AVALIAÇÃO DOS NÍVEIS DE CALOR DE FORNOS DE QUEIMA DE PORCELANAS EM UMA EMPRESA NA CIDADE DE CAMPO LARGO - PR



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Transcrição:

AVALIAÇÃO DOS NÍVEIS DE CALOR DE FORNOS DE QUEIMA DE PORCELANAS EM UMA EMPRESA NA CIDADE DE CAMPO LARGO - PR Odair Jose Bonato Schervinski (UTFPR ) odair@germer.com.br Rodrigo Eduardo Catai (UTFPR ) catai@utfpr.edu.br Ezequiel Pinto Da Silva Netto (UTFPR ) ezequiel.netto@ifpr.edu.br Cezar Augusto Romano (UTFPR ) caromano@utfpr.edu.br O ambiente de trabalho pode expor os trabalhadores a condições desfavoráveis devido à presença de riscos ambientais, entre eles o calor. Este causa desconforto e pode aumentar o risco de acidentes e provocar danos consideráveis a saúde dos colaboradores. Os riscos, quando presentes no ambiente de trabalho acima dos limites de tolerância estabelecidos pela legislação brasileira, caracterizam o ambiente como insalubre e devem ser tratados com atenção. Neste contexto, fundamentado nos parâmetros da NR-15, o presente trabalho apresenta uma avaliação dos níveis de calor dos fornos utilizados para a queima de peças de porcelanas em uma empresa localizada na cidade de Campo Largo. Foram realizadas avaliações quantitativas de calor com termômetro de globo da marca INSTRUTHERM, modelo TGD-300 e os diferentes resultados encontrados foram comparados com os limites de tolerância estabelecidos pela Norma Regulamentadora. Desta forma, se faz necessário medidas corretivas e preventivas visando contribuir para a segurança e o bem estar dos funcionários. São apresentadas algumas sugestões para proporcionar um local de trabalho onde os agentes de riscos são controlados, colaborando com a saúde dos funcionários, podendo também servir de base para futuros estudos para empresas que atuam neste segmento. Palavras-chaves: Calor, Fornos, Insalubridade, NR-15.

1. Introdução Campo Largo está localizado na região metropolitana de Curitiba e é considerada a capital nacional da louça de cerâmica e porcelana. Esta fama se deve à existência de matériasprimas necessárias para a produção de cerâmica e por constituir um centro de compras, com lojas e varejos das fábricas e uma diversidade de artesanatos. Segundo dados do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social -IPARDES (2006), 14 estabelecimentos do município de Campo Largo pertenciam ao segmento de cerâmicas e porcelanas utilitárias e decorativas. Andrade (2010) explica que houve um aumento na quantidade de estabelecimentos, e atualmente totalizam-se 28 empresas fabricantes de cerâmicas e porcelanas na cidade. Todas as empresas deste segmento utilizam fornos para a queima de porcelanas, e a temperatura é um parâmetro quantificável em diversas atividades neste processo. As fontes de calor liberam uma grande quantidade de energia no ambiente, expondo os trabalhadores a intensidades elevadas de sobrecarga térmica. Quando os trabalhadores estão expostos a altas temperaturas, podem sofrer conseqüências indesejáveis a saúde, comprometer o seu rendimento no trabalho e colaborar para a ocorrência de acidentes. O calor é um risco presente nas atividades analisadas e que merece tratamento dos mais importantes pela consequência que pode apresentar naqueles que a ele se expõem. Neste contexto, busca-se avaliar a condições de trabalho conforme o calor térmico nessas empresas e se estão de acordo com os limites de tolerâncias estabelecidos pela Norma Regulamentadora nº 15 (NR-15), Anexo 3. 2. Revisão Bibliográfica 2.1 Processos de Fabricação. A cerâmica compreende todos os materiais inorgânicos, não metálicos obtidos após tratamento térmico em temperaturas elevadas. O setor cerâmico pode ser classificado como 2

(SILVA, 2007): cerâmica vermelha; materiais de revestimento; cerâmica branca; materiais refratários; isolantes térmicos; vidro, cimento e cal; cerâmica de alta tecnologia. As porcelanas são fabricadas com massas constituídas a partir de argilominerais (argila plástica e caulim), quartzo e feldspato bastante puros, que são queimados a temperaturas superiores a 1250 C. 2.2 Fornos Do calor do sol, para os fornos atuais utilizados para tornar as peças mais firmes, a história da cerâmica percorreu e auxiliou no cotidiano de todos os povos. Os funcionários hábeis continuam transformando blocos de argila e criando novas utilidades para a população. Costa e Silva (2007) afirmam que a queima é um dos processos mais importantes na fabricação de produtos de cerâmica e porcelana, pois é nela que o material adquire propriedades adequadas a seu uso, como dureza, resistência e agentes químicos. O Instituto de Ensino Camões (1999) ressalta que o calor necessário para as transformações é fornecido pela reação oxidante do oxigênio do ar, com o carbono, com o hidrogênio e com a pequena quantidade de enxofre do óleo combustível, exceto os fornos elétricos. Em todos os fornos à combustão, distingue-se 4 (quatro) partes principais (SILVA, 2007): aparelho de combustão; câmara de combustão; aparelhos de expulsão;exaustor e chaminés; e acessórios para controle do forno. A NR-14 (BRASIL, 2011a) define que para qualquer fim de utilização dos fornos, devem ser construídos solidamente, revestidos de materiais refratários, para que o calor radiante não ultrapasse os limites de tolerância determinado pela NR-15, para garantir a segurança e conforto ao trabalhador. 2.3 Instrumentação A instrumentação básica é constituída de um conjunto de termômetros, chamado de Árvore dos Termômetros. A NR-15 estabelece alguns instrumentos para fazer a medição da temperatura de calor (BRASIL, 2011b): O termômetro de globo, para a medição de calor radiante (TG) na carga térmica do organismo acoplada a globo de cobre; Termômetro de 3

bulbo úmido natural (Tbn), que consiste na escala de 0ºC e 100ºC, acoplado num recipiente com água destilada. Mede a capacidade de troca entre a pele e meio através a evaporação da água. Este é influenciado pela umidade relativa e pela velocidade do ar; Termômetro de bulbo seco (Tbs), o qual mede a capacidade de troca térmica entre a pele e o meio, através da condução, sedo influenciado pela velocidade do ar. Utilizado quando a situação térmica envolve carga solar, sua escala é de 0ºC e 100ºC. Atualmente o uso da instrumentação eletrônica vem substituindo os termômetros convencionais, por fornecer maior precisão e valores tbn, tg e tbs, isoladamente, e o cálculo do IBUTG. 2.4 Legislação A Portaria nº 3.214 de 08 de junho de 1978, em sua Norma Regulamentadora NR-15, Anexo 3, adota para a avaliação de exposição ao calor, o índice de Bulbo Úmido termômetro de globo (IBUTG) que considera os cinco principais fatores nas trocas térmicas entre o indivíduo e o meio são: a temperatura do ar, a velocidade do ar, umidade do ar, o calor radiante e o tipo de atividade. 2.4.1 Insalubridade A palavra insalubre significa tudo que origina doença. Araújo e Regazzi (2002) explicam que o trabalho insalubre e aquele que pode causar efeitos nocivos à saúde do trabalhador devido à exposição habitual e permanente aos agentes considerados insalubres pela legislação. A NR-15 estabelece que sejam consideradas atividades ou condições insalubres as que são desenvolvidas acima dos limites de tolerâncias. Então, devem-se caracterizar previamente pontos importantes como: regime e ciclo de trabalho, tipo de atividade física e atividade com ou sem solar. Saliba (2004) explica que o termo higiene ocupacional, que abrange a modalidade industrial é uma ciência que atua no campo da saúde ocupacional, através da antecipação, reconhecimento, avaliação e controle de fatores que podem causar doenças e desconforto aos trabalhadores. Desta forma o calor aqui referido neste trabalho, se enquadra como um fator de 4

risco físico para o trabalhador. A exposição de calor deve ser avaliada através do Índice de Bulbo Úmido Termômetro de Globo (IBUTG), definido pelas seguintes Equações 1 e 2: Ambientes internos ou externos sem carga solar: IBUTG = 0,7 tbn + 0,3 tg (Eq. 1) Ambientes externos com carga solar: IBUTG = 0,7 tbn + 0,1 tbs + 02 tg (Eq. 2) Onde: tbn = temperatura de bulbo úmido; tg = temperatura de globo; tbs = temperatura de bulbo seco. 2.4.2 Limites de Tolerância para Exposição ao Calor Há duas formas de se chegar aos limites de tolerâncias para a exposição ao calor em regime de trabalho intermitente. A primeira forma de trabalho é com períodos de descanso no próprio local, realizando atividades leves. Conforme o resultado obtido, o regime de trabalho é definido segundo o Quadro 1. A Determinação do tipo de atividade ( leve, moderada ou pesada) é de acordo com o Quadro 3. Quadro 1: Atividades e Operações Insalubres Regime de Trabalho Intermitente com descanso no próprio local de trabalho (por hora) Tipo de Atividade Leve Moderada Pesada Trabalho contínuo até 30,0 até 26,7 até 25,0 45 minutos trabalho 30,1 à 30,6 26,8 à 28,0 25,1 à 25,9 15 minutos descaso 30 minutos trabalho 30,7 à 31,4 28,1 à 29,4 26,0 à 27,9 30 minutos descanso 15 minutos trabalho 31,5 à 32,2 29,5 à 31,1 28,0 à 30,0 45 minutos descaso Não é permitido o trabalho, sem a adoção de acima de acima de acima de medidas adequadas de controle 32,2 31,1 30,0 FONTE: BRASIL (2011b) A segunda forma, o colaborador exerce outra atividade em outro local de trabalho com temperaturas termicamente mais amenas, realizando atividades leves ou em repouso. Para determinar a taxa de metabolismo média ponderada para uma hora, utiliza-se a equação 3, representada pela seguinte fórmula: 5

M = Mt x Tt + Md x Td (Eq. 3) 60 Onde: Mt - taxa de metabolismo no local de trabalho; Tt - soma dos tempos, em minutos, em que se permanece no local de trabalho; Md - taxa de metabolismo no local de descanso; Td - soma dos tempos, em minutos, em que se permanece no local de descanso. Após determinado o resultado para taxa de metabolismo média ponderada, os limites de tolerância são obtidos, comparado o resultado encontrado com os valores do quadro 2. Quadro 2: Limites de Tolerância M (kcal/ h) Máximo IBUTG 175 30,5 200 30,0 250 28,5 300 27,5 350 26,5 400 26,0 450 25,5 500 25,0 FONTE: BRASIL (2011b) Para se obter as taxas de metabolismo no local de trabalho e no local de descanso, consulta-se o Quadro 3. Quadro 3: Taxas de Metabolismo por Tipo de Atividade (NR-15) Tipo de Atividade kcal/h Sentado em Repouso 100 TRABALHO LEVE Sentado, movimentos moderados com braços e tronco (ex.: datilografia). 125 Sentado, movimentos moderados com braços e pernas (ex.: dirigir). 150 De pé, trabalho leve, em máquina ou bancada, principalmente com os braços. 150 TRABALHO MODERADO Sentado, movimentos vigorosos com braços e pernas. De pé, trabalho leve em máquina ou bancada, com alguma movimentação. De pé, trabalho moderado em máquina ou bancada, com alguma movimentação. Em movimento, trabalho moderado de levantar ou empurrar. TRABALHO PESADO Trabalho intermitente de levantar, empurrar ou arrastar pesos (ex.: remoção com pá). Trabalho fatigante FONTE: BRASIL (2011b) 180 175 220 300 440 550 6

Para chegar ao valor IBUTG médio ponderado para uma hora, utiliza-se a fórmula representada pela equação 4: IBUTG = IBUTGt x Tt + IBUTGd xtd (Eq. 4) 60 Sendo: IBUTGt - valor do IBUTG no local de trabalho; IBUTGd - valor do IBUTG no local de descanso; Tt - soma dos tempos, em minutos, em que se permanece no local de trabalho; Td - soma dos tempos, em minutos, em que se permanece no local de descanso. 3 Metodologia Este trabalho consiste em uma pesquisa de campo que tem como objetivo principal medir o calor de três tipos de fornos utilizados para queima de peças de porcelanas. A empresa estudada será chamada nesta pesquisa de Empresa ALFA, devido a não autorização da exposição de seu nome. A mesma encontra-se localizada na cidade de Campo Largo/PR região metropolitana de Curitiba. 3.1 Delimitação da Pesquisa 3.1.1 Delineamento da Pesquisa Inicialmente, foi realizado um levantamento dos locais de trabalho e em seguida foram determinados os indicadores de calor, por meio de um termômetro digital da marca INSTRUTHERM, modelo TGD-300, que mede os valores de temperatura de bulbo seco, bulbo úmido natural, globo e IBUTG. As medições foram realizadas nos locais onde os funcionários realizam as atividades de trabalho, na altura da região do tronco, para então mensurá-los. Assim esta pesquisa pode ser caracterizada por estudo de caso de caráter comparativo. O trabalho consiste em realizar avaliações quantitativas de calor no mês de setembro e comparar com a NR-15 Anexo 3, e verificar se existe insalubridade e sugerir alternativas para melhorar o ambiente de trabalho para os funcionários nos três tipos de fornos de queima de porcelanas. 7

3.2 População e Amostra A presente pesquisa adota o procedimento da amostragem não probabilística. Segundo Lakatos (2001, p.108) esta seleção permite a utilização de tratamento estatístico, que possibilita compensar erros amostrais e outros aspectos relevantes para a representatividade e significância da amostra. 3.3 Coleta A coleta de dados é de caráter quantitativo, pois utiliza de documentos já existentes na empresa e medições por meio de instrumentos, que permitem comparar os índices de temperatura de calor. Os locais avaliados estão representados, conforme esquema da figura abaixo. Figura 1: Croqui FONTE: O autor (2011) A coleta de dados foi realizada nos dias 16 e 19 de setembro de 2011, nos períodos da manhã e tarde. De acordo com o levantamento realizado na empresa, existem três tipos de fornos 8

utilizados para a queima de porcelanas, esse fornos serão chamados de forno 1, forno 2, forno 3. Forno 1: Possui 40 metros de comprimento, seu combustível é o gás natural. Sua queima varia de 800ºC a 1000ºC, com ciclo de queima de 15 horas. Nesse forno trabalham 12 funcionários, divididos em 4 turnos de 6 horas, com 3 funcionários em cada turno. Nesse setor é realizada a atividade de carregar os vagonetes com peças cruas e descarregar com peças já queimadas (biscoito). Após realizar a descarga de peças queimadas dos vagonetes, são armazenadas em carrinhos estaleiros que ficam a disposição para o processo de envernizamento. Na seqüência é realizado a carga com novas peças cruas, após a carga, os vagonetes se deslocam automaticamente através de trilhos até a entrada do forno biscoito. Figura 2: Saída, carga e descarga do forno 1 Fonte: Dados da Pesquisa, 2011 Forno 2: Possui 64 metros de comprimento, é movida a gás natural. A temperatura de queima varia de 1300ºC a 1400ºC, com ciclo de queima de 8 horas. Nesse forno trabalham 16 funcionários divididos em 4 turnos de seis horas, com 4 funcionários cada turno. As principais fontes de calor estão na descarga onde as peças saem já queimadas e quentes, e próximos aos maçaricos. Neste forno é realizada a carga de peças envernizadas, essa carga é realizada nos dois lados dos vagonetes. Depois de realizada a carga, os vagonetes carregados 9

se deslocam automaticamente através de trilhos até a entrada do forno, para queima com temperaturas que variam de 1300ºC a 1400ºC. Após queima, as peças saem pela abertura de saída do forno e são descarregadas. Logo descarregadas, as peças queimadas são colocadas em carrinhos, para serem transportadas para o lixamento, onde será realizada a limpeza do fundo das peças, à aproximadamente 7 metros da descarga do forno. Figura 6: Entrada Forno 2 Fonte: Dados da Pesquisa, 2011 Forno 3. Logo após a saída dos secadores, recebem esmalte e são queimados no forno 3, que tem capacidade para carga de 15 m³, temperaturas na queima de até 1380 ºC, com ciclo de queima de 10 horas. Esse forno tem formato de um quadrado, onde os vagonetes são carregados e fechados para a queima. Nesse forno trabalham 4 funcionários em um único turno de 8 horas, onde os mesmos realizam a carga e descarga. A principal fonte de 10

calor no ambiente é na descarga, que recebe influencia do forno 1, pois a descarga é realizada a alguns metros da saída do forno 1. Na carga a fonte de calor é apenas o calor ambiente, pois a carga é realizada próximo ao forno câmara, que é ligado às 14:00 horas e desligado as 00:00 hora. O processo de resfriamento ocorre pela madrugada, onde não tem nenhum colaborador nesse ambiente durante o resfriamento. Realizado a carga, os vagonetes carregados são deslocados sobre os trilhos até o forno 3. Logo o forno é fechado, e permanecem por 10 horas na queima. Depois da queima, as peças passam seis horas em processo de resfriamento, após o resfriamento as peças vão para a descarga e são descarregadas próximo a saída do forno 1. A descarga é realizada direto em caixas, que são destinadas ao setor de classificação. Figura 4: Carga forno 3 Fonte: Dados da Pesquisa, 2011 4 Resultados e Discussões 11

Durante as avaliações realizadas nos fornos da empresa, foi possível observar diferentes situações e processos de trabalho. As avaliações foram realizadas levando em consideração o processo e forma de como as atividades são realizadas na empresa. Os dados levantados e resultados das avaliações quantitativas de calor para o forno 1, 2 e 3, encontram-se ilustradas nos quadros 4, 5, 6 e 7. No forno 2 é possível observar a necessidade de avaliar a carga e descarga do forno 2 separadamente, devido a divisão de atividades no setor. Quadro 4: Avaliação Quantitativa de Calor do Forno 1 SETOR: Forno 1 DATA: 19/09/2011 HORÁRIO: 11:20 hs. PONTOS ONDE FORAM REALIZADOS AS MEDIÇÕES Ponto 1: Carga e descarga dos vagonetes, próximo saída do forno; Ponto 2: Descanso em outro local mais ameno. CICLO DE TRABALHO: (para base de cálculo de 60 minutos) Minutos gastos no local de trabalho: 35 minutos Minutos gastos no local de descanso: 25 minutos TIPO DE ATIVIDADE FÍSICA Ponto 1: Moderada 220 kcal/h Ponto 2: Moderada 300 kcal/h VALORES ENCONTRADOS NAS MEDIÇÕES Ponto 1: Termômetro de Globo= 31,5 C Termômetro de Bulbo Úmido= 28,3 C Ponto 2: Termômetro de Globo= 28,6 C Termômetro de Bulbo Úmido= 26,2 C RESULTADOS Ponto 1: IBUTGt= 29,26 C Ponto 2: IBUTGd: 26,92 C IBUTG Médio: 28,28 C TAXA METABOLISMO Médio: 253,33 kcal/h LIMITE DE TOLERÂNCIA: 27,5 C FONTE: Dados da Pesquisa, 2011 Ao fazer uma análise do quadro 4 e comparar o valor encontrado de 28,28 C para IBUTG Médio, com os valores do quadro nº 2 dos limites de tolerância, chegou-se a 27,5 C, sendo esse valor o Máximo de IBUTG admitido nesta situação. Desta forma com IBUTG Médio maior que o Máximo IBUTG admitido para essa situação, a atividade é considerada Insalubre. SETOR: Carga Forno 2 Quadro 5: Avaliação Quantitativa de Calor Carga do Forno2 12

DATA: 16/09/2011 HORÁRIO: 09:45 hs PONTOS ONDE FORAM REALIZADOS AS MEDIÇÕES Ponto 1: Carga dos vagonetes, lateral direita a dois metros saída do forno; Ponto 2: Descanso, lateral esquerda do forno dos vagonetes. CICLO DE TRABALHO: (para base de cálculo de 60 minutos) Minutos gasto no local de trabalho: 50 minutos Minutos gastos no local de descanso: 10 minutos. TIPO DE ATIVIDADE FÍSICA Ponto 1: Moderada 220 kcal/h Ponto 2: leve 125 kcal/h VALORES ENCONTRADOS NAS MEDIÇÕES Ponto 1: Termômetro de Globo= 30,9 C Termômetro de Bulbo Úmido= 28,5 C Ponto 2: Termômetro de Globo= 20,1 C Termômetro de Bulbo Úmido= 18,4 C RESULTADOS Ponto 1: IBUTGt= 29,22 Ponto 2: IBUTGd: 18,91 IBUTG Médio: 27,50 TAXA METABOLISMO Médio: 204,17 kcal/h LIMITE DE TOLERÂNCIA: 28,5 C FONTE: Dados da Pesquisa, 2011 Ao analisar o quadro 5 e comparar o valor encontrado de IBUTG Médio 27,50 C com os valores do quadro nº 2 dos limites de tolerância, chegou-se ao Máximo de IBUTG admitido para essa situação que é de a de a 28,5 C. Observou-se que o IBUTG Médio encontrado foi menor que o admitido para essa situação, sendo a atividade nessa situação considerada não insalubre. Quadro 6: Avaliação Quantitativa de Calor Descarga do Forno 2 SETOR: Descarga Forno 2 DATA: 19/09/2011 HORÁRIO: 09:50 PONTOS ONDE FORAM REALIZADOS AS MEDIÇÕES Ponto 1: Descarga dos vagonetes, saída do forno 2; Ponto 2: Descanso, lixamento de peças. CICLO DE TRABALHO: (para base de cálculo de 60 minutos) Minutos gasto no local de trabalho: 25 minutos Minutos gastos no local de descanso: 35 minutos. TIPO DE ATIVIDADE FÍSICA Ponto 1: Moderada 220 kcal/h Ponto 2: Moderada 300 kcal/h VALORES ENCONTRADOS NAS MEDIÇÕES Ponto 1: Termômetro de Globo= 30,6 C Termômetro de Bulbo Úmido= 26,6 C Ponto 2: Termômetro de Globo= 27,7 C Termômetro de Bulbo Úmido= 24,8 C RESULTADOS Ponto 1: IBUTGt= 27,8 Ponto 2: IBUTGd: 25,67 IBUTG Médio: 26,56 TAXA METABOLISMO Médio: 266,67 kcal/h 13

LIMITE DE TOLERÂNCIA: 27,5 C. FONTE: Dados da Pesquisa, 2011 Ao analisar o quadro 6 e comparar o valor encontrado de IBUTG Médio 26,56 C com os valores do quadro nº 2 dos limites de tolerância, chegou-se ao Máximo de IBUTG admitido para essa situação que é de a de a 27,5 C. Observou-se que o IBUTG Médio encontrado foi menor que o admitido para essa situação, sendo a atividade nessa situação considerada não insalubre. Quadro 7: Avaliação Quantitativa de Calor do Forno 3 SETOR: Forno 3 DATA: 19/09/2011 HORÁRIO: 09:30 hs PONTOS ONDE FORAM REALIZADAS AS MEDIÇÕES Ponto 1: Descarga dos vagonetes, a cinco metros da saída do forno biscoito; Ponto 2: Carga dos vagonetes. CICLO DE TRABALHO: (para base de cálculo de 60 minutos) Minutos gasto no local de trabalho (descarga): 30 minutos Minutos gastos no local de descanso (carga): 30 minutos TIPO DE ATIVIDADE FÍSICA Ponto 1: Moderada 220 kcal/h Ponto 2: Moderada 220 kcal/h VALORES ENCONTRADOS NAS MEDIÇÕES Ponto 1: Termômetro de Globo= 24,8 C Termômetro de Bulbo Úmido= 22,0 C Ponto 2: Termômetro de Globo= 23,3 C Termômetro de Bulbo Úmido= 21,6 C RESULTADOS Ponto 1: IBUTGt= 22,84 C Ponto 2: IBUTGd: 22,11 C IBUTG Médio: 22,48 C TAXA METABOLISMO Médio: 220 kcal/h LIMITE DE TOLERÂNCIA: 28,5 C FONTE: Dados da Pesquisa, 2011 Ao analisar o quadro 7 e comparar o valor encontrado de IBUTG Médio 22,48 C com os valores do quadro nº 2 dos limites de tolerância, chegou-se ao Máximo de IBUTG admitido para essa situação que é de a de a 28,5 C. Observou-se que o IBUTG Médio encontrado foi menor que o admitido para essa situação, sendo a atividade nessa situação considerada não insalubre. 4.1 Sugestões e Melhorias 14

Visando contribuir para a segurança e o bem estar dos colaboradores que trabalham em fornos da empresa, são sugeridas algumas melhorias para os fornos avaliados. O forno 1 necessita de melhorias urgentes, devido os valores encontrados estarem acima dos limites de tolerância estabelecidos pela NR-15 Anexo 3. Desta forma sugere-se as seguintes ações combinadas, como: Mudar o processo de carga e descarga para próximo a entrada do forno, pois nesse local não ocorre o calor excessivo; Instalar barreiras isolantes do calor, entre a lateral do forno e os pontos onde são realizadas a carga e a descarga; Adotar o regime próximo de 20 minutos de trabalho e 40 minutos em atividade leve e em temperatura mais amena, considerada de descanso, e verificando se as combinações com outras medidas podem aumentar o regime de exposição no local de trabalho ; Melhorar a ventilação do ambiente, introduzindo exaustores e ventiladores; Realizar rodízios no setor, diminuindo o tempo de exposição ao calor do forno, alternado os funcionários em funções diferentes; Ingerir líquidos freqüentemente; Definir atividades leves, para realizar no tempo de descanso; Reavaliar as medições da temperatura de calor nos meses mais quentes do ano; Treinamento, orientação e adequação dos funcionários para adaptação ao calor; Acompanhamento médico por meio de exames periódicos. As sugestões de melhorias para os fornos 2 e 3 são semelhantes as adotadas no forno 1, porém sem a finalidade de abaixar a níveis aceitáveis abaixo dos limites de tolerância, e sim pensando na melhoria contínua do conforto dos ambientes de trabalho. 5 Conclusão O instrumento de dados utilizado permitiu atingir os objetivos propostos, e conhecer a real situação dos profissionais que trabalham nas atividades relacionadas aos fornos com relação às altas temperaturas de calor, a que estão expostos. Os dados obtidos referentes à pesquisa por meio das ferramentas utilizadas apresentaram resultados que respondem ao segundo objetivo, sendo este, indicar as temperaturas de calor as quais os funcionários estão expostos. É possível constatar de acordo com os resultados, referente ao forno 1, que os níveis de calor que os colaboradores estão expostos, estão acima do limite de tolerância, comparando com o Anexo nº 3 da NR-15, sendo considera insalubre. E nos fornos 2 e 3, conforme os resultados 15

mostraram, os colaboradores executam atividades dentro dos limites de tolerâncias estabelecidos pela NR 15, anexo nº 3, sendo considerados não insalubres. As avaliações desses fornos serviram para obter conhecimento mais amplo do assunto abordado, da real situação a que diversas empresas nesse segmento, tanto em Campo Largo, quanto no restante do País, podem estar enquadradas, e as várias atividades desenvolvidas pelos colaboradores, os quais se expõem ao calor, podendo muitas vezes agredir a própria saúde. Faz-se necessário investimento e melhorias no processo de produção e no fator humano, visando a qualidade de vida, segurança e proporcionar uma ambiente mais saudável e confortável, para que os colaboradores exerçam suas atividades sem conseqüências a saúde. Além disso, sugere-se para futuros trabalhos, realizar avaliações de temperatura em outras empresas que utilizam fornos para queima de porcelanas, e comparar os índices de calor entre os fornos das empresas. REFERÊNCIAS ANDRADE, P. S. Presidente dos Trabalhados das Indústrias de Louças e Cerâmicas de Campo Largo. Campo Largo, 2010. ARAÚJO, G. M. Regazzi, R. D. Perícia e Avaliação de Ruído e Calor Passo a Passo. Teoria e Prática. Impresso no Brasil. Rio de Janeiro. 2ª edição, 2002. BRASIL. Ministério do Trabalho. Norma Regulamentadora nº 14. Manuais de Legislação Atlas. Editora Atlas S.A. São Paulo. 68ª edição, 2011a. BRASIL. Ministério do Trabalho. Norma Regulamentadora nº15. Manuais de Legislação Atlas. Editora Atlas S.A. São Paulo. 68ª edição, 2011b. COSTA, C.G; SILVA, A.M. Alvenaria Estrutural com Bloco Cerâmico. Tubarão, Universidade do Sul de Santa Catarina UNISUL / Setor Ciências Exatas, 2007. Instituto de Ensino Camões. Apostila Técnica de Segurança do Trabalho. Curitiba-P.R, 1999. IPARDES. Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social. Disponível em: www.ipardes.gov.br. Acesso: 23/06/2011. 16

LAKATOS, E. M. ANDRADE. M. Metodologia do trabalho científico: procedimentos básicos, pesquisa bibliográfica, projeto e relatório, publicações e trabalhos científicos. 6.ed. São Paulo: Atlas, 2001. SALIBA, T.M. Curso Básico de Segurança e Higiene Ocupacional. Editora: LTr, São Paulo, 2004. SILVA, C; SILVA, J. Dossiê Técnico. Louça e Porcelanas de Uso Doméstico. Instituto de Tecnologia do Paraná. 2007. 17