B O L E T I M OFERECIMENTO QUINTA-FEIRA, 25 DE JUNHO DE 2015 NÚMERO DO DIA 5,5 bilhões de reais será o custo do estádio Olímpico dos Jogos de Tóquio, em 2020 EDIÇÃO 282 Com Voxx, Cimed fecha com Fluminense e quer mais clubes POR DUDA LOPES O Fluminense apresentou na última quarta-feira sua nova patrocinadora: a Voxx. A marca do Grupo Cimed ficará exposta no número do uniforme, e o contrato assinado será válido por um ano. Mas o clube não será a única aposta da empresa, que quer usar o futebol para mudar a imagem de seu produto. A Cimed já havia apostado no Botafogo e, nesta semana, fechou também um patrocínio à Portuguesa. A Voxx quer massificar as informações sobre o uso de suplementos alimentares para todos os praticantes de atividades físicas. E o futebol é uma ótima ferramenta de comunicação, comentou o presidente do grupo Cimed, João Adibe. O plano é mudar a ideia de que suplementos alimentares são focados apenas para quem quer ganhar muita massa muscular. Além da popularidade do futebol, o tipo físico do jogador não é como de um fisiculturista. No Fluminense, todo o elenco passará a usar produtos da Voxx, que será a responsável pela suplementação alimentar do clube; atletas olímpicos também deverão ser incluídos no acordo. Neste primeiro momento, as ações envolvendo torcedores serão feitas no camarote da equipe, no estádio do Maracanã. Como o plano da empresa é difundir a marca da Voxx, mais clubes deverão ser incluídos no portfólio da companhia. Negociações com diversos times foram abertas, e incluem o mercado do sul e nordeste do país, além de São Paulo e Rio de Janeiro, que também poderão ter mais investimentos. Vêm muitas novidades por aí, garantiu Adibe. Apesar do avanço recente no futebol, o esporte não é uma aposta nova da Cimed. Por anos, a marca esteve no vôlei, com uma equipe em Florianópolis. Hoje, o foco tem sido o automobilismo, especialmente na Stock Car. A categoria conta com uma equipe nomeada pela própria Voxx. 1
COI e Fifa precisam reexaminar custo de estádios DA REDAÇÃO POR ADALBERTO LEISTER FILHO diretor de conteúdo da Máquina do Esporte Apesar de sinalizarem com redução de custos dos megaeventos esportivos, Fifa e COI (Comitê Olímpico Internacional) ainda não tomaram medidas para baratear os preços estratosféricos das arenas. A Fifa fez vistas grossas aos gastos do Brasil, a maior parte através de dinheiro público, para a construção e reforma das 12 arenas utilizadas na última Copa do Mundo. Em valores atualizados, o país desembolsou um total de R$ 8,85 bilhões. O COI, por sua vez, lançou nova agenda buscando cortar custos e tornar a Olimpíada mais acessível. A medida veio após gastos perdulários nos Jogos de Verão de Pequim-2008 (US$ 43 bilhões) e de Inverno de Sochi-2014 (US$ 50 bilhões). A nova diretiva, porém, chegou tarde para cortar custos dos Jogos do Rio-2016. No entanto, atingiu a Olimpíada de Tóquio-2020. Tanto é que, após diversos cortes e o reaproveitamento de instalações esportivas já existentes, os japoneses pretendem gastar US$ 4,5 bilhões. A questão do estádio Olímpico, porém, não foi atingida. O Comitê Organizador do Japão já divulgou investimento de cerca de R$ 5,5 bilhões para a construção de uma nova arena, já que o antigo estádio Nacional, utilizado na Olimpíada de 1964, não satisfazia mais às necessidades modernas, e já foi demolido. É difícil justificar o gasto exorbitante quando a questão dos custos se tornou essencial na agenda olímpica. COI e organizadores precisam reexaminar as necessidades da principal arena. Sob o risco de que sediar a Olimpíada continue sendo uma aventura possível para poucos. Adidas irá mensurar impacto de escândalo no consumo para seguir na Fifa POR REDAÇÃO O contrato entre Fifa e Adidas só vence em 2030, mas a empresa fará avaliação da influência do escândalo nas metas de consumo em um prazo de dois anos. Só então passará a considerar a possibilidade de rompimento da parceria. A informação é de Markus Baumann, chefe da divisão de futebol da Adidas. O executivo revelou a analistas nesta quarta-feira (24) que a marca sofreu pressão dos clientes para encerrar o patrocínio logo após a deflagração da crise. Baumann, porém, reiterou que a Adidas não tem planos de pôr fim à parceria, iniciada em 1970, nesse período. A decisão se estende à Uefa. Adidas não tem intenção de mudar os acordos com Fifa ou Uefa nos próximos dois anos, disse o executivo da marca esportiva. A Adidas foi uma das patrocinadoras que tornaram pública a satisfação com a renúncia de do presidente da Fifa, o suíço Joseph Blatter, quatro dias após sua reeleição, no final de maio. Saudamos o compromisso da Fifa para mudar. O Grupo Adidas está totalmente comprometido com a criação de uma cultura que promove os mais altos padrões de ética e transparência. A notícia de hoje marca um passo na direção certa para estabelecer e seguir os padrões de transparência em tudo o que fazem, disse a empresa por meio de comunicado à época. Apesar da turbulência, a Uefa acertou três patrocínios no último mês, com FedEx e Rent-A- -Car, para a Liga Europa, e com PepsiCo para a Liga dos Campeões da Europa. Já a Fifa negocia com a Qatar Airways, parceira do Barcelona.
Botafogo padroniza processos internos para perpetuar gestão POR DUDA LOPES Algumas iniciativas tomadas por dirigentes de uma empresa são absolutamente invisíveis para o cliente, mas fundamentais para a sustentabilidade do negócio. Com essa ideia em foco, a equipe financeira da gestão comandada pelo presidente Carlos Eduardo Pereira, no Botafogo, resolveu mudar os procedimentos internos que eram realizados no clube. E, para encaminhar melhores práticas às gestões futuras, o clube contratou profissionais focados em adotar uma administração mais profissional. Agora, será usado um manual de procedimentos para análises contáveis, com o objetivo de ter bem catalogado o que foi feito no passado, no presente e no futuro. Responsável por gerir a contabilidade do Botafogo, o diretor da área, Leonardo Cruz Marques, comentou as iniciativas à Máquina do Esporte: Temos um plano desenhado para a contabilidade. Claro que cabe ao próximo gestor usar isso ou não, mas estamos buscando uma qualidade que não tinha. E que hoje qualquer empresa tem. A ideia é tornar a situação financeira do clube menos crítica. Além de enormes dívidas, o time se encontra em um momento esportivo delicado, já que disputa a Série B do Campeonato Brasileiro. Agora, o caminho passa por negociar antigas pendências e administrar as receitas para que não haja atrasos em salários. Eu costumo falar que o Botafogo tem uma grande hemorragia financeira. Hoje, ela está estampada, mas ainda não está curada. Vamos primeiro manter os salários e impostos em dia, até porque a prioridade é subir para a 1ª divisão, finalizou Marques. 4
IMM negocia patrocínio de Correios para basquete POR ADALBERTO LEISTER FILHO A IMM, agência de marketing oficial da CBB (Confederação Brasileira de Basquete), é quem negocia patrocínio dos Correios para a entidade. As conversas já tiveram início, e uma reunião aconteceu há três semanas. Valores foram discutidos, com a diretoria dos Correios estudando no momento se seguirá adiante com as tratativas. A estatal atualmente já patrocina outras três confederações olímpicas: desportos aquáticos, tênis, handebol. A retomada de um patrocínio estatal é uma antiga reivindicação do presidente da CBB, Carlos Nunes. No início do ano, o dirigente viajou a Brasília para conversar com o ministro do Esporte, George Hilton, sobre o assunto. O basquete não conta mais com nenhuma empresa estatal desde a saída da Eletrobras, em 2013. A empresa de energia elétrica entrou na entidade em 2003, patrocinando a seleção feminina. No ano seguinte, passou a apoiar também o time masculino. Em 2011 e 2012, a Eletrobras contribuiu para a saúde financeira da CBB com aportes anuais de R$ 13 milhões. No ano seguinte, porém, com a crise do setor, a empresa reduziu sua contribuição para R$ 5,5 milhões, deixando de ser o patrocinador máster. Segundo balanço da CBB, em 2014, a entidade recebeu R$ 10 milhões de patrocinadores privados (Bradesco, Nike e TV Globo) e R$ 14 milhões via convênios com o Ministério do Esporte e Lei Piva, que destina parte da arrecadação das loterias federais ao esporte. A entidade possui uma dívida de cerca de R$ 10 milhões. A primeira pendência financeira importante da entidade será pagar uma dívida com a Federação Internacional de Basquete pelo convite para disputar o Mundial-2014. A entidade condicionou a vaga olímpica para o Rio-2016 à quitação do débito. Netshoes registra aumento de vendas com NBA A crescente popularidade da NBA no Brasil tem repercutido nas vendas. A Netshoes, administradora do e-commerce da loja oficial da NBA no país, registrou aumento de 20% nas vendas durante o primeiro trimestre de 2015 em relação ao mesmo período do ano passado. Os produtos mais procurados são as réplicas das regatas dos times da NBA, bonés e calçados. A empresa investiu na expansão do portfólio da categoria com ativações em eventos promovidos pela NBA no Brasil. O último aconteceu no fim de semana, o NBA 3x, no Rio de Janeiro. A loja virtual registrou ainda um crescimento de 162% nas vendas durante a decisão da liga. 5