5ª COMISSÃO DISCIPLINAR. AUTOR : Federação Nacional dos Atletas de Futebol (FENAPAF). DENUNCIADOS : Santa Cruz Futebol Clube

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2. FEDERAÇÃO GOIANA DE FUTEBOL, incursa no art. 6º inciso I do RGC/CBF Antecedentes: a Federação não possui antecedentes (Certidão fls.

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O(s) processo(s) adiado(s) e/ou remanescente(s) de outra(s) sessão(ões), terá(ão) prioridade no(s) julgamento(s).

AUDITOR RELATOR DR. DR. JURANDIR RAMOS DE SOUSA.

SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA DESPORTIVA STJD.

Transcrição:

1 5ª COMISSÃO DISCIPLINAR PROCESSO n : 002/2017. DENÚNCIA AUTOR : Federação Nacional dos Atletas de Futebol (FENAPAF). DENUNCIADOS : Santa Cruz Futebol Clube ARTIGO : 3º do Art. 18 do Regulamento Específico da Série A do Campeonato Brasileiro 2016/2017. AUDITOR RELATOR DR. WANDERLEY GODOY JUNIOR. EMENTA: PERDA DO MANDO DE CAMPO, ARTIGO 213, I, DO CBJD, CARACTERIZADO. Entidade que não comprova cabalmente a identificação e detenção de todos os autores da desordem, que utilizaram vários artefatos de fogo e faixa proibida. Boletim de ocorrência somente em relação a alguns envolvidos. Impossibilidade de aplicar a excludente do parágrafo 3º., do mesmo artigo. DENÚNCIA PROCEDENTE com a perda do mando de 1 (uma) partida, atenuando a pena que deveria ser de 2 (dois) jogos, pelo esforço do clube em identificar alguns dos envolvidos, mais e pena de multa. R E L A T Ó R I O

2 No dia 18 de outubro a FENAPAF (Federação Nacional dos Atletas Profissionais de Futebol) protocolou neste Tribunal, notícia de infração em face de Santa Cruz Futebol Clube (PE) alegando atraso no pagamento de salários. Alega que o Clube está com atraso salarial por 4 (quatro) meses, sendo julho, agosto, setembro e outubro, relacionando os atletas em fl. 03, requerendo a denuncia da Procuradoria nos termos do artigo 18 do Regulamento Específico do Campeonato Brasileiro da Série A de 2016. Em 26 de outubro, fls. 8/22, após despacho do Presidente do STJD, o Clube manifestou-se pela ilegitimidade da FENAPAF, além do PROFUT ter a sua vigência adiada, pois tal dispositivo foi incluído por este motivo e que existiam alguns salários em atraso, mas não da forma noticiada, saldando futuramente os débitos e requerendo o arquivamento. O Presidente do STJD, fl. 23, em 23 de novembro, requereu a intimação das partes para tentativa de conciliação, porém a FENAPAF não fez qualquer manifestação e o Santa Cruz respondeu afirmativamente. Renovada a intimação em 9 de janeiro deste ano, fl. 28, sem qualquer resposta da FANAPAF, o processo foi enviado a Procuradoria que enquadrou o Santa Cruz Futebol Clube no 3º do Art. 18 do Regulamento Específico da Série A do Campeonato Brasileiro 2016/2017, requerendo a perda de pontos no Campeonato deste ano. Antes da sessão de julgamento a FENAPF enviou ofício manifestando seu inconformismo com a demora no julgamento e que tal procedimento deveria ser mais célere neste ano de 2017. No dia 13 de fevereiro de 2017 o processo foi levado para julgamento perante esta Comissão Disciplinar, com a ausência da FENAPAF e presença do Clube denunciado através de seu Advogado e Diretor, sendo que deferido a juntada documentos pelo Denunciado. Após o relatório a defesa arguiu 3 preliminares, Prescrição, Ilegitimidade Ativa e Perda do Objeto, seguido da manifestação da Procuradoria sobre as preliminares, passando a Comissão para o respectivo julgamento e o mérito só seria debatido após este julgamento. É o relatório. V O T O

3 PRESCRIÇÃO Alega o Clube denunciado, Santa Cruz FC, que qualquer punição estaria alcançada pelo instituto da prescrição, pois a FENAPAF alegou salários em atraso a partir de julho de 2016, noticiou ao STJD somente em 18 de outubro e na data do julgamento já teria decorrido qualquer prazo punitivo. Sem razão, pois não fundamentou seu pedido em qualquer artigo. De qualquer forma, verificando o artigo 165-A do CBJD, que trata da prescrição, não encontramos nenhum artigo para fundamentar a decretação da prescrição pelo Clube denunciado. As hipóteses previstas no referido artigo não sustentam o pedido do Clube, eis que a denuncia foi fundamentada no artigo 18 do Regulamento Específico da Competição Série A 2016 e o nosso Código não enquadra tal situação. Assim, por unanimidade vota-se pela improcedência da prescrição arguida pelo Santa Cruz FC. ILEGITIMIDADE ATIVA Alega também o Clube denunciado, que a FENAPAF não seria parte legítima para propor a presente notícia de infração, além de não juntar as procurações dos atletas, nem descrever expressamente o nome completo de cada um. Novamente, sem razão do Clube denunciado. Inicialmente destaca-se que o ônus da prova em relação ao pagamento dos salários é do Clube e não da entidade representativa dos atletas, sendo que o Clube confessou o respectivo atraso, embora não como alegado na peça inicial da notícia de infração. Ainda, a FENAPAF é a entidade competente para indicar dois Auditores para o Pleno do STJD, nos termos da Lei 9.615/98 e CBJD, comprovando que tem legitimidade nesta Justiça de propor a presente medida, até mesmo com base no artigo 1º, VII do CBJD. Listar os apelidos dos atletas também não demonstra ilegitimidade, eis que nos registros perante a CBF constam também os apelidos dos atletas. Assim, por unanimidade vota-se pela improcedência da preliminar de ilegitimidade ativa arguida pelo Santa Cruz FC.

4 PERDA DO OBJETO Pela última preliminar, alega o Clube denunciado que a presente demanda perdeu o seu objeto em razão do término do Campeonato Brasileiro da Série A de 2016, o campeonato já estar homologado e o Clube denunciado restar rebaixado. Com razão o Santa Cruz FC eis que realmente ocorreu a perda do objeto da presente notícia de infração. Tal fato ocorreu em relação ao Campeonato Brasileiro da Série A de 2016 e o campeonato já está encerrado, homologado e o Santa Cruz rebaixado. A denuncia ocorreu no artigo 18 do REC da Série A que expressa: Art. 18 - O Clube que, por período igual ou superior a 30 (trinta) dias, estiver em atraso com o pagamento de remuneração, devida única e exclusivamente durante a competição, conforme pactuado em Contrato Especial de Trabalho Desportivo, a atleta profissional registrado, ficará sujeito à perda de 3 (três) pontos por partida a ser disputada, depois de reconhecida a mora e o inadimplemento por decisão do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). (Grifei). O próprio caput expressa que ocorrerá a perda de 3 (três) pontos em partida a ser disputada, porém a competição já está encerrada e o Regulamente Específico da Competição é de 2016, não podendo perder ponto para o futuro. Ainda, o parágrafo 3º do mesmo artigo expressa: 3º - A sanção a que se refere o caput deste artigo será sucessiva e cumulativamente aplicada em todas as partidas da competição que venham a ser realizadas enquanto perdurar a inadimplência. Certo que a norma expressa neste parágrafo refere-se a competição de 2016, já encerrada e homologada, impossibilitando a perda de pontos no passado e futuro. Estranho também só chegar a notícia de infração do Santa Cruz FC, parecendo que todos os demais clubes do Brasil, Séries A, B, C e D estão em dia com seus salários. Por último, visivelmente a autora da notícia de infração, FENAPAF, não demonstrou interesse em prosseguir com a ação, pois foi intimada para comparecer em audiência de tentativa de conciliação e não se fez presente, além de não comparecer na audiência de instrução e julgamento. O próprio ofício juntado por

5 último demonstra o desinteresse da entidade representativa dos atletas em prosseguir com a demanda. Assim, por maioria de votos, acolhe-se a preliminar de perda de objeto, na forma do Art.131 do CBJD, extinguindo a denuncia ofertada pela Procuradoria através da notícia de infração ofertada pela FENAPAF, divergindo o Auditor Dr. Eduardo Mello e o Presidente que rejeitavam a preliminar do Clube Santa Cruz FC. D I S P O S I T I V O RESULTADO: Por maioria de votos, foi acolhida a preliminar de perda de objeto, na forma do Art.131 do CBJD, divergindo o Auditor Dr. Eduardo Mello e o Presidente que rejeitavam a preliminar. Funcionou na defesa do Santa Cruz FC Dr. Osvaldo Sestário, que apresentou prova documental. Foi designado para a lavratura do acórdão Dr. Wanderley Godoy. Rio de Janeiro, 20 de fevereiro de 2017. WANDERLEY GODOY JUNIOR Auditor Redator