O Impacto da Contabilidade e Fiscalidade na Agricultura NCRF 17 CRISTINA PENA SILVA AGRICULTURA. Seminário CAP / OTOC - Santarém, 8 de Junho de 2011

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Transcrição:

O Impacto da Contabilidade e Fiscalidade na Agricultura NCRF 17 CRISTINA PENA SILVA AGRICULTURA

NCRF - AGRICULTURA Estrutura das explorações agrícolas Normalização contabilística NCRF 17 Agricultura Normalização Contabilística Microentidades

DIMENSÃO MÉDIA DAS EXPLORAÇÕES Santarém, 8 de Junho de 2011 Portugal: 12 ha Entre Douro e Minho: 4,3 ha Trás-os-Montes: 7 ha (12% SAU e 20% explorações) Beira Litoral: 2,5 ha (3% SAU e 16% explorações) Beira Interior: 10 ha Ribatejo e Oeste: 9,8 ha Alentejo: 61,5 ha (53% SAU e 10% explorações) Algarve: 7,1 ha Açores: 8,9 ha Madeira: 0,4 ha

NATUREZA JURÍDICA DAS EXPLORAÇÕES Natureza Jurídica Explorações S A U Dimensão N.º % hectares % Média (ha) Produtor Singular 297.381 97,4% 2.486.926 67,8% 8,4 Sociedade 6.776 2,2% 991.453 27,0% 146,3 Outras formas 1.109 0,4% 189.766 5,2% 171,1 Total 305.266 100,0% 3.668.145 100,0% 12,0 SOCIEDADES 3000 2500 2000 1500 1000 500 0 2404 1698 776 542 585 368 207 133 63 EDM TM BL BI RO ALE ALG Açores Madeira 61% das sociedades agrícolas concentram-se no Alentejo e no Ribatejo e Oeste e detêm 24% da SAU total.

TRABALHADORES PERMANENTES POR Natureza Jurídica N.º NATUREZA JURÍDICA Expl. com trabalhadores permanentes Trabalhadores permanentes Expl. N.º Expl. % do total % UTA % N.º Ind. UTA/Expl. Produtor Singular 297.381 8.457 2,8% 51,8% 12.752 31% 16.479 2 Sociedade 6.776 6.776 100,0% 41,5% 25.864 63% 30.066 4 Outras formas 1.109 1.109 100,0% 6,8% 2.753 7% 3.700 2 Total 305.266 16.342 5,4% 100,0% 41.369 100% 50.245 3 População agrícola familiar representa 7% da população residente em Portugal. 22% não possuem qualquer nível de instrução e 40% apenas frequentaram o 1.º ciclo. A população rural tem idade média de 52 anos e 1/3 com mais de 65 anos. 97% das explorações singulares tem natureza exclusivamente familiar. Só 3% dos singulares recorrem à mão-de-obra assalariada. As sociedades agrícolas contratam 60% dos trabalhadores permanentes, com uma média de 4 UTA por sociedade.

DIMENSÃO DAS EMPRESAS Quadros de Pessoal 2008 CAE REV.3 A. Agricultura, produção animal, caça, floresta e pesca 500 e + Pessoas 250-499 Pessoas 100-249 Pessoas 50-99 Pessoas 10-49 Pessoas 5-9 Pessoas 2 5 16 50 1% 1145 2013 7% 12% 1-4 Pessoas 13564 80% 0 2000 4000 6000 8000 10000 12000 14000 16000 Universo: 16.795 empresas sendo 10.047 individuais

DIMENSÃO DAS EMPRESAS Quadros de Pessoal 2008 (Milhares de Euros) CAE REV.3 A. Agricultura, produção animal, caça, floresta e pesca 50.000 a 499.999 10.000 a 49.999 2 26 2% 2.000 a 9.999 199 500 a 1.999 9% 1.079 150 a 499 25% 3.042 50 a 149 Até 49 64% 89% 30% 34% 3.664 4.111 Volume de Negócios 0 500 1000 1500 2000 2500 3000 3500 4000 4500 Universo: 16.795 empresas (4.672 ignorado)

NORMALIZAÇÃO CONTABILÍSTICA Norma Aplicação NIC/IAS (Normas internacionais adoptadas pela EU directamente) Entidades cotadas, Sector Financeiro e sector segurador NCRF(Sistema de normalização contabilístico Português elaborado com base nas normas do IASB adoptadas pela União europeia) Entidades sem títulos à negociação Contas Consolidadas Contas Individuais SNC NCRF-PE (Norma simplificada para as pequenas entidades) Pequenas entidades (que não integrem Consolidação) Não sujeitas a Certificação legal de contas e Não ultrapassem 2 dos limites - Total de balanço: 1.500.000 - Total de rendimentos: 3.000.000 - Nº trabalhadores: 50 Lei n.º 20/2010, de 23 de Agosto Alarga o conceito de pequenas entidades no SNC NCM (Regime da normalização contabilistica para as microentidades) Microentidades (que não integrem Consolidação) Não sujeitas a Certificação legal de contas e Não ultrapassem 2 dos limites no exercício anterior - Total de balanço: 500.000 - Volume de negócios Líquido: 500.000 - Nº trabalhadores: 5 Lei n.º 35/2010, de 2 de Setembro Institui um regime especial simplificado às microentidades

NORMALIZAÇÃO CONTABILÍSTICA SNC - Sistema Geral Modelos de Demonstrações Financeiras (MDF) SNC / NCRF- Pequenas entidade NCM - Microentidades Um balanço; Um balanço reduzido Um balanço reduzido Uma demonstração dos resultados; Uma demonstração dos resultados reduzida; Uma demonstração dos resultados reduzida; Uma demonstração das alterações no capital próprio Uma demonstração dos fluxos de caixa; Um anexo em que se divulguem as bases de preparação e políticas contabilísticas adoptadas e outras divulgações exigidas pelas NCRF. Um anexo em que se divulguem as bases de preparação e políticas contabilísticas adoptadas e outras divulgações exigidas pelas NCRF. Um anexo com 16 notas Modelos publicados pela portaria 986/2009, de 7 de Setembro Modelos publicados pela portaria 986/2009, de 7 de Setembro Modelo publicados pela portaria n.º 104/2011, de 14 de Março

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS Proporcionar informação acerca da posição financeira, do desempenho e das alterações na posição financeira de uma entidade, que seja útil aos utentes na tomada de decisões: A nível do negócio, avaliação de rentabilidade e decisões de investimento; Na gestão dos recursos disponíveis; Avaliação da capacidade de financiamento; Planeamento das políticas fiscais; Determinação dos lucros e dividendos distribuíveis.

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS BALANCEAMENTO ENTRE BENEFÍCIO E CUSTO (Paragrafo 44, Estrutura Conceptual) Os benefícios derivados da informação devem exceder o custo de a proporcionar.

NCRF17 - AGRICULTURA A NCRF17, entrou em vigor em 1 Janeiro de 2010 (Decreto-Lei n.º 158/2009, de 13 de Julho) e tem por base a Norma Internacional de Contabilidade IAS 41 Agricultura (aprovada pelo IASB em 2000), adoptada pelo texto original do Regulamento (CE) n.º 1126/2008 da Comissão, de 3 de Novembro. Antecedentes O Regulamento (CE) n.º 1606/2002, do Parlamento Europeu e do Conselho de 19 de Julho, veio estabelecer a adopção e a utilização, na União Europeia, das Normas Internacionais de Contabilidade (IAS) e Normas Internacionais de Relato Financeiro (IFRS) e interpretações conexas (SIC/IFRIC). O Regulamento (CE) n.º 1606/2002, de 19 de Julho foi transposto para a ordem jurídica interna através do Decreto-Lei n.º 35/2005, de 17 de Fevereiro.

NCRF17 - AGRICULTURA A NCRF 17 estabelece o tratamento contabilístico, a apresentação das demonstrações financeiras e as divulgações relativas à actividade agrícola. Activo biológico Transformação biológica Crescimento Procriação Produção Degeneração Activo biológico adicional Produto agrícola

Actividade Agrícola NCRF17 - AGRICULTURA

ACTIVIDADE AGRÍCOLA Definição do Regulamento (CE) N.º 73/2009 do Conselho, 19/01, que estabelece regras comuns para os regimes apoio directo da PAC (artigo 2.º alínea c) A produção, criação ou cultivo de produtos agrícolas, incluindo a colheita, ordenha, criação de animais e detenção de animais para fins de produção, ou a manutenção das terras em boas condições agrícolas e ambientais.

ACTIVIDADE AGRÍCOLA

NCRF17 - AGRICULTURA Âmbito Activos biológicos Produto agrícola (ponto colheita) Subsídios (relacionados activos biológicos mensurados ao justo valor)

NCRF17 - AGRICULTURA Não é aplicável

Âmbito NCRF17 - AGRICULTURA Âmbito: NCRF 17 - AGRICULTURA Âmbito: NCRF 18 - INVENTÁRIOS ACTIVOS BIOLÓGICOS DE PRODUÇÃO ACTIVOS BIOLÓGICOS CONSUMÍVEIS PRODUTO AGRÍCOLA PRODUTOS RESULTANTES DE PROCESSAMENTO APÓS COLHEITA VACA VITELO LEITE QUEIJO OLIVEIRA (azeitona em crescimento) AZEITONA AZEITE VIDEIRA (uva em crescimento) UVA VINHO GALINHA FRANGO OVO DOCE OVOS LARANJEIRA SOBREIRO (laranja em crescimento) LARANJA SUMO (cortiça em crescimento) CORTIÇA ROLHAS OVELHA BORREGO LEITE/ LÃ FIO DE LÃ, CARPETES EUCALIPTO (tronco em crescimento) TRONCO MADEIRA PORCA Santarém, LEITÃO 8 de Junho de 2011 CARCAÇAS SALSICHAS, PRESUNTO

NCRF17 - AGRICULTURA Mensuração

JUSTO VALOR É a quantia pela qual um activo pode ser trocado ou um passivo liquidado, entre partes conhecedoras e dispostas a isso, numa transacção em que não exista relacionamento entre elas. Se existir um mercado activo para um activo biológico ou produto agrícola, o preço cotado nesse mercado é a base apropriada para determinar o justo valor desse activo. As cotações oficiais disponibilizadas pelo SIMA são uma referência.

JUSTO VALOR Questões a valorizar: O custo histórico não reflecte os efeitos da transformação biológica; Maior relevância, comparabilidade e compreensibilidade para os activos com mercado activo; É a única forma de mensurar os animais nascidos na exploração agrícola; É a melhor medida de avaliação do desempenho de ciclos de produção longos, com volatilidade na produção e no mercado.

JUSTO VALOR Questões a ponderar: O justo valor dos activos biológicos sofre oscilações devido às alterações físicas (idade e crescimento); Alterações dos preços em função das condições de mercado; As oscilações de valor podem ser inerentes ao rendimento produtivo; Dificuldade de obter o justo valor nas culturas permanentes; Reconhecimento de ganhos e perdas não realizados; Custos incorridos para a sua obtenção.

JUSTO VALOR Flutuações dos preços em função das condições do mercado Santarém, 8 de Junho de 2011 2.000 Leitões /peso médio 22Kg Cotação Cotação semana Semana homóloga Diferença 15/05 a 22/05/2011 15/05 a 22/05/2010-30,4% 1,6Kg 2,29Kg 70.400 100.760-30.360

JUSTO VALOR As oscilações de valor podem ser inerentes ao rendimento produtivo Produção média de leite acumulada aos 305 dias por Lactação Fonte: Universidade Açores, Estimação da função produção e rendimento leite por animal. Rui Ponte

JUSTO VALOR As oscilações de valor podem ser inerentes ao rendimento produtivo Bovinos - Merc Produção (Sem 16-05-2011 a 22-05-2011) PRODUTO REGIAO MERCADO Minimo Maximo Frequente Vaca*Reprodutora*Turina*EUR/Unidade Beira Litoral Aveiro 750.00 900.00 800.00 Lactação Produção média % Máxima Valor SIMA 1ª 6.769 80% 638,13 2ª 7.882 93% 743,06 3ª 8.351 98% 787,27 4ª 8.481 100% 799,53 5ª 8.486 100% 800,00 6ª 8.340 98% 786,24 7ª 7.818 92% 737,03

Tratamento fiscal: NCRF17 - AGRICULTURA Excepção: Não é aceite o justo valor nos activos biológicos consumíveis para as explorações silvícolas plurianuais

NCRF17 - AGRICULTURA Relaciona-se com um activo biológico mensurado pelo seu justo valor menos os custos estimados no ponto de venda ou exige que uma entidade não se ocupe em actividade agrícola específica. Subsídio condicional: reconhece-se como rendimento quando as condições se encontrarem satisfeitas. Exemplo: RPU (Regime Pagamento Único) - este regime de ajuda está sujeito ao cumprimento das regras da Condicionalidade. Subsídio não condicional: reconhece-se como rendimento quando se torne recebível.

NCM Normalização Contabilística Microentidades

NCM Normalização Contabilística Questões a valorizar: Microentidades Modelos de demonstrações financeiras mais simplificados tendo em conta a dimensão da maioria das empresas agrícolas em Portugal; As depreciações dos activos biológicos de produção são fiscalmente aceites. Questões a ponderar: Dificuldade em mensurar os animais nascidos numa exploração agrícola. Dificuldade em mensurar culturas com ciclos de produção superiores a um ano.

O peso económico do sector agrícola deverá crescer, contribuindo para o abastecimento alimentar do país, aumentando a produção e exportações. Portugal ainda importa 30 por cento do que consome e o equilíbrio da balança comercial é fundamental para a recuperação económica do país. 31

Sendo o objectivo das demonstrações financeiras proporcionar informação útil aos utentes, para tomada de decisões nos vários contextos a nível empresarial, económico, social e político, é premente: nivelar arestas, harmonizar padrões contabilísticos e fiscais, tendo em conta a dimensão das explorações agrícolas em Portugal, mas com um horizonte de crescimento da sua importância. Obrigada 32