SUMÁRIO. Introdução... 2 Objetivos... 2 Possibilidades de Trabalho... 3



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Transcrição:

SUMÁRIO Introdução............................................ 2 Objetivos............................................. 2 Possibilidades de Trabalho........................... 3

O VALOR DA VIDA NAS TRADIÇÕES RELIGIOSAS INTRODUÇÃO A disciplina de Ensino Religioso aos poucos vai tomando o seu espaço no currículo escolar, assegurando o respeito à diversidade cultural religiosa no Brasil. Assumido-a como de matrícula facultativa e oferta obrigatória, parte integrante da formação básica do cidadão, constitui disciplina dos horários normais das escolas públicas de Educação Básica. Concebendo o Ensino Religioso de forma interdisciplinar, com estratégias que considerem este novo perfil de indivíduos, estimulando, sobretudo, o diálogo, procura-se compreender o aluno, explorando temas de seu interesse. Para a efetivação desta área de conhecimento o Fórum Nacional Permanente do Ensino Religioso definiu cinco eixos e os respectivos conteúdos: culturas e tradições religiosas, teologias, textos sagrados e tradições orais, ritos e ethos (palavra de origem grega que significa caráter). O professor deve ter ciência desses eixos, que constam dos PCNER. Essa área abrange tudo aquilo que tem a ver com o universo religioso e que os seres humanos crêem como manifestações religiosas, ações, instituições e rituais. A proposta desta coleção é dar subsídios para que o professor de Ensino Religioso auxilie os alunos a desenvolver a religiosidade presente em cada um, orientando-os para a descoberta de critérios éticos, respeitando as escolhas dos que têm e dos que não têm fé religiosa e, assim, possam agir de maneira dialógica e reverente ante as diferentes expressões religiosas. OBJETIVOS Valorizar sua origem, conhecer sua história e a si mesmo, além de aprender a respeitar os demais. Perceber a importância de guardar a cultura, a memória e a tradição para conservar a identidade. Perceber as influências das tradições religiosas na conduta das pessoas. Es timular atitudes de respeito ao diferente na sociedade, no que se refere aos aspectos sociais, ideológicos e religiosos. 2

Perceber que há orientações de vida propostas pelas normas, pelas crenças e por mitos das tradições religiosas. Perceber o sentido da vida num contexto de fé, respeitando o conhecimento do sagrado e a identidade de cada um. POSSIBILIDADES DE TRABALHO UNIDADE 1: Identidade Página 3 Roda de conversa Oriente os alunos a organizar uma pesquisa sobre a sua própria vida por meio de relatos dos mais velhos e de documentos, como a certidão de nascimento, ou fotos que mostrem diversas fases da vida. O objetivo é construir uma linha do tempo ao longo deste primeiro semestre. Essa linha do tempo pode ser composta num álbum com todo o material recolhido. Página 4 Fale sobre a importância do nome quando vamos fazer uma ficha ou quando conhecemos alguém. O nome de uma pessoa faz parte de sua identidade. Para trabalhar essa questão, dirija a dinâmica: Um aluno dirá o próprio nome acrescentando um adjetivo que tenha a mesma letra inicial do seu nome. (Ex. Carlos, comportado; Roberto, risonho; Ana, amável) O seguinte repete o nome do companheiro com o adjetivo, o seu próprio nome acrescentando um adjetivo, e assim sucessivamente até que todos participem. Essa dinâmica tem por objetivo levar o aluno a reconhecer suas qualidades. Pesquisa Leia o texto junto com os alunos e oriente a pesquisa sobre a história de seus nomes para a próxima aula. Leve os alunos a perceber se há alguma relação do nome com a tradição religiosa da família. É importante que eles compreendam que o nome é uma propriedade e tem uma história iniciada por pessoas que gostam dele. 3

Página 5 Atividade Forme duplas para o desenvolvimento da atividade. Depois, cada aluno apresenta a entrevista que fez com o colega ao grande grupo, falando como se fosse o colega entrevistado. Página 6 Dica: A construção de uma identidade sólida depende da imagem que o sujeito introjeta de si mesmo, da imagem que os outros têm dele e da imagem que ele pensa que os outros fazem dele. (SUDBRACK e DALBOSC, 2005.) O adolescente está em busca de autonomia, mas precisa certificar-se de seu pertencimento, conhecer sua história, testar suas referências de autoridade para então ampliá-las e conduzir o seu processo de separação e individuação. Por isso, o tema identidade é tão relevante para essa faixa etária. Explique aos alunos que a identidade de um grupo está diretamente ligada à questão da alteridade, que é a qualidade do que é outro (segundo o dicionário Kinghost). Seria interessante, de acordo com a maturidade do grupo, trabalhar a intolerância de certos grupos radicais. Forme grupos de debate. Cada um deles deve eleger um representante e registrar as conclusões dos tópicos da Roda de Conversa para apresentar ao grande grupo. Confronte as conclusões com a frase de S. Tomás de Aquino: devemos amar uns e outros: aqueles cujas opiniões partilhamos assim como aqueles cujas opiniões rejeitamos. Pois tanto uns como outros trabalharam na procura da verdade e nos ajudaram a encontrá-la. Página 7 Leia o texto junto com os alunos e complemente as informações sobre os ritos: Rito de passagem serve para marcar um passado que ficou e mostrar a chegada do tempo presente com suas novas características. Os ritos de passagem revelam que as coisas têm início e fim. São momentos por que todos passamos, são as grandes mudanças em nossas vidas. Nascimento, adolescência, casamento são exemplos muito claros de ritos de passagem. Rito mortuário o rito funerário é a prática mais primitiva que persiste até a atualidade. A morte, enquanto rito de passagem, implica uma estrutura de sinalização da finitude do ser humano. As escavações arqueológicas revelam o culto prestado aos mortos 4

na perspectiva de uma continuidade, de uma outra vida. Algumas tradições religiosas crêem na reencarnação, outras na ressurreição. Há modelos de ritualização do cadáver, como aceleração da decomposição, defumação, embalsamamento, ingestão canibalesca, cremação entre outros. O enterro sistemático (inumação) dos corpos humanos remonta, pelo menos, há cem mil anos. Rito propiciatório era comum no Oriente antigo, um rei de alguma nação, para se manter seguro, enviar presente a outro rei de uma nação mais forte. Era um gesto destinado a cultivar boas relações. Assim, o rito propiciatório é uma oferta, uma oferenda de sacrifício para tornar propícia a divindade. Como exemplo há as festas da colheita, as penitências, os jejuns, as oferendas aos santos, etc. Página 8 Organize com os alunos uma lista das principais festas religiosas do seu bairro ou da sua cidade. Converse com eles sobre a importância de se manter ou não os costumes religiosos. Página 9 Atividade Oriente a atividade e explique aos alunos que a bandeira geralmente representa um país e significa algo da história desse país. Nesta atividade, cada um vai construir sua própria bandeira para expressar sua identidade cultural e religiosa, de acordo com os significados simbólicos de sua tradição religiosa. UNIDADE 2: O Cotidiano do Homem Religioso Página 11 Roda de conversa Depois da Roda de Conversa desenhe um pequeno círculo no quadro e pergunte aos alunos o que estão vendo. Provavelmente a maioria se deterá no pequeno círculo e não falará nada sobre o quadro. Explique a eles que, em geral, detemo-nos aos pequenos detalhes e nos esquecemos dos aspectos positivos das pessoas e dos acontecimentos. 5

Páginas 12 e 13 Pesquisa Leia o texto junto com os alunos e oriente a confecção da lista dos espaços sagrados do bairro que será feita pelos alunos. A partir dos dados levantados façam um gráfico com o percentual das tradições religiosas representadas. Página 14 Atividade Oriente a leitura do texto e a pesquisa dos textos sagrados dos colegas de sala. Cada aluno pode apresentar um trecho, uma dança ou outra representação sagrada de sua tradição religiosa. Pesquisa Oriente a pesquisa a respeito de características como hábitos, vestimentas, alimentação e estilo de vida de algumas tradições religiosas. Por exemplo, para o Hinduísmo, a vaca é um animal sagrado e, portanto, os hindus não comem carne. O objetivo não é uma pesquisa vasta e intensa, mas, sim, a percepção das diversas características religiosas para a construção da alteridade. Reforce, que quanto mais alteridade há nas relações pessoais e sociais, menos conflitos ocorrerão. Essa atividade poderá ser desenvolvida em duas aulas e poderá fazer parte do processo avaliativo. Sugestão de filme: Casamento grego. Direção de Joel Zwick. EUA: 2002. 95 min. Resenha: Toula, uma moça grega de 30 anos trabalha no restaurante da família, o Dancing Zorba s, em Chicago. Por causa de sua idade, o maior sonho de seu pai é vê-la casada com um grego. Mas ela quer algo a mais para sua vida. Com a ajuda da mãe, Toula consegue convencer o pai de que precisa fazer aulas de informática e começa a cuidar mais do visual. Para completar a mudança, decide largar o emprego no restaurante e arranja um trabalho na empresa de turismo da tia. Lá ela reencontra o bonitão Ian Miller, um professor colegial que Toula já vira no restaurante do pai. Os dois se apaixonam e começam a namorar secretamente porque o professor é inglês (e não grego, como o pai sempre sonhou). O problema é que o casal logo é descoberto, iniciando um processo de aceitação: o pai precisa aceitar o namorado da filha, Ian precisa aceitar algumas tradições gregas e Toula precisa aceitar a si mesma. 6

Sugestão de trabalho Resenha crítica identificando no filme a questão da identidade e da conduta das tradições religiosas. Página 15 Atividade A atividade consiste em deslizar as letras pelas colunas, mas não na ordem em que estão, para descobrir uma frase de Martin Luther King Jr. (1929-1968), pastor norteamericano, Prêmio Nobel, um dos líderes do movimento americano pelos direitos civis e defensor da resistência não-violenta contra a opressão racial. Explique aos alunos que eles devem seguir o exemplo das palavras já formadas. Confira a resposta. T S S A C V M V M R R E U N D R V E M O I O E I E J N L S E T O S P S O A P R M O D E N O U O C R E O R Ã O U O E C T J O D E V E M O S A P R E N D E R A V I V E R J U N T O S C O M O I R M Ã O S O U P E R E C E R J U N T O S C O M O T O L O S. 7

UNIDADE 3: Os valores da vida Página 17 Roda de conversa Depois da Roda de Conversa, distribua uma folha para cada participante. Solicite aos alunos que desenhem uma escada de três degraus. Peça a eles que pensem em palavras que correspondam a um valor de vida como amor, amizade, respeito, etc., e escreva-as em cada degrau em ordem decrescente de importância. Assim, o valor mais importante ficará no topo da escada. Depois solicite que compartilhem com o grande grupo. Sugestões para reflexão: Foi difícil detectar os principais valores? Que valores aparecem mais? Por que eles não estão na mesma escala de prioridade? Resultado esperado: os participantes terão um melhor entendimento sobre os próprios valores de vida e sobre a diversidade de valores de outras pessoas. Página 18 Peça aos alunos que leiam a charge e pergunte a eles se sabiam que os valores podem ser classificados e qual a importância daqueles que não são materiais. Leia o texto junto com os alunos. Informações adicionais: os valores são definidos como critérios ou metas que podem ser ordenados por sua importância. Eles constituem o sistema de valores das pessoas e servem como princípios que guiam a vida do indivíduo. Segundo Schwartz (apud PORTO e TAMAYO), as medidas dos valores em contextos específicos não têm o objetivo de revelar os valores básicos do indivíduo, mas de clarificar diferenças entre pessoas e culturas que podem surgir quando valores são expressos em julgamentos e comportamentos específicos. 8

Página 19 Pesquisa Dê as seguintes instruções aos alunos: Colorir o boneco de uma forma que os auto-retratem. Escrever uma frase que represente seus lemas de vida. Escrever três valores de suas tradições religiosas ou familiares. Escrever, na mão esquerda, algo que gostariam de receber. Escrever, na mão direita, uma meta que desejam alcançar. Para finalizar, peça a eles que apresentem o seu eu representado no boneco. Dirija a pesquisa entre alunos sobre os valores de suas tradições religiosas e faça uma lista com os valores que se repetem. Página 20 Atividade Forme grupos para a leitura do poema de Cora Coralina e oriente-os a sublinhar, nele, as frases que tenham relação com os valores de sua tradição religiosa. Página 21 Antes da leitura do texto, coloque uma vela sobre a mesa e a acenda. Deixe-a queimar por alguns segundos. Em seguida, pegue um copo transparente e, cuidadosa e lentamente, coloque sobre a vela. Aos poucos, ela se apagará. Compare a vela com a nossa existência e o que acontecerá quando a vida chegar ao fim. Leia o texto com os alunos e debatam sobre a vida e a morte. Como a morte é vista em diferentes religiões e doutrinas? Se desejar ampliar a pesquisa, seguem informações adicionais e este conteúdo poderá ser trabalhado em duas aulas. Como a morte é vista em diferentes religiões e doutrinas. Disponível em: <http://revistaepoca.globo.com/revista/ Epoca/0,EDG65777-5856,00-saiba+como+a+morte+e+vista+em+diferentes+religioes+e+doutrinas.html> Acesso em: 27 nov. 2007. 9

10 Filosofia a sobrevivência do espírito humano à morte do corpo físico e a crença na vida e no julgamento após a morte já era encontrada na filosofia grega, em especial em Pitágoras, em Platão e em Plotino. Já Sartre, filósofo francês, defendia que o indivíduo tem uma única existência. Para ele, não há vida nem antes do nascimento e nem depois da morte. Doutrina niilista sendo a matéria a única fonte do ser, a morte é considerada o fim de tudo. Doutrina panteísta o Espírito, ao encarnar, é extraído do todo universal. Individualiza-se em cada ser durante a vida e volta, com a morte, à massa comum Dogmatismo religioso a alma, independente da matéria, sobrevive e conserva a individualidade após a morte. Os que morreram em pecado irão para o fogo eterno; os justos, para o céu, gozar as delícias do paraíso. Budismo o budismo prega o renascimento ou reencarnação. Após a morte, o espírito volta em outros corpos, subindo ou descendo na escala dos seres vivos (homens ou animais), de acordo com a sua própria conduta. O ciclo de mortes e renascimentos permanece até que o espírito liberte-se do carma (ações que deixam marcas e que estabelece uma lei de causas e efeitos). A depender do seu carma, a pessoa pode renascer em seis mundos distintos: reinos celestiais, reinos humanos, reinos animais, espíritos guerreiros, espíritos insaciáveis e reinos infernais. Estes determinam a Roda de Samsara, ou seja, o transmigrar incessante de um mundo a outro, ora feliz e angelical, ora sofrendo terríveis torturas, brigando e reclamando. Em qualquer um destes estágios as pessoas estão sujeitas a transformações. De acordo com o Livro tibetano da morte, há 49 etapas, ou 49 dias, após a morte. Os monges oram para que as pessoas atinjam a Terra Pura lugar de paz, tranqüilidade e sabedoria iluminada ou renasçam em níveis superiores. Para libertar-se do carma e alcançar a iluminação ou o Nirvana, o ciclo ignorância, sede de viver e o apego às coisas materiais deve ser abolido da mente dos homens. Para isso, a doutrina budista ensina a evitar o mal, a praticar o bem e a purificar o pensamento. O leigo deve praticar três virtudes: fé, moral e benevolência. Para o budismo, todo ser humano é iluminado, embora não tenha consciência disso. Hinduísmo a visão hindu de vida após a morte é centrada na idéia de reencarnação. Para os hinduístas, a alma se liga a este mundo por meio de pensamentos, de palavras e de atitudes. Quando o corpo morre ocorre a transmigração. A alma passa para o corpo de outra pessoa ou para um animal, a depender das nossas ações, pois a toda ação corresponde uma reação Lei do Carma. Enquanto não atingimos a libertação final denominada moksha, passamos continuamente por mortes e renascimentos. Este ciclo é denominado Roda de Samsara, da qual só saímos após atingirmos a Iluminação. No hinduísmo, a alma pode habitar 14 níveis planetários distintos (chamados Bhuvanas) na existência material, de acordo com seu nível de

consciência. Quando se liberta, a alma retorna ao verdadeiro lar, um mundo onde inexistem nascimentos e mortes. Os hindus possuem crenças distintas, mas todas são baseadas na idéia de que a vida na Terra é parte de um ciclo eterno de nascimentos, de mortes e de renascimentos. Islamismo (religião muçulmana) para o islamismo, Alá (Deus) criou o mundo e trará de volta a vida todos os mortos no último dia. As pessoas serão julgadas e uma nova vida começará depois da avaliação divina. Esta vida será então uma preparação para outra existência, seja no céu ou no inferno. Quando a pessoa morre, começa o primeiro dia da eternidade. Ao morrer, a alma fica aguardando o dia da ressurreição (juízo final) para ser julgado pelo criador. O inferno está reservado para as almas desobedientes, que foram desviadas por Satanás. No Alcorão, livro sagrado, ele é descrito como um lugar preto com fogo ardente, onde as pessoas são castigadas permanentemente. Para o paraíso, vão as almas que obedeceram e seguiram a mensagem de Alah e as tradições dos profetas (entre eles, os cinco principais: Noé, Abrão, Moisés, Jesus filho de Maria e Mohammed). No Alcorão, o paraíso é descrito como um lugar com rios de leite, córregos de mel e outras belezas jamais vistas pelo homem. Espiritismo defende a continuação da vida após a morte num novo plano espiritual ou pela reencarnação em outro corpo. Aqueles que praticam o bem evoluem mais rapidamente. Os que praticam o mal recebem novas oportunidades de melhoria por meio de inúmeras encarnações. Crêem na eternidade da alma e na existência de Deus, mas não como criador de pessoas boas ou más. Deus criou os espíritos simples e ignorantes, sem discernimento entre o bem e o mal. Quem constrói o céu e o inferno é o próprio homem. Pela teoria, todos os seres humanos são espíritos reencarnados na Terra para evoluir. A morte seria apenas a passagem da alma do mundo físico para a sua verdadeira vida no mundo espiritual. E mesmo no paraíso, acredita-se que o espírito esteja em constante evolução para o seu aperfeiçoamento moral. As almas dos mortos ligam-se umas às outras, em famílias espirituais, guiadas pela sintonia entre elas. Consequentemente, os lugares onde vivem possuem níveis vibratórios diferentes, sendo uns mais infelizes e sofredores, outros mais felizes e plenos. Muitas escolas espiritualistas não todas defendem a idéia da sobrevivência da individualidade humana, chamada espírito, ao processo da morte biológica, mantendo suas faculdades psicológicas intelectuais e morais. Igreja evangélica como no catolicismo, os evangélicos acreditam no julgamento, na condenação (céu ou inferno) e na eternidade da alma. A diferença é que o morto faz uma grande viagem e a ressurreição só acontecerá quando Jesus voltar à Terra, na chamada Ressurreição dos Justos, ou, então, aqueles que forem condenados terão uma nova chance de ressurreição no Julgamento Final. Os que morrerem sem Cristo como seu Deus também receberão um corpo especial para passar a eternidade no lago de fogo e enxofre. 11

Igreja Adventista do Sétimo Dia na Igreja Adventista do Sétimo Dia, os mortos dormem profundamente até o momento da ressurreição. Quem cumpriu seu papel na Terra recebe a graça da vida eterna, do contrário desaparece. Igreja Batista crêem na morte física (separação da alma do corpo físico) e na morte espiritual (separação da pessoa de Deus). Os que, após a morte física, acreditam ou passam a confiar em Jesus Cristo, vão para o Paraíso onde terão uma vida de paz e felicidade. Com a morte espiritual, a alma vai para o Inferno para uma vida de angústia, sofrimento, dor e tormentos. Catolicismo a vida depois da morte está inserida na crença de um céu, de um inferno e de um purgatório. Dependendo de seus atos, a alma se dirige para cada um desses lugares. A alma é eterna e única. Não retorna em outros corpos e muito menos em animais. Crê na imortalidade e na ressurreição e não na reencarnação da alma. A Bíblia ensina que morreremos só uma vez. E ao morrer, o homem católico é julgado pelos seus atos em vida. Se ele obtiver o perdão, alcançará o céu, onde a pessoa viverá em comunhão e participação com todos os outros seres humanos e, também, com Deus. Se for condenado, vai para o inferno. Algumas almas ganham uma chance para serem purificadas e vão para o purgatório, que não é um lugar, e, sim, uma experiência existencial da pessoa. Quem for para o céu ressuscitará para viver eternamente. Depois do Juízo Final, justos e pecadores serão separados para a eternidade. Deus julga os atos de cada pessoa em vida de acordo com a palavra que revelou por meio de seu Filho, com os ideais de amor, fraternidade, justiça, paz, solidariedade e verdade. Judaísmo o judaísmo crê na sobrevivência da alma, mas não oferece um retrato claro da vida após a morte, e nem mesmo se existe de fato. O judaísmo é uma religião que permite múltiplas interpretações. Algumas correntes acreditam na reencarnação, outras na ressurreição dos mortos. Enquanto a reencarnação representa o retorno da alma para um novo corpo, a ressurreição é definida como o retorno da alma ao corpo original. Para os judeus, a lei permite à pessoa que vai morrer pôr a sua casa em ordem, abençoar a família, enviar mensagem aos que lhe parecem importantes e fazer as pazes com Deus. A confissão in extremis é considerada importante elemento na transição para o outro mundo. Candomblé não há uma concepção de céu ou de inferno, nem de punição eterna. As almas que estão na terra devem apenas cumprir o seu destino, caso contrário, vagarão entre céu e terra até se realizar plenamente como um ser consciente e eterno. Os cultos afro-brasileiros acreditam que os mistérios da vida e da morte são regidos por uma Lei Maior, uma força divina que dá o equilíbrio divino ou eterno. O candomblé vê o poder de Deus em todas as coisas e, principalmente, na natureza. Morrer é passar para outra dimensão e permanecer junto com os outros espíritos, orixás e guias. Trabalha com a força da natureza existente entre terra (Aìyê) e o céu 12

(Òrun). Nos cultos afros, o assunto de vida após a morte não é bem definido. Na Terra, o objetivo do homem é realizar o seu destino de maneira completa e satisfatória. Ao cumprir o seu destino na Terra, o ser humano está pronto para a morte. Após a morte, o espírito será encaminhado ao Òrun, para uma dimensão reservada aos seres ancestrais, ou seja, eternos. O ser humano pode ser divinizado e cultuado. Caso o seu destino não seja cumprido, os espíritos ficarão vagando entre os espaços do céu e da terra, onde podem influenciar negativamente os mortais. Como não se realizaram plenamente, estes espíritos estão sujeitos à reencarnação. Já as pessoas vivas que sofrem as suas influências negativas, precisam passar por rituais de limpeza espiritual para reencontrar o equilíbrio. Umbanda a umbanda sofre influências de crenças cristãs, espíritas e de cultos afros e orientais. Como não há uma unidade ou um livro sagrado, alguns umbandistas admitem o céu e o inferno dos cristãos, enquanto outros falam apenas em reencarnação e carma. Na umbanda, morte e nascimento são momentos sagrados, que marcam a passagem de um estado a outro de manifestação espiritual, morremos para um lado e nascemos para outro lado da vida, o que nos aguarda do outro lado depende de nós mesmos. A umbanda explica o universo por meio de sete linhas, regidas por Orixás. Ao morrer, a pessoa será atraída por estes mundos espirituais. A matéria é apenas um dos caminhos para a evolução do espírito. Sendo assim, a morte é uma etapa do ciclo evolutivo, sendo a reencarnação a base da evolução. O objetivo maior do nascimento e da morte é a harmonização e a evolução consciente do espírito. Após morte, o ser humano leva consigo suas alegrias, sua fé, suas crenças, suas mágoas e suas dores. E terá que lidar com elas, sempre contando com o auxílio dos espíritos mais evoluídos que o recepcionarão no outro lado da vida e o ajudarão na sua adaptação ao mundo espiritual. Com a morte do corpo físico, os espíritos bons podem se tornar protetores, enquanto os maus (espíritos de pouca evolução, devido às poucas encarnações) podem virar perturbadores. Os mortos (desencarnados) podem ser contatados, ajudados ou afastados. UNIDADE 4: Os Limites Éticos do Agir Humano Página 23 Roda de conversa Depois da Roda de Conversa, prepare um amigo secreto diferente. Sorteie os nomes e instrua os alunos a escrever em uma folha de papel o nome do amigo secreto e uma penalidade para ele. Recolha todos os papéis. 13

Faça o desfecho da dinâmica dizendo que quem deu a penalidade é que vai realizá-la. Obs: Caso a pessoa não queira realizar a penalidade, ela receberá uma outra do grupo todo. Para refletir com o grupo: foi justa a mudança de regra no meio da dinâmica? O que não é bom para nós é bom para o próximo? Página 24 Leia o texto junto com os alunos e incentive a opinião de todos sobre a leitura. Páginas 25 e 26 Atividade Fale aos alunos sobre a importância de serem honestos nas respostas do teste. Para ver o resultado completo da pesquisa consulte o site: <http://www.eticaempresarial.com.br/site/pg.asp?pagina=teste_honestidade&tit_pagina=teste%20de%20 ÉTICA> Páginas 27 e 28 Leia o texto junto com os alunos. Roda de conversa Incentive a participação na Roda de Conversa. Leve um rolo de barbante e disponha os participantes em círculo. Prenda a ponta do barbante em um dos dedos de sua mão. Diga o nome de um dos participantes e jogue o rolo de barbante para ele. Assim, um a um deve fazer da mesma maneira. Como cada um atirou o novelo adiante, no final haverá no interior do círculo uma verdadeira teia de fios que unirá uns aos outros. Para refletir com o grupo: o que significa a teia se a ética é um eterno pensar, refletir, construir? O que aconteceria se um deles soltasse seu fio? A participação de todos é importante, ninguém pode ocupar o seu lugar. 14

Atividade Oriente a confecção do painel ilustrado. Ouçam a música É Preciso Saber Viver Titãs (Composição: Roberto Carlos) ou somente trabalhe a letra. Quem espera que a vida Seja feita de ilusão Pode até ficar maluco Ou morrer na solidão É preciso ter cuidado Pra mais tarde não sofrer É preciso saber viver Toda pedra do caminho Você pode retirar Numa flor que tem espinhos Você pode se arranhar Se o bem e o mal existem Você pode escolher É preciso saber viver É preciso saber viver É preciso saber viver É preciso saber viver Saber viver, saber viver! Instrua os alunos a fazer uma redação, baseados em tudo o que viram até aqui, com o tema: Como agir perante os outros? 15

REFERÊNCIAS Paraná. Diretrizes curriculares de ensino religioso para a educação básica. Curitiba: SEED, 2006. Disponível na página do Portal Educacional do Estado do Paraná <http://www. diaadiaeducacao.pr.gov.br> GENTILE, P. Assim se forma a identidade. In: Revista Nova escola. n ọ 164, Ago. 2003. Disponível em: <http://novaescola.abril.com.br/index.htm?ed/164_ago03/html/identidade> Acesso em: 18 nov. 2007. OLIVEIRA. L. M. B. Identidade cultural. Disponível em: <http://www.esmpu.gov.br/dicionario/ tiki-index.php?page=identidade+cultural> Acesso em: 18 nov. 2007. PORTO, J. B.; TAMAYO, Á. Escala de valores relativos ao trabalho EVT. Psicologia: teoria e pesquisa. Brasília: Maio/Ago. 2003. v.19. Dicionário KingHost. <www.kinghost.com.br/dicionario> SUDBRACK, M. F. O.; DALBOSC, C. Escola como contexto de proteção: refletindo sobre o papel do educador na prevenção do uso indevido de drogas. Simpósio Internacional do Adolescente, 2005. Disponível em: <http://www.proceedings.scielo.br/scielo.php?pid=ms C0000000082005000200082&script=sci_arttext> Acesso em: 25 nov. 2007. 16