Afinal, quem tem medo da KPC?

Documentos relacionados
Infecções por Bacterias Multiresistentes a Antimicrobianos: Medidas de Controle

Questionário - Proficiência Clínica

Biossegurança Resistência Bacteriana. Professor: Dr. Eduardo Arruda

Elevado custo financeiro: R$ 10 bilhões/ano Elevado custo humano: 45 mil óbitos/ano 12 milhões de internações hospitalares Dados aproximados,

Antibiograma em controlo de infecção e resistências antimicrobianas. Valquíria Alves 2015

Coordenação de Controle de Infecção Hospitalar Hospital Universitário Clementino Fraga Filho Universidade Federal do Rio de Janeiro

Definição de Germicida

Evolução de Resistências e Carta microbiológica 2018

Goreth Barberino PhD, MsC em Ciências - FIOCRUZ - Bahia Consultora do Serviço de Microbiologia - HSR

A Microbiologia no controlo das IACS. Valquíria Alves Coimbra 2014

COMO TRATAR ESBL E Amp-C. Jamile Sardi Perozin

Enterobactérias: Mecanismos de Resistência e Aspectos para a Terapia

SUSCEPTIBILIDADE DOS AGENTES DE INFECÇÃO URINÁRIA AOS ANTIMICROBIANOS

Quimioterápicos Arsenobenzóis Sulfas

O papel do Laboratório de Microbiologia na Prevenção e Controlo das Infeções associadas aos Cuidados de Saúde

Doripenem, o novo agente na pneumonia nosocomial PERFIL DE SUSCEPTIBILIDADE AOS BACILOS GRAM NEGATIVO MAIS PREVALENTES

Antibióticos. O impacto causado pelo mau uso no desenvolvimento de resistência bacteriana. Caio Roberto Salvino

Prevenção e controlo de infeção e de resistências a antimicrobianos

O que Realmente Funciona na Prevenção de IRAS por Gram - Negativos Multi Resistentes? Dr. Estevão Urbano

Microrganismos Gram-negativos Multirresistentes nos hospitais do RJ. β-lactamases emergentes em Gramnegativos

PERFIL DE SENSIBILIDADE APRESENTADO POR BACTÉRIAS ISOLADAS DE CULTURAS DE SECREÇÃO TRAQUEAL

Resistência Microbiana: o que há de novo? Jussara Kasuko Palmeiro Hospital de Clínicas Universidade Federal do Paraná

UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA DEPARTAMENTO DE PARASITOLOGIA, MICROBIOLOGIA E IMUNOLOGIA. Antibioticos e resistência bacteriana a drogas

A Evolução do Controlo de Infecção em Portugal

USO RACIONAL DE ANTIBIÓTICOS EM GERMES MULTIRRESISTENTES

RELATÓRIO CUMULATIVO DA SUSCETIBILIDADE DOS AGENTES DE INFEÇÃO URINÁRIA AOS ANTIMICROBIANOS

O problema das resistências aos antimicrobianos em Portugal: causas e soluções

Controvérsias: FIM da vigilância para MRSA, VRE, ESBL

RESISTÊNCIA nas BACTÉRIAS GRAM NEGATIVO M. HELENA RAMOS CHP

Histórias de Sucesso no Controle da Infecção Hospitalar. Utilização da informática no controle da pneumonia hospitalar

ANTIBIOGRAMA. Profa Alessandra Barone Prof. Archangelo Fernandes

Bastonetes Gram Negativos Multi-Resistentes. SCIH Hospital Pró-Cardíaco Marisa Santos, Kátia Marie Senna, Giovanna Ferraiuoli.

Quando Suspender as Precauções?

Dr. Marcos Antonio Cyrillo Dezembro/2018

Consumo de carbapenemes no hospital, , em DDD / 1000 hab. / dia

Detecção feno+pica de ERCs em laboratórios de microbiologia clínica e importância médica

Infecções causadas por microrganismos multi-resistentes: medidas de prevenção e controle.

RELATÓRIO CUMULATIVO DA SUSCETIBILIDADE DOS AGENTES DE INFEÇÃO URINÁRIA AOS ANTIMICROBIANOS

Como Tratar Enterobactérias Resistentes a Carbapenêmicos. Luís Gustavo O. Cardoso CCIH - Hospital de Clínicas - UNICAMP

Infecções por microrganismos multirresistentes Hospital / Comunidade José Artur Paiva

Antibioticoterapia na Cirurgia Abdominal

Importância da Utilização de Metodologias para a Detecção de ESBL em Espécies de Enterobactérias

PERFIL DE SENSIBILIDADE E RESISTÊNCIA ANTIMICROBIANA DE Pseudomonas aeruginosa E Escherichia coli ISOLADAS DE PACIENTES EM UTI PEDIÁTRICA

Monitoramento de mecanismos de resistência emergentes em patógenos hospitalares

Atualização das metodologias de detecção de resistência.

Antimicrobianos: Resistência Bacteriana. Prof. Marcio Dias

Caso 15: infecção por multir

O TESTE DE HODGE MODIFICADO AVALIAÇÃO DE ENTEROBACTÉRIAS SENSÍVEIS A CARBAPENÊMICOS

O Programa Nacional de Prevenção e Controlo de Infeção e de Resistência aos Antimicrobianos Equipa do Programa:

Relatório da VE-INCS PROGRAMA DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA INFEÇÕES NOSOCOMIAIS DA CORRENTE SANGUÍNEA RELATÓRIO DADOS DE 2013

European Committee on Antimicrobial Susceptibility Testing - EUCAST Tabelas de pontos de corte para interpretação de CIMs e diâmetro de halos

Impacto da restrição ao uso da cefepima na sensibilidade dos bacilos Gram negativos em infecções hospitalares de um hospital ortopédico terciário

ALVOS DE ACÇÃO MECANISMOS BACTERIANOS DE RESISTÊNCIA. Célia Nogueira Coimbra, 27 de Outubro 2016

PROPORÇÃO DE BACTÉRIAS MULTIRRESISTENTES DE UM HOSPITAL PÚBLICO SUL-BRASILEIRO

Mecanismos de resistência bacteriana aos antibióticos

Antimicrobianos III. Prof. Dra. Jaqueline Dario Capobiango. Universidade Estadual de Londrina

NEW DELHI METALO-BETA-LACTAMASE NDM. Marcelo Pillonetto LACEN/PR Curitiba, 04 de julho de 2013

DROGAS ANTIMICROBIANAS

INSTITUIÇÃO: CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS

Versão válida a partir de Comitê Brasileiro de Testes de Sensibilidade aos Antimicrobianos -

X Simpósio de Sanidade Avícola UFSM. Profa. Dra. Renata K. T. Kobayashi Departamento de Microbiologia Universidade Estadual de Londrina Paraná

ASPECTOS MICROBIOLÓGICOS E RESPOSTA TERAPÊUTICA DE 180 PACIENTES COM ENDOCARDITE INFECCIOSA, OCORRIDOS EM RIBEIRÃO PRETO, ENTRE 1992 E 1997

PROCESSOS DE TRANSFERÊNCIA HORIZONTAL DE MATERIAL GENÉTICO

42º Congresso Bras. de Medicina Veterinária e 1º Congresso Sul-Brasileiro da ANCLIVEPA - 31/10 a 02/11 de Curitiba - PR 1

Cefalosporinas Introdução

Monitor: Fernando Pessuti Prof. Luiz Antonio Ranzeiro Bragança

Informativo da Coordenação Estadual de Controle de Infecção Hospitalar

Antibióticos. Disciplina Farmacologia Profª Janaína Santos Valente

Etiologia de infecções hospitalares e perfil de sensibilidade aos antimicrobianos em um hospital do sudoeste do Paraná, Brasil

Hiperlink p/ Documento de Orientação sobre como testar e interpretar resultados quando não há pontos de corte

10 ANOS DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DA INFEÇÃO NOSOCOMIAL DA CORRENTE SANGUÍNEA ADRIANA RIBEIRO LUIS MIRANDA MARTA SILVA

Antimicrobianos. Prof. Leonardo Sokolnik de Oliveira

O CONTROLE DE BACTERIAS MULTIRESISTENTES ATRAVÉS DO PROTOCOLO DE CULTURA DE VIGILÂNCIA

2º Curso de Antimicrobianos da AECIHERJ INTRODUÇÃO A ANTIBIÓTICOS DRA. DEBORA OTERO

PALAVRAS-CHAVE: Klebsilella. Enzima KPC. Superbactéria KCP.

European Committee on Antimicrobial Susceptibility Testing

SENSIBILIDADE BACTERIANA A ANTIMICROBIANOS, USADOS NA PRÁTICA MÉDICA - RIBEIRÃO PRETO-SP

A Norma DGS/INSA de vigilância epidemiológica de resistência antimicrobiana

ISOLAMENTO E CARACTERIZAÇÃO MOLECULAR DE CEPAS DE KLEBSIELLA PNEUMONIAE PRODUTORAS DE CARBAPENEMASES

Infecções por Gram Positivos multirresistentes em Pediatria

23/04/2013. Infecções Respiratórias agudas: Antibioticoterapia combinada é necessária? Mara Figueiredo Comissão de Infecção Respiratória e Micose-SBPT

Prevalence and bacterial susceptibility of urinary tract infections in renal transplant patients attended in a school laboratory from 2011 to 2016.

ALVOS DE ACÇÃO MECANISMOS BACTERIANOS DE RESISTÊNCIA. Célia Nogueira Coimbra, 18 de Fevereiro 2016

SUPERBACTÉRIAS: UM PROBLEMA EMERGENTE

INFECÇÃO HOSPITALAR. InfecçãoHospitalar. Parte 2. Profª PolyAparecida

Antimicrobianos: Resistência Bacteriana. Prof. Marcio Dias

3/23/17. n_antibiotics_don_t_work_any_more?language=en

NÚMERO: 004/2013 DATA: 21/02/2013 ATUALIZAÇÃO 08/08/2013 ASSUNTO: PALAVRAS-CHAVE: PARA: CONTACTOS:

Aminoglicosídeos. Figura 1. Anel aminociclitol da Estreptidina e 2-deoxiestreotamina que formam a base da estrutura química dos amninoglicosídeos

PROTOCOLO DE TRATAMENTO ANTIMICROBIANO EMPÍRICO PARA INFECÇÕES COMUNITÁRIAS, HOSPITALARES E SEPSE

ESTUDO DA PREVALÊNCIA BACTERIANA E RESISTÊNCIA AOS ANTIMICROBIANOS ISOLADOS DE MATERIAIS BIOLÓGICOS EM HOSPITAL, NO MUNICÍPIO DE SANTOS SP BRASIL

DANIELE APARECIDA RIBEIRO

MULTIRRESISTÊNCIA EM ALGUNS HOSPITAIS DO RIO DE JANEIRO

CATEGORIA: CONCLUÍDO ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE SUBÁREA: BIOMEDICINA INSTITUIÇÃO: CENTRO UNIVERSITÁRIO DE VÁRZEA GRANDE

SEMINÁRIO INFEÇÕES ASSOCIADAS AOS CUIDADOS DE SAÚDE. O papel do GCR - PPCIRA Articulação entre as várias Unidades de Saúde

1. A dinamização do Sistema de Vigilância Epidemiológica das Resistências aos Antimicrobianos tem de

CARACTERIZAÇÃO ANTIMICROBIANA FENOTÍPICA DE BACTÉRIAS DO GÊNERO Klebsiella spp. RESISTENTES À POLIMIXINA

EMERGÊNCIA DE Salmonella RESISTENTE A QUINOLONAS NO ESTADO DE SÃO PAULO

Procedimentos Técnicos NOME FUNÇÃO ASSINATURA DATA ELABORADO POR

PROGRAMA NACIONAL DE PREVENÇÃO DA RESISTÊNCIA AOS ANTIMICROBIANOS

Transcrição:

HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA FACULDADE DE MEDICINA DE RIBEIRÃO PRETO - USP Bactérias multiresistentes: testando nossa resistência Afinal, quem tem medo da KPC? 16º Jornada de Controle de Infecção Hospitalar de Ribeirão Preto 20/05/2011 Gilberto Gambero Gaspar gilbertogambero@usp.br

Penicilina, 1940, Segunda Guerra Mundial

Sucesso: Organização em equipe

Bomba de efluxo (gram negativo)

Cronologia da resistência antimicrobiana RESISTÊNCIA ADQUIRIDA NO AMBIENTE HOSPITALAR S. aureus MRSA Bastonetes Gram negativos S. aureus pen-r KPC S. aureus Van R M. tuberculosis Enterococcus sp. Candida sp. 1950 1960 1970 1980 1990 2000? Streptococcus pneumoniae Haemophilus ducreyi RESISTÊNCIA H. influenzae ADQUIRIDA Neisseria gonorreae Salmonella sp NA COMUNIDADE Shigella dysenterieae Shigella sp

EXTRA EXTRA Notícia Urgente

MAIS UMA OBRA DO HOMEM ACABAMOS DE CRIAR UMA BACTÉRIA RESISTENTE A QUASE TODOS OS ANTIBIÓTICOS DISPONÍVEIS NA ATUALIDADE: A SUPERBACTÉRIA

KPC, a superbactéria Puxa! Será que nunca tivemos esse perfil de resistência no Brasil?

Produtoras de carbapenemases Podem me chamar de KPC

Klebsiella pneumonia KPC Primeiramente isolada em 1996 (Carolina do Norte); Outras regiões dos Estados Unidos; Disseminação mundial; Surto em diversos hospitais de Nova York; Países como Brasil, Colombia, Israel, Grécia, França e China; Hospitais Indianos.

Geographical Distribution of KPC- Producers Frequent Occurrence Sporadic Isolate(s)

13

Klebsiella pneumonia KPC Novidade no Brasil? Brasil: Em 2005, foi registrado o primeiro caso no Brasil; Transmissão plasmidial para outras enterobactérias; A KPC nunca foi novidade no Brasil e Mundo; Existem outras bactérias com maior prevalência de resistência.

Disseminação clonal

Produtoras de carbapenemases Metalo-beta-lactamases IMP, VIM, SPM, GIM; Degradam carbapenens, cefamicinas, cefalosporinas; Não atuam sobre aztreonam. Classe A: KPC (plasmidiais) em K. pneumoniae, Enterobacter, C. freundii; Salmonella, K.oxytoca; GES (plasmidiais) em K. pneumoniae e E. coli; Degradam penicilinas, cefalosporinas, aztreonam; Inibidas por ac. clavulânico. Queenan & Bush-CMR 2007, 20: 440-58

Produtoras de carbapenemases Classe A; Primeiramente encontrada na Klebsiella pneumoniae; Outros bacilos gram negativos: E. coli, Serratia marcescens, enterobacter spp, salmonella spp e pseudomonas spp; Resistência: penicilinas, cefalosporinas, monobactans e carbapenêmicos; Muitas vezes resistentes a aminoglicosídeos e fluorquinolonas.

Como trataremos o nosso paciente?

Produtoras de carbapenemases Laboratório de microbiologia atualizado e automatizado; Padronização CLSI; Gene blakpc (plasmidial); Pode transmitir a outras espécies por via plasmidial; Opcões terapêuticas: aminoglicosídeos, glycylcyclines, polimixina B ou E ou combinação.

Entra em cena... Polimixina B e E

Polimixina B e E Lipopeptídeo; Isolado do Bacillus spp; 1947 isolada a polimixina B e E; Usadas após 2 décadas; Maior utilização em soluções oftalmológicas e tópicas; 1970: diminuição da sua utilização Século XXI : retorno do seu uso

Polimixina B e E Ação semelhante a detergentes catiônicos; Liga-se ao envelope celular; Ruptura celular e morte; Ação contra as enterobactérias; Não apresenta ação contra gram positivos, anaeróbios e Neisseria spp; São resistentes: Proteus spp, Providencia spp, Morganella morganii e Serratia marcescens.

O que temos na literatura

Não soubemos utilizar as maiores descobertas da humanidade: terapia e prevenção. E agora, vamos esperar um novo Flemming da era moderna ou vamos aprender a racionalizar as nossas condutas de terapia e prevenção.

Estudo quase-experimental; Hospital terciário de longa permanência; Bundle para controle de infecção por Klebsiella pneumoniae; Julho de 2008, iniciou-se o Bundle : banho de clorexedina 2%, cultura de vigilância na admissão, melhora das precauções de contato e educação continuada.

Determinar fator de risco dentro da UTI adulta na Grécia; Estudo caso controle; 59 pacientes K. pneumoniae (19 com KPC blakpc-2 e 17 de 18 carreavam o gene blavim-1); APACHE II como principal fator de risco; Os produtores de KPC aumenta a mortalidade; Necessidade de identificação rápida.

Analisou fatores de risco; Estudo caso controle; Doença grave (odds ratio, 4.31), uso de fluorquinolona (odds ratio, 3.39) e uso de cefalosporina de amplo expectro (odds ratio, 2.55); Klebsiella pneumoniae foi associado a aumento da mortalidade (odds ratio, 3,60).

Polimixina B apresenta MICs elevados para Klebsiella pneumoniae; Diferentes MICs dependendo da topografia (16-128 mcg/ml); Sinergismo polimixina B com rifampicina; polimixina B e doxiciclina; polimixina B e tigeciclina.

O melhor tratamento ainda é incerto; O uso dos carbapenêmicos (sensibilidade in vitro) deve ser usado com cautela; 50% falha terapêutica mesmo com sensibilidade aos carbapenêmicos in vitro; Ficar atento a MIC dos carbapenêmicos.

Derivado dos aminoglicosídeos; ACHN-490; 2 mg/l (sensível); 35% resistente a gentamicina, 61% para tobramicina e 20% para amicacina; ACHN-490 droga promissora com alta potência.

RESOLUÇÃO-RDC N 42, DE 25 DE OUTUBRO DE 2010. Dispõe sobre a obrigatoriedade de disponibilização de preparação alcoólica para fricção antisséptica das mãos, pelos serviços de saúde do País, e dá outras providências. SBI, 2011

Afinal, quem tem medo da KPC?

Resposta da platéia 11% 4% 1% 0% 84% muito medo da KPC medo das MDR de jeito nenhum estou sossegado isso não me pertence

Principais agentes MDR

TOP 10 DRUG RESISTANT MICROBES MICROBE Enterobacteriaceae Enterococcus Haemophilus influenzae Mycobacterium tuberculosis Neisseria gonorrhoeae Plasmodium falciparum Pseudomonas aeruginosa Streptococcus pneumonia Staphylococcus aureus Shigella dysenteriae DRUGS RESISTED Aminoglycosides, Beta-Lactam antibiotics, Chloramphenicol, Trimethoprim Aminoglycosides, Beta-Lactams, Erythromycin, Vancomycin Beta-Lactams, Chloramphenicol, Tetracycline, Trimethoprim Aminoglycosides, Ethambutol, Isoniazid, Pyrazinamide, Rifampin Beta-Lactams, Spectinomycin, Tetracycline Chloroquine Aminoglycosides, Beta-Lactams, Chloramphenicol, Ciprofloxacin, Tetracycline, Sulfonamides Aminoglycosides, Chloramphenicol, Erythomycin, Penicillin Chloramphenicol, Ciprofloxacin, Clindamycin, Erythromycin, Beta=Lactams, Rifampin, Tetracycline, Trimethoprim Ampicillin, Trimethoprim-Sulfamethoxazole, Chloramphenicol, Tetracycline Source: George Jacoby Adapted from SCIENCE, Vol. 257, August 1992

MSRA Isolado 1961; A partir 1990: disseminação mundial; Nível endêmico; Atualmente diversos surtos intra-hospitalares; Unidade de terapia intensiva; Portadores assintomáticos; Descolonização: É possível?

Importante causa de IPCS; EARSS: > 25% de MRSA; Brasil Não precisamos ir tão longe. Agente cada vez mais frequente.

Densidade de incidência de pacientes com germe MDR de 2008 a 2010 (colonização e infecção), HCRP-USP 1,40 1,20 1,00 0,80 0,60 0,40 0,20 0,00

1967, reportado MRSA; 23% na Austrália, 67% Japão, 40% Pacífico Sul, 32% EUA e 26% na Europa; Endêmico no Brasil (60%); Esquemas alternativos quando a prevalência de CA-MRSA esta acima de 10%; Laboratórios da rede pública.

CA-MRSA 1990, Austrália; Alta virulência (pneumonia necrotizante); Sem um fator de risco específico;

CA-MRSA Infecção pós-parto, mastite, celulite e abscessos. (Saiman, CID 2003) Infecção de prótese ortopédica. (Kourbatova, Am J Infect Control 2005; Patel, J Clin Microbiol 2007) Ainda de baixa ocorrência no Brasil;

VRE A resistência a glicopeptídeos é um importante problema nos EUA desde 1986; CDC: 1986 a 1989 foi o segundo agente etiológico mais Escasso frequente arsenal terapêutico de infecções nosocomiais nos EUA; Atenção especial: pacientes imunossuprimidos E. faecalis a resistência a ampicilina e vancomicina não é comum; E. faecium mais comum a resistência; Brasil, o primeiro isolamento de cepa resistente ocorreu em Curitiba, em 1996.

ESBL Enterobactérias; Principalmente Klebsiella spp e Echerichia coli; A genitora das carbapenemases: Um dos principais Utilizamos cada vez problemas mais carbapenêmicos mundiais e quinolonas. de resistência; TEM e SHV; Nada é por acaso: Sensibilidade as cefalosporina de segunda geração (antibiograma).

Amp-C Mecanismo de resistência cromossômico induzível; Grupo CESP; Podem ter mecanismos de resistência variados (porina, b-lactamase etc...); Baixas opções terapêuticas; Leva ao uso de cefalosporina de quarta geração, quinolonas e carbapenêmicos.

Principais agentes MDR Afinal, quem tem medo APENAS da KPC?

A visão cega do modismo Atualmente temos poucas opções terapêuticas para estes agentes (não só a KPC); Não existe apenas a KPC; Tenho MUITO MEDO do MRSA, ESBL, VRE, KPC etc...; A maneira de prevenir não mudou! Uso racional dos antimicrobianos Medidas de prevenção

OBRIGADO... A MAIS GRAVE DAS FALTAS É NAO TER CONSCIÊNCIA DE FALTA ALGUMA. (Einstein) gilbertogambero@usp.br