DIREITOS PATRIMONIAIS: CASO DE MORTE X CASO DE DIVÓRCIO

Documentos relacionados
DIREITOS PATRIMONIAIS DECORRENTES DA UNIÃO ESTÁVEL NA DISSOLUÇÃO EM VIDA E POR CAUSA DA MORTE

CARTILHA INFORMATIVA SOBRE:

SEPARAÇÃO E SUCESSÃO NO CASAMENTO E NA UNIÃO ESTÁVEL. Aspectos Relevantes

DIREITO CIVIL. Direito das Sucessões. Sucessão Legítima Ordem de Vocação Hereditária Parte 1. Prof ª. Taíse Sossai

Instituições de Direito Profª Mestre Ideli Raimundo Di Tizio p 31

Sucessão que segue as regras da lei quando: DIREITO DAS SUCESSÕES

Pós Graduação em Direito de Família e Sucessões. Prof. Nelson Sussumu Shikicima. Aula dia 27/02/2019. Ordem vocacional hereditária.

Princípios Básicos ENTRE OS CÔJUGES. Princípios Básicos. Princípios Básicos

A SUCESSÃO NO CASAMENTO E NA UNIÃO ESTÁVEL

Sexta da Família: planejamento sucessório

REGIMES DE BENS E PLANEJAMENTO SUCESSÓRIO

O casamento é a união plena entre duas pessoas, na qual ambos têm os MESMOS direitos e deveres.

Continuando o estudo de sucessão legítima

Pós Graduação Direito de Família e Sucessões.

Na comunhão parcial, cônjuge só tem direito aos bens adquiridos antes do casamento

Planejamento Patrimonial. Questionamento para mulheres de executivos

Regime de comunhão universal, cláusula de incomunicabilidade, fideicomisso

BuscaLegis.ccj.ufsc.br

IGUALDADES E DESIGTUALDADES ENTRE COMPANHEIRO E CÔNJUGE NO PLANO SUCESSÓRIO.

DIREITO DAS SUCESSÕES

Gustavo Rene Nicolau

Escrito por Administrator Dom, 15 de Novembro de :29 - Última atualização Qua, 04 de Janeiro de :11

INFORMAÇÕES PARA HABILITAÇÃO DE CASAMENTO ESTRANGEIRO SOLTEIRO

CEM. Direito Civil. CERT 10ª Fase TRE PE

Escrito por Administrator Dom, 15 de Novembro de :28 - Última atualização Qua, 04 de Janeiro de :05

Professora: Vera Linda Lemos Disciplina: Direito das Sucessões 7º Período

AVALIAÇÃO 2 1 LEIA COM ATENÇÃO:

Problemática da equiparação do Casamento com a União Estável para fins sucessórios

Assim, passaremos a relatar as principais características dessas cinco modalidades.

UNIVERSIDADE PRESIDENTE ANTÔNIO CARLOS - UNIPAC FACULDADE DE CIÊNCIAS JURÍDICAS E SOCIAIS DIREITO CIVIL FAMÍLIA QUADROS ESQUEMÁTICOS

BuscaLegis.ccj.ufsc.Br

Direito Civil. Sucessão em Geral. Professora Alessandra Vieira.

MATERIAL DE LEITURA OBRIGATÓRIA AULA 09

Instituições de Direito Público e Privado. Parte VII Casamento

I-Análise crítica e breves considerações

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO DECISÃO MONOCRÁTICA

DIREITO CIVIL. Direito das Sucessões. Sucessão Legítima Ordem de Vocação Hereditária Parte 2. Prof ª. Taíse Sossai

Pós Graduação em Direito de Família e Sucessões. Prof. Nelson Sussumu Shikicima. Aula dia 25/02/2019. Ordem vocacional hereditária.

Curso de Direito - Parte Especial - Livro IV - Do Direito de Família - Prof. Ovídio Mendes - Fundação Santo André 1 / 5 DO PACTO ANTENUPCIAL

O STJ E O REGIME DE BENS E DIVISÃO DA HERANÇA: DÚVIDAS JURÍDICAS NO FIM DO CASAMENTO

EDITAL PARA O IV CASAMENTO COLETIVO 001/2019

Premissas para Reforma do Código Civil Sucessão Legítima

MATERIAL DE LEITURA OBRIGATÓRIA AULA 07

DIREITO CIVIL MARATONA OAB SUPER REVISÃO PARA O XX EXAME DE ORDEM PROFESSORA RAQUEL BUENO DIREITO CIVIL

juiz de paz ministro religiosa

Pós Graduação Direito de Família e Sucessões. Ordem vocacional hereditária.

MATERIAL DE LEITURA OBRIGATÓRIA AULA 08

Direito Civil. Direito de Família. Prof. Marcio Pereira

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO ACÓRDÃO

Como citar este material:

DIREITO DAS FAMÍLIAS. Direito Civil. Biológica ou socioafetiva

Direito das Sucessões

Doação Antônia e Antônio receberam o imóvel D, no valor de R$ ,00. Estando correta a doação, pois saiu da parte disponível de seus avós

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO CIVIL.

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO CIVIL E PROCESSO CIVIL. Aula Ministrada pelo Prof. Nelson Sussumu. (13/08/2018)

I. SUCESSÃO POR CAUSA DA MORTE E PLANEAMENTO SUCESSÓRIO

ACÓRDÃO. O julgamento teve a participação dos Exmos. Desembargadores JOSÉ JOAQUIM DOS SANTOS (Presidente) e LUÍS FRANCISCO AGUILAR CORTEZ.

União Estável e Casamento

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO PROCESSUAL CIVIL.

Relações Familiares: efeitos sobre o patrimônio e possíveis soluções

Pós Graduação em Direito de Família e Sucessões. Prof. Nelson Sussumu Shikicima. Aula dia 11/02/2019. Introdução ao direito de família para sucessões.

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO CIVIL E PROCESSO CIVIL. Regime de bens.

Pós Graduação Direito de Família e Sucessões. Prof. Nelson Sussumu Shikicima. 4ª aula de laboratório de sucessões ministrada dia 20/06/2018.

Direito Civil Prof. Conrado Paulino Rosa

PROF. DRA. ISABELLA PARANAGUÁ

Pós Graduação em Direito de Família e Sucessões. Prof. Nelson Sussumu Shikicima. Aula dia 08/10/2018. Casamento.

CONCORRÊNCIA DO CÔNJUGE SOBREVIVENTE COM OS DESCENDENTES (ARTIGO 1829, INCISO I DO CÓDIGO CIVIL)

Pós Graduação Direito de Família e Sucessões. Prof. Nelson Sussumu Shikicima. 2ª aula de laboratório de sucessão ministrada dia 13/06/2018. Casamento.

TABELA XIII DOS SERVIÇOS EXTRAJUDICIAIS - DOS ATOS DO TABELIONATO DE NOTAS Cód. Lei ATOS EMOLUMENTOS FERC TOTAL

1. Beatriz David 3 valores Beatriz Catarina Beatriz Beatriz António Beatriz Beatriz 2. Emanuel 3 valores Emanuel Beatriz António

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO CIVIL E PROCESSO CIVIL. Aula Ministrada pelo Prof. Nelson Sussumu Shikicima. Família e Sucessões.

CURSO CARREIRAS JURÍDICAS Nº 04

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO ACÓRDÃO

REGIME DE BENS. 1 Conceito: 2 Princípios aplicados aos regimes de bens: 31/08/2014. Conjutno de regras patrimoniais. Normas de cogentes

Direito Civil Aula 14 Profª Patrícia Strauss

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO PROCESSUAL CIVIL. Previsão encontra-se no art do C.C. Reta (ascendente e descendente)

Aula Ministrada pelo Prof. Nelson Sussumu Shikicima, (14/08/2017) Continuação de execução de alimentos, e ordem hereditária.

A MUTABILIDADE DO REGIME PATRIMONIAL DE BENS NO CASAMENTO E NA UNIÃO ESTÁVEL

Supremo Tribunal Federal

Introdução ao Direito de Família Casamento e União Estável Formalidades Preliminares. Habilitação para o Casamento

UNIÃO ESTÁVEL. 2) A coabitação não é elemento indispensável à caracterização da união estável.

BuscaLegis.ccj.ufsc.br

5 Celebração e Prova do Casamento, Ritos matrimoniais, Cerimônia do casamento, Suspensão da cerimônia, 85

Família e o mundo jurídico: repercussão do Código Civil de 2002 nas relações familiares.

Modalidades do Regime de Bens

Neste sentido dispõe o art. 35-A da Lei /09, acrescido pela Lei /2012) :

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO PROCESSUAL CIVIL. Aula Ministrada pelo Prof. Nelson Sussumu Shikicima

Eventos e Notícias 6 Nessa seção, estão expostos os principais eventos de que farão parte nossos sócios.

Pós Graduação em Direito de Família e Sucessões. Prof. Nelson Sussumu Shikicima. Aula dia 20/03/2019. Sucessão testamentária (continuação).

Pós Graduação em Direito de Família e Sucessões. Prof. Nelson Sussumu Shikicima. Aula dia 13/02/2019. Introdução ao direito de família para sucessões.

A evolucao historica da uniao estavel e do casamento com reflexo na sucessao

SUMÁRIO PREFÁCIO... 9 PARTE I O PANORAMA DO DIREITO PATRIMONIAL DA FAMÍLIA E DAS SUCESSÕES NO DIREITO BRASILEIRO

9/26/17. Contratos. ! Conceito: Contrato. Fontes obrigacionais no direito civil brasileiro. - Direito obrigacional

ACÓRDÃO. O julgamento teve a participação dos Desembargadores BERETTA DA SILVEIRA (Presidente), EGIDIO GIACOIA E VIVIANI NICOLAU.

2. Pronuncie-se sobre a filiação materna e paterna de Cristiana. (2 valores)

Uma visão sistêmica do Direito e a aplicação do art. 45 da Lei do Divórcio

Grupo de Estudos de Empresas Familiares GVlaw/ Direito GV. Reflexos Familiares e Sucessórios na Empresa Familiar. Apresentação

CASAMENTO E REGIMES DE BENS

PROJETO DE LEI DO SENADO Nº, DE 2009

Transcrição:

DIREITOS PATRIMONIAIS: CASO DE MORTE X CASO DE DIVÓRCIO (O Estado de S.Paulo 21/12/2016) Regina Beatriz Tavares da Silva Neste artigo explicarei como o patrimônio é partilhado em caso de divórcio e em caso de morte de um dos cônjuges. Portanto, tratarei exclusivamente do casamento civil no ordenamento legal vigente, mostrando como é ampliado o direito ao patrimônio quando o casamento se dissolve pela morte, em desrespeito à autonomia da vontade na escolha do regime de bens do casamento. O regime legal, ou seja, aquele que independe de escritura pública ou de pacto antenupcial, quando as pessoas se casam, é o da comunhão parcial de bens. Nesse regime, segundo o Código Civil, são bens comuns aos dois cônjuges tudo aquilo que se adquire de maneira onerosa, ou seja, todos os bens que são comprados por um deles com recursos adquiridos durante o casamento. Desse modo mesmo estando, por exemplo, o veículo ou a aplicação financeira, ou mesmo o apartamento, em nome de somente um dos cônjuges, como seu proprietário ou titular, esse bem se comunica ao outro, por outras palavras, é também do outro cônjuge, em partes iguais. No entanto, todos os bens adquiridos antes do casamento são exclusivos do cônjuge que os adquiriu, seja onerosamente (por compra), seja gratuitamente (por doação ou herança); do mesmo modo que os bens adquiridos gratuitamente durante o casamento (por doação ou herança) também são exclusivos do cônjuge que os obteve. Mas, as partes podem celebrar pacto antenupcial por escritura pública em Tabelionato de Notas para, antes do casamento, escolher outro regime, diferente daquele acima referido. Por exemplo, a escolha pode ser a do regime VEJA MAIS ARTIGOS NO SITE WWW.APLJ.ORG.BR - 1

da separação absoluta de bens. Neste caso, a escolha dos noivos é a exclusividade de cada um deles sobre todos os bens adquiridos anterior e posteriormente ao casamento. Em caso de divórcio, se o regime for o da comunhão parcial, serão partilhados somente os bens adquiridos onerosamente durante o casamento, ou seja, aqueles que foram adquiridos com recursos advindos no período do casamento. No entanto, se a dissolução do casamento ocorrer pela morte de um dos cônjuges, o cônjuge sobrevivente, além da meação sobre esses bens, direito que decorre do regime da comunhão parcial, terá direito, também, à herança do falecido, ou seja, a uma parte daqueles bens que eram exclusivos do cônjuge que morreu. Em caso de divórcio, se o regime for o da separação total de bens nada será partilhado entre os cônjuges. Porém, segundo o Código Civil brasileiro, vigente desde janeiro de 2003, em caso de morte de um dos cônjuges, o sobrevivente tem direito à herança sobre os bens exclusivos do falecido. Por outras palavras, é ampliado o direito do cônjuge sobrevivente ao patrimônio do outro cônjuge. Esse direito à herança garante ao cônjuge sobrevivente, o direito inatingível a uma parte dos bens exclusivos do falecido. Em outras palavras, se a dissolução do casamento ocorrer pelo divórcio, serão aplicadas estritamente as regras do regime de bens. Por outro lado, se a dissolução do casamento ocorrer pela morte de um dos cônjuges, o cônjuge sobrevivente, terá direito à herança do falecido, ou seja, a uma parte de todos os bens que eram exclusivos do cônjuge que morreu. Esse direito à herança do cônjuge sobrevivente chega ao ponto de ser havido pelo Código Civil como um direito inatingível, chamado direito à legítima ou à herança necessária. Dou um exemplo sobre casamento celebrado sob o regime da comunhão parcial de bens. Um homem, que tem um filho de anterior casamento, casa-se novamente com outra mulher, casamento este do qual não VEJA MAIS ARTIGOS NO SITE WWW.APLJ.ORG.BR - 2

nascem filhos. Seu patrimônio é constituído por um apartamento de moradia (R$ 500.000,00), outro apartamento para locação (R$ 500.000,00), dois veículos (cada um no valor de R$ 100.000,00) e uma aplicação financeira (R$ 200.000,00). Leve-se em conta, ainda, que os dois apartamentos eram de propriedade exclusiva do marido, porque adquiridos antes do casamento, sendo patrimônio da comunhão de bens os dois veículos e a aplicação financeira. Esse homem morre durante esse segundo relacionamento. A mulher, cônjuge sobrevivente, terá direito à meação, em razão do regime de bens da comunhão parcial, a um dos veículos (R$ 100.000,00) e à metade da aplicação financeira (R$ 100.000,00). Essa mesma mulher também terá direito à herança sobre os bens exclusivos do marido falecido, de modo que herdará uma parte ideal correspondente à propriedade da metade do apartamento de moradia e da metade do apartamento destinado à locação. Agora, passo a dar o mesmo exemplo de composição familiar, mas com o casamento celebrado sob o regime da separação absoluta de bens. Aquele mesmo homem, com um filho de anterior casamento e que se casa, novamente, com outra mulher, não havendo filhos deste segundo casamento, quando morrer, terá sua herança composta da seguinte forma. A mulher, cônjuge sobrevivente, terá o mesmo direito do filho à herança, ou seja, se o patrimônio for constituído por um apartamento de moradia (R$ 500.000,00); outro apartamento para locação (R$ 500.000,00), dois veículos (cada um no valor de R$ 100.000,00) e uma aplicação financeira (R$ 200.000,00), a mulher terá direito à parte ideal correspondente a 50% de todos esses bens, cabendo os outros 50% ao filho do falecido. Portanto, tudo muda, em termos de direito ao patrimônio, se a dissolução do casamento ocorrer pelo divórcio ou pela morte. Em suma, a autonomia da vontade que vigora na escolha de um regime de bens, escolha essa sempre realizada de comum acordo pelos nubentes, foi quebrada pelo Código Civil. Por isso, essa mudança não foi bem acolhida pela sociedade, porque retira das pessoas o direito à livre escolha do regime de VEJA MAIS ARTIGOS NO SITE WWW.APLJ.ORG.BR - 3

bens e de seus efeitos. No entanto, mesmo com essa rejeição social em relação a essas regras sucessórias do casamento, as normas legais sobre a herança e o patrimônio que será partilhado após a morte de um dos cônjuges ainda vigoram. Para diminuir o impacto do Código Civil sobre a autonomia da vontade, pode-se realizar um planejamento sucessório antes da morte do cônjuge. Uma das formas de planejamento sucessório é a celebração de testamento, em que o cônjuge e pai deixa a cota disponível, ou seja, 50% de seu patrimônio, para o filho. Assim, se no exemplo antes apresentado, o regime de bens escolhido foi o da separação total de bens e for realizado testamento, o testador pode estabelecer que o apartamento de moradia (R$ 500.000,00), em que habitava o casal, um dos veículos (R$ 100.000,00) e metade da aplicação financeira (R$ 100.000,00) sejam destinados ao cônjuge sobrevivente e o apartamento para locação (R$ 500.000,00), o outro veículo (R$ 100.000,00) e a outra metade da aplicação financeira (R$ 100.000,00) sejam destinados ao filho. Assim, como foi esclarecido neste artigo, a tão almejada autonomia da vontade já foi, indevidamente, retirada pelo legislador do Código Civil. Essa violação ao direito que todos deveriam ter na escolha da destinação de seu patrimônio deveu-se aos legisladores da fase inicial do processo legislativo de aprovação do Código Civil em vigor. Observo que na última fase desse processo, da qual participei como integrante da equipe de revisão do projeto de lei de Código Civil, ocorrida na Câmara dos Deputados, a opção foi por não modificarmos artigos, como os da herança da pessoa casada, que levassem o projeto novamente ao Senado. Essa opção levou em consideração o eterno ping pong em que poderia cair esse projeto, em razão do processo legislativo bicameral, pelo qual uma vez alterados artigos fora dos limites regimentais por uma das casas do Congresso Nacional, esse mesmo projeto deve ser remetido à outra Casa do Congresso Nacional. VEJA MAIS ARTIGOS NO SITE WWW.APLJ.ORG.BR - 4

Imaginemos se essa autonomia da vontade, em caso de morte de um dos consortes, vier a ser violada também pelo Supremo Tribunal Federal em que se debate, por meio de recurso extraordinário de repercussão geral, a equiparação dos direitos sucessórios oriundos da união estável aos do casamento. As pessoas já têm a autonomia da vontade limitada e, portanto, violada, ao escolherem o casamento para formar suas famílias. As pessoas também perderão a autonomia da vontade se escolherem a união estável para formar família. VEJA MAIS ARTIGOS NO SITE WWW.APLJ.ORG.BR - 5