GRUPO DE TEATRO WI-FI O Quarto Chat-room 11-07-2012 O Grupo de Teatro Wi-Fi pretende mostrar que o actor não precisa de estar em palco para fazer teatro, utilizando o broadcasting e a tecnologia.
Apresentação do Grupo O Grupo de Teatro Wi-Fi é um grupo de teatro que tem como objectivo aliar a Multimédia ao teatro como forma de expressão. Actualmente as projecções multimédia quando são utilizadas nesta arte, funcionam como pano de fundo e, nesse sentido, o Grupo quer apropriar-se da multimédia como elemento interactivo, passível de ser utilizado pelos actores e pelo público. Defendemos que este deve ser um espaço de partilha, experimentação, liberdade e diversão, o Teatro deve acompanhar a mudança dos tempos e, consequentemente, com a Era Digital, um teatro onde se utiliza mais a multimédia e a interactividade numa dramaturgia digital. Apresentação do Projecto O Grupo de Teatro Wi-Fi está a trabalhar a partir do texto O Quarto de Harold Pinter. Para este texto o Grupo acordou de imediato trabalhar a desarrumação da cena, no sentido de inverter ou dar utilização inversa aos objectos reflectindo, assim, a personalidade dos personagens e dos próprios elementos integrantes. A cena seria complementada com uma câmara de filmar em cena que funcionaria como um ponto de focagem de pormenores cenográficos que não devessem passar despercebidos. Em cena está, também, projectada a imagem de uma webcam ou Skype onde, o actor em cena pode contracenar com o actor que está a ser projectado, criando desde logo, interacção. O Grupo de Teatro Wi-Fi pretende mostrar que o actor não precisa de estar em palco para fazer teatro, utilizando o broadcasting e a tecnologia. No futuro o Grupo quer ter uma plataforma na internet onde possa transmitir os espectáculos assim como o seguimento na vida dos personagens, em que o espectador pode escolher o que quer ver, a internet é um quarto fechado e as personagens não saem de lá, é uma realidade aumentada. Este efeito seria conseguido e escolhido pelo
espectador através de multi PIP, vários separadores, várias câmaras que o utilizador escolhe a imagem que quer assistir, o som que quer ouvir ou, até, as legendas que quer ler; porque o teatro é a coisas mais interactiva que existe. Alguém procura um quarto. Com esta cenografia digital pretende-se que o público interaja também com o que se passa em cena, redes sociais, pesquisa, monitores, para isso, é preciso educar o público a esta estética. Uma das iniciativas seria o aviso inicial ser modificado para Por favor liguem os vossos telemóveis à internet e interajam.. É o que o Grupo denomina por Hiper-Teatro. O transporte deste material é relativamente fácil, não implicando muito espaço de armazenamento, porque os projectores transportam-se no carro e os cenários numa PEN. Origem O Grupo surgiu na necessidade enquanto estudantes de Teatro de desenvolver o que nos é ensinado, para que, possamos pôr em prática, ou contextualizar para um projecto, os conceitos teórico-práticos que aprendemos. Escolheram-se as pessoas que precisavam de ser reunidas e debateu-se o que seria este projecto e imediatamente surgiu a ideia que este seria um espaço de liberdade criativa, um espaço de experiência de ideias, um espaço de partilha e, fundamentalmente, um espaço onde os intervenientes se possam divertir. O processo de escolha do nome do grupo foi algo metafísico, os intervenientes reuniram-se e falaram sobre os objectivos do grupo e a necessidade de lhe dar um nome, muitos nomes surgiram, mas, houve um nome que todos dissemos ou pensámos quase numa simbiose criativa e que não passou despercebida, esse nome foi: Grupo de Teatro Wi-Fi Este grupo começou à pouco tempo a trabalhar e está a definir metas de trabalho; neste momento está a ensaiar o texto "O Quarto" de Harold Pinter com uma marca muito própria e com objectivos de apresentação.
Sinopse O QUARTO ROSE Olhei pela janela agora mesmo. Para mim chega. Não se vê vivalma. Ouves o vento? Nunca vi ninguém. Quem é? Quem é que vive lá em baixo? A primeira peça de Harold Pinter, escrita em 1957. Rose fala com o marido, Bert Hudd, enquanto lhe serve o pequeno-almoço. Ele está absorto noutras coisas. A vida quotidiana num mundo ameaçado, a deslizar, na fronteira indecisa da realidade. Um pesadelo? 1 Objectivos Utilizamos projecções como parte da dramaturgia, em vez de projecções em plano de fundo, o que denominamos por dramaturgia digital, constituída por dramaturgia textual, dramaturgia do actor, do cenário e dramaturgia multimédia. As projecções não valorizam só o que o actor disse ou fez, não dizem o que já está dito mas sim, acrescentam e continuam a história. As projecções serão embutidas nos cenários em vez de cicloramas paralelos ao mesmo e à acção, que cenicamente são extra. Exemplos de projecções embutidas: - Projecções nos actores (de preferência com roupa branca ou sem roupa) - Projecções no imobiliário do cenário - Projecções no chão Quanto aos figurinos e ao espaço cénico para as projecções dizemos adeus ao preto neutro, que absorve a cor, e desejamos que sejam bem-vindos ao branco neutro que reflecte a luz das projecções. As projecções devem funcionar do palco para o palco, em vez de a partir da Régie e passar por cima do público; Para evitar sombras num panejamento quando os actores passam pela projecção, o projector deve estar atrás do panejamento a projectar e, digitalmente inverter a imagem. As projecções não devem ser só vídeo previamente gravado, mas sim, por exemplo, videoconferência em directo, reformulando a problemática de actores a contracenar em cena mas em espaços físicos diferentes. 1 Retirado do site: http://www.artistasunidos.pt/ (consultado em 11-07-2012)
Assim, as projecções de vídeos gravados, em directo, telemóveis substituem actores e, tablets substituem pastas, cartas, jornais, computadores portáteis substituem enciclopédias, livros, jornais, televisões ou mesmo o contacto humano.