MEIO AMBIENTE E MICROORGANISMOS Professor Esp. André Luís Souza Stella
BOTULISMO AGENTE ETIOLÓGICO: Clostridium botulinum TRANSMISSÃO: enlatados, conservas e embalados a vácuo são os mais vulneráveis pois a bactérias se desenvolve em ambientes sem oxigênio; SINTOMAS: aversão à luz, visão dupla com dilatação da pupila, disfonia, dificuldade para articular palavras,vômitos e secura na boca e garganta disfagia, dificuldade para engolir,paralisia respiratória que pode levar à morte, constipação intestinal, retenção de urina e debilidade motora;
BACTERIOSES - BOTULISMO PROFILAXIA: Observação dos alimentos e suas embalagens; TRATAMENTO: Consiste na manutenção das funções vitais e uso de soro antibotulínico. O soro impede que a toxina circulante no sangue se instale no sistema nervoso.
MENINGITE AGENTE ETIOLÓGICO : Neisseria meningitidis VETOR: Homem TRANSMISSÃO: se dá pelo contato da saliva ou gotículas de saliva da pessoa doente com os órgãos respiratórios de um indivíduo saudável, levando a bactéria para o sistema circulatório aproximadamente cinco dias após o contágio. Como crianças de até 6 anos de idade ainda não têm seus sistemas imunológicos completamente consolidados, são elas as mais vulneráveis. Idosos e imunodeprimidos também fazem parte do grupo de maior suscetibilidade. SINTOMAS: Febre alta, fortes dores de cabeça, vômitos, rigidez no pescoço, moleza, irritação, fraqueza e manchas vermelhas na pele.
BACTERIOSES - MENINGITE PREVENÇÃO: Evitar o uso de talheres e copos utilizados por outras pessoas ou mal lavados e ambientes abafados são formas de se diminuir as chances de adquirir a doença. Manter o sistema imunológico fortalecido e seguir corretamente as orientações médicas, caso tenha tido contato com alguém acometido pela doença são, também, medidas importantes. VACINA TRATAMENTO: uso de antibióticos específicos para a espécie, administrados via endovenosa, será imprescindível.
CÓLERA AGENTE: Vibrio cholerae; VETOR: homem; TRANSMISSÃO: Vibro cholerae penetra no organismo humano por ingestão de água e alimentos contaminados (transmissão fecaloral). PREVENÇÃO: higienização dos alimentos, ingerir água tratada, lavar corretamente as mãos etc... TRATAMENTO: antibióticos e soro enriquecido com sais minerais.
BACTERIOSES - CÓLERA PROFILAXIA: Educação sanitária e saneamento básico. A vacina é pouco eficaz e de curta duração. Só é recomendada para quem viaja para locais onde existe a doença.
LEPTOSPIROSE AGENTE ETIOLÓGICO: Lepstospira interrogans; VETOR: ratos urbanos, alguns mamíferos silvestres, cães e gatos. TRANSMISSÃO: mucosa da pele, ingestão de água ou alimentos contaminados; SINTOMAS: febre alta, mal estar, dor de cabeça, dor muscular intensa,principalmente na panturrilha, cansaço, calafrios, hiperemia conjuntivial etc..
BACTERIOSES - LEPTOSPIROSE PREVENÇÃO: ingerir água tratada, higienizar os alimentos e extermínio de ratos urbanos. TRATAMENTO: hidratação e antibióticos. Deve-se evitar o uso de A.A.S e alguns anti-inflamatórios.
FEBRE MACULOSA AGENTE ETIOLÓGICO: Rickettsia rickettsii; VETOR: Amblyoma cajennense (carrapato- estrela); TRANSMISSÃO: picada do carrapato; SINTOMAS: febre, macula ou exantema (é uma lesão elementar da pele caracterizada por uma área delimitada de coloração distinta da pele ao redor), sangramentos, hemorragia subconjuntival, comprometimento sistêmico.
BACTERIOSES - F. MACULOSA PREVENÇÃO: evitar contato com animais silvestre onde há incidência da infecção, vistoriar o corpo de 3 em 3 horas, uso de calças compridas e botas, não esmagar o carrapato e uso de carrapaticida. TRATAMENTO: de suporte e antibióticos.
DIFTERIA (Crupe) AGENTE ETIOLÓGICO: Corynebacterium diphthriae TRANSMISSÃO: Pelo ar contaminado e pela saliva. SINTOMAS: Inflamação das amígdalas, faringe e mucosa nasal. A bactéria produz toxina que destrói as fibras cardíacas, células nervosas e renais.
BACTERIOSES - DIFTERIA PREVENÇÃO: Vacina Tríplice. VACINA TRATAMENTO: Utilização de antibióticos penicilina e eritromicina.
DISENTERIA BACILAR AGENTE ETIOLÓGICO: Bactérias do gênero Shigella TRANSMISSÃO: Água e alimentos contaminados com as fezes dos doentes. SINTOMAS: Infecção intestinal, dores abdominais, diarréias sanguinolentas e vômitos.
BACTERIOSES - DISENTERIA PREVENÇÃO: Educação sanitária e saneamento básico. TRATAMENTO: Utilização de antibióticos e soro caseiro.
COQUELUCHE AGENTE ETIOLÓGICO: Bordetella pertusis TRANSMISSÃO: se dá pelo contato da saliva ou gotículas de saliva da pessoa doente com os órgãos respiratórios de um indivíduo saudável. SINTOMAS: Os primeiros sintomas se assemelham aos de um resfriado comum. Em seguida, ocorre uma fase de tosse intensa, na tentativa de eliminar o muco acumulado nas vias respiratórias, por causa da imobilização dos cílios da traquéia, causada pelas secreções da bactéria.
BACTERIOSES - COQUELUCHE PREVENÇÃO: A melhor forma de prevenir a coqueluche é a vacinação. No Brasil, a vacina que previne coqueluche é a tríplice bacteriana que protege também contra difteria e tétano. TRATAMENTO: Internação do paciente. Administração de medicamentos intravenosos. Repouso. Utilização de antibióticos.
FEBRE TIFÓIDE AGENTE ETIOLÓGICO: Salmonela typhi TRANSMISSÃO: Ingestão de água e alimentos contaminados SINTOMAS: Após um período de incubação, em torno de duas semanas, ocorrem dores de cabeça e febre. A seguir, pode aparecer diarreia forte. Havendo perfuração intestinal, o quadro pode ser agravado, podendo levar o doente à morte. SITUAÇÃO: Doença de distribuição mundial associada a baixos níveis socioeconômicos, situação precária de saneamento básico, higiene pessoal e ambiental. Por isso, está praticamente extinta em países onde esses problemas foram superados. No Brasil, ocorre de forma endêmica, com algumas epidemias onde as condições são mais precárias.
BACTERIOSES - FEBRE TIFÓIDE PREVENÇÃO: Educação sanitária e saneamento básico. Vacinação. TRATAMENTO: Utilização de antibióticos intravenosos e reidratação com soro caseiro. Sem tratamento antibiótico adequado, a doença pode ser fatal em até 15% dos casos.
GONORRÉIA AGENTE ETIOLÓGICO: Neisseria gonorrhoeae TRANSMISSÃO: Também conhecida como gonococo, pode infectar qualquer indivíduo que tenha qualquer prática sexual pode contrair a gonorreia. A infecção pode ser transmitida por contato oral, vaginal ou anal. SINTOMAS: Na maioria dos casos, a gonorreia passa desapercebida. Quando há sintomas, alguns são bastante característicos, principalmente na região genital.
GONORRÉIA - SINTOMAS No PÊNIS, os sinais mais comuns da gonorreia são: Dor e ardência ao urinar Secreção abundante de pus pela uretra Dor ou inchaço em um dos testículos.
GONORRÉIA - SINTOMAS Já na vagina, os sintomas são: Aumento no corrimento vaginal, que passa a ter cor amarelada e odor desagradável Dor e ardência ao urinar Sangramento fora do período menstrual Dores abdominais Dor pélvica.
GONORRÉIA - SINTOMAS Mas a gonorréia também pode surgir em outras partes do corpo: Reto: os sintomas comuns da gonorreia na região anal são coceira, secreção de pus e sangramentos Olhos: dor, sensibilidade à luz e secreção de pus em um ou nos dois olhos Garganta: dor e dificuldade em engolir, presença de placas amareladas na garganta Articulações: se a bactéria afetar alguma articulação do corpo, esta poderá ficar quente, vermelha, inchada e muito dolorida.
BACTERIOSES - GONORRÉIA PREVENÇÃO: Uso de preservativos. TRATAMENTO: Há dois objetivos no tratamento de uma doença sexualmente transmissível (DST):, o primeiro é curar a infecção do indivíduo, enquanto o segundo é interromper a cadeia de transmissão da doença. Para isso, além de tratar o paciente, é importante localizar e examinar todos os seus contatos sexuais para tratá-los, se indicado. Por se tratar de uma doença bacteriana, o tratamento pode ser feito por meio de antibióticos.
SALMONELOSE AGENTE ETIOLÓGICO: Salmonela enterica TRANSMISSÃO: Ingestão de produtos de origem animal contaminados, principalmente ovos e carne de galináceos. SINTOMAS: Dor de Cabeça, Febre, Vômitos, Cólicas, Náuseas e diarreia podendo apresentar sinais de sangue. SITUAÇÃO: A grande maioria dos casos de infecção fica restrita somente ao intestino delgado. Contudo, dependendo do agente causador e do estado do organismo agredido pode haver multiplicação em outros locais como baço, cérebro e fígado.
BACTERIOSES - SALMONELOSE PREVENÇÃO: Armazenar e Higienizar de forma adequada de alimentos. TRATAMENTO: Esta é geralmente uma doença autolimitada. O principal a se fazer quando há o diagnóstico de salmonelose é cuidar dos sintomas e manter o paciente hidratado. Poucos são os casos que levam a maiores complicações, por exemplo, quando as bactérias vão para outros órgãos além do intestino. Nestes casos pode ser necessário o uso de antibióticos.
SÍFILIS AGENTE ETIOLÓGICO: Treponema pallidum TRANSMISSÃO: Relações Sexuais desprotegidas com parceiro contaminado. Da mãe para o bebe durante a gestação. SITUAÇÃO: A sífilis é um mal silencioso e requer cuidados. Após a infecção inicial, a bactéria pode permanecer no corpo da pessoa por décadas para só depois manifestar-se novamente. SINTOMAS: A sífilis desenvolve-se em diferentes estágios, e os sintomas variam conforme a doença evolui. No entanto, as fases podem se sobrepor umas às outras. Os sintomas, portanto, podem seguir ou não uma ordem determinada. Geralmente, a doença evolui pelos seguintes estágios: primário, secundário, latente e terciário.
SÍFILIS ESTÁGIO PRIMÁRIO SINTOMAS: A sífilis primária é o primeiro estágio. Cerca de duas a três semanas após o contágio, formam-se feridas indolores (cancros) no local da infecção. Não é possível observar as feridas ou qualquer sintoma, principalmente se as feridas estiverem situadas no reto ou no colo do útero. As feridas desaparecem em cerca de quatro a seis semanas depois, mesmo sem tratamento. A bactéria torna-se dormente (inativa) no organismo nesse estágio.
SÍFILIS ESTÁGIO SECUNDÁRIO SINTOMAS: A sífilis secundária acontece cerca de duas a oito semanas após as primeiras feridas se formarem. Aproximadamente 33% daqueles que não trataram a sífilis primária desenvolvem o segundo estágio. Aqui, o paciente pode apresentar dores musculares, febre, dor de garganta, dificuldade para deglutir manchas vermelhas na pele, na mucosa da boca, na palma das mãos e na planta dos pés. Esses sintomas geralmente somem sem tratamento e, mais uma vez, a bactéria fica inativa no organismo.
SÍFILIS ESTÁGIO LATENTE SINTOMAS: Esse é o período correspondente ao estágio inativo da sífilis, em que não há sintomas. Esse estágio pode perdurar por anos sem que a pessoa sinta nada. A doença pode nunca mais se manifestar no organismo, mas pode ser que ela se desenvolva para o próximo estágio, o terciário e mais grave de todos.
SÍFILIS ESTÁGIO TERCIÁRIO SINTOMAS: Este é o estágio final da sífilis. A infecção se espalha para áreas como cérebro, sistema nervoso, pele, ossos, articulações, olhos, artérias, fígado e até para o coração. Aproximadamente 15 a 30% das pessoas infectadas não tratadas desenvolvem o estágio terciário da doença.
SÍFILIS CONGÊNITA A sífilis pode, ainda, ser congênita. Nela, a mãe infectada transmite a doença para o bebê, seja durante a gravidez, por meio da placenta, seja na hora do parto. A maioria dos bebês que nasce infectado não apresenta nenhum sintoma da doença. No entanto, alguns podem apresentar rachaduras nas palmas das mãos e nas solas dos pés. Mais tarde, a criança pode desenvolver sintomas mais graves, como surdez e deformidades nos dentes..
BACTERIOSES - SÍFILIS PREVENÇÃO: O uso de preservativos durante as relações sexuais é a maneira mais segura de prevenir a doença. TRATAMENTO: O tratamento é feito com antibióticos, especialmente penicilina. Deve ser acompanhado com exames clínicos e laboratoriais para avaliar a evolução da doença e estendido aos parceiros sexuais.
TUBERCULOSE AGENTE ETIOLÓGICO: Mycobacterium tuberculosis TRANSMISSÃO: se dá pelo contato da saliva ou gotículas de saliva da pessoa doente com os órgãos respiratórios de um indivíduo saudável. SITUAÇÃO: bacilo de Koch, é provavelmente a doença infectocontagiosa que mais mortes ocasiona no Brasil. Estima-se, ainda, que mais ou menos 30% da população mundial estejam infectados, embora nem todos venham a desenvolver a doença. SINTOMAS: Tosse por mais de duas semanas, produção de catarro, febre, sudorese, cansaço, dor no peito, falta de apetite e emagrecimento.
BACTERIOSES - TUBERCULOSE TRATAMENTO: O tratamento é feito com três drogas diferentes: pirazinamida, isoniazida e rifamicina. Durante dois meses, o paciente toma os três medicamentos e, a partir do terceiro mês, toma só isoniazida e rifampicina. O bacilo da tuberculose cresce fora e dentro da célula de defesa. Quando está fora, não só se multiplica muito rápido como adquire resistência também muito depressa. Para impedir seu crescimento e divisão fora da célula se fazem necessárias as três drogas e o tempo mais prolongado de tratamento.
BACTERIOSES - TUBERCULOSE TRATAMENTO: Dentro da célula de defesa, ele cresce mais lentamente e a indicação é usar uma droga que penetra na célula a fim de bloquear o crescimento da bactéria em seu interior. Por isso, os remédios devem ser tomados por seis meses. Já se tentou reduzir para quatro meses, mas a taxa de recidiva foi muito grande. É fundamental seguir à risca o tratamento. O que se tentou fazer, e com bons resultados, para facilitar a adesão dos pacientes foi prescrever doses mais altas para serem tomadas apenas dois dias na semana.
PNEUMONIA AGENTE ETIOLÓGICO: Streptococus pneumoniae TRANSMISSÃO: se dá pelo contato da saliva ou gotículas de saliva da pessoa doente com os órgãos respiratórios de um indivíduo saudável. SINTOMAS: Febre alta; Tosse; Dor no tórax; Alterações da pressão arterial; Confusão mental; Mal-estar generalizado; Falta de ar; Secreção de muco purulento de cor amarelada ou esverdeada; Toxemia; Prostração.
PNEUMONIA FATORES DE RISCO: Fumo: provoca reação inflamatória que facilita a penetração de agentes infecciosos; Álcool: interfere no sistema imunológico e na capacidade de defesa do aparelho respiratório; Ar-condicionado: deixa o ar muito seco, facilitando a infecção por vírus e bactérias; Resfriados mal cuidados; Mudanças bruscas de temperatura.
BACTERIOSES - TUBERCULOSE TRATAMENTO: O tratamento das pneumonias requer o uso de antibióticos e a melhora costuma ocorrer em três ou quatro dias. A internação hospitalar pode fazer-se necessária quando a pessoa é idosa, tem febre alta ou apresenta alterações clínicas decorrentes da própria pneumonia, tais como: comprometimento da função dos rins e da pressão arterial, dificuldade respiratória caracterizada pela baixa oxigenação do sangue porque o alvéolo está cheio de secreção e não funciona para a troca de gases.