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Transcrição:

Registro de Ocorrência das situações de Violência Escolar (ROVE) e a experiência em Novo Hamburgo i Por Fernando Kuhn Andriotti e Ricardo Simm Costa SPHINX Brasil Introdução A implantação de uma solução integrada para o registro de ocorrências no âmbito escolar, e também no seu entorno, tem sido abordagens diversas, dinâmicas e personalizadas. A SPHINX Brasil iniciou em 2011, em parceria com o Observatório de Segurança Pública, junto à Prefeitura de Canoas/RS (há outras iniciativas em Esteio e Bagé), o desenvolvimento deste sistema que permite a diferentes escolas acessar um ambiente único, integrado, online, para que registrem diferentes ocorrências que sejam observadas ou relatadas. Com a inserção cada vez maior dos jovens à internet, e também ao fato de serem expostos a novas formas de assédio e de estímulos, 5 anos depois, a ferramenta evoluiu não apenas naquilo que permite aos seus usuários, como também naquilo que entrega aos órgãos competentes. 1. Como funciona O sistema ROVE é baseado totalmente na internet, ou seja, escolas, prefeitura, secretaria de educação, guarda municipal, possuem acessos distintos, com dados integrados e atualizados a cada nova ocorrência. Ele foi desenvolvido utilizando o software Sphinx iq2 e um portal de acesso, chamado WebReporting (Figura 1). Cada escola cadastrada passa a ter um acesso individual, para permitir, no momento da análise, segmentar e diferenciar ambientes que são muito distintos entre si (bairros, regiões, características da escola, entre outros fatores de segmentação presentes). Figura 1: Como funciona o ROVE-NH

Antes de lançar o ROVE para uso das Escolas, o instrumento foi refinado e adaptado segundo as necessidades do Observatório, da Secretaria de Educação e das Escolas. Envolver todos os entes envolvidos ajuda a criar uma aderência ao uso, uma identificação destes com o propósito da ferramenta e também para desmistificar o seu uso (já que os resultados dependem da adesão ao preenchimento das ocorrências). Assim, todos puderam verificar como os dados são armazenados, como eles serão usados e, sobretudo, qual a real expectativa que devem ter com relação ao uso do sistema. No que tange a análise de dados, ao fazer uso de um software estatístico, é possível criar tabelas de frequências, cruzamentos de dados e observações estatísticas que um sistema de banco de dados não permitiria com a flexibilidade necessária (já que cada nova análise exigiria programação específica pelo administrador do banco de dados). O instrumento em si conta com diversas opções para registro, desde insubordinação do aluno ao professor, a casos de bullying, porte de armas, uso de drogas, atuação de bondes, entre outros. Desde seu lançamento, em Abril de 2016, já são contabilizadas 310 registros. Até o momento, 36 escolas aderiram e iniciaram os registros na ferramenta. 2. Como está até o momento Antes de iniciar, propriamente, uma análise dos dados coletados até este momento, é importante salientar que a SPHINX Brasil, neste artigo, não busca apontar os motivos e, tampouco, apresentar soluções para o que foi registrado pelas escolas. Nosso olhar é de especialistas em coleta e análise de dados e vamos nos ater a apresentar fatos. O processo de análise, assim como o desenvolvimento da solução, foi feito utilizando o software Sphinx iq2, e não se pretende com o presente artigo realizar comparativos entre os dados coletados em Novo Hamburgo e os dados coletados nas demais cidades que contam com este sistema. 2.1 Quem Para que seja possível compreender sobre quem de fato estamos falando, quando se trata dos registros de violência, é importante descrever esses envolvidos, com o máximo de detalhes possível (Figura 2). Do total de 310 ocorrências, 82,2% contam com a participação de meninos, na sua maioria entre 9 e 15 anos de idade (83,1%) e possuem até 4 envolvidos (89,5%, para complementar, ocorrências com 1 pessoa representam 23,6% dos casos e, com 2 pessoas 40,8%). Ainda, o período do recreio parece ser o mais propício para a ocorrência de algo (48,1% dos casos, face os 26,9% que ocorrem na entrada e 25% de casos na saída). Como fato a ser analisado em maior profundidade, 94,3% dos registros são de fatos que ocorreram nos períodos manhã e tarde salientamos que este dado deve ser explorado observando o tipo de atividade que a Escola desenvolve, o que pode acabar influenciando este resultado. Por fim, na sua grande maioria, os envolvidos são unicamente alunos da escola (76,4% das ocorrências tem apenas alunos como envolvidos) e, significativamente menor o número de ocorrências envolvendo alunos e professores (12,0%).

No entanto, chama a atenção que a ocorrência envolvendo pais represente 3,4% dos casos, sendo maior que todas as demais ocorrências envolvendo outras pessoas (alunos de outras escolas, ex-alunos, funcionários, desconhecidos). Figura 2: Quem são Como os alunos nem sempre seguem o calendário escolar, é importante também verificar em que séries escolares ocorrem a maior parte das ocorrências. Em Novo Hamburgo, alunos do 4º ao 7º ano correspondem a 90,9% dos envolvidos. Aqui é importante salientar que, dado o caráter sigiloso e não punitivo, os alunos não são identificados e, portanto, não é possível fazer uma relação entre idade cronológica e idade escolar. 2.2 Ocorrências A ideia, nesta análise, não é ser exaustivo, mas sim trazer alguns dados que chamam a nossa atenção, além de fornecer um panorama geral de quais são os principais registros já armazenados no banco de dados. Antes, no entanto, é bom esclarecer que cada ocorrência (ROVE) pode constar com mais de um tipo de violência, ou seja, caso tenham outros desdobramentos, todos podem e devem ser registrados. Hoje é possível categorizar em 37 tipos diferentes de situações, além do registro da atuação de bondes e também uso (armas de fogo, armas brancas e outras). De um total de 661 violências registradas (em 310 registros), as agressões físicas (21,1%) e verbais (17,7%) são as que mais ocorrem, seguidas de desacato aos professores (7,7%) e bullying (5,2%). No entanto, se tomarmos como base de análise não as violências e sim os ROVEs (os registros), temos que as agressões estão presentes em 87,4% (física, 47,5% e, verbal, 39,9%). É importante lembrar da distinção feita entre situações de violência e ROVE.

Figura 3: Resumo das violências Algo que chama a atenção é o tipo de encaminhamento dado aos ROVEs, tendo a grande maioria (67,6% dos casos) envolvimento da própria família do aluno (62,8%), uma tentativa de mediação com o próprio aluno (32,8%) e também a guarda municipal (15,0%). Figura 4: Encaminhamentos O ambiente escolar não se restringe apenas ao local físico onde a escola está situada, ela é composta também de seu entorno. Ou seja, em um local que oferece, por exemplo, restos de obra, pedras soltas, entre outros fatores, podem acabar contribuindo para certas violências. Em 21 casos foi registrada o uso de algum tipo de arma, de forma mais detalhada, ressaltam-se 2 ocorrências com arma de fogo, 11 com objetos pérfuro-cortante e 11 com uso de objetos de outros tipos (sendo relatados casos com uso de barras de ferro, pedras, arma de choque, entre outros). Outra característica que poderia inibir situações de violência seria a instalação de vídeomonitoramento destes ambientes. No entanto, apenas em 8,8% dos ROVEs o local possuía alarme/cftv e, em nenhum deles, monitoramento por câmeras urbanas. Recentemente foram adicionados campos que permitirão a divulgação e encaminhamento dos ROVEs registrados para outras secretarias, que podem atuar diretamente nos itens levantados, como infraestrutura, meio ambiente, habitação, entre outros. Tão logo esses dados tiverem a autorização por parte da escola, melhor será para documentar necessidades e, desta forma, pressionar por ações mais rápidas e focadas.

Reflexão final O ROVE tem como característica tornar informações que antes ficavam restritas ao ambiente escolar, ao sentimento de diretores e professores, aos cadernos individuais de anotações em algo estruturado, centralizado, unificado e, sobretudo, disponível. Esta disponibilidade deve ser tanto para a própria escola, quanto para os órgãos competentes, como a própria secretaria de educação, órgãos da prefeitura, guarda municipal, e também entidades representativas, como associação de pais, professores, entre outros. Se tomarmos este início de projeto, desde 08 de abril de 2016, contar com 310 registros e 661 situações de violência escolar evidenciam dois pontos: (1) a necessidade em ter um sistema integrado é visível e urgente, sobretudo se considerarmos quantas situações deixaram de ser registradas até este momento e quantas ações já foram tomadas sem ter como base algo concreto; (2) o preocupante número de 5,79 violências por dia (isso se contarmos dias corridos, rapidamente, 661/114 dias), ao tomar como base a data da primeira inserção no sistema. Ao dar corpo para os números, é possível, conjuntamente, elaborar políticas de prevenção e, com o tempo, avaliar efetividade, alcance, resultados. Por isto mesmo, é importante contar com uma área/entidade/órgão como o Observatório, para realizar as análises competentes, para realizar reuniões conjuntas entre os diferentes públicos envolvidos e então formar, desenhar, implantar melhores práticas para as diferentes situações de violência. Também devemos considerar aquilo que ressaltamos no início deste artigo: cada escola possui uma realidade diferente das demais, pois está inseria em um ambiente distinto e recebe perfis de alunos distintos (e é importante que as ações sejam pensadas levando isto em consideração). Futuramente, será interessante analisar novamente os dados para mensurar e atualizar os dados aqui apresentados. Tanto como forma de mensurar eventuais medidas que serão tomadas, como também a própria evolução (ou involução) dos totalizadores. Como complemento, também esperamos que seja possível fazer um comparativo entre as demais iniciativas ROVE que são suportadas pela tecnologia Sphinx (com apoio da SPHINX Brasil ii ). i Especial agradecimento aos Srs. Eduardo Pazinato e Aline Kerber, professores da FADISMA, pelo convite em participar desta publicação, editado pela FADISMA. ii A SPHINX Brasil atua no mercado brasileiro desde 1995, oferecendo soluções e tecnologia para a coleta, estruturação, análise e disseminação de informações, provendo soluções para desafios na estruturação de bases de dados.