RELATÓRIO SUCINTO DE CAMPO PROANTAR GRUPO DE METEOROLOGIA

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Transcrição:

SECRETARIA DA COMISSÃO INTERMINISTERIAL PARA OS RECURSOS DO MAR RELATÓRIO SUCINTO DE CAMPO OPERAÇÃO ANTÁRTICA XXIII - Verão 2004/2005 PROANTAR GRUPO DE METEOROLOGIA RELATÓRIO Fase III, 12/jan a 14/fev/2005) Projeto: Meteorologia (Grupo associado ao Projeto POLARCLIMA - REDE1 MMA - CNPq/PROANTAR Instituição Responsável: Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, INPE. Responsável pelo grupo: Dr. Alberto W. Setzer INPE/CPTEC. Período de referência: 12/janeiro a 14/fevereiro/2005. Local de Execução: NApOc Ary Rongel (Ilhas Joinville e Biscoe), e Estação Antártica Comandante Ferraz (Módulo de Meteorologia ). I OBJETIVOS DO PROJETO O Projeto Meteorologia na EACF possui objetivos em quatro áreas de atuação: I.1. Desenvolver pesquisas na área de meteorologia Antártica, com ênfase na região norte da Península Antártica. Em particular estão sendo conduzidos estudos de sistemas ciclônicos e de validação de modelos numéricos de previsão de tempo. I.2. Manutenção de estações meteorológicas desatendidas e automáticas operando via satélites (AWS, sistema ARGOS/NOAA ) na Antártica, com recepção de dados também na EACF e no NApOc Ary Rongel, para suprir dados ao PROANTAR em suas regiões de atuação, e à Organização Mundial de Meteorologia. I.3. Atividades de apoio ao PROANTAR especificamente na Antártica, através de conhecimentos e tecnologia adquiridos pelo Projeto, como no caso dos Mini- Transmissores Remotos (MTRs) para acompanhamento de equipes em campo e aquisição de dados. I.4. Manter na EACF um pequeno núcleo de meteorologia auxiliando pesquisas e integrantes do PROANTAR, registrando dados e apoiando com previsões de tempo quando possível. (*) (*) nota: Esse objetivo refere-se às atividades de apoio a Meteorologia Operacional que o antigo Projeto Meteorologia na EACF (INPE - CNPq/PROANTAR) sempre prestou desde 1986 até o Verão 2002/2003. Atualmente, dentro da REDE1, o Projeto Meteorologia na EACF compõe o Grupo de Meteorologia e não foi autorizado realizar a Meteorologia Operacional. A redução de importantes fatores, tais como recursos e vagas, inviabilizaram a prestação desse apoio ao PROANTAR.

II COMPONENTES DA EQUIPE E RESPECTIVOS PERÍODOS NO CAMPO Dr. Alberto Setzer, CPTEC/INPE; Flávio Guilherme George de Almeida Amaral, Analista de Sistemas - colaborador externo/inpe. III- APOIO LOGÍSTICO SOLICITADO Listar as tarefas inicialmente solicitadas pelo projeto, e caracterizar as que foram atendidas e as que não foram atendidas, com as observações pertinentes. O apoio logístico solicitado resumiu-se ao pedido de translado até as Ilhas Joinville e Biscoe, e à Estação Ferraz, para realizar atividades de retirada e manutenção de equipamentos. Nas Ilhas Joinville e Biscoe, a retirada das Estações Meteorológicas Automáticas (AWS) ocorreu nos dias 17 e 22 de janeiro, respectivamente. Em Joinville a atividade foi feita com apoio de dois botes, e além dos dois integrantes do projeto, participaram na desmontagem também o CF Franco, coordenador Secirm embarcado, e o Sargento Norberto. Em Biscoe, o transporte ao local foi por helicóptero devido ao campo de gelo estendendo-se por várias milhas ao redor, impossibilitando o uso de botes. Neste caso, o apoio adicional foi do CF Franco e do cabo J.Pedro; os pilotos foram Sasse e Avelar. Esta foi a primeira vez que o helicóptero foi usado em Biscoe pois assumia-se que o terreno local não permitia pousos. Em seguida ao trabalho, foi realizado novo sobrevôo para definir local alternativo por ocasião da reinstalação da AWS. Em ambos casos, a desmontagem, embalagem e retorno dos equipamentos ao Navio em caixas de marfinite ocorreu como planejado, sem quaisquer imprevistos ou dificuldades, em cerca de uma hora. Para efeito de ilustração o anexo a este relatório mostra fotos dos locais das AWSs, antes e depois da retirada. No Navio, as seis caixas e as duas torres foram organizadas, percintadas e incluídas no manifesto de carga com apoio do SO Dantas da Secirm, para retorno com o Navio ao Rio de Janeiro. Ressalta-se o empréstimo pelo Navio das ferramentas necessárias para desmontar as AWSs. A AWS do Morro da Cruz, foi desmontada por ocasião da primeira chegada do Navio à Ferraz, na madrugada de 16/janeiro, com apoio do alpinista Alessandro Vilela do CAP, e colocada em caixa marfinite. Esta, junto com a marfinite da bateria da AWS, permaneceram no topo do morro para posterior retirada com helicóptero, uma vez que o terreno íngreme e congelado na ocasião causava risco excessivo ao seu transporte a pé. Até a data deste relatório, permanecia esta pendência, estando a retirada com helicóptero prevista para a primeira oportunidade que as condições de tempo permitirem. O preparo e etiquetagem das duas caixas para despacho no Navio até o Rio de Janeiro será feita pela Secirm. As atividades em Ferraz foram extremamente beneficiadas pela circunstância imprevista de o Navio ter retornado à Ferraz em 27/janeiro, quando a data prevista era próxima ao dia 07/fevereiro. Graças aos onze dias adicionais em Ferraz, todas atividades previstas foram realizadas com sucesso, destacando-se entre elas: substituição do

anemômetro usado nos registros dos dados de Ferraz, substituição do anemômetro cujo mostrador fica na sala de estar da Estação; verificação e calibração dos vários sensores meteorológicos; modificação do programa de aquisição automática de dados meteorológicos; manutenção das duas câmeras-web, triagem e gravação das imagens de satélite e das câmeras web para envio ao INPE; maior automatização do processamento de dados nos micros, e rotina para o trabalho durante o inverno/2005. As fotos no anexo ilustram alguns destes trabalhos. No Navio, foi feita a troca do pré-amplificador e do receptor VHF de MTRs que apresentaram problemas na semana anterior. Em função de solicitação da Secirm alguns dias antes do 3 o. vôo de apoio ao técnico do INPE, Heber Reis Passos, foi possível conseguir um conjunto para troca no INPE de Natal. Em caso de interesse, a relação das atividades realizadas pela equipe em cada dia da Fase III encontra-se no Livro de Bordo da Meteoro, que fica em local de fácil acesso no módulo Meteorologia. Um número significativo de volumes do projeto (16 de Ferraz e 6 das AWSs, está retornando ao Brasil de Navio pois serão recondicionadas as AWSs e boa parte do material necessário encontrava-se no Módulo Meteoro. IV DIFICULDADES ENCONTRADAS NA EXECUÇÃO DOS TRABALHOS NO ÂMBITO: 1. CIENTÍFICO - Detalhar se houve alguma dificuldade decorrente da concepção do projeto. Com a presença mais prolongada que ocorreu em Ferraz, teria sido possível transferir os sensores de temperatura do solo do projeto para a área previamente definida. Esta, é a área onde infelizmente foi colocado um ano atrás o depósito de papel-higiênico da Estação, sem qualquer consulta aos projetos que trabalham nas proximidades do local. Espera-se que como combinado, a remoção do depósito ocorra até o próximo verão; solicita-se ainda, que na ocasião da remoção, o trator de esteiras recupere a configuração plana que havia antes no local. 1. LOGÍSTICO- Detalhar se houve alguma dificuldade decorrente das facilidades disponíveis a bordo do navio, do material dos acampamentos, na EACF ou por qualquer outro meio ou motivo. A única dificuldade decorreu das vagas solicitadas originalmente em Ferraz para a Fase II e para as anteriores, que não foram autorizadas os dois participantes que assinam este relatório foram alocados no Navio, com apenas uma semana para Ferraz. Assim, a sobrecarga das atividades de meteorologia foram excessivas.

Cabe também lembrar o pedido de um conjunto de 4 cadeiras de braço e de duas sem braço para o Módulo Meteoro feito algumas vezes nos últimos anos. Nas duas vezes em que as cadeiras foram compradas para o Módulo, terminaram utilizadas em outros locais na Estação, e seu destino original foi esquecido. A espuma de vedação das janelas basculantes do Módulo Meteoro está deteriorada, em particular a da janela no fundo direito da sala principal, por onde entra água de chuva freqüentemente. Solicita-se a troca destas espumas. O Módulo Meteoro continua ser visitado durante o ano por pessoas que retiram materiais sem autorização e sem comunicar o fato ao coordenador do Projeto, prejudicando trabalhos de operação dos equipamentos e de sua manutenção. Adicionalmente, o camarote do Módulo Meteoro é usado como motel por casais da Estação Ferraz, em total oposição às finalidades do Módulo e dos objetivos do Projeto (pelo menos na visão do coordenador do Projeto). Em função destes acontecimentos, a porta de acesso ao depósito e camarote do Módulo Meteoro permanecerá trancada, sendo que cópia da chave já se encontra com a Chefia da Estação para qualquer real necessidade de acesso a estes recintos. V RESULTADOS CIENTÍFICOS PARCIAIS ALCANÇADOS NO PERÍODO Em função dos objetivos do projeto, alinhavar os resultados esperados, mesmo parciais, os acima do esperado ou o não cumprimento dos objetivos do projeto em questão. Esta pesquisa não tem por meta apresentar resultados a curto prazo, ou em função de uma coleta específica de dados. Os resultados decorrem de coleta contínua e a longo prazo, que já dura cerca de 20 anos. Neste período em particular, foram feitos os textos para cinco números mensais da revista científica Climanálise, do INPE/CPTEC, abordando especificamente variações climáticas na região norte da Península, e a relação do clima Antártico com o do sul e sudeste do Brasil (meses de julho a novembro/2004). Estes textos estarão em breve disponíveis no endereço internet http://www.cptec.inpe.br/antartica/antar_climanalise.shtml Foi também elaborado artigo sobre a meteorologia antártica brasileira com 12 páginas, a ser submetido em breve para publicação no Boletim da Sociedade Brasileira de Meteorologia. O preparo destes textos foi possível principalmente devido ao tempo disponível durante a demanda para as Ilhas Biscoe. VI SUGESTÕES PARA O APOIO LOGÍSTICO NAS PRÓXIMAS OPERAÇÕES Em função do que foi exposto nos itens anteriores, listar objetivamente, as sugestões visando a correção, o aperfeiçoamento, a alteração de procedimentos e outras, que contribuam, no entendimento do projeto, para a melhoria da eficiência e da eficácia do apoio logístico empregado na operação.

Reduzir a participação nos serviços da Estação Ferraz para os pesquisadores que estão efetivamente trabalhando e produzindo. Manter no Navio e na Estação o mesmo padrão de apoio e compreensão às necessidades dos pesquisadores, constatado nesta Operantar, os quais nem sempre se repetem. VII OUTRAS INFORMAÇÕES Incluir outros dados julgados pertinentes, sobre qualquer assunto, que não tenha sido abordado. A proibição de estudantes de graduação na estação, e de alunos de pós-graduação sem coordenador de projeto em suas primeiras expedições, já foram definida em reuniões do CNPq/PROANTAR. O que se constata é a contravenção desta opção, sendo incompreensível entender por que os chefes de projeto agem desta maneira irresponsável e o CNPq admite a situação irregular. Nesta fase, a quantidade de alunos despreparados (salvo raríssimas exceções) para o que faziam em Ferraz, sem nenhuma vocação científica, sem a presença de seus coordenadores, com interesses essencialmente lúdicos, etílicos e sexuais, foi muito superior ao que presenciei em outras fases e anos. Como pesquisador em fim de carreira, como coordenador de projetos e consultor de inúmeras agências de pesquisa nacionais e internacionais, como funcionário público federal, e como cidadão contribuinte, expresso aqui meu profundo desapontamento com a presença e atuação de pessoas inadequadas a Ferraz e à ciência. E por meio deste espaço, solicito que o assunto seja discutido com a coordenação do Proantar no CNPq afim de corrigir esta condição vergonhosa para todos nós. Apesar de indicado inúmeras vezes no passado, continua o uso de materiais ferrosos incorretos na Estação, ao invés da opção por galvanizados a quente. Por exemplo, em nossas cidades, qualquer poste metálico de placas e semáforos nas ruas é galvanizado para evitar manutenção com pintura; no país as torres de transmissão e seus acessórios também são galvanizados; e todos elementos de fixação em postes de concreto também o são. Inclusive, existem normas técnicas nacionais e de empresas obrigando o uso de materiais galvanizados. No início de Ferraz, as chapas dos módulos também eram galvanizadas, atendendo conceitos técnicos elementares, e exigindo manutenção relativamente baixa. Solicita-se mais uma vez que o assunto seja analisado. Ferraz teve o sistema de telefones internos reinstalado, atendendo solicitação de muitos anos, o que foi muito positivo. Sugere-se a adição de ramais também no CPD, laboratório de biologia, sala de rádio, cozinha, ginásio de esportes, camarote da chefia e da subchefia. Estes novos ramais diminuiriam o uso de rádios VHF e manteriam mais pessoais inúmeros contatos que assim o necessitam ser. Ainda é comum a circulação de pedestres e veículos fora dos caminhos principais, prejudicando ainda mais o já danificado ambiente nas áreas próximas à Estação e na Península Keller. Em alguns casos isso é acidental, em outros, consciente. Sugere-se (pela enésima vez) a fixação de estacas sinalizadoras discretas, indicando os caminhos de

circulação e passeio na região, e que esta demarcação seja feita pelo CAP a exemplo do que fazem com sucesso em áreas de preservação no Brasil. VIII LOCAL, DATA E COMPOSIÇÃO DA EQUIPE COM ASSINATURAS Alberto Setzer Flávio G.G. Amaral Estação Antártica Com. Ferraz, 14/Fevereiro de 2005 IX PARECER DISCORDANTE Incluir, caso venha a acontecer, qualquer parecer discordante do grupo, descrevendo sucintamente os fatos ou argumentos que justificam o parecer. Nada a declarar. SEGUE ANEXO C/ FOTOS DIGITAIS ILUSTRANDO ATIVIDADES DO PROJETO.