Cia. de Teatro e Música do Objetivo Sorocaba Texto Teatral: Uma simples história de amor 2014 1
Personagens: Escritora Bernardo Duda Duda Pequena Helena Clarice Madame Creozodete Assistente da Madame Creozodete Pai Mãe Maria Fantasma Guia de Turismo Elenco Beatriz Cassandre Gabi Araujo Julia Soares Kaylane Ramos Lara Maria Moura Bento Léo Moreira Maíra Jacomuci Milena Tinen Priscila Castro Sofia Claudino Direção Teatral Kelly Carvalho Direção Musical Bruno Albanez Dramaturgia, Figurino, Iluminação e Cenário Cia. de Teatro e Música do Objetivo Sorocaba 2
Cena 1 Blackout; uma luz acende e mostra a escritora no centro do palco. Escritora: Como posso começar essa história? Vamos ver... Preciso de um personagem. Posso fazer uma... Uma menina, seu nome será Eduarda. As luzes se acendem e Eduarda entra em cena. Escritora: Ela não pode viver sozinha, é claro, é uma criança! Vamos então criar seus pais: sua mãe vai ser Clarice e seu pai... Bernardo!! As luzes de Clarice e Bernardo se acendem e eles entram em cena. Escritora: A Duda pode até crescer durante a história! As luzes acendem e a Duda maior entra em cena... Escritora: Mas Duda tem que ter uma amiga, uma melhor amiga! Ela vai se chamar Helena. As luzes de Helena se acendem e ela entra em cena. Escritora: Mas essa história tem que ter um lado místico. Todos os personagens em cena começam a conversar baixinho Escritora: Uma feiticeira! Não. Uma bruxa! Não. Uma... Uma vidente!!!! Silêncio, todos os personagens em cena olham para a escritora. As luzes de Madame se acendem e ela entra em cena e todos os personagens começam a andar e falar alto pelo palco. Escritora fica confusa por tanta coisa em sua mente. Escritora: Mas são tantas ideias, tantas coisas diferentes, não consigo controlar tudo isso! Escritora: Chega!!! (Gritando) Vamos começar essa história! Madame vai até seu banco e senta-se. Todos os personagens saem de cena. Cena 2 Duda entra em cena batendo o pé e logo em seguida entra Bernardo. Bernardo: Você não vai sair e ponto final! Duda: Por que eu não posso sair? Bernardo: Porque não! Duda: Você está muito chato, se a mamãe estivesse aqui ela iria me entender... Bernardo manifesta corporalmente a intensão de falar, mas não sabe o que dizer. 3
Duda: Não vou discutir com você! Eu vou para o meu quarto! Bernardo: Pode ir, mas não vai adiantar! Você não vai sair! Bernardo e Duda saem de cena e no lado direito do palco acende a luz de Madame. Madame: Está na hora de eu agir! Assistente entra no quarto de Duda (lado esquerdo do palco) e coloca o cartão da Madame no diário. Luz do quarto se acende e a cena se passa por teatro de sombras com a narração da Duda e efeitos sonoros. Duda sobe as escadas e entra no seu quarto e bate a porta. Senta-se, encontra um caderno e o pega. Duda: Nossa, o que é isso? Mas quem colocou isso aqui? Abre-o com surpresa. Duda: É o diário da minha mãe! (começa a folheá-lo) Olha, uma poesia! Que a origem da minha maior felicidade se torne de minha maior dor, E que da minha assassina eu não guarde nenhum rancor. Que lindo!!! Tem alguma coisa escrita atrás: 09 de Agosto de 2014 (falar a data do dia da apresentação), PS.: Foi com essa poesia que o Bernardo me pediu em namoro! Que lindo! Quem diria que meu pai um dia foi romântico? Olha, aqui foi quando eu nasci! (Folheia mais) E aqui, no dia da viagem... Aqui o diário acabou (diz triste e folheia até o fim do diário) Olha tem um cartão aqui! Madame Creozodete do Abaeté? Que estranho! É melhor eu investigar! Duda encontra Helena no centro do palco. Helena: O que aconteceu com você? Fiquei te esperando e você não apareceu! Duda: Meu pai não me deixou sair, mas isso não importa mais. Olha o que eu encontrei... Helena: O que é isso? Duda: Encontrei este cartão dentro do antigo diário de minha mãe! Helena: Madame Creozodete do Abaeté? Quem é essa? Duda: Eu também não sei, mas tem o endereço. Vamos lá? Helena: Sim, mas e seu pai? E se ele sentir sua falta? Duda: Venha, Helena, no caminho pensamos em algo. Duda pega Helena pela mão e as duas saem de cena. Cena 3 Madame, já em cena, dorme. Duda e Helena entram em cena. Duda: Acho que é aqui. Helena: Que lugar estranho! Assistente: Posso ajudá-las? Duda: Você conhece a Madame Creozodete do Abaeté? Assistente: Aaah sim! O que vocês querem com ela? Duda: Eu encontrei esse cartão no diário... Assistente: Só um minutinho. Assistente vai até a Madame e bate palmas para acordá-la. 4
Assistente: Dormindo de novo, Madame! Madame: Dormindo não, sua insolente! Estava meditando! O que você quer? Assistente: É que chegaram duas meninas procurando pela senhora... Madame: Duas? Tem certeza de que são duas? Assistente: Sim! Madame: Veja se tem alguém marcado na minha agenda. Assistente: Mas a senhora não recebe ninguém há quatro anos... Madame: Passei por um período de ócio criativo e, bom, vamos lá! Madame e Assistente vão até Duda e Helena. Madame: Qual é o seu nome? Duda: Duda, quero dizer, Eduarda. Madame: E o seu? Helena: Helena. Duda: Ela é minha amiga, veio comigo! Madame: Tudo bem, mas o que você deseja? Duda: Eu achei esse cartão e vim aqui! diz, entregando o cartão Madame: Então, você o encontrou? Duda: Sim, estava em um diário que era da minha mãe... Madame: Aah! Agora me lembrei! Você anda muito agitada, né, garota? Duda: Ah sim... Um pouco! Madame: Estou sentido há um bom tempo suas vibrações e seus questionamentos... Helena: Nossa, que bruxa! Madame: O que você disse? Helena: Eu disse que você está parecendo uma bruxa! Madame: Menina tola! Não sou uma bruxa, e sim uma Vidente com muitos poderes! Assistente: Sim, é verdade! Ela tem muitos poderes, pode fazer as coisas desaparecerem, pode mudar o dia pela noite, pode trazer a pessoa amada em cinco dias ou o seu dinheiro de volta. Madame: Cale-se! Essas coisinhas fiz apenas no início de minha carreira, há pelo menos 135 anos. Hoje meus propósitos são mais nobres. Duda: Madame, o que mais a senhora sabe sobre mim? Madame: Mais do que você imagina! Deixe-me ver sua mão! Duda estende a mão e Helena interrompe o gesto Helena: Não, Duda! Duda: Por que não? Helena: Pode ser perigoso! Duda: Como assim? Helena: Essa mulher é muito esquisita, olhe pra ela! Madame: Esquisita, não... diferente! Helena: É esquisita, é diferente e digo: mais uma mentirosa! Onde já se viu, 135 anos, pensa que sou besta? Esse lugar também com toda essa fumaça está me deixando meio enjoada. Vamos embora Duda, não devemos... Madame faz um gesto que tira a fala da Helena Madame: Pegue e guarde bem escondido. (entrega para Assistente) Duda: O que você fez? 5
Madame: É melhor assim! Bom, queridinha, deixe-me ver, você quer voltar no tempo e ir para o final do diário da sua mãe! Duda: Mas... (pensando) Helena ataca Assistente e recupera sua voz Helena: Não, isso é impossível! Você tá louca! (Continua falando ao fundo, reclamando até ser interrompida por Duda) Duda: Para, Helena! Isso... isso... voltar no tempo é possível? Madame: Claro que sim, querida! Assistente: Temos 135 anos de tradição de magia. Você realmente acha que isso não é possível? Duda: Então, eu posso...! Madame: Claro que pode, criança sem criatividade (diz balançando a cabeça em sinal de reprovação) mas ela vai também? (referindo-se a Helena) Duda: Sim, ela é a minha melhor amiga, eu confio nela! Madame: Ah, vamos lá então. Vou me preparando! Assistente: Minha primeira viagem! Minha primeira viagem! Vou pegar minhas malas e... (diz eufórica, porém é interrompida) Madame: É.. Na verdade... Alguém precisa ficar e cuidar da tenda, não é mesmo? Assistente: Mas não temos clientes há 4 anos! Madame: Mas podem aparecer a qualquer momento! Vá falando a lista de efeitos colaterais, por favor? Assistente: Está bem, está bem... A tenda da Madame Creuzodete do Abaeté adverte: viagem no tempo pode causar inchaço ocular, perna quebrada, dor de cabeça, mão tremula, coceira e morte. Mas fiquem tranquilas. Isso não acontece há 4 anos! Helena e Duda: MAS VOCÊS NÃO TÊM CLIENTES HÁ 4 ANOS! Madame: (entrando em cena) Prontas? Assistente: Vão querer seguro de vida? Helena: EU! EU! EU! Duda: Ora, vamos logo! Pare com isso! Madame: Ela já passou as recomendações para vocês? As meninas assentem. Madame: Ok, então... Se acharem que ela está exagerando... Saibam que ela não está. Passa o pano. As meninas caem. Blackout. Cena 4 Começam em cena Clarice e Bernardo, sentados no chão; Clarice em um canto e Bernardo no outro. Ambos se encaram e voltam para o que estavam fazendo rápido. Bernardo: Eu vou ao teatro com os meus pais... Você quer ir comigo? Clarice: Sim! (responde surpresa) Os dois voltam a fazer o que estavam fazendo, só que agora com um largo sorriso. Madame: Não tem nada mais lindo do que amor de infância! Clarice e Bernardo encontram-se no centro do palco ele feliz e ela com uma cara preocupada. Bernardo: Muito legal a peça né? (diz animado) 6
Clarice: Sim... (preocupada) Mas eu preciso te contar uma coisa. Bernardo: O que? (curioso) Clarice: Eu vou mudar de cidade... (triste) Bernardo: Mas você vai me deixar sozinho? (desesperado) Clarice: Eu não queria ir, meus pais me obrigaram! Bernardo na boca de cena com raiva: Bernardo: Eu não acredito que ela me deixou! (Sai de cena) Clarice: Eu não queria tê-lo deixado! (diz com muita tristeza e fica em cena chorando) Duda: Nossa, coitada! Mas quem é ela? Madame: Você ainda não a reconheceu? Duda: Não! Madame: Silêncio, vamos acompanhar! Cena 5 Pai, Mãe e Maria entram em cena. Mãe: Oi filha. Vamos? Clarice: Ah mãe, eu não quero me mudar! Mãe: Mas nós vamos! Não é questão de querer ou não. Clarice: Pai! (grita, virando-se para o pai, na espera de que ele a defendesse) Pai: Sua mãe está certa. Nós vamos nos mudar, sim. Agora entre no carro que já estamos de saída. Clarice cruza os braços e fica emburrada. Anda batendo o pé até o carro. Enquanto isso, a irmã caçula, Maria, fica pulando de felicidade. Maria: Nós vamos nos mudar, nós vamos nos mudar (cantarolando) Clarice já estava irritada com tudo aquilo. Clarice: Entra no carro logo e para com essa alegria! Todos entram no carro e viajam em silêncio. Clarice continua emburrada por toda a viagem e Maria continua com seus pulinhos. Finalmente chegam à nova casa. Todos vão ansiosos até ela, exceto Clarice. O pai abre a porta e Maria entra correndo. Começam ver a nova casa. Maria: Nossa! Como é grande e bonita! E tem dois andares. Mãe: Realmente é muito bonita. O que vocês acharam meninas? Maria: Eu amei! Clarice olha em volta com certo desprezo. Clarice: Não achei nada demais. Preferia nossa antiga casa. Pai: Daqui um tempo você se acostuma, filha. Não fique chateada. Clarice: Fico, sim! Nunca vou me acostumar com essa casa. Nem com essa cidade. Nem com a escola nova. Principalmente a escola! Mãe: Chega! Está ficando tarde. Vão para o quarto de vocês. Clarice e Maria sobem as escadas. Andam por um longo corredor até que chegam a seus quartos. Clarice se senta na cama e fica ali parada de braços cruzados. Maria: Por que você está assim? Esse lugar é tão legal! Clarice: Já disse. Não gosto de mudanças. Não vou conseguir me adaptar. Além disso, vou ficar longe dos meus amigos. (olhando para o chão e suspirando) 7
Maria: Eu não me importo. Posso fazer novos amigos aqui. Clarice: Ah, você não entende. Inclusive está muito alegrinha pro meu gosto. Vou lhe contar uma história pra ver se para um pouco com essa felicidade. Maria: História?! Oba! Adoro histórias! Clarice: Mas não é uma história qualquer. É uma história de terror! Maria se enrola em seu cobertor, pronta para ouvir o que irmã tinha para contar. Clarice: Era uma noite fria e sombria, assim como a de hoje. Uma garotinha parecida com você vivia em uma casa igual a esta. Todos os dias, ao se deitar, a garotinha ouvia sons estranhos vindos do corredor. Um dia, ela resolveu ver o que era... (faz um suspense e vai se aproximando de Maria) Andou pelo corredor, e o barulho foi chegando mais perto e mais perto e de repente... PAM!! (Clarice grita e dá um susto em Maria) Maria: Ai, que história horrível! Vou contar pra mamãe que você fica me assustando! Clarice faz uma expressão de deboche. Clarice: Ah, tá bom. Vai dormir logo, vai. Maria logo adormece. Ao contrário de Clarice, que fica se mexendo na cama, sem conseguir dormir. Clarice se vira de costas para a cama de Maria. Maria sai de cena. Clarice: Maria, tá acordada? Não consigo dormir (vira-se novamente e olha para a cama da irmã, que agora está vazia) Maria?! Maria onde você está? (levanta-se assustada) Ouve-se o grito de Maria ao longe. Maria: Clarice! Socorro! Clarice tenta acender as lâmpadas, mas não consegue. Vai até o corredor. Um Fantasma passa próximo a ela, levando consigo Maria. Maria: Clarice! Clarice tenta ir atrás do fantasma, mas ele é mais rápido. Enquanto isso, outro Fantasma passa como um vulto próximo a ela, que fica ainda mais assustada. Clarice: Maria?! Onde você está? Por favor, me responda! Novamente ouve-se o grito de Maria. Os dois fantasmas passam correndo por Clarice. Clarice fica desesperada corre para longe daqueles vultos. Tenta se esconder. Um Fantasma se aproxima de Clarice, sem que ela perceba. Clarice olha para o lado e, antes que possa gritar, a criatura ataca. Ela cai desacordada no chão. Fantasma sai de cena. Maria entra e se deita ao lado de Clarice, que acorda subitamente. Clarice: MARIA! (olha para a cama da irmã) Você está viva?! Eu estou viva?! Maria ainda sonolenta olha para Clarice. Maria: É lógico que estamos vivas. Por que não estaríamos? Clarice se acalma. Clarice: Ufa, foi só um pesadelo. Madame: E agora, sabe quem é? Duda: Maria é minha tia então ela é minha mãe... Puxa, eu me lembro de ela me contar essa história! Então é verdade! 8
Helena: Se ela é sua mãe o menino que foi com ela ao teatro pode ser seu pai! Madame: (sarcástica) Nossa, que meninas inteligentes! Mas deixe-me ajustar meu tecido para irmos para a data certa. Cena 6 Clarice começa a mexer no celular. Clarice: Solicitação de amizade... Bernardo??? Não conheço... Ah! (susto) O Bernardo, vou aceitar claro!!! Bernardo entra em cena mexendo no celular. E ambos mexendo no celular e muito agitados tramam uma conversa Bernardo: Oi! Clarice: Oi! Bernardo:...Há quanto tempo, né? Clarice: Sim! Bernardo: É... Precisamos pôr o papo em dia. Clarice: Verdade. Bernardo: Você quer... sair comigo? Não, não vou mandar assim! Você quer ir ao cinema??? Clarice: Cinema!!! (diz encantada) Sim! Clarice e Bernardo: Você tem namorado(a)? Não, melhor não! Bernardo: Vamos sábado a noite? Clarice: Pode ser! Eles se encontram no centro do palco. Bernardo: Legal o filme, né? Clarice: Sim... Mas eu preciso falar uma coisa para você... Bernardo: De novo não! Sussurra. Clarice: Durante todo esse tempo... Eu pensei em você! Diz indo para frente. Bernardo: Eu também! Diz aliviado. Olha fiz pra você (poesia), entrelaçando suas mãos na dela. Eles saem de cena de mãos dadas. Madame: E foi nesse momento que os astros começaram a imaginar sua existência. Helena: Ai, Madame, que lindo!!! Duda: Também estou adorando ver meus pais apaixonados, mas eu quero ir logo para o fim do diário. Madame: Só mais um ajuste e vamos lá! Cena 7 Guia de Turismo, Madame Creozodete do Abaeté, Clarice, Bernardo e Duda (pequena) saem do ônibus. Música dançante. Duda: Está ouvindo a música, mamãe? Clarice: Sim! E você, papai, está ouvindo? Bernardo: É a nossa música (para Guia de Turismo) será que podemos parar um pouco para ouvir? Guia de turismo: Sim, e aproveito para contar a história deste lugar! Todos começam a dançar e se divertir, Duda puxa sua mãe pela mão. Som de tiro. Blackout. Todos saem de cena. Duda: Mamãe, não! (grita) 9
Bernardo: Clarice! (grita) Luzes acendem. Madame, Duda e Helena entram em cena. Helena: Madame, o que você estava fazendo lá? Madame: Eu estava no passeio também! Duda: E por que não fez nada!? Madame: Foi tudo muito rápido, não pude evitar! Duda: Pegue o lenço, vamos voltar novamente! Madame passa o lenço e a cena volta Duda: Está ouvindo a música, mamãe? Clarice: Sim! E você, papai, está ouvindo? Bernardo: É a nossa música. (para Guia de Turismo) Será que podemos parar um pouco para ouvir? Guia de turismo: Sim, e aproveito para contar a história deste lugar. Duda (grande): (falando para Duda pequena) Escute você não pode ficar aqui! Voltem para a van. Duda (pequena): Mas, por quê? Quem é você? Duda (grande): Não interessa! Volta para a van, agora! (gritando) Duda (pequena), com medo, pega os pais pela mão e voltam para a van. Cena 8 Duda: Helena, vamos! Eu consegui (diz agitada) Madame: Duda, espera... Helena e Duda saem e Madame sai logo atrás. Bernardo em cena olhando o relógio. Duda entra em cena. Duda: Papai, papai!!! Eu consegui! Bernardo: Onde você estava? Eu falei para você não sair! Duda: Cadê a mamãe?? Bernardo: É sobre ela mesmo que eu queria falar! Duda: Que bom, papai. E cadê ela? Bernardo: Duda, você sabe o que aconteceu, você não era tão nova. Duda: Como assim? Bernardo: Eu vi que você mexeu no diário dela e separei algumas coisas para recordarmos! Duda: Sai correndo de cena. Bernardo, com tristeza, sai de cena Cena 9 - Duda, espera. Era sobre isso que eu iria te falar. O Broche. Cena 10 Madame em cena, Duda chega correndo Duda: Madame, minha mãe não está em casa. Onde ela está? O que aconteceu com ela? Eu quero vê-la! (chorando) Madame: Você não pode mudar o destino, me desculpe... 10
Duda: Mas eu sinto muita saudade dela, eu só quero beijá-la e abraçá-la e... Depois de tudo aquilo, onde ela está? Madame: Calma, minha querida, eu realmente não posso ajuda-la, era o destino dela, não foi sua culpa... Escritora: E assim termina essa história. Duda, se acalme, isso precisava acontecer. Não pense mais no que se passou e sim no futuro. E seu futuro pode ser lindo! Só depende de você! Fim 11