Anexo II. Mapa Financeiro Anexo ao Pedido de Certificação Final de Despesas. Anexo III. Apêndice à Declaração Final de Despesas

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Transcrição:

norma ifdr N.º 02/2009 Versão n.º 01.0 Data de aprovação: 2009/12/15 QCA III - Certificação Final de Despesas Elaborada por: Unidade de Certificação SÍNTESE A presente Norma define os modelos e as condições específicas às quais deve obedecer a prestação de informação a transmitir pelas Autoridades de Gestão à Autoridade de Pagamento, no âmbito da certificação final de despesas do QCA III (FEDER). ÍNDICE 1. Objectivo...2 2. Referências normativas...3 3. Enquadramento...4 4. Certificação final de despesas...6 5. Gestão de devedores...15 6. Acções de controlo em curso...16 7. Cálculo da participação final...16 8. Informações a prestar e modelos a utilizar...17 9. Definições...18 10. Anexos...22 Anexo I. Pedido de Certificação Final de Despesas da Autoridade de Gestão à Autoridade de Pagamento Anexo II. Mapa Financeiro Anexo ao Pedido de Certificação Final de Despesas Anexo III. Apêndice à Declaração Final de Despesas Anexo IV. Listagem dos projectos que contribuem para o Pedido de Certificação Final Anexo V. Listagem dos projectos não concluídos incluídos na Certificação Final de Despesas Anexo VI. Regimes de Empréstimo a taxas bonificadas Juros vincendos Página

norma ifdr QCA III - Certificação Final de Despesas N.º 02/2009 - Versão n.º 01.0 - Data de aprovação: 2009/12/15 Anexo VII. Listagem dos projectos incluídos na Certificação Final de Despesas relativos à Constituição / Reforço dos Fundos de Capital de Risco Anexo VIII. Listagem das aplicações efectuadas no âmbito dos projectos relativos à constituição / reforço dos fundos de capital de risco Anexo IX. Listagem das aplicações efectuadas no âmbito do Fundo Imobiliário de Turismo II Anexo X. Lista das receitas deduzidas na Declaração Final de Despesas Anexo XI. Listagem de Projectos de Assistência Técnica - Despesas IN e Despesas OUT Anexo XII. Listagem de projectos objecto de um processo judicial ou de um recurso administrativo incluídos na Certificação Final de Despesas Anexo XIII. Listagem de projectos incluídos na Certificação Final de Despesas com montantes que aguardam recuperação ou que não podem ser recuperados Anexo XIV. Reintegração na declaração final de despesas de montantes anteriormente abatidos à despesa certificada sem que a recuperação tenha ocorrido Anexo XV. Acções de Controlo em Curso 1. Objectivo De acordo com o disposto no n.º 4 do artigo 32.º do Regulamento (CE) n.º 1260/1999 do Conselho, de 21 de Junho, os Estados-Membros, no âmbito do encerramento das intervenções são obrigados a apresentar à Comissão Europeia, para cada um dos Programas Operacionais do QCA III, os seguintes documentos: Certificado e Declaração de Despesas Finais, incluindo o Pedido de Pagamento Final; Relatório Final de Execução; Declaração de Encerramento da Intervenção. As Certificações e Declarações de Despesas Finais, incluindo os Pedidos de Pagamento Finais, serão elaboradas pela Autoridade de Pagamento de acordo com o modelo que figura no Anexo II do Regulamento (CE) n.º 438/2001, da Comissão, de 2 de Março. Por outro lado as condições que a Autoridade de Pagamento deve verificar aquando da certificação das despesas finais estão descritas no artigo 9.º do Regulamento (CE) n.º 438/2001 e nas Orientações da Comissão Europeia relativas ao encerramento das Intervenções dos Fundos estruturais (2000-2006) Decisão COM (2006) 3424 final. Tendo em consideração que, no processo de certificação de despesas à Comissão Europeia, a Autoridade de Pagamento se baseia, nomeadamente, nas informações prestadas pela Autoridade de Gestão, foi elaborada a presente Norma que visa difundir pelas Autoridades de Gestão do QCA III os Página 2

norma ifdr QCA III - Certificação Final de Despesas N.º 02/2009 - Versão n.º 01.0 - Data de aprovação: 2009/12/15 modelos e as condições específicas aos quais a prestação de informação no âmbito da certificação final de despesa relativa ao FEDER deve obedecer. 2. Referências Normativas Artigo 25.º do Regulamento (CE) n.º 1260/1999 do Conselho, de 21/06/1999 Grandes Projectos Artigo 27.º do Regulamento (CE) n.º 1260/1999 do Conselho, de 21/06/1999 Subvenções Globais Artigo 31.º do Regulamento (CE) n.º 1260/1999 do Conselho, de 21/06/1999 Regra n+2 Artigo 32.º do Regulamento (CE) n.º 1260/1999 do Conselho, de 21/06/1999 Pagamentos Artigo 38.º do Regulamento (CE) n.º 1260/1999 do Conselho, de 21/06/1999 Controlo Financeiro (Disposições Gerais) Artigo 39.º do Regulamento (CE) n.º 1260/1999 do Conselho, de 21/06/1999 Correcções Financeiras Regra n.º 2 do Anexo ao Regulamento (CE) n.º 1685/2000, de 28/07/2000, alterado pelo Regulamento (CE) n.º 448/2004 de 10/03/2004 Dedução de receitas em despesas elegíveis Regra n.º 8 do Anexo ao Regulamento (CE) n.º 1685/2000, de 28/07/2000, alterado pelo Regulamento (CE) n.º 448/2004 de 10/03/2004 Fundos de capital de risco e de empréstimo Regra n.º 9 do Anexo ao Regulamento (CE) n.º 1685/2000, de 28/07/2000, alterado pelo Regulamento (CE) n.º 448/2004 de 10/03/2004 Fundos de garantia Regra n.º 11 do Anexo ao Regulamento (CE) n.º 1685/2000, de 28/07/2000, alterado pelo Regulamento (CE) n.º 448/2004 de 10/03/2004 Custos incorridos no âmbito da gestão e execução dos Fundos Estruturais Artigo 4.º do Regulamento (CE) n.º 438/2001 da Comissão de 02/03/2001 Sistema de Gestão e Controlo Artigo 8.º do Regulamento (CE) n.º 438/2001 da Comissão de 02/03/2001 Recuperações Artigo 9.º do Regulamento (CE) n.º 438/2001 da Comissão de 02/03/2001 Certificação de despesas Artigo 10.º do Regulamento (CE) n.º 438/2001 da Comissão de 02/03/2001 Controlos por amostragem Artigos 2.º e 3.º do Regulamento (CE) n.º 448/2001 da Comissão, de 02/03/2001, alterado pelo Regulamento (CE) n.º 1978/2006 da Comissão, de 22/12/2006 Correcções financeiras efectuadas pelos Estados-Membros Página 3

norma ifdr QCA III - Certificação Final de Despesas N.º 02/2009 - Versão n.º 01.0 - Data de aprovação: 2009/12/15 Regulamento (CE) n.º 2035/2005 da Comissão, de 12/12/2005, que altera o Regulamento (CE) n.º 1681/94 da Comissão, de 11/07/1994 relativo às irregularidades Outras disposições Norma DGDR n.º 01/2003, de Junho de 2003 Gestão e Controlo de Devedores Documento CDRR/02/0033/00 Payment of subsidy remaining at end of programme period under soft loan schemes Guidance note of the Commission services Documento CDRR/05/00012/01 Orientações sobre a dedução das recuperações na declaração de despesas e preenchimento do apêndice à declaração de despesa Documento CDRR/06/0002/00/PT Projecto de documento de trabalho sobre boas práticas em matéria de verificações de gestão que os estados membros devem efectuar nos projectos cofinanciados pelos fundos estruturais e pelo Fundo de Coesão Documento CDRR/06/0004/01/EN Working document setting out good practice with regard to the certification function of the paying authority Regulamento (CE, EURATOM) n.º 2988/95, de 18/12/1995 - Relativo à protecção dos interesses financeiros das Comunidades Europeias Decisão C(2006) 3424 de 1 de Agosto relativa às Orientações da Comissão Europeia para o encerramento das intervenções 2000-2006 Decisão C(2009) 960 final, de 11-02-2009, que altera a Decisão da Comissão C (2006) 3424 de 1-08- 2006 relativa às orientação para o Encerramento do QCA III Outros Documentos Documento da Comissão Europeia com perguntas e respostas relativas ao processo de encerramento elaborado na sequência do Seminário realizado em Setembro de 2008 e disponível em http://ec.europa.eu/regional_policy/conferences/closure/index_en.htm 3. Enquadramento 3.1. As condições que a Autoridade de Pagamento deve observar aquando da certificação da declaração das despesas finais estão descritas no artigo 9.º do Regulamento (CE) n.º 438/2001 e nas orientações para o encerramento das intervenções (2000-2006) dos Fundos Estruturais, relativas à declaração de encerramento, que figuram na Decisão da Comissão COM (2006) 3424 final, de 1 de Agosto. As Certificações e Declarações de Despesas Finais e Pedidos de Pagamento Finais, serão elaboradas de acordo com o modelo que figura no Anexo II do citado Regulamento, devendo ser acompanhadas do apêndice relativo às recuperações que consta igualmente do referido anexo. O documento CDRR/05/0012/01, anexo à Decisão da Comissão C (2006) 3424 final de 1 de Agosto, fornece orientações sobre o apêndice relativo às recuperações. Página 4

norma ifdr QCA III - Certificação Final de Despesas N.º 02/2009 - Versão n.º 01.0 - Data de aprovação: 2009/12/15 3.2. Nos termos do 9.º do Regulamento (CE) n.º 438/2001, compete à Autoridade de Pagamento atestar a legalidade e regularidade das despesas a declarar à Comissão Europeia, cabendo assim ao IFDR certificar que: a declaração de despesas é exacta, resulta de sistemas de contabilidade fiáveis e se baseia em documentos justificativos verificáveis; as despesas declaradas estão em conformidade com as regras comunitárias e nacionais aplicáveis e foram incorridas em relação a operações seleccionadas para financiamento em conformidade com os critérios aplicáveis ao Programa e com as regras nacionais e comunitárias. 3.3. Para este efeito, e antes da certificação de despesas à Comissão Europeia, cabe à Autoridade de Pagamento, conforme estipulado no n.º 2 do artigo 9.º do Regulamento (CE) n.º 438/2001, assegurar-se que se encontram reunidas as seguintes condições: a) A Autoridade de Gestão e os Organismos Intermédios respeitaram o disposto no Regulamento (CE) n.º 1260/1999, nomeadamente o n.º 1, alíneas c) e e), do artigo 38.º e os n.ºs 3 e 4 do artigo 32.º, bem como os termos da decisão da Comissão a título do artigo 28.º do mesmo Regulamento; b) A declaração de despesas apenas inclui despesas: i. que ocorreram efectivamente dentro do período de elegibilidade estabelecido na decisão sob a forma de despesas dos beneficiários finais, com o entendimento dos n.ºs 1.2, 1.3 e 2 da regra n.º 1 do anexo ao Regulamento (CE) n.º 1685/2000 da Comissão, de 28 de Julho, alterado pelo Regulamento (CE) n.º 448/2004, de 10 de Março, que possam ser justificadas por facturas e respectivos recibos ou outros documentos contabilísticos de valor probatório equivalente, ii. que foram realizadas no âmbito de operações que foram seleccionadas para financiamento a título da intervenção em causa de acordo com os respectivos critérios e procedimentos de selecção e respeitaram as regras comunitárias durante todo o período no decurso do qual as despesas foram realizadas, e iii. relativas a medidas para as quais todos os auxílios estatais foram oficialmente aprovados pela Comissão, se for o caso. 3.4. De acordo com a Decisão da Comissão COM (2006) 3424 Final relativa às regras de encerramento dos Fundos Estruturais 2000-2006, designadamente o seu anexo 2, e para efeitos de certificação final de despesas, a Autoridade de Pagamento é responsável por: Elaborar o certificado final de despesas do programa conforme o anexo II do Regulamento (CE) n.º 438/2001; Garantir que existe informação suficiente da Autoridade de Gestão para poder certificar a exactidão, a elegibilidade e a regularidade dos montantes declarados; Página 5

norma ifdr QCA III - Certificação Final de Despesas N.º 02/2009 - Versão n.º 01.0 - Data de aprovação: 2009/12/15 Comprovar que as condições referidas no n.º 2 do artigo 9.º do Regulamento (CE) n.º 438/2001 são respeitadas; Comprovar que todos os erros/irregularidades foram tratados de modo satisfatório e que as conclusões e as recomendações das auditorias foram integralmente postas em prática; Solicitar novas informações e/ou realizar as próprias verificações quando necessário; Fornecer um quadro sinóptico baseado na informação do registo de devedores conservado em conformidade com o artigo 8.º do Regulamento (CE) n.º 438/2001, indicando, separadamente, os montantes que aguardam recuperação ou que não podem ser recuperados e os montantes já recuperados. Este quadro deve incluir referências a todas as irregularidades comunicadas ao abrigo do Regulamento (CE) n.º 1681/94, à excepção daquelas em que não foi efectuado qualquer pagamento ao beneficiário final. 4. Certificação final de despesas 4.1. No âmbito do processo de certificação final de despesas, a Autoridade de Pagamento, previamente à apresentação das declarações de despesa à Comissão Europeia, realizará um conjunto de verificações e validações sobre a declaração de despesas apresentada pela Autoridade de Gestão e informações prestadas pela mesma, que visam assegurar a legalidade e regularidade das despesas do Programa Operacional. 4.2. De acordo com o n.º 3 do artigo 9.º do Regulamento (CE) n.º 438/2001, a Autoridade de Gestão garantirá que a Autoridade de Pagamento seja mantida informada dos procedimentos que ela e os Organismos Intermédios aplicam para: a) A verificação do efectivo fornecimento de bens e serviços co-financiados e a veracidade das despesas declaradas; b) A garantia do respeito das regras em vigor; c) A manutenção da pista de controlo. Nestes termos, a Autoridade de Gestão, aquando da formalização do Pedido de Certificação Final de Despesas, deverá dar garantias de que a despesa incluída no pedido de certificação foi objecto das verificações previstas no artigo 4.º do Regulamento supra referido, tendo incidido sobre os aspectos administrativos, financeiros, técnicos e físicos das operações e que as mesmas asseguram, nomeadamente, que: - - As despesas estão dentro do período elegível; As despesas são relativas a um projecto aprovado de acordo com os respectivos critérios e procedimentos de selecção aplicáveis ao Programa; Página 6

norma ifdr QCA III - Certificação Final de Despesas N.º 02/2009 - Versão n.º 01.0 - Data de aprovação: 2009/12/15 - As despesas estão justificadas por facturas, recibos ou outros documentos contabilísticos de valor probatório equivalente; - As despesas foram efectivamente pagas ; - As regras de elegibilidade foram cumpridas; - Os produtos/serviços co-financiados foram fornecidos; - Os documentos justificativos são adequados; - - As regras relativas aos auxílios estatais, as regras em matéria ambiental e os requisitos sobre igualdade de oportunidades foram cumpridos; As regras em matéria de contratos públicos foram cumpridas. A Autoridade de Gestão deverá ainda dar garantias que: - - - - a intervenção foi gerida de acordo com a regulamentação comunitária e nacional aplicável e de que os fundos postos à sua disposição são utilizados segundo os princípios de boa gestão financeira; os procedimentos estabelecidos nos vários intervenientes no processo de gestão e controlo são eficazes na prevenção, detecção e correcção de eventuais irregularidades; todos os erros e irregularidades foram tratados de modo satisfatório; as conclusões e recomendações das auditorias realizadas ao Programa foram integramente cumpridas. 4.3. Para efeitos de certificação final de despesas à Comissão Europeia a Autoridade de Pagamento terá ainda em conta os resultados de todas as auditorias realizadas aos sistemas de gestão e controlo e aos projectos. 4.4. Tendo em consideração que, no processo de certificação de despesas à Comissão Europeia, a Autoridade de Pagamento se baseia, nomeadamente, nas informações prestadas pela Autoridade de Gestão, torna-se necessário estabelecer um conjunto de orientações específicas a ter em conta na preparação do pedido de certificação final de despesas por parte das Autoridades de Gestão, bem como proceder à divulgação dos modelos a utilizar na formalização do pedido de certificação final de despesas ao IFDR, enquanto Autoridade de Pagamento. A despesa deve ter sido paga pelo beneficiário final até ao último dia de elegibilidade do Programa, e o correspondente pagamento debitado na conta do beneficiário final até à data limite de elegibilidade, isto é até 30-06-2009.Tal não significa que a conta do fornecedor tenha sido creditada antes ou nessa data. Emitir uma Ordem de Pagamento ou um cheque dentro do período de elegibilidade não é suficiente, dado que o montante em causa tem que ter saído da conta do beneficiário antes ou na data limite de elegibilidade. Neste contexto deve ser dada particular atenção aos pagamentos efectuados por cheques. Vide documento da Comissão Europeia com perguntas e respostas relativas ao processo de encerramento elaborado na sequência do Seminário realizado em Setembro de 2008 e disponível em http://ec.europa.eu/regional_policy/conferences/closure/ index_en.htm (Perguntas 95 a 98). Página 7

norma ifdr QCA III - Certificação Final de Despesas N.º 02/2009 - Versão n.º 01.0 - Data de aprovação: 2009/12/15 4.4.1. Overbooking de execução A despesa certificada em overbooking terá de observar as condições de validação e controlo exigida para a restante despesa apresentada, ou seja, para além de ter sido validada pela Autoridade de Gestão nos termos previstos no artigo 4.º do Regulamento (CE) n.º 438/2001, de 2 de Março, de modo a ser assegurada a sua legalidade e regularidade terá ainda que ter sido incluída no universo de despesa considerada para efeitos de auditoria (artigo 10.º do Regulamento (CE) nº 438/2001, de 2 de Março), sendo a mesma tida em conta no cálculo do esforço de controlo quer na análise de representatividade dos controlos efectuados. Tendo em consideração que uma das responsabilidades das Autoridades de Pagamento, que poderá ser objecto de auditoria, consiste em garantir que os beneficiários recebem a comparticipação comunitária a que têm direito no menor prazo possível, pelo que, neste âmbito, a identificação, por parte da Autoridade de Gestão, das despesas em overbooking se torna relevante, no que diz respeito aos projectos de natureza pública. Assim, e pese embora esta informação não releve para o relacionamento com a Comissão Europeia, as despesas em overbooking deverão ser claramente identificadas, por medida, na declaração final de despesas, nos termos do ponto 4.4.2. 4.4.2. Projectos que suportam o pedido de certificação final de despesas Os documentos a apresentar no âmbito do Pedido de Certificação Final de Despesas (Anexo I a III) devem incluir a listagem de todos os projectos que suportam a despesa declarada para co-financiamento do FEDER (Anexo IV), à semelhança do procedimento adoptado nos pedidos de certificação para efeitos de pedidos de pagamento intermédios. De igual modo, para os projectos que registam decréscimos de execução face ao último pedido de certificação apresentado à Autoridade de Pagamento, deverá ser apresentada nota justificativa desses decréscimos. Adicionalmente, esta listagem deverá identificar os projectos de natureza pública que se encontram em overbooking face à programação das respectivas medidas onde se enquadram. Deverá ainda ser remetida a listagem dos projectos não concluídos ou não operacionais à data de encerramento, com a identificação daqueles cuja conclusão será objecto de co-financiamento no âmbito dos Programas Operacionais do QREN e daqueles que não serão objecto de co-financiamento comunitário (Anexo V). Nestes casos, importa referir que a conclusão ou operacionalidade dos projectos deverá ser assegurada o mais tardar nos dois anos após o termo do prazo para apresentação do relatório final, informação que deve ser transmitida pelas Autoridades de Gestão dos Programas do QREN para as quais transitou a responsabilidade pelo encerramento dos Programas. Findo este prazo a Comissão será informada sobre a situação de cada um dos projectos, podendo haver lugar à devolução de verbas casos os projectos não se encontrem concluídos ou operacionais. 4.4.3. Pagamento de uma subvenção no âmbito dos regimes de empréstimo a taxa reduzida/ bonificação de juros A este respeito importa ter em consideração o documento CDRR/02/0033/00 que figura como apêndice 2 à Decisão da Comissão C (2006) 3424 Final. Página 8

norma ifdr QCA III - Certificação Final de Despesas N.º 02/2009 - Versão n.º 01.0 - Data de aprovação: 2009/12/15 Assim, aquando do encerramento dos Programas, no que se refere aos subsídios inerentes aos empréstimos bonificados, são elegíveis todos os subsídios correspondentes às prestações vincendas até final do prazo definido no contrato de empréstimo, desde que: a. o pagamento antecipado ao beneficiário do valor integral das bonificações relativos aos juros vincendos tenha sido realizado dentro do período de elegibilidade, b. ou tenha sido criada uma blocked account em nome do beneficiário final ou da instituição de crédito, com o valor necessário ao pagamento das bonificações de juros (fundo e contrapartida pública nacional, se for o caso) até final do período de reembolso, que será accionada em cada prestação relativa ao vencimento dos respectivos juros para as operações contratadas até ao momento do encerramento do Programa. Neste contexto, deve ser remetida à Autoridade de Pagamento informação sobre a opção tomada bem como o preenchimento do Anexo VI Regimes de Empréstimos a taxas bonificadas Juros vincendos. 4.4.4. Fundos de capital de risco, fundos de empréstimo e fundos de garantia As disposições relativas à elegibilidade das despesas para estes fundos figuram nas Regras n.º 8 e n.º 9 do anexo ao Regulamento (CE) n.º 1685/2000, alterado pelo Regulamento (CE) n.º 448/2004. De acordo com o ponto 2.6 da Regra n.º 8, os rendimentos dos fundos de capital de risco e dos fundos de empréstimo imputáveis às contribuições dos Fundos Estruturais devem ser reafectados a actividades de desenvolvimento das PME na mesma área elegível de intervenção. Do mesmo modo, segundo o ponto 2.5 da Regra n.º 9 relativa aos fundos de garantia, qualquer parte remanescente da contribuição dos Fundos Estruturais, após terem sido honradas as garantias, deve ser reafectada a actividades de desenvolvimento das PME na mesma área elegível. A Autoridade de Gestão deve tomar as medidas necessárias para assegurar o cumprimento destas regras após o encerramento. Os eventuais montantes pagos pela Comissão relacionados com os fundos de capital de risco, de empréstimo e de garantia que excedam as despesas elegíveis para estes fundos, calculados de acordo com o disposto no ponto 2.8 da Regra n.º 8 e no ponto 2.7 da Regra n.º 9, devem ser reembolsados à Comissão. Aquando do encerramento dos Fundos de Capital de Risco e de Empréstimo (regra n.º 8), as despesas elegíveis do fundo (o beneficiário final) devem corresponder ao capital do fundo que foi investido ou que foi emprestado a PME, acrescidas das despesas de gestão, as quais não podem no entanto exceder 5% do valor médio anual do capital realizado durante o período da intervenção. Por outro lado, no que respeita aos Fundos de Garantia (Regra n.º 9), as despesas elegíveis do fundo (o beneficiário final) devem corresponder à parte do capital realizado, que seja necessária (com base numa auditoria independente) para cobrir as garantias prestadas, incluindo os custos de gestão incorridos, os quais não podem exceder 2% do valor médio anual do capital realizado durante o período da intervenção. Face ao exposto, a Autoridade de Gestão deverá assegurar, designadamente, que: - a contribuição financeira do sector privado foi substancial e superior a 30%; Página 9

norma ifdr QCA III - Certificação Final de Despesas N.º 02/2009 - Versão n.º 01.0 - Data de aprovação: 2009/12/15 - os fundos não investiram em empresas em dificuldades; - os investimentos foram realizados em PME economicamente viáveis nas fases de implantação, arranque ou expansão; - existe uma carteira de aplicações diversificada; - foram tomadas medidas que assegurem que, após o encerramento, os rendimentos dos fundos imputáveis às contribuições dos Fundos Estruturais sejam reaplicados em actividades das PME. A este respeito, a Autoridade de Gestão, aquando da apresentação da declaração final de despesas, deverá apresentar informações detalhadas sobre a constituição/reforço dos Fundos de Capital de Risco e respectivas aplicações (Anexo VII e VIII). Caso o Programa tenha participado em Fundos de Investimento Imobiliário deverá ainda ser apresentada a respectiva carteira imobiliária (Anexo IX). Relativamente a outros instrumentos de engenharia financeira, Fundos de Sindicação, Fundos de Contragarantia, a Autoridade de Gestão deverá igualmente prestar as informações necessárias, podendo adaptar, mutatis mutandis, os anexos supra referidos. 4.4.5. Dedução de receitas às despesas elegíveis Nos termos do n.º 2 da Regra n.º 2 do Anexo ao Regulamento (CE) n.º 1685/2000, alterado pelo Regulamento (CE) n.º 448/2004, o mais tardar aquando do encerramento da intervenção, as receitas 2 são deduzidas das despesas elegíveis da operação, na sua totalidade ou proporcionalmente, consoante tenham resultado total ou parcialmente da operação co-financiada. Compete assim à Autoridade de Gestão no âmbito do encerramento do Programa Operacional assegurar que eventuais receitas, tal como definidas naquela regra, não integram o pedido de certificação final de despesas. O Ponto 4.2 das Orientações da Comissão para o encerramento refere que o relatório final deverá incluir informações precisas sobre as deduções das receitas em conformidade com a regra n.º 2 do anexo do Regulamento (CE) n. º 1685/2000, alterado pelo Regulamento (CE) n.º 448/2004. Sobre esta matéria a Comissão 3 esclarece que só deverão ser indicadas as receitas que são deduzidas à totalidade das despesas elegíveis no momento do encerramento e não as receitas que foram deduzidas às operações numa base contínua ao longo de todo o período de programação. Assim, as eventuais receitas deduzidas na declaração final de despesas, em conformidade com a Regra n.º 2 do Regulamento (CE) n.º 1685/2000, alterado pelo Regulamento (CE) n.º 448/2004, deverão ser identificadas pela Autoridade de Gestão (Anexo X). 4.4.6. Assistência Técnica Controlo dos montantes executados In e Out O Regulamento (CE) n.º 1685/2000 da Comissão, alterado pelo Regulamento (CE) n.º 448/2004, estabelece, na sua Regra n.º 11, relativa à elegibilidade das despesas de Assistência Técnica, alguns limites financeiros 2 Para efeitos da aplicação da Regra n.º 2 anexa ao Regulamento (CE) n.º 1685/2000, alterado pelo Regulamento (CE) n.º 448/2004 considera-se receita os recursos recebidos no âmbito de uma operação durante o período do seu co-financiamento ou durante um período mais alargado que venha a ser fixado pelos Estados-Membros e que não poderá ir além do termo da intervenção, a título de vendas, alugueres, serviços prestados, direitos de inscrição/propinas ou outras receitas equivalentes. 3 Documento da Comissão Europeia com perguntas e respostas relativas ao processo de encerramento elaborado na sequência do Seminário realizado em Setembro de 2008 e disponível em http://ec.europa.eu/regional_policy/conferences/closure/index_en.htm (Pergunta 139). Página 10

norma ifdr QCA III - Certificação Final de Despesas N.º 02/2009 - Versão n.º 01.0 - Data de aprovação: 2009/12/15 a observar, consoante a tipologia das despesas, distinguindo-se entre as designadas como sujeitas a plafond (despesas in ) e as não estão sujeitas a plafond (despesas out ). O financiamento comunitário das despesas relacionadas com a preparação, selecção, avaliação, acompanhamento e avaliação interna da intervenção e das operações, das despesas com reuniões de comissões de acompanhamento e das despesas relacionadas com auditorias e verificações no terreno das operações está limitado a um determinado montante máximo fixado na decisão de participação dos fundos (que varia entre 0,5% e 2,5%, consoante o valor da contribuição dos fundos estruturais para a intervenção). Estas despesas são designadas de despesas de assistência técnica in. O financiamento comunitário de outras despesas, tais como estudos, seminários, acções de informação e avaliações externas, aquisição e instalação de sistemas de informação de gestão, acompanhamento e avaliação, não está sujeito a limite. Estas despesas são designadas de despesas de assistência técnica out. Face ao exposto, importa assegurar que no âmbito do encerramento do Programa Operacional a execução da Assistência Técnica cumpre os limites restabelecidos na citada Regra n.º 11 do Regulamento (CE) n.º 1685/2000 da Comissão, alterado pelo Regulamento (CE) n.º 448/2004, no que se refere à despesas in, devendo a Autoridade de Gestão identificar a execução financeira dos projectos de Assistência Técnica repartida por despesas in e despesas out. (Anexo XI). 4.4.7. Correcções Financeiras resultantes de Irregularidades 4 O segundo parágrafo do n.º1 do artigo 39.º do Regulamento (CE) n.º 1260/1999, de 21 de Junho, estabelece que os Estados-Membros efectuarão as correcções financeiras necessárias em relação à irregularidade individual ou sistémica em questão. Estas consistirão numa supressão total ou parcial da participação comunitária. Os fundos comunitários assim libertados podem ser reafectados pelo Estado-Membro à intervenção em causa. O n.º 2 do artigo 3.º do Regulamento (CE) n.º 448/2001, de 2 de Março, com a redacção que lhe foi dada pelo Regulamento (CE) n.º 1978/2006, de 22 de Dezembro, refere que: A participação do fundo suprimida em conformidade com o n.º 1 não pode ser reutilizada para a operação ou operações que tenham sido objecto de correcções, nem, no caso de uma correcção financeira efectuada devido a um erro sistémico, para operações no âmbito das quais esse erro se tenha registado. Neste contexto, é nosso entendimento que apenas as correcções financeiras resultantes de irregularidades cometidas na acepção do Regulamento (CE) n.º 1681/94, tal como alterado pelo Regulamento (CE) n.º 2035/2005, estão abrangidas pelas disposições acima referidas, independentemente da obrigatoriedade de comunicação, e não as correcções efectuadas em resultados de outros erros que não irregularidades. O conceito de irregularidade que é relevante nesta análise encontra-se definido no n.º 2 do artigo 1.º do Regulamento (CE) n.º 2988/95 do Conselho, de 18 de Dezembro de 1995, relativo à protecção dos interesses financeiros das Comunidades Europeias. 4 Nos termos do nº 2 do artº 1º do Regulamento CE nº 2988/95, constitui irregularidade qualquer violação de uma disposição de direito comunitário que resulte de um acto ou omissão de um agente económico que tenha ou possa ter por efeito lesar o orçamento geral das Comunidades ou orçamentos geridos pelas Comunidades, quer pela diminuição ou supressão de receitas provenientes de recursos próprios cobradas directamente por conta das Comunidades, quer por uma despesa indevida. Página 11

norma ifdr QCA III - Certificação Final de Despesas N.º 02/2009 - Versão n.º 01.0 - Data de aprovação: 2009/12/15 4.4.8. Projectos suspensos por serem objecto de um processo judicial ou de um recurso administrativo Relativamente aos projectos que aquando do encerramento do Programa Operacional se encontram pendentes de encerramento devido a procedimentos administrativos ou judiciais, o Estado-Membro deverá decidir, antes da data limite para a apresentação da declaração certificada das despesas incluindo o pedido de pagamento de saldo e o relatório final, se: - retira, integral ou parcialmente, a despesa relativa a esses projectos e a substitui por outro projecto (eventualmente aprovado em overbooking), assumindo as consequências financeiras inerentes a tal substituição designadamente caso o montante retirado seja irrecuperável; - ou mantém, integral ou parcialmente, a despesa no Programa Operacional. Importa salientar que após a apresentação da certificação final das despesas do Programa Operacional, deixa de ser possível a substituição de projectos sujeitos a procedimentos administrativos ou judiciais, nem mesmo por outros projectos aprovados em overbooking e que apresentem despesa elegível dentro do período de elegibilidade do Programa Operacional. A decisão de, em sede de declaração final de despesas, manter total ou parcialmente projectos suspensos por serem objecto de processos judiciais ou procedimentos administrativos, cabe à Autoridade de Gestão, que deverá averiguar se a dotação das medidas não está ainda esgotada. Neste caso, a manutenção das despesas relativas a estes processos constituirá uma almofada. Importa contudo ter presente que a Comissão irá reter a parte do saldo relativa a estes projectos, que só virá a ser pago pela Comissão em função do desfecho dos processos em curso. A opção por não incluir em sede de encerramento estes casos, inviabiliza, à posteriori, a solidariedade da Comissão, quanto às consequências do desfecho destes processos. Caso a Autoridade de Gestão opte por manter na declaração final de despesas projectos suspensos por serem objecto de procedimentos legais e administrativos, deverá comunicar a listagem dos projectos que se encontram nestas situações bem como se os mesmos integram o overbooking (Anexo XIII). 4.4.9. Dívidas irrecuperáveis Relativamente a esta questão as orientações da Comissão (ponto 7 da Decisão C (2006) 3424 Final) referem que para as irregularidades que ultrapassam o limite a partir do qual devem ser notificadas ao OLAF, e para as quais não há possibilidade de recuperação, o Estado-Membro deve apresentar à Comissão uma comunicação especial nos termos do n.º 2 do artigo 5.º do Regulamento (CE) n.º 1681/94, alterado pelo Regulamento (CE) n.º 2035/2005. Assim, sempre que um Estado-Membro considere que não se pode efectuar ou esperar a recuperação de um montante, informará a Comissão, numa comunicação especial, do montante não recuperado e das razões pelas quais esse montante deve ficar, na sua opinião, a cargo da Comunidade ou do Estado-Membro. Estas informações devem ser suficientemente pormenorizadas para permitir à Comissão adoptar, no mais curto prazo possível, após concertação com as autoridades do respectivo Estado-Membro, uma decisão Página 12

norma ifdr QCA III - Certificação Final de Despesas N.º 02/2009 - Versão n.º 01.0 - Data de aprovação: 2009/12/15 sobre a imputabilidade dos montantes implicados no que diz respeito às formas de intervenções regidas pelo Regulamento (CE) n.º 1260/1999. A comunicação à Comissão Europeia conforme estipulado no n.º 2 do artigo 5.º do Regulamento (CE) n.º 1681/94, alterado pelo Regulamento (CE) n.º 2035/2005, deve incluir pelo menos os seguintes elementos: a) Uma cópia do acto de concessão da contribuição; b) A data do último pagamento ao beneficiário final e/ou destinatário último; c) Uma cópia da ordem de recuperação; d) Se necessário, uma cópia do documento que atesta a insolvência do beneficiário final ou do destinatário último; e) Uma descrição sucinta das medidas tomadas pelo Estado-Membro para recuperar o montante em questão, bem como as respectivas datas; As despesas que não podem ser recuperadas relativas a irregularidades com um limite inferior ao estabelecido, podem ser incluídas na declaração das despesas finais e não estarão sujeitas ao exame previsto no n.º 2 do artigo 5.º do Regulamento (CE) n.º 1681/94, alterado pelo Regulamento (CE) n.º 2035/2005. Relativamente a esta matéria, importa ainda ter em conta o estipulado no ponto 3.2 da Norma N.º1/2003- DGDR/Controlo Sistema para Gestão e Controlo das Dívidas decorrentes de financiamento Indevidamente pagos pelo FEDER e Fundo de Coesão no âmbito do período de Programação 2000-2006, no que se refere aos procedimentos a adoptar com vista à recuperação dos montantes em dívida e respectivas evidências documentais. Assim terão que ser evidenciados, designadamente, a adopção de todos os procedimentos previstos no Código do Procedimento Administrativo (v.g. notificações, a audiência prévia, etc.), e sempre que aplicável, os procedimentos previstos no Código de Procedimento e de Processo Tributário (v.g. acto administrativo, certidão de dívida). Os montantes máximos a pagar pela Comissão ou a recuperar junto do Estado-Membro relativos às operações suspensas constituem uma autorização pendente para o Estado Membro e para a Comissão, até que as autoridades nacionais responsáveis tomem uma decisão final. O Estado-Membro deve, por conseguinte, manter a Comissão informada sobre os resultados do processo judicial ou do recurso administrativo. Em conformidade com os resultados dos procedimentos legais e, quando adequado, após exame do caso nos termos do n.º 2 do artigo 5.º do Regulamento (CE) n.º 1681/94, alterado, proceder-se-á a novos pagamentos, os montantes já pagos serão recuperados ou, em caso de aceitação do pedido nos termos do n.º 2 do artigo 5.º do Regulamento (CE) n.º 1681/94, alterado, os pagamentos já efectuados serão confirmados. 4.4.10. Dívidas abatidas à certificação de despesas sem que a recuperação tenha ocorrido, e se venha a constatar, em sede de encerramento, que estas são irrecuperáveis Relativamente a esta situação importa ter em consideração o seguinte: Página 13

norma ifdr QCA III - Certificação Final de Despesas N.º 02/2009 - Versão n.º 01.0 - Data de aprovação: 2009/12/15 O artigo 8º do Regulamento (CE) n.º 438/2001 prevê que a Autoridade de Gestão ou de Pagamento manterá uma contabilidade dos montantes a recuperar relativamente a pagamentos da ajuda comunitária já efectuados e garantirá que esses montantes sejam recuperados sem demora injustificada. Depois da recuperação, a Autoridade de Pagamento reembolsará o pagamento irregular recuperado, juntamente com juros de mora cobrados, deduzindo os montantes em causa da declaração de despesas e do pedido de pagamento seguintes a enviar à Comissão. O Documento CDRR/05/0012/01 Orientações sobre a dedução das recuperações da declaração de despesas e do pedido de pagamento seguintes e conclusão do apêndice relativo às recuperações ao abrigo do artigo 8º e do Anexo II do Regulamento (CE) n.º 438/2001, refere no primeiro parágrafo do ponto 3.3 que: As autoridades responsáveis pelo programa poderão lidar com as irregularidades quer por dedução da despesa efectuada do programa, libertando assim imediatamente os fundos comunitários para afectação a outras acções, quer deixando-a no programa enquanto se aguarda o procedimento de recuperação. Assim, em regra, a despesa irregular poderá manter-se no programa até à data da sua recuperação. No entanto, existem situações como por exemplo a regularização das despesas irregulares apuradas no âmbito do Plano de Acção sobre Contratação Pública (2000-2004) e as que decorreram do processo de recuperação do histórico da verificação dos procedimentos de contratação pública associados a despesa validada após 01-01-2005, para as quais as Autoridades Nacionais assumiram o compromisso para com a Comissão Europeia que a respectiva correcção financeira seria objecto de regularização, através do respectivo estorno/dedução em sistema de informação, e reflectida nas certificações de despesa a apresentar à Comissão Europeia, independentemente do processo de recuperação. Para as situações em que a Autoridade de Gestão optou, a título cautelar, por retirar a despesa irregular do Programa, independentemente do processo de recuperação, e para as quais se venha a concluir que os montantes são irrecuperáveis, a decisão de reintegração destes montantes na execução do programa passa por uma análise casuística, na qual se deverá ponderar a necessidade ou não de declarar estas despesas, sabendo-se que a declaração final constitui o ultimo momento para o fazer. Assim, poderá haver lugar à reintegração das despesas relativas a estes processos, as quais constituirão uma almofada, sabendo que a Comissão analisará até que ponto foram desenvolvidos de forma diligente todos os procedimentos ao alcance das entidades competentes, incluindo a execução fiscal ou dos tribunais para proceder a essa recuperação, decidindo, também casuisticamente, se é solidária, ou não, com o Estado Membro no pagamento desse apoio. Há ainda a possibilidade de integrar estes processos na despesa em overbooking, dado que não sabemos até que ponto os montantes nessa situação serão suficientes para fazer face a eventuais quebras na execução, decorrentes de correcções financeiras, que poderão ocorrer desde o momento da apresentação da declaração de despesas por parte da Autoridade de Gestão à Autoridade de Pagamento, por parte desta à autoridade responsável pelo encerramento e mesmo posteriormente por iniciativa da Comissão Europeia e do Tribunal de Contas Europeu. Face ao exposto, a reintegração na declaração final de despesas de montantes anteriormente abatidos à despesa certificada sem que a recuperação tenha ocorrido (Anexo XIV), e se venha a constatar, em sede de encerramento, que estes são irrecuperáveis, constitui uma opção de gestão que deverá ser equacionada, tendo presente que a sua não inclusão inviabiliza, à posteriori, a solidariedade da Comissão nesta matéria. Página 14

norma ifdr QCA III - Certificação Final de Despesas N.º 02/2009 - Versão n.º 01.0 - Data de aprovação: 2009/12/15 Salienta-se, contudo, que os processos comunicados ao OLAF ao abrigo do artigo 3.º e objecto de artigo 5.º não poderão ser reabertos e como tal não poderão também ser contemplados nos documentos de encerramento. No entanto, caso se trate de processos ainda em aberto, a sua reintegração na certificação final poderá ser equacionada pela Autoridade de Gestão, caso a análise efectuada nos termos acima descritos o venha a aconselhar. 5. Gestão de Devedores A declaração das despesas finais deve ser acompanhada do apêndice relativo às recuperações referido no Anexo II do Regulamento (CE) nº 438/2001, de 2 de Março, ou seja, o apêndice deverá reportar as recuperações efectuadas desde a última declaração de despesas certificadas e incluídas na declaração final de despesas. Em conformidade com as orientações de encerramento, e tendo presente o registo de devedores conservado em conformidade com o artigo 8.º do Regulamento (CE) n.º 438/2001, em sede de certificação final de despesas será fornecido à Comissão Europeia um quadro com informação relativa a todos os montantes recuperados com indicação de: operação e a medida em causa; o número de referência, em caso de irregularidade comunicada em conformidade com o Regulamento (CE) n.º 1681/94; o montante recuperado (repartição por contribuição comunitária e nacional); o ano em que o montante recuperado foi deduzido das despesas declaradas à Comissão. O Documento CDRR/05/0012/01, oportunamente divulgado às Autoridades de Gestão e cuja cópia se encontra anexa à Decisão da Comissão COM (2006) 3424 final de 1 de Agosto Orientações para o encerramento, contém orientações sobre a dedução na declaração de despesas de recuperações efectuadas e o preenchimento dos apêndices. Este documento esclarece ainda, que durante a execução dos Programas, a Autoridade de Gestão pôde lidar com as irregularidades não recuperadas, quer por dedução imediata à despesa validada para o Programa, libertando assim fundos para afectação a outras operações, quer mantendo esses montantes na despesa, até que o procedimento de recuperação ficasse concluído. Em sede de certificação final de despesas, a opção por manter na despesa os montantes relativos a irregularidades ainda não recuperadas, ou relativamente às quais não é possível proceder à respectiva recuperação, implica fornecer à Comissão Europeia informação relativa a: operação e a medida em causa; número de referência, em caso de irregularidade; montante a recuperar (repartição por contribuição comunitária e nacional); ano de início do processo de recuperação; se foi elaborada uma comunicação, em conformidade com o n.º 2 do n.º 5 do Regulamento (CE) n.º 1681/94, relativa a um montante que não pode ser recuperado; Página 15

norma ifdr QCA III - Certificação Final de Despesas N.º 02/2009 - Versão n.º 01.0 - Data de aprovação: 2009/12/15 Nestas circunstâncias, caso se venha a verificar a recuperação de montantes identificados nesta lista, em data posterior à da apresentação da declaração das despesas finais e do pedido de pagamento e antes do pagamento do final pela Comissão, os montantes recuperados devem ser comunicados pelo Estado-Membro à Comissão para que esta possa proceder à sua dedução aquando do pagamento do saldo. Após pagamento do saldo, as recuperações potenciais ainda em aberto são registadas nas contas da Comissão como créditos. Por conseguinte, os Estados-Membros continuarão a informar a Comissão sobre as recuperações efectuadas após o pagamento do saldo ao programa e devolver a contribuição dos Fundos Estruturais à Comissão. Para este efeito, o reporte da Gestão de Devedores 5, para além de ter que ocorrer no momento da apresentação do Pedido de Certificação Final, deverá ainda ocorrer mensalmente caso existam dividas ainda em aberto relativas a projectos incluídas na Certificação Final de Despesas. Importará assinalar que os montantes ainda não recuperados pela Autoridade de Gestão, associados a dívidas não encerradas no registo de gestão de devedores, mas cujos montantes não constam da Declaração Final de Despesas, não deverão em caso algum ser incluídos nesta lista. 6. Acções de Controlo em curso Caso a declaração final de despesa inclua projectos com auditorias em curso ou cujas conclusões não sejam ainda definitivas, podendo os montantes incluídos na certificação final virem a sofrer decréscimos decorrentes de eventuais correcções financeiras que venham a ser apuradas, a Autoridade de Gestão deverá apresentar um mapa síntese com a identificação de todas as acções de controlo não encerradas, especificando as entidades de controlo envolvidas (vg. 1º nível, 2º nível, alto novel, Comissão Europeia, Tribunal de Contas Europeu, Tribunal de Contas Português) bem como o valor da despesa auditada (Anexo XV). 7. Cálculo da Participação Final De acordo com as orientações constantes do ponto 8 das Decisão da Comissão COM (2006) 3424 final de 1 de Agosto, e tendo em conta a alteração posteriormente decidida pela Comissão Europeia de que o limite de flexibilidade entre os eixos se fixasse nos 10%, a participação comunitária não deve exceder, para cada Fundo separadamente, o montante mais baixo em cada um dos níveis seguintes: ao nível da medida, o menor dos valores entre: o montante da contribuição comunitária (efectivamente paga ou a pagar aos beneficiários finais) declarada na certificação final de despesas e o valor resultante da aplicação da taxa de comparticipação programada para a medida à despesa elegível declarada (despesa pública ou custo total, conforme opção manifestada pela Autoridade de Gestão, nos pedidos de pagamento intermédio); ao nível do eixo prioritário, a comparticipação comunitária estabelecida na última decisão do Programa aprovada pela Comissão Europeia, aumentada de 10%, independentemente da repartição das dotações entre regiões em regime de apoio transitório e regiões elegíveis; 5 Nos termos da Norma N.º1/2003-DGDR/Controlo Sistema para Gestão e Controlo das Dívidas decorrentes de financiamento Indevidamente pagos pelo FEDER e Fundo de Coesão no âmbito do período de Programação 2000-2006 Página 16

norma ifdr QCA III - Certificação Final de Despesas N.º 02/2009 - Versão n.º 01.0 - Data de aprovação: 2009/12/15 ao nível do Programa Operacional, a ajuda concedida nas regiões em regime de apoio transitório e nas regiões elegíveis. Importa salientar que, caso o montante da participação comunitária apurado pela Comissão Europeia separadamente para cada Fundo, exceda o montante solicitado pelo Estado-Membro, isto é, se o montante pedido for inferior ao que venha a ser apurado pela Comissão Europeia, a Comissão propõe para pagamento o mais baixo dos montantes. 8. Informações a prestar e modelos a utilizar Face ao anteriormente exposto, o pedido de certificação final de despesas a apresentar pela Autoridade de Gestão à Autoridade de Pagamento, deve respeitar aos seguintes modelos: Pedido de Certificação Final de Despesa da Autoridade de Gestão à Autoridade de Pagamento (Anexo I) e Declaração de Despesas por Medida e por Eixo Prioritário (Mapa financeiro) reportados à data limite de elegibilidade do Programa (Anexo II); Apêndice à declaração final de despesas com identificação das recuperações efectuadas desde a última declaração de despesas e até à certificação final (identificadas por medidas) - Anexo III; Listagem dos projectos que contribuem para o Pedido de Certificação Final - Anexo IV; Listagem dos projectos não concluídos incluídos na Certificação Final de Despesas - Anexo V; Regimes de Empréstimo a taxas bonificadas Juros vincendos - Anexo VI; Operações com Fundos de Capital de Risco, Fundos de Empréstimos e Fundos de Garantia: - - - Listagem dos projectos relativos à Constituição / Reforço dos Fundos de Capital de Risco - Anexo VII; Listagem das aplicações efectuadas no âmbito dos projectos relativos à constituição / reforço de Fundos de Capital de Risco - Anexo VIII; Listagem das aplicações efectuadas no âmbito do Fundo Imobiliário de Turismo II - Anexo IX; No caso do Programa Operacional ter ainda participado em outros instrumentos de engenharia financeira, tais como Fundos de Sindicação e Fundos de Contragarantia, a Autoridade de Gestão deverá igualmente prestar as informações necessárias, podendo adaptar os anexos supra referidos. Lista das Receitas, por projecto/medida/eixo, deduzidas à Declaração final de Despesas em sede de encerramento do Programa - Anexo X; Repartição das despesas de Assistência Técnica - Despesas IN e Despesas OUT Anexo XI; Listagem de projectos objecto de um processo judicial ou de um recurso administrativo Anexo XII; Montantes que aguardam recuperação ou que não podem ser recuperados Anexo XIII; Página 17

norma ifdr Certificação Final de Despesas N.º 03/2009 - Versão n.º 01.0 - Data de aprovação: 2009/12/15 Reintegração na declaração final de despesas de montantes anteriormente abatidos à despesa certificada sem que a recuperação tenha ocorrido Anexo XIV; Acções de Controlo em Curso Anexo XV. 9. Definições Autoridade de Pagamento Entidade designada pelo Estado-membro para elaborar e apresentar os pedidos de pagamento e receber os pagamentos da Comissão Europeia. As autoridades de pagamento constituem-se como intermediários no relacionamento financeiro com a Comissão Europeia e visam, em primeiro instância, garantir a conformidade e elegibilidade dos pedidos de pagamentos que são apresentados à Comissão Europeia. São assim responsáveis pela emissão das certificações de despesas. Compete igualmente às autoridades de pagamento assegurar que os beneficiários finais recebem integralmente os montantes de contribuição dos fundos estruturais a que tenham direito, sem que seja efectuada qualquer dedução, retenção ou encargo ulterior específico. As autoridades de pagamento são ainda responsáveis pelo envio anual à Comissão Europeia da informação relativa às recuperações de fundos comunitários efectuadas em resultado de correcções financeiras. Vide: REG 1260/1999, 9.º o), 32.º, 1; DL 54-A/2000, 37.º Autoridade de Gestão Entidade pública ou privada nacional, regional ou local, designada pelo Estadomembro, para gerir uma intervenção, sendo, neste âmbito, responsável pela eficácia e regularidade da gestão e da execução. A autoridade de gestão corresponde, no âmbito de cada intervenção operacional, ao gestor e, no caso do quadro comunitário de apoio, à Comissão de Gestão do QCA III. Vide: REG 1260/1999, 9.º n), 34.º Auxílios Estatais Benefício concedido pelo Estado (ou através de recursos estatais) a favor de uma empresa, sem remuneração ou com uma remuneração inferior à que seria praticada em condições normais de mercado. Para ser considerado como auxílio de estado, o benefício deve implicar a transferência de recursos estatais ou gerar uma vantagem económica (por exemplo, através da diminuição dos encargos que uma empresa suportaria em condições normais de mercado), ter um carácter selectivo e produzir efeitos sobre a concorrência e o comércio entre os Estados-membros da União Europeia. Salvo disposição em contrário, estes auxílios, quando falseiem ou ameacem falsear a concorrência, favorecendo certas empresas ou certas produções, são, na medida em que afectem as trocas comerciais entre os Estados-membros da União Europeia, incompatíveis com o mercado comum. Os projectos relativos à concessão deste tipo de auxílios têm de ser notificados pelo Estado-membro à Comissão Europeia para efeitos de controlo prévio. A atribuição de auxílios sem decisão da Comissão Europeia é ilegal e pode originar a sua devolução pelo beneficiário em caso de incompatibilidade com o mercado comum. Vide: Tratado, 87.º, 88.º Beneficiário Final Entidades, públicas ou privadas, responsáveis pela encomenda das operações. No âmbito dos regimes de auxílios e de concessão de ajudas, os beneficiários finais são os organismos designados pelo Estado-membro para a atribuição das ajudas. Neste caso os beneficiários finais não são os destinatários das ajudas, constituindo-se como intermediários entre a gestão das intervenções e os destinatários individuais das ajudas. Vide: REG 1260/1999, 9.º l) Página 18