Na Palma da Mão Por: Alexandre d Oliveira
Sinopse: A personagem busca entender as nuances da amizade, e aparentemente vemos estar desolada, devido o termino de algum relacionamento. E por isto busca a bebida como se fosse resultado para solução de seus problemas.
Foi só dá um vacilo, e Pluft, me roubaram a cena. E agora José?... A festa acabou. Ela entra em cena com uma garrafa na mão, canta uma música das antigas e aos poucos disserta o texto. Eu sei que eu sou bonita e gostosa / E sei que você me olha e me quer /Eu sou uma fera de pele macia,/ Cuidado, garoto, eu sou perigosa /Eu tenho um veneno no doce da boca / Eu tenho um demônio guardado no peito/ Eu tenho uma faca no brilho dos olhos / Eu tenho uma louca, dentro de mim. Ah, se eu não tenho tudo isso quando você me insulta. E, me chama, e diz que me ama, e depois quando tudo parece bem me deita na cama, e diz o que eu sou para você... Entretanto, eu não posso negar que existe amigo. E amigo de verdade... Tanto que existem amigos que de vez enquanto eu paro onde estou. E pergunto, se aquele que esta constantemente ao meu lado é meu amigo, ou por suposto, meu inimigo. E porque quase sem nada saímos na tapa?...
Ou existe aquele que mediante todos apenas me aplaude de pé quando de fato faço meu show à parte este se mostra contrário ao que vivo. Eu, que sou inconstante e, passageira, que a todo instante me encontro aqui com minhas dúvidas. Por suposto aquele que eu achara não ser meu amigo, quando eu passei por maus momentos ele esteve presente será comprovadamente meu amigo?... Aquele que quando eu sorrio, pois, raras vezes, ele também sorri, e pasme até chora. Existem amigos que mesmo estando distante compartilha de todos os nossos momentos, e olha esse torce para nos darmos bem. É diferente daquele que só visa estarmos bem na fita quando existe interesse, e bem estamos prontos para fazermos a festa e pagar tudo que estes queiram do momento usufruir. Ultimamente, eu tenho me decepcionado muito com estes que mesmo estando perto desfaz de mim, zomba, critica, tira sarro e diz o que eu não digo. Chama-me de antipática, de suburbana, e soberba, isto no mínimo, mediante seus pensamentos, estes escarneia o que eu imagino, se quero me doar e ser bom para ele. Pois tantas vezes mostrei ser amiga destes, e estes só quiseram mostrar a outra face. Eu que por muito que
não fiz foi ser hipócrita, se tanto quis ser feliz pelo menos por uma única vez. E por isto fui magoada, ultrajada, ignorada. Estes não se apropriam de minhas ideias para ostentarem outras bandeiras, enquanto eu nada para eles nada mais significo. Existem amigos que por serem amigos faz tudo que possa para ver a gente crescer, junto a eles, somam, multiplicam, dividem qualquer negócio, tudo por igual, e este compartilha, sobretudo, do boom da nossa festa. E nunca se afasta de nós, estão presentes e fazem destes momentos os melhores. E para ser sincera, eu creio no que posso contar para meus amigos, esses que conto na palma da mão. Porque são poucos, muito pouco. Amigos de verdade não precisa ter anel no dedo como tantos eu vejo, nem diploma de doutor para ser amigo. Amigo queira ou não por muito custo à gente conquista. Mas amigo não se vende, não se troca, nem financia. Amigo se conquista!... Neste exato momento amigo, onde tudo é efêmero e, se faz passageiro, eu estou emocionada porque vejo que você é o único que nada de mim cobra se ver ai calado e nada de mim nem mesmo exige, ás vezes por me ver tal qual estou agora. Coloca-me no braço, me dá colo, e me põe para dormir. Ah, meu amigo, que saudades eu sinto de você!...
Tantas vezes eu sinto saudades de você que me faz tanta falta, e que foi e continua sendo muito grande pra mim. Você sim!... Tenho certeza que posso te chamar de amigo, por estares a todo o momento sem precisar que eu nada te negue que eu nada exija e você de mim cuida, e nem sequer fala por trás. E isto me deixa feliz amigo. Assim eu posso te chamar sem medo de errar porque todos querem ser teu amigo, e, no entanto és único. Que o Pai, meu amigo, nos abençoe! Ser amigo é uma arte. É uma arte tão difícil, e tão complicada de explanar, que por mais que sejamos amigos, amigos de verdade jamais faremos um ao outro amigo chorar. Este por menos que faça se compadece das agruras que vive o amigo, em prol de sua verdadeira amizade. Jesus tu és meu verdadeiro amigo! Toca música, e corte seco. Eu sei que eu sou bonita e gostosa / E sei que você me olha e me quer /Eu sou uma fera de pele macia,/ Cuidado, garoto, eu sou perigosa /Eu tenho um veneno
no doce da boca / Eu tenho um demônio guardado no peito/ Eu tenho uma faca no brilho dos olhos / Eu tenho uma louca, dentro de mim. Alexandre d Oliveira, é bacharel em Comunicação Social. Teatrólogo. Faz pós-graduação em jornalismo. Casado, tem três filhas. Natural de João Pessoa.