#ZERO DISCRIMI NAÇÃO PELA #ZERODISCRIMINAÇÃO

Documentos relacionados
COMPROMISSOS DE ACELERAÇÃO DA RESPOSTA PARA ACABAR COM A EPIDEMIA DE AIDS ATÉ 2030

COPATROCINADOR UNAIDS 2015 UNFPA FUNDO DE POPULAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS

Cobertura Universal de Saúde

COPATROCINADOR UNAIDS 2015 UNICEF FUNDO DAS NAÇÕES UNIDAS PARA A INFÂNCIA

COPATROCINADOR UNAIDS 2015 ONU MULHERES ENTIDADE DAS NAÇÕES UNIDAS PARA IGUALDADE DE GÊNERO E EMPODERAMENTO DAS MULHERES

COPATROCINADOR UNAIDS 2015 OIT ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL DO TRABALHO

COPATROCINADOR UNAIDS 2015 OMS ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE

DIA MUNDIAL DE ZERO DISCRIMINAÇÃO

Mortalidade Infantil E Populações tradicionais. Objetivos de Desenvolvimento Sustentável

COPATROCINADOR UNAIDS 2015 ACNUR ALTO COMISSARIADO DAS NAÇÕES UNIDAS PARA REFUGIADOS

NOSSO CHAMADO DE ALERTA

DIA MUNDIAL DE ZERO DISCRIMINAÇÃO 1º DE MARÇO DE 2017 PELA #ZERODISCRIMINAÇÃO #ZERO DISCRIMI NAÇÃO

COPATROCINADOR UNAIDS 2015 PMA PROGRAMA MUNDIAL DE ALIMENTOS

RESPIRE. Vamos acabar com a TB e com a AIDS até 2030

Acelerar a resposta para pôr um fim à SIDA Estratégia ONUSIDA

COPATROCINADOR UNAIDS 2015 UNESCO ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS PARA A EDUCAÇÃO, A CIÊNCIA E A CULTURA

COPATROCINADOR UNAIDS 2015 BANCO MUNDIAL

COALIZÃO GLOBAL DE PREVENÇÃO AO HIV LANÇAMENTO DO ROTEIRO DE PREVENÇÃO AO HIV ATÉ 2020

Normas para fornecedores

53 o CONSELHO DIRETOR

Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, HABITAT III e Cidades Feministas

Estratégia da ONUSIDA para : Acelerar o financiamento para pôr fim à SIDA

legislação brasileira e o HIV

Parceria pelo Desenvolvimento Sustentável Projeto pelo Fortalecimento dos Municípios para a promoção da Agenda 2030 e Nova Agenda Urbana

HOMENAGEANDO. 30 anos VIVA A VIDA POSITIVAMENTE. Conheça seu estado sorológico para o HIV

Encontro com Fornecedores Eletrobras O engajamento empresarial na disseminação dos Direitos da Criança e do Adolescente

O Código de Ética e Conduta Profissional da ACM(Association for Computing Machinery) Código de Ética da ACM. Código de Ética da ACM

Saúde Sexual e Reprodutiva: um direito básico dos/das adolescentes e jovens

Conselhos Fortes, Direitos Assegurados Caminhos para a implementação dos ODS nas cidades. Realização Cofinanciamento Apoio

Resumo. Second National Intercultural Health Strategy Segunda Estratégia Nacional Intercultural de Saúde

Renata Thereza Fagundes Cunha

legislação brasileira e o HIV

e o HIV legislação brasileira

manual de SOBRE VIVÊN

Planos, lacunas e sustentabiliade: Acelerar a resposta a esta epidemia em Portugal é possível?

Rede J+ LAC. Pablo T. Aguilera / Co

COBERTURA UNIVERSAL DE SAÚDE

VIH e SIDA: Uma visão geral da epidemia e da importância da ação no mundo do trabalho

ESTATÍSTICAS GLOBAIS SOBRE HIV 2017

AGIR PARA MUDAR LEIS DISCRIMINATÓRIAS

DISCRIMINAÇÃO DE GÊNERO NO MERCADO DE TRABALHO. Bernadete Kurtz

Diretrizes para a segurança da posse dos pobres urbanos

Desenvolvimento, Trabalho Decente e Igualdade Racial

POLÍTICA DE RESPONSABILIDADE SOCIAL DAS EMPRESAS ELETROBRAS. Versão 2.0

DISTANTES MUNDOS. situação da população mundial Saúde e direitos reprodutivos em uma era de desigualdade DESTAQUES

CONVENÇÃO INTERNACIONAL DE DIREITOS DAS PESSOAS IDOSAS

Audiência na Comissão de Saúde

O IMAASUS tem somado esforços e construído conhecimento acerca de saúde pública, meio ambiente e divulgação dos ODS s em São Paulo; já foram

Fundação Medtronic HealthRise Brasil Abordagens e Atividades do Projeto

Quadro Catalisador para Pôr Termo à SIDA, Tuberculose e Eliminar a Malária em África até 20130

Objetivo Principal Fique Sabendo Jovem!

DECLARAÇÃO DE COMPROMISSO SOBRE OS DIREITOS HUMANOS

2,2 milhões de moçambicanos vivem com HIV/Sida, 860 jovens infectados todas as semanas em Moçamb

AS CRIANÇAS NÃO DEVEM TRABALHAR NOS CAMPOS, MAS EM SONHOS!

( ポルトガル語版 ) [Versão Resumida]

Princípios de Ação e Políticas orientadoras na APPACDM de Santarém

CÓDIGO DE CONDUTA DO PARCEIRO DE NEGÓCIOS

Sumário. 1. Política de Sustentabilidade da Rede D Or São Luiz Objetivos Abrangência Diretrizes...2

Título do projeto: Direitos Humanos e Empresas: O direito a não discriminação em função do gênero e raça nas empresas 1.

140 a SESSÃO DO COMITÊ EXECUTIVO

DOCUMENTO ORIENTADOR

COPATROCINADOR UNAIDS 2015 PNUD PROGRAMA DAS NAÇÕES UNIDAS PARA O DESENVOLVIMENTO

Diretrizes de Conduta Profissional. Diretores e Colaboradores. Sistema ABIMAQ / SINDIMAQ / IPDMAQ

RECOMENDAÇÃO SOBRE HIV E AIDS E O MUNDO DO TRABALHO

Política de Proteção das Crianças e Jovens

PROGRAMA CIDADE AMIGA DA PESSOA IDOSA. Dra. Karla Lisboa Consultora Técnica Organização Pan-Americana da Saúde - OPAS

Adolescentes: Vulnerabilidades e Potencialidades no Contexto das DST/AIDS

ESTATÍSTICAS GLOBAIS SOBRE HIV 2018

PREVENÇÃO E REDUÇÃO DA GRAVIDEZ NÃO INTENCIONAL NA ADOLESCÊNCIA

Objectivos para o desenvolvimento sustentável: Os desafios dos ODS e a Saúde

Documento de consulta

AS CRIANÇAS NÃO DEVEM TRABALHAR NOS CAMPOS, MAS EM SONHOS!

ÉTICA PELA VIDA BIOÉTICA REGINA PARIZI. Dezembro 2015

Ministério da Solidariedade, Emprego e Segurança Social. Programa EaSI. Antonieta Ministro

O que é AGENDA 2030?

Pessoas autistas enfrentam as barreiras sociais do preconceito, da discriminação, da falta de apoios e de adaptações que as impedem de viver e

Metas de Segurança do Paciente A importância do Médico

Política de Direitos Humanos

Política de Direitos Humanos no Local de Trabalho

ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE A HORA É AGORA

1. OBJETIVOS DO DOCUMENTO E ÁREA DE APLICAÇÃO GERENCIAMENTO DA VERSÃO DO DOCUMENTO UNIDADES RESPONSÁVEIS PELO DOCUMENTO...

JOVENS RAÇA COR EPIDEMIA CONCENTRADA. HIV e Aids no Município de São Paulo Resumo da Epidemia

Relatório Mundial de Ciências Sociais 2016 O desafio das desigualdades: caminho para um mundo justo

Carta dos Direitos e Deveres dos Doentes

O Brasil, o HIV. a Aids: desafios atuais. sobre o cumprimento das metas Ungass-aids

Apresentação. Componentes essenciais para programas de prevenção e controle de Infecções Relacionadas a Assistência a Saúde (IRAS)

Carta dos Direitos e Deveres do Doente

Relações raciais e educação - leis que sustentaram o racismo e leis de promoção da igualdade racial e étnica 23/06

CONSELHO EXECUTIVO Décima-Sétima Sessão Ordinária de Julho de 2010 Kampala, Uganda

162 a SESSÃO DO COMITÊ EXECUTIVO

O Ministério da Saúde da República Federativa do Brasil (doravante denominado Ministério da Saúde)

Aborto, Saúde e Direitos Reprodutivos e Sexuais. Simone Lolatto

RENOVAÇÃO DE COMPROMISSO

DEFINIÇÃO DAS COMPETÊNCIAS DAS EQUIPES DE APS

Prof. (a) Naiama Cabral

Seminário Internacional Saúde, Adolescência e Juventude: promovendo a equidade e construindo habilidades para a vida

AIDS/HIV E SÍFILIS: A VULNERABILIDADE DA SOCIEDADE ÀS DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS UM ESTUDO DE CASO NO MUNICÍPIO DE SÃO LUIZ GONZAGA R/S 1

PROJETO DE RELATÓRIO

Transcrição:

PELA #ZERODISCRIMINAÇÃO #ZERO DISCRIMI NAÇÃO

A NÃO DISCRIMINAÇÃO É UM PRINCÍPIO E UMA OBRIGAÇÃO FUNDAMENTAL DOS DIREITOS HUMANOS, MAS A DISCRIMINAÇÃO EM CONTEXTOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE CONTINUA GENERALIZADA E ASSUME MUITAS FORMAS. A DISCRIMINAÇÃO É UMA BARREIRA AO ACESSO À SAÚDE E AOS SERVIÇOS COMUNITÁRIOS, ALÉM DE IMPEDIR O ALCANCE DE UMA COBERTURA UNIVERSAL NA ÁREA DA SAÚDE. ISSO LEVA A RESULTADOS PRECÁRIOS EM SAÚDE E INIBE ESFORÇOS PARA ACABAR COM A EPIDEMIA DA AIDS E ALCANÇAR PADRÕES DE VIDA SAUDÁVEL PARA TODOS.

DISCRIMINAÇÃO EM SERVIÇOS DE SAÚDE Na última década, houve um grande progresso na resposta ao HIV. O mundo está um passo mais próximo de eliminar infecções por HIV entre as crianças, mais pessoas vivendo com o HIV conhecem seu estado sorológico e têm acesso ao tratamento de HIV e as mortes relacionadas à AIDS estão em declínio. No entanto, em todo o mundo, o estigma, a discriminação, a exclusão e a desigualdade continuam tornando as pessoas vulneráveis ao HIV e impedindo o acesso à prevenção, ao tratamento e aos serviços de saúde ligados ao HIV. Pessoas vivendo com o HIV, populações-chave e outros grupos vulneráveis continuam a enfrentar o estigma, a discriminação, a criminalização e maus tratos com base em sua condição de saúde real ou percebida, raça, status socioeconômico, idade, sexo, orientação sexual ou identidade de gênero ou por outros motivos. Discriminação e outras violações dos Direitos Humanos podem ocorrer nas instituições de saúde, impedindo o acesso aos serviços ou ao usufruto de cuidados de saúde de qualidade. Trabalhadores de instituições de saúde também podem enfrentar discriminação por parte de seus colegas e empregadores, ou trabalhar em ambientes nos quais seus direitos, papéis e responsabilidades não possam ser plenamente exercidos. A discriminação nos cuidados de saúde não se refere apenas a ter serviços de saúde negados. Exemplos de discriminação nesses contextos incluem desinformação, exigência da autorização de terceiros para provisão de serviços, falta de privacidade e quebra de confidencialidade. A discriminação relacionada ao HIV também assume diversas formas, incluindo o teste obrigatório de HIV sem o consentimento ou aconselhamento apropriado, esterilização forçada ou coagida de mulheres vivendo com HIV, profissionais de saúde minimizando o contato ou cuidado com pacientes que vivem com HIV, tratamento tardio ou negado, exigência de um pagamento adicional para o controle da infecção, isolamento de pacientes que vivem com HIV, recusa na oferta de serviços de saúde materna e violação da privacidade e confidencialidade dos pacientes, incluindo revelação do estado sorológico para HIV aos membros da família do paciente ou a funcionários do hospital sem autorização. O QUE OS PAÍSES PODEM FAZER? Sob a lei internacional dos Direitos Humanos, os países têm a obrigação legal de abordar a discriminação nos serviços de saúde e no local de trabalho. Eles também são obrigados a abster-se de reter, censurar ou deturpar as informações de saúde - por exemplo, afirmar que o uso do preservativo não impede a propagação do HIV e outras infecções sexualmente transmissíveis não é permitido.

Eles também devem evitar que terceiros interfiram na garantia dos Direitos Humanos. Isso inclui investigar e punir práticas por prestadores serviços de saúde e outros como a esterilização forçada ou coagida de mulheres vivendo com HIV, a interrupção forçada de gravidez em mulheres que vivem com o HIV ou a recusa da prestação de serviços aos indivíduos pertencentes às populações-chave. Os países devem criar um ambiente propício para que os cidadãos desfrutem plenamente de seus direitos. Isso significa que estados e municípios devem aprovar leis que proíbam a discriminação contra as populações-chave, incluindo em serviços de saúde e em locais de trabalho. Estados e municípios devem se certificar que prestadores de serviços de saúde sejam treinados para que os serviços sejam fornecidos de forma compatível com os direitos humanos - por exemplo, serviços devem ser prestados de maneira não discriminatória e com respeito à dignidade e à autonomia dos clientes. Também devem se certificar de que os usuários dos serviços de saúde conheçam seus direitos e possam exigir o pleno usufruto deles, e que inclusive busquem reparação caso seus direitos sejam violados. A AGENDA PARA ZERO DISCRIMINAÇÃO EM SERVIÇOS DE SAÚDE Em 2015, países se comprometeram com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), que incluem a meta de acabar com a epidemia da AIDS, tuberculose e malária, e o combate à hepatite, até 2030. Outros ODS também são criticamente importantes para o alcance desta meta, incluindo o alcance da igualdade de gênero, emprego e trabalho digno para todos, e a redução das desigualdades. A Declaração Política sobre o Fim da AIDS, adotada pelos Estados-Membros na Reunião de Alto Nível da ONU sobre o Fim da AIDS, em junho de 2016, reforçou que, para alcançar todos os ODS, ninguém deve ser deixado para trás e que a discriminação, incluindo na área da saúde, deve ser eliminada. Zero Discriminação está no coração da visão do UNAIDS e de uma das metas da Aceleração da Resposta (conhecida em inglês como Fast-Track), a qual se concentra em abordar a discriminação em serviços de saúde, nos locais trabalho e na educação. Com efeito, o UNAIDS e a Aliança Global para a Força de Trabalho em Saúde da Organização Mundial da Saúde (OMS) lançaram a Agenda para Zero Discriminação em Serviços de Saúde no dia 1º de Março de 2016, que reúne todas as partes interessadas para esforços conjuntos na construção de um mundo onde todas as pessoas, em todos os lugares, possam receber os cuidados de saúde de que necessitam sem discriminação. Isso significa combater a discriminação em suas múltiplas formas, inclusive por meio da supressão de leis punitivas, de políticas e de práticas que prejudiquem pessoas vivendo com HIV, populações-chave e outros grupos vulneráveis, ou que impeçam o acesso dessas pessoas a serviços de saúde de boa qualidade. Isso significa também empoderá-las para que exerçam seus direitos. Ao mesmo tempo, é importante garantir que os profissionais de saúde usufruam de seus direitos trabalhistas livres do estigma e da discriminação.

A AGENDA PARA ZERO DISCRIMINAÇÃO EM SERVIÇOS SAÚDE BUSCA ALCANÇAR UMA VISÃO COMUM DE QUE TODAS AS PESSOAS, EM TODA PARTE, USUFRUAM DE SERVIÇOS DE SAÚDE SEM DISCRIMINAÇÃO, AO REUNIR AS PRINCIPAIS PARTES INTERESSADAS PARA AÇÕES CONJUNTAS. 7 PRIORIDADES DO PLANO DE AÇÃO O plano de ação subjacente à Agenda para Zero Discriminação em Serviços de Saúde visa aumentar o compromisso, a colaboração e a responsabilidade entre os países, as Nações Unidas e parceiros de desenvolvimento, a sociedade civil, as associações de profissionais da saúde, os acadêmicos e outras partes interessadas para as seguintes ações-chave: 01. Remover barreiras legais e políticas que promovam a discriminação nos serviços de saúde. 02. Definir os padrões para um serviço de saúde sem discriminação. 03. Criar e compartilhar a base de evidências e as melhores práticas para eliminar a discriminação nos serviços de saúde. 04. Empoderar clientes e a sociedade civil para que exijam serviços de saúde livres de discriminação. 05. Aumentar o apoio financeiro para uma força de trabalho na área da saúde livre da discriminação. 06. Garantir a liderança de associações de profissionais da saúde nas ações para moldar uma força de trabalho livre de discriminação. 07. Fortalecer os mecanismos e estruturas de acompanhamento, avaliação e prestação de contas para serviços saúde sem discriminação.

LIDERANDO O CAMINHO Um ano após o lançamento da Agenda pela Zero Discriminação em Serviços Saúde, tem crescido o apoio para ações coesas, assim como o entendimento de que mais avanços precisam ser feitos, de maneira melhor e mais eficaz, para alcançarmos serviços de saúde livres de discriminação para todas as pessoas. Alguns exemplos de progressos realizados no ano passado incluem os seguintes: Uma comunidade virtual de prática, chamada Equal Health for All (Igualdade de Saúde para Todos), foi criada para facilitar a comunicação, colaboração e partilha de experiências no âmbito do plano de ação. Ao longo do ano, a adesão cresceu para mais de 160 membros e mais de 70 organizações. A Estratégia de Apoio Regional para Zero Discriminação em Serviços de Saúde na Ásia e no Pacífico foi desenvolvida e uma reunião regional está sendo convocada pelo UNAIDS, USAID e pelos governos da Tailândia e da República Democrática Popular do Laos. Tailândia iniciou um monitoramento sistemático do estigma e da discriminação nos serviços de saúde, com dados coletados em 22 províncias. O Ministério de Saúde Pública está lançando um programa de redução acelerada do estigma de todo o sistema em colaboração com a sociedade civil e comunidades interessadas. Em quatro províncias tailandesas foi implementado treinamento presencial em prol da redução do estigma e da discriminação em relação ao HIV, com planos para uma escala nacional em 2017. Uma ferramenta de aprendizado virtual também está sendo desenvolvida. No Malawi, a Associação Nacional de Pessoas Vivendo com HIV e Afetadas pela AIDS, em parceria com a Airtel Malawi e o UNAIDS, está usando um sistema de comunicação por SMS para fornecer monitoramento em tempo real da falta de estoque de medicamentos antirretrovirais e medicamentos de tuberculose e também do estigma e discriminação sofridos por pessoas vivendo com o HIV nos serviços de saúde. Na Argentina, 21 centros de serviços amigáveis para pessoas lésbicas, gays, bissexuais,transgêneros e intersexuais (LGBTI) buscam aumentar a acessibilidade e aceitabilidade de serviços de saúde para pessoas LGBTI. Os componentes dos serviços incluem o treinamento de profissionais da saúde sobre as necessidades específicas das pessoas LGBTI, bem como sobre a não discriminação, horários de funcionamento acessíveis, e o envolvimento ativo das populações-chave na concepção e no funcionamento dos serviços e das equipes multidisciplinares que fornecem serviços sociais e de saúde integrados.

SERVIÇOS DE SAÚDE LIVRES DE DISCRIMINAÇÃO SEU CENTRO DE SAÚDE ESTÁ LIVRE DE DISCRIMINAÇÃO? PADRÕES MÍNIMOS QUE OS SERVIÇOS DE SAÚDE PODEM UTILIZAR PARA GARANTIR UM AMBIENTE LIVRE DE DISCRIMINAÇÃO PARA PACIENTES E PRESTADORES DE SERVIÇOS DE SAÚDE INCLUEM O SEGUINTE: 01. O CENTRO DE SAÚDE DEVE FORNECER SERVIÇOS DE SAÚDE OPORTUNOS E DE QUALIDADE PARA TODAS AS PESSOAS QUE DELES NECESSITEM, INDEPENDENTEMENTE DO GÊNERO, NACIONALIDADE, IDADE, DEFICIÊNCIA, ORIGEM ÉTNICA, ORIENTAÇÃO SEXUAL, RELIGIÃO, IDIOMA, STATUS SOCIOECONÔMICO, HIV OU OUTRO ESTADO DE SAÚDE, OU QUAISQUER OUTROS MOTIVOS. 02. É EXIGIDO O CONSENTIMENTO INFORMADO DO PACIENTE ANTES DA REALIZAÇÃO DE QUALQUER TESTE OU ANTES QUE QUALQUER TRATAMENTO SEJA PRESCRITO. ALÉM DISSO, PACIENTES NÃO SÃO FORÇADOS A ASSUMIR OU REQUISITAR QUALQUER SERVIÇO. 03. PROVEDORES DE SERVIÇOS DE SAÚDE DEVEM RESPEITAR A PRIVACIDADE E CONFIDENCIALIDADE DO PACIENTE A TODO MOMENTO. 04. PROVEDORES DE SERVIÇOS DE SAÚDE DEVEM SER REGULARMENTE TREINADOS E TER CAPACIDADE E COMPETÊNCIA SUFICIENTES PARA PROVER SERVIÇOS LIVRES DE ESTIGMA E DISCRIMINAÇÃO. 05. O CENTRO DE SAÚDE DEVE DISPOR DE MECANISMOS PARA CORRIGIR EPISÓDIOS DE DISCRIMINAÇÃO E VIOLAÇÃO DOS DIREITOS DE SEUS CLIENTES E GARANTIR A RESPONSABILIZAÇÃO E A TRANSPARÊNCIA SEMPRE QUE NECESSÁRIO. 06. OS CENTROS DE SAÚDE DEVEM GARANTIR A PARTICIPAÇÃO DE COMUNIDADES AFETADAS NO DESENVOLVIMENTO DE POLÍTICAS E PROGRAMAS QUE PROMOVAM A IGUALDADE E A NÃO DISCRIMINAÇÃO NOS SERVIÇOS DE SAÚDE.

unaids.org