérias do gênero Bradyrhizobium garante a soja fixação biológica de nitrogênio atmosférico, enquadra-se de forma a minimizar os custos com adubação nitrogenada nesta leguminosa. Estas bactérias infectam as raízes via pêlos radiculares, quando ativas formam nódulos de coloração interna avermelhada. A Fixação Biológica de Nitrogênio pode, dependendo de sua eficiência, fornecer todo nitrogênio que a soja necessita (EMBRAPA SOJA, 2004). A técnica de inoculação via embebição das sementes, seja com uso de inoculante líquido ou turfoso caracteriza-se como avanço na produção desta 2

oleaginosa, além de reduzir o uso de fertilizantes nitrogenados, permite a redução de impactos ambientais, minimizando a contaminação dos lençóis freáticos, devido a lixiviação do nitrogênio pelos perfis do solo. O objetivo deste estudo é avaliar os efeitos do uso de aminoácidos, hormônios reguladores do crescimento vegetal e inoculante líquido e turfoso, sobre parâmetros fisiológicos de cultivares de soja. 2. METODOLOGIA O experimento foi realizado no Laboratório de Melhoramento Genético e Produção de Plantas, vinculado à Universidade Federal de Santa Maria Campus Frederico Westphalen RS, região do Médio-Alto Uruguai, sob coordenadas 27º 23 26 latitude sul, 53º 25 43 longitude oeste e 461,3m de altitude. O delineamento experimental utilizado foi o inteiramente casualizado, este trabalho foi composto de 35 tratamentos dispostos em oito repetições, totalizando 280 unidades experimentais. As cultivares utilizadas foram: BMX Ativa RR, Brasmax Energia RR, Fundacep 57 RR, Fundacep 61 RR, Coodetec 48 RR, Nidera 6411 RG e Dom Mário 6200 RR. Os aditivos utilizados na embebição das sementes foram: aminoácidos, hormônios reguladores de crescimento, inoculante líquido, inoculante turfoso, e sem aditivo correspondendo como testemunha. A metodologia foi seguida através das normas para análise de sementes, sendo cada tratamento distribuído em oito repetições contendo 50 sementes cada, dispostas em rolos de papel germitest, onde o papel continha 2,5 vezes sua massa em volume de água visando o umedecimento adequado. Sendo estes colocados na forma de rolos abrigados em sacos plásticos, posteriormente transferidos para germinador com fotoperíodo, e temperatura de 25ºc, em perfeitas condições de germinação. As doses foram homogêneas para todos os tratamentos, sendo estas: aminoácido 2,5 ml/kg -1 de sementes, hormônios reguladores de crescimento 5,0 ml/kg -1 de sementes, inoculante liquido 1.0 ml/kg -1 de sementes, inoculante turfoso 5,0 g/kg -1 de sementes. As variáveis analisadas no experimento foram: Primeira contagem: sendo indicativo de vigor, a primeira contagem de germinação foi conduzida de forma paralela com o teste de germinação, computando-se a porcentagem de plântulas normais, ou seja, com radícula e hipocótilo desenvolvidos, para soja laborada no quinto dia após o início do teste. Sementes germinadas: As avaliações foram realizadas depois de dez dias após a semeadura, computando-se o número de plântulas normais de acordo com as Regras para análise de sementes. 3

Sementes anormais: Nesta avaliação, após dez dias verificou-se o número de plantas anormais, consideradas apenas plântulas com uma das estruturas desenvolvidas. Sementes não germinadas: após dez dias, verificou-se a percentagem de sementes não viáveis, ou seja, que não germinaram. Comprimento da radícula e hipocótilo: conduzido juntamente com o teste de emergência, e após procedeu-se à medição, os comprimentos médios da radícula e do hipocótilo das plântulas normais foram obtidos através de um número médio de plantas, e os resultados expressos em cm na plântula. Massa Verde (gramas): No término do teste colocar quantas plântulas foram pesadas as plântulas foram pesadas na balança analítica para a obtenção da massa verde. Massa seca (gramas): após a separação das plântulas, foi realizada a coleta das mesmas e levadas para a câmera de ventilação forçada a 65ºc durante cinco dias, após obtém-se a massa seca das respectivas plântulas. Os dados obtidos foram submetidos à análise de variância. As variáveis que apresentaram interação cultivar x uso de aditivo, foram desmembradas aos efeitos simples. As variáveis que não revelaram efeitos significativos para interação foram comparados por médias pelo teste de tukey ao nível de 5% de probabilidade de erro. 3. RESULTADOS E DISCUSSÕES A análise de variância relevou significância para a interação cultivar x uso de aditivo para as seguintes variáveis: primeira contagem de germinação, sementes germinadas, sementes anormais, sementes não germinadas, massa verde de plântulas, massa seca de plântulas, comprimento do hipocótilo, comprimento da radícula. Em relação à variável primeira contagem de germinação aferida aos cinco dias após a implantação dos testes, observa-se (Tabela 1) os tratamentos com uso de aminoácidos, hormônios e testemunha não diferem estatisticamente para as cultivares BMX Ativa RR, BMX Energia RR, Fundacep 57 RR, Fundacep 61 RR, Coodetec 48 RR e Dom Mário 6200 RR. Para estas cultivares o uso destes aditivos não interferem fisiologicamente no vigor das sementes. Observam-se efeitos antagônicos no uso de hormônios reguladores de crescimento para a cultivar Nidera 6411 RG onde o vigor foi afetado de maneira considerável, o uso de inoculante liquido e turfoso acarretou em redução no vigor das sementes, para todas as cultivares testadas. Na comparação da resposta do vigor das sementes entre cada cultivar testada, observa-se superioridade para os materiais BMX Energia RR e Fundacep 61 RR, possivelmente estas cultivares possibilitam maior resposta a embebição destes 4

aditivos em suas sementes mantendo o vigor das mesmas. A resposta antagônica de algumas cultivares frente ao uso de inoculante deve-se aos sítios de infecção entre rizóbios e semente, alguns fatores acarretam em prejuízos neste processo tais como: estado fisiológico do rizóbio, questões ambientais como umidade, oxigenação, temperatura e concentração desta bactéria junto a semente (TRINICK, et., al., 1982); (VARGAS, et., al., 1994). Tabela 1: Primeira contagem de germinação sob tratamentos com aminoácido(aa), Hormônio Regulador de Crescimento(HRC), Inoculante Líquido(INOC LIQ), Testemunha(TES), Inoculante Turfoso(TURFA) para as cultivares Ativa, Energia, F.57, F.61, C.248, NI 6411 e D 6200. AA 57.5 a C 96.0 a AB 57.5 a C 93.5ab AB 87.0 a B 83.5 a B 88 a B HRC 57.5 a C 88.0 ab AB 65.5 a C 98.0 a A 83.0 a B 67.5 b C 92.5 a AB INOC LIQ 28.0 c C 85.0 b A 46.5 b B 84.0 b A 65.0 b B 45.5 c B 39.0 c B TES 57.0 a E 97.0 a A 69.0 a D 95.0 a AB 85.5 a BC 82.0 a C 91.5a ABC TURFA 43.0 b C 72.0 c A 41.0 b C 62.5.0 c AB 68.5 b AB 63.0 b AB 58.5 b B CV(%) 10.703 A variável percentagem de sementes germinadas é aferida dez dias após o inicio dos testes, expressa a qualidade fisiológica do material testado. Observa-se (Tabela 2) o comportamento das cultivares frente ao uso de aditivos, constatando-se comportamento antagônico no uso de inoculante liquido para todas as cultivares, onde está prática reduziu consideravelmente o número de sementes germinadas. Em Relação ao uso de inoculante turfoso este diferiu estatisticamente para as cultivares Fundacep 57 RR, Fundacep 61 RR, Nidera 6411 RG, o uso de aminoácido e hormônios reguladores de crescimento desempenharam efeitos similares a testemunha para todas as cultivares. Ao relacionarmos o comportamento de cada cultivar em relação ao uso dos diferentes aditivos, observa-se na (Tabela 2) que o comportamento é similar para as cultivares BMX Ativa RR, Brasmax Energia RR, Coodetec 248 RR, onde os melhores resultados são expressos para a testemunha, o uso de aminoácidos e hormônios reguladores de crescimento não diferem entre si para este quesito. Algumas circunstâncias como falta de semente de boa qualidade, vigor médio ou baixo, temperatura amena e alto teor de umidade, a emergência e a germinação da soja ocorrem lentamente ficando a semente exposta a fungos o que pode causar a deterioração ou a morte de plântulas (HENNING, et., al., 1981). 5

Tabela 2: Variável sementes germinadas para os tratamentos Aminoácido(AA), Hormônio Regulador de Crescimento(HRC), Inoculante Liquido(INOC LIQ), Testemunha(TES), Inoculante Turfoso(TURFA) com as cultivares Ativa, Energia, F.57, F.61, C.248, NI 6411 e D 6200. TRAT ATIVA ENERGIA F. 57 RR F. 61 C. 248 NI 6411 D 6200 AA 39.5a C 78.0a A 44.5b C 86.5a A 76.5a AB 64.5b B 75.5a AB HRC 40.0a C 78.5a A 48.5ab C 86.0a A 66.0a B 50.5c C 76.5a AB INOC LIQ 21.0b D 50.5b AB 41.0bc BC 61.5b A 50.5b AB 35.0d C 34.5c C TES 48.5a C 83.5a A 57.5a C 90.0a A 77.0a B 79.5a AB 77.5a B TURFA 40.5a DE 82.0a A 31.0c E 45.5c CD 65.5a B 42.0cd CDE 54.0b BC CV(%) 14.736 Em relação às sementes anormais avaliadas ao final do teste de germinação, os tratamentos com aditivos de inoculante turfoso se diferenciaram significativamente para as cultivares BMX Ativa RR, Fundacep 57 RR, Fundacep 61 RR, Nidera 6411 RG e Dom Mário 6200 RR por apresentarem um número elevado de sementes anormais. As demais cultivares Brasmax Energia RR e Coodetec 248 RR apresentaram diferença significativa para o aditivo inoculante liquido. Freire e Jones, (1963) observaram que a perda de umidade e a influência da temperatura causa um aumento na taxa de mortalidade de células de Bradyrhizobium japonicum, o que pode resultar em um número elevado de plantas anormais. Ao verificar as cultivares em relação aos tratamentos com aditivos destaca-se com maior ênfase para sementes anormais a cultivar Fundacep 57 RR para os tratamentos com hormônio regulador de crescimento, Inoculante líquido e turfoso e testemunha. Já para o tratamento com aditivo de aminoácido as maiores médias significativas para sementes anormais são a cultivar BMX Energia RR. Tabela 3: Variável sementes anormais sob os tratamentos Aminoácido(AA), Hormônio Regulador de Crescimento(HRC), Inoculante Liquido (INOC LIQ), Testemunha(TES) e Inoculante Turfoso(TURFA) para as cultivares Ativa, Energia, F.57, F.61, C.248, NI 6411 e D 6200. AA 3.0b A 8.2b A 2.5c A 2.5c A 3.0c A 1.5b A 8.0b A HRC 15.0a A 2.5b B 15.5b A 7.0c AB 11.0bc AB 7.0b AB 7.0b AB INOC LIQ 5.0b B 27.0a A 29.5a A 21.5b A 24.0a A 10.5b B 10.5b B TES 5.5b A 5.5b A 7.5bc A 5.5c A 7.0c A 7.0b A 7.0b A TURFA 18.0a BC 8.5b C 36.5a A 34.0a A 19.5ab B 31.5a A 24.5a B CV(%) 56.169 Para a variável sementes não germinadas onde são analisadas no décimo dia, ou seja, ao final do teste, conforme (Tabela 4) a comparação entre tratamentos mostra que as cultivares BMX Ativa RR, Brasmax Energia RR, Coodetec 248 RR, Nidera 6411 RG e Dom Mário 6200 RR apresentaram significância para o tratamento com inoculante liquido resultando em um número maior de sementes não germinadas. Já para o tratamento com inoculante liquido as cultivares Fundacep 57 RR e Fundacep 6

61 RR expressaram diferenças significativas relevantes de sementes não germinadas para o tratamento com inoculante turfoso. Comparando a variável de sementes não germinadas, a cultivar BMX Ativa RR se diferiu estatisticamente das demais cultivares em relação a todos os tratamentos, assim essa cultivar apresentou potencial germinativo menor que as demais cultivares, podendo ser um problema relacionado ao armazenamento dessa semente ou negativas relacionadas ao ponto ideal de colheita. Tabela 4: Variável sementes não germinadas para os tratamentos Aminoácido(AA), Hormônio Regulador de Crescimento(HRC), Inoculante Liquido (INOC LIQ), Testemunha(TES) e Inoculante Turfoso(TURFA) com as cultivares Ativa, Energia, F.57, F.61, C.248, NI 6411 e D 6200. AA 57.5b A 14.0ab C 41.0a A 11.0abc C 20.5a C 34.0b B 16.5b C HRC 44.5c A 19.0ab BC 36.0b A 7.0bc C 23.0a B 42.5a A 16.5b BC INOC LIQ 74.0a A 22.5a CD 29.5b C 17.0ab D 25.5a CD 54.5a B 55.0a B TES 46.0bc A 11.0ab B 35.5b A 4.5c B 16.0a B 13.5c B 15.0b B TURFA 42.5c AB 9.5b D 41.5b A 20.5a BCD 15.0a CD 26.5b BC 21.0b BC CV(%) 31.688 Para as cultivares relacionadas à produção de massa verde (Tabela 5), as cultivares BMX Ativa RR, Brasmax Energia RR, Coodetec 248 RR, Nidera 6411 RG e Dom Mário 6200 RR apresentaram as maiores diferenças estatísticas, sendo a maior produção de massa verde para a testemunha, ou seja, essas cultivares demonstraram influencias negativas do uso dos aditivos na produção de massa verde. Assim a Fundacep 57 RR apresentou maior média para o tratamento com inoculante líquido e a Fundacep 61 RR e a Dom Mário 6200 destacaram-se para o tratamento com aminoácido, ou seja, maior nível de massa verde neste tratamento. Essa massa verde é destacada em nível de implantação a campo devido ao um arranque inicial em competição interespecífica com plantas daninhas, maior resistência a doenças e moléstias e quantidade de massa resultante no desenvolvimento e rendimento da cultura. Comparando as cultivares com os tratamentos para massa verde (Tabela 5) a cultivar Coodetec 248 é superior estatisticamente das demais cultivares. Para o tratamento com regulador de crescimento a cultivar Nidera 6411RG foi superior, devido ao efeito da citonina em estimular o crescimento vegetal. A Fundacep 57 RR apresentou as maiores médias para o tratamento com inoculante líquido e por fim a cultivar BMX Energia RR demonstrou resultados significativos sobre as demais cultivares em relação ao tratamento com inoculante turfoso, assim essas cultivares apresentaram efeitos sinérgicos, possivelmente os tratamentos agregam qualidades à cultura. 7

Tabela 5: Variável peso de massa verde para os tratamentos Aminoácido(AA), Hormônio Regulador de Crescimento(HRC), Inoculante Liquido (INOC LIQ), Testemunha(TES) e Inoculante Turfoso(TURFA) com as cultivares Ativa, Energia, F.57, F.61, C.248, NI 6411 e D 6200. AA 0.702a C 0.795ab BC 0.549b D 0.892a AB 0.943a A 0.872a AB 0.922a A HRC 0.547b B 0.728bc A 0.439c C 0.782bc A 0.727bc A 0.813ab A 0.761b A INOC LIQ 0.283c C 0.647c B 0.775a A 0.735c AB 0.754b A 0.334c C 0.354d C TES 0.715a C 0.862a B 0.602b D 0.843ab B 0.994a A 0.887a B 0.881a B TURFA 0.461b C 0.767ab A 0.300d D 0.696c AB 0.627c B 0.757b A 0.624c B CV(%) 10.77 Para a variável massa seca de plantas (Tabela 6), os resultados demonstram que a comparação das cultivares dentro dos tratamentos, demonstra as cultivares BMX Ativa RR, Fundacep 61 RR, Coodetec 248 RR, Nidera 6411 RG e Dom Mário 6200 RR com diferenças significativas para o tratamento com inoculante Turfoso e as cultivares BMX Energia RR e Fundacep 57 RR foram superiores para o tratamento com inoculante líquido. Segundo Floss e Floss, (2007) a massa seca oriunda das sementes tratadas com aminoácido atua na ativação do metabolismo da planta. Ao observar o comportamento das cultivares (Tabela 6), a cultivar Coodetec 248 foi superior significativamente aos tratamentos com aminoácido, inoculante líquido e a testemunha, já a cultivar Nidera 6411 RG apresentou diferença significativa para os tratamentos com hormônio regulador de crescimento e inoculante turfoso. Tabela 6: Variável peso massa seca sob os tratamentos Aminoácido(AA), Hormônio Regulador de Crescimento(HRC), Inoculante Liquido (INOC LIQ), Testemunha(TES) e Inoculante Turfoso(TURFA) para as cultivares Ativa, Energia, F.57, F.61, C.248, NI 6411 e D 6200. AA 0.082a BC 0.097b B 0.067b C 0.100b B 0.142a A 0.130b A 0.085bc BC HRC 0.035c AB 0.047c A 0.028c B 0.050c A 0.046b A 0.052d A 0.049d A INOC LIQ 0.091a C 0.129a B 0.151a A 0.136a B 0.153a A 0.095c C 0.100b C TES 0.073b C 0.093b B 0.089b BC 0.106b B 0.138a A 0.128b A 0.078c C TURFA 0.093a D 0.126a C 0.096b D 0.138a BC 0.154a AB 0.166a A 0.124a C CV(%) 12.972 Para variável comprimento do hipocótilo (Tabela 7) o tratamento com aminoácido diferenciou-se estatisticamente com as maiores médias para todas as cultivares. Vale ressaltar que a aplicação de aminoácidos em culturas não tem o objetivo de suprir a necessidade das plantas para a síntese proteica, mas agir como ativadores do metabolismo fisiológico (FLOSS e FLOSS, 2007). Na comparação entre cultivares (Tabela 7) é possível visualizar que a cultivar Brasmax Energia RR foi superior significativamente para os tratamentos com hormônio de regulador de crescimento, testemunha e inoculante turfoso e a cultivar Fundacep 61RR superior estaticamente para os tratamentos aminoácidos e Inoculante líquido. 8

Tabela 7: Variável comprimento de hipocótilo para os tratamentos Aminoácido(AA), Hormônio Regulador de Crescimento(HRC), Inoculante Liquido (INOC LIQ), Testemunha(TES) e Inoculante Turfoso(TURFA) com as cultivares Ativa, Energia, F.57, F.61, C.248, NI 6411 e D 6200. ATIVA ENERGIA F. 57 RR F. 61 C. 248 NI 6411 NI 6200 TRAT AA 7.75a BC 7.98a B 6.39a C 9.76a A 7.82a B 6.35a C 7.70a BC HRC 4.70bc B 7.16ab A 4.29b B 6.75bc A 6.18a A 5.43ab B 6.83a A INOC LIQ 0.15d C 5.97b A 0.00 c D 7.00b A 5.74bc A 4.10b B 0.87c C TES 6.00b B 7.66a A 5.84a B 5.38cd B 6.41b AB 5.46ab B 7.55a A TURFA 4.28c B 7.73a A 0.00 c C 4.93 d B 4.46c B 4.25b B 5.01b B CV(%) 17.904 A variável analisada comprimento da radícula (Tabela 8), onde se busca analisar a capacidade da planta em emitir sua radícula buscando a melhor absorção por água e sais minerais e demais nutrientes. Os resultados demonstram que a comparação das cultivares entre os tratamentos exibem as cultivares BMX Ativa RR, Fundacep 57 RR, Fundacep 61 RR, Nidera 6411 RG e Dom Mário 6200 RR com diferença significativa no tamanho de radícula para o tratamento com aminoácido, demonstrando que este aditivo estimulou os hormônios de crescimento a influenciar positivamente no desenvolvimento radicular. As cultivares BMX Energia RR e Coodetec 248 RR diferiram-se estatisticamente com a testemunha, visualizando que essas cultivares por questões fisiológicas não respondeu aos tratamentos com aditivos. Com isso a comparação entre cultivares destaca a cultivar BMX Energia RR como superior significativamente no comprimento de radícula para os tratamentos com hormônio de regulador de crescimento, Inoculante líquido, sem tratamento (testemunha) e inoculante turfoso, a cultivar Dom Mário 6200 RR responde aos efeitos estimulados por hormônios para o tratamento com aminoácido. Tabela 8: Variável comprimento da radícula sob os tratamentos Aminoácido(AA), Hormônio Regulador de Crescimento(HRC), Inoculante Liquido (INOC LIQ), Testemunha(TES) e Inoculante Turfoso(TURFA) para as cultivares Ativa, Energia, F.57, F.61, C.248, NI 6411 e D 6200. AA 4.47a B 5.71c B 4.43a B 6.94a B 5.93ab B 5.02a B 10.07a A HRC 4.18a BC 6.36bc A 4.37a BC 5.53a AB 4.75b ABC 3.09b C 5.73bc A INOC LIQ 0.11b C 6.00c A 0.00 5.96a A 5.77ab AB 4.06ab B 0.88d C TES 4.26a BC 8.09ab A 3.70a C 5.39a BC 6.62a AB 4.79ab BC 6.84b AB TURFA 4.38a B 7.81ab A 0.00 5.02a B 4.46b B 4.33ab B 4.89c B CV(%) 26.56 9

4. CONCLUSÕES Os inoculantes sejam líquidos ou turfosos apresentam resultados negativos sobre o desempenho inicial das plântulas. O uso de hormônio de regulador de crescimento não afeta o desempenho fisiológico das sementes. A utilização de aminoácidos expressa acréscimos sobre a germinação das sementes, refletindo em plantas com raízes e hipocótilos mais vigorosos. REFERÊNCIAS CASTRO, P.R.C., PACHECO, A.C., MEDINA, C.L. Efeitos de Stimulate e de micro-citros no desenvolvimento vegetativo e na produtividade da laranjeira pêra (Citrus sinensis l. osbeck). Scientia Agrícola, v.55, n.2, p.338-341. 1998. FLOSS, E. L. Fisiologia das Plantas cultivadas: o estudo do que está por trás do que se vê. 4. ed. Passo Fundo: Editora Universitária, 2008. FLOSS, E. L.; FLOSS, L. G. Fertilizantes organo minerais de última geração: funções fisiológicas e uso na agricultura. Revista Plantio Direto, edição 100, julho/agosto de 2007. Aldeia Norte Editora, Passo Fundo, RS. Disponível em: http://www.plantiodireto.com.br. FREIRE, J.R.; JONES, S.H. Influência da temperatura de armazenagem e da perda de umidade na longevidade dos inoculantes de leguminosas. Revista da Faculdade de Agronomia e Veterinária da UFRGS, Porto Alegre. 1963. Vol. 6, nº2, p.84-93. HENNING, A.A.; FRANÇA NETO, J.B; COSTA, N.P. Recomendação do tratamento químico de sementes de soja {Glycine Max (L.) Merrill}. Londrina : EMBRAPA-CNPSo, 1981. 9p. (EMBRAPA-CNPSo. Comunicado Técnico, 12). IBGE Produção Agrícola Municipal. Disponível em: http://www.sidra.ibge.gov.br KERBAUUY, G.B.. Fisiologia Vegetal. 1. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2004. M. P. LUDWIG et al.. QUALIDADE DE SEMENTES DE SOJA ARMAZENADAS APÓS RECOBRIMENTO COM AMINOÁCIDO, POLÍMERO, FUNGICIDA E INSETICIDA. Revista Brasileira de Sementes, vol. 33, nº 3 p. 395-406, 2011 SEDIYAMA, T.. Tecnologias de produção e usos da soja. 1.ed. Londrina: Mecenas, 2009. TAIZ, L., ZEIGER, E.. Fisiologia Vegetal. 3.ed. Porto Alegre: Artmed, 2004. Tecnologias de Produção de Soja Região Central do Brasil 2004- Embrapa Soja Sistema de Produção, No 1. 10