DISCURSO PROFERIDO POR SUA EXCELÊNCIA DR. TOMAZ AUGUSTO SALOMÃO, SECRETÁRIO EXECUTIVO DA SADC POR OCASIÃO DO LANÇAMENTO OFICIAL DO PLANO INDICATIVO ESTRATÉGICO DO ÓRGAO DE COOPERAÇAO NAS ÁREAS DE POLITICA, DEFESA E SEGURANÇA (SIPO) ARUSHA, REPUBLICA UNIDA DA TANZANIA 20 DE NOVEMBRO DE 2012
Sua Excelência Jakaya Mrisho Kikwete, Presidente da República Unida da Tanzânia e Presidente do Órgão de Cooperação nas Áreas de Política, Defesa e Segurança Exmo Senhor Bernard Kamillius Membe, Ministro dos Negócios Estrangeiros e Cooperação Internacional da República Unida da Tanzânia e Presidente do Comité Ministerial do Órgão (CMO); Estimados Membros da Troika do CMO; Estimados Membros do Parlamento; Chefes das Missões Diplomáticas; Suas Excelências Membros do Corpo Diplomático; Altos Funcionários; Estimados Representantes do Sector Privado; Estimados Membros das Instituições Académicas e de Investigação; Distintos Parceiros da Cooperação Internacional (PCI) Distintos Convidados; Minhas senhoras e meus senhores; Constitui para mim uma honra e privilégio tecer algumas considerações perante esta assembléia magna por ocasião do Lançamento Oficial do Plano Indicativo Estratégico do Órgão de Cooperação Revisto (SIPO). Sentimos honrados por termos a Presidência do Órgão de Cooperação nas Áreas de Política, Defesa e Segurança para agraciar esta ocasião especial. Agradecemos a Sua Excelência Presidente Jayaka Mrisho Kikwete que mesmo com a sua agenda diária sobrecarregada disponibilizou-se para se juntar a nós. Realmente, proceder o lançamento oficial do Órgão de Cooperação nas Áreas de Política, Defesa e Segurança Revisto aqui hoje em Arusha constitui um acto de importância singular, partindo do princípio que Arusha é parte e parcela da história da Região da 2
África Austral na luta de libertação e nos esforços para o desenvolvimento da identidade política entre os países da Região. De facto, o processo de desenvolvimento da identidade política entre os estados na região da África Austral foi um processo contínuo, baseado no movimento nacional de libertação e na luta contra o Apartheid, cuja cooperação dinâmica permitiu o desenvolvimento da solidariedade e coesão política bem como a cooperação na defesa e segurança; que se foi aprofundando e consolidando continuamente no seio dos Países da Linha da Frente. Todavia, o novo contexto político, econômico e social na região impõe novos e grandes desafios, em particular a necessidade de preservar a paz, segurança, estabilidade e democracia; prérequisito para a integração regional e desenvolvimento sustentável. A criação do Órgão da SADC de Cooperação nas Áreas de Política, Defesa e Segurança pela Cimeira dos Chefes de Estado e de Governo realizada em Gaborone, Botswana em Junho de 1996, constituiu uma plataforma sólida para o aprofundamento da cooperação e coesão política na região; vários instrumentos para a implementação do Plano Indicativo Estratégico do Órgão (SIPO) bem como vários instrumentos legais foram adoptados pelos Estados Membros da SADC, nomeadamente; (i) (ii) (iii) (iv) (v) (vi) Protocolo sobre Cooperação nas Áreas de Política, Defesa e Segurança; Protocolo contra Corrupção; Protocolo sobre o Combate de Drogas Ilícitas; Protocolo sobre Controlo de Armas de Fogo, Munições e outros materiais Conexos; Protocolo sobre Extradição; Protocolo sobre a Facilitação de Circulação de Pessoas; 3
(vii) (viii) (ix) Protocolo sobre Assuntos Jurídicos; Protocolo sobre Assistência Mútua Legal em Assuntos Criminais; e Pacto de Defesa Mútua É importante fazer uma retrospectiva na história para que possamos compreender a longa caminhada da génese do Órgão até o actual quadro institucional e o modus operandi. Um passo significativo subsequente para a criação do Órgão sobre Cooperação nas Áreas de Política, Defesa e Segurança foi a assinatura por parte dos Chefes de Estado e de Governo da SADC no dia 14 de Agosto de 2001, em Blantyre, Malawi, do Protocolo sobre Cooperação nas Áreas de Política, Defesa e Segurança que prevê um quadro institucional pelo qual os Estados Membros coordenam as políticas e actividades nas áreas da política, defesa e segurança. Com vista a operacionalizar o Protocolo da SADC sobre Cooperação nas Áreas de Política, Defesa e Segurança, o Plano Indicativo Estratégico do Órgão (SIPO) foi elaborado para prever directrizes para a implementação do Protocolo para os cinco subsequentes anos. O SIPO baseia-se em objectivos e agenda comum da SADC conforme definido no Artigo 5 do Tratado da SADC emendado e no Protocolo sobre Cooperação nas Áreas de Política, Defesa e Segurança; por outras palavras conforme traduzido na visão da SADC do futuro partilhado num ambiente de paz, segurança e estabilidade, cooperação e integração regional baseado na equidade, beneficio e solidariedade mútua; Portanto, o SIPO procura identificar estratégias e actividades para alcançar os objectivos supracitados. A adopção do SIPO em 2003 e a sua implementação nos cinco anos subsequentes produziu resultados tangíveis, como tal a 4
Região permaneceu relativamente calma e estável, não obstante, alguns desafios políticos e de segurança. Neste momento, é importante partilhar algumas realizações, nomeadamente: Lançamento e Operacionalização da Força de Reserva da SADC Integração da Organização de Cooperação Regional dos Comandantes-Gerais da Polícia da África Austral (SARPCCO) no Comité Inter-Estatal de Defesa e Segurança (ISDSC); Criação e Operacionalização do Centro Regional de Aviso Prévio (REWC) para prevenção e gestão de conflitos; Criação do Conselho Consultivo Eleitoral da SADC (SEAC); e Criação das Estruturas de Mediação, Prevenção de Conflitos e Diplomacia Preventiva. Apesar das realizações alcançadas no decurso da primeira fase da implementação do SIPO, a avaliação e revisão do SIPO em 2007, revelou igualmente a existência de desafios que necessitavam ser abordados, como resultado da dinâmica internacional geopolítica e global envolvente. O processo em revista do SIPO que foi iniciado em Dar Es Salam, República Unida da Tanzânia, em 2007, enfatizou a necessidade de rever e re-avaliar o SIPO em cada 5 anos com vista a garantir uma resposta adequada aos desafios impostos à Região, pela nova ordem internacional. O SIPO revisto que hoje nós procedemos o lançamento oficialmente contempla o resultado da revisão dos objectivos, estratégias e actividades levadas a cabo pelos vários sectores, incluindo ao sector da polícia como um sector independente do Órgão. 5
A revisão do SIPO foi levada a cabo em resposta dentre outros, os seguintes desafios: O ambiente geo-político em mudança; Deficiências na primeira edição do documento do SIPO para responder de forma adequada os desafios envolventes. Disponibilização inadequada de meios para o mecanismo coordenado de monitoria e avaliação; Recursos humanos inadequados para coordenar a implementação das actividades; A necessidade de reestruturar os sectores do Órgãos. Como um resultado do processo de revisão, o SIPO revisto abrange cinco sectores, nomeadamente: Sector da Política; Sector da Defesa; Sector da Segurança do Estado; Sector da Segurança Publica e o Sector da Polícia. Após o lançamento oficial do SIPO revisto, o Programa tem em vista um processo de formação. Estou convicto que o resultado combinado dos debates a volta de questões relativas aos cinco sectores em duas partes do Programa irá permitir a posse do SIPO por parte de todos intervenientes, partindo do principio que o principal objectivo do Programa Global é de publicitar e disseminar o SIPO revisto para todos intervenientes. Na minha opinião que, acima de todo, o resultado esperado mais importante continua ainda por apresentar um Roteiro Abrangente e Plano de Actividades que irá permitir a todos intervenientes pertinentes de serem verdadeiros parceiros na implementação do SIPO revisto para o benefício dos povos da região. 6
Para todos que prestaram o seu apoio para tornar possível a realização deste evento, gostaríamos de manifestar os nossos sinceros agradecimentos e apreço. Nós não poderíamos ter concretizado este feito sem o vosso apoio. Muito obrigado Merci beaucoup Thank you Asante Sana 7