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Transcrição:

- Coleção objethos de Códigos Deontológicos - GRÉCIA CÓDIGO DE ÉTICA PARA JORNALISTAS PROFISSIONAIS (Adotado pela Federação Pan Helênica da União de Jornalistas em junho de 1998) Tradução: Milena Lumini PREÂMBULO O Código da Ética Profissional e Responsabilidade Social dos jornalistas gregos tem os seguintes objetivos: Reafirmar e assegurar o papel social do jornalista nas novas condições formadas pelo gigantismo, oligarquia no status quo de propriedade, a crescente abrangência e influência da mídia de massa e a globalização da comunicação Desencorajar e resistir a qualquer tentativa do estado ou outros partidos de influenciar a autodeterminação nos padrões do funcionamento profissional responsável. Assegurar a liberdade de informação e expressão, a autonomia e a dignidade do jornalista, e defender a liberdade como parte da democracia e da sociedade. Para esse propósito, os jornalistas se comprometem a aplicar e a defender os seguintes princípios fundamentais: Artigo 1 É direito inalienável do homem e do cidadão informar e ser informado livremente. Informação é um bem público e não mercadoria ou meio de publicidade. O jornalista é competente e obrigado a: a. Considerar a publicação da verdade completa como seu dever maior frente a sociedade e a si mesmo. b. Considerar distorção, dissimulação, falsificação e fabricação de eventos reais como ofensa contra a sociedade e um ato autodegradante. c. Respeitar e defender a distinção entre as notícias, comentários e mensagens publicitárias, a correlação necessária entre título e texto, e o uso preciso de fotografias, imagens, descrições gráficas e outras representações.

d. Comunicar informação e notícias sem ser influenciado por suas convicções e visões pessoais políticas, sociais, religiosas ou culturais. e. Investigar com antecedência, senso de responsabilidade e reconhecimento das consequências, a precisão da informação e notícias que serão reportadas. f. Retificar sem demora, por meio de apresentação análoga e destaque apropriado, informação imprecisa e falsas afirmações que ponham em dúvida a honra e reputação do homem e cidadão, e publicar ou apresentar a visão oposta, sem necessariamente uma réplica que a coloque em posição preferencial à parte ofendida. Artigo 2 Jornalismo como profissão, mas também como serviço social, envolve direitos, deveres e obrigações. O jornalista é competente e obrigado a: a. Tratar cidadãos igualmente, sem distinção de nacionalidade, sexo, raça, religião, visões políticas, situação econômica ou posição social. b. Respeitar a individualidade, dignidade e a privacidade inviolável do homem e cidadão. Somente quando requisitado pode o direito a informação envolver, e sempre de maneira responsável, elementos da vida pessoal de indivíduos que ocupam cargos oficiais ou tenham uma posição e influência específicas na sociedade e são sujeitos de escrutínio social. c. Respeitar a presunção de inocência e não antecipar decisões judiciais. d. Respeitar a proteção preventiva de convenções internacionais a menores de idade e indivíduos com necessidades especiais e problemas graves de saúde. e. Tratar cidadãos com discrição e sensibilidade quando eles estão em situações de tristeza, choque psicológico e dor, assim como aqueles que têm problemas psicológicos manifestos, evitando projeção de sua particularidade pessoal. f. Não revelar, direta ou indiretamente, a identidade de vítimas de estupro que tenham sobrevivido ao ato criminoso. g. Supervisionar e sustentar informações que se refiram a áreas sensíveis da saúde, onde informação enganosa e a projeção sensacionalista pode provocar agitação injustificada na opinião pública. h. Reunir e checar informações para garantir sua sustentação (texto, fotografias, fitas cassettes, imagens televisivas) através de métodos jornalisticamente legítimos, sempre revelando sua origem jornalística. i. Aderir à discrição profissional perante a fonte da informação que foi obtida confidencialmente. j. Respeitar os padrões da informação off-the-record que tenha sido prometida como tal

Artigo 3 Igualdade em direitos humanos e pluralismo, a sustentação da democracia, são desacreditadas pelas condições do controle estatal monopolístico da mídia de massa, e são minadas pela concentração de suas propriedades nas mãos das gigantescas empresas lucrativas que confrontam a opinião pública como sendo o consumidor cujas visões, hábitos e comportamentos, em geral, eles buscam guiar. Por essa razão, o jornalista é competente e obrigado a: a. Defender vigorosamente a constituição democrática, que assegura a imprensa livre e o exercício desobstruído da profissão jornalística. b. Rejeitar e condenar manifestações de autoritarismo do estado e a arbitrariedade dos proprietários das mídias de massa, especialmente dos oligopólios. c. Defender a independência do jornalista no seu ambiente de trabalho e recusar-se a realizar uma tarefa que seja contrária aos princípios da ética jornalística. d. Recusar-se a editar notícias, comentários, artigos ou transmissões, sob intimidação de seus superiores ou editor, caso o conteúdo desse material não corresponder à realidade; e condenar falsificações e distorções à produção jornalística a ele desconhecidas. Artigo 4 O excedente de trabalho na área do jornalismo acentua as condições prévias para a manifestação do fenômeno exploratório, denominadamente: trabalhos não remunerados ou simbolicamente recompensados, a violação do padrão das obrigações e do código de ética, etc. Por essa razão, o jornalista é competente e obrigado a: a. Apoiar e fortalecer as atividades da organização de sua união que objetiva aperfeiçoar as condições de salário e emprego na mídia de massa. b. Rejeitar qualquer tentativa de redução dos direitos do trabalhador no ambiente de trabalho e qualquer violação dos padrões éticos. c. Não exercer ou aceitar qualquer forma de diferenciação baseada em sexo ou idade dos seus colegas de profissão. Artigo 5 Transparência nas relações financeiras constituem elemento fundamental da credibilidade, prestígio e dignidade profissional do jornalista, que é obrigado a:

a. Não buscar ou aceitar recompensas de apropriações privadas de departamentos do estado e organizações públicas ou privadas por seu trabalho jornalístico. b. Não buscar ou aceitar sinecura ou uma posição recompensatória a sua especialidade no trabalho de imprensa, serviços públicos ou empresas privadas, que gere dúvidas acerca de sua autonomia e imparcialidade profissional. c. Não buscar ou aceitar uso promocional de seu nome, voz ou imagem, exceto com fins de benefício público. d. Não reportar ou utilizar para interesse próprio informação exclusiva que influencie o rumo dos preços da bolsa de valores e do mercado. e. Não buscar ou aceitar qualquer bônus financeiro ou material que comprometa sua credibilidade e dignidade e influencie sua independência e imparcialidade. Artigo 6 Solidariedade entre colegas e o respeito mútuo dos jornalistas contribuem positivamente para os objetivos profissionais coletivos e para a boa imagem da profissão jornalística. Por essa razão, o jornalista é obrigado a: a. Respeitar a individualidade de seus colegas. Não dirigir acusações injustificadas contra eles e evitar recriminações pessoais tanto publicamente quanto no local de trabalho. b. Considerar qualquer plágio como um ato grave e antiprofissional. c. Não se apropriar do trabalho de seus colegas. Sempre referir-se o nome do autor cujos textos ou trechos forem utilizados. d. Tomar nota da fonte de informação que já foi publicada ou reportada. Artigo 7 O gigantismo da mídia de massa e da globalização da comunicação aumentam significativamente o papel educacional e cultural da mídia eletrônica e impressa. Com as responsabilidades adicionais das novas condições, o jornalista é obrigado a: a. Contribuir com a reavaliação da palavra jornalística, evitando violações gramaticais, sintáticas ou semânticas. b. Evitar vulgarismos, vulgaridade e barbaridade linguística, observando, mesmo em sátiras e caricaturas, os padrões éticos profissionais e a responsabilidade social. c. Protejer a língua grega do uso excessivo de palavras e termos estrangeiros. d. Contribuir criativamente com a proteção da tradição nacional e com a segurança de nossa herança cultural.

Artigo 8 As obrigações dos jornalistas, que derivam do código, não constituem limitação à liberdade de expressão. Violações dessas obrigações serão examinadas pelo Comitê de Disciplina das Uniões, até os Artigos da Federação Pan Helênica da União dos Jornalistas (POESY) serem emendados.