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Transcrição:

PRIIRA VARA SENTENÇA Nº 1008 /2007 - TIPO B CLASSE 1900 : AÇÃO DE RITO ORDINÁRIO/OUTRAS PROCESSO : 2005.34.00.007484-6 AUTOR : SINDICATO NACIONAL DOS AUDITORES FISCAIS DA RECEITA FEDERAL - UNAFISCO ADVOGADO : LILIANE MARINS DINIZ e OUTROS RÉU : CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE S E N T E N Ç A Trata-se de ação de rito ordinário, com pedido de antecipação dos efeitos da tutela, ajuizada pelo SINDICATO NACIONAL DOS AUDITORES FISCAIS DA RECEITA FEDERAL - UNAFISCO em face do CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE em que pretende a declaração de ilegalidade da exigência do registro profissional nos CRC s, dos Auditores Fiscais da Receita Federal. Aduz o autor que o exercício do cargo de fiscal de Tributos, hoje Auditor da Receita Federal, não é atribuição exclusiva de Contador, não competindo à requerida impor condicionamentos ao acesso aos cargos públicos federais. Alega, ainda, que a competência dos Conselhos de Classe para fiscalizar o exercício da atividade profissional se limita às profissões liberais regulamentadas e que as atividades relacionadas ao desempenho de função ou cargo público, por força do regime jurídico a que estão subordinadas regem-se por lei especial, no caso a Lei nº 8.112/90.

Com a inicial vieram os documentos de fls. 18/313. decisão de fls. 315/317. Deferida a antecipação dos efeitos da tutela, nos termos da Citado, o Conselho Federal de Contabilidade ofereceu a contestação de fls. 322/348. Alega, em preliminar, prescrição qüinqüenal, impropriedade da via processual eleita, ilegitimidade passiva e impossibilidade jurídica do pedido. No mérito, sustenta a legalidade do ato. Houve réplica. Não houve produção de provas. Conclusos. DECIDO. Pretende o autor a declaração de ilegalidade da exigência, pelo Conselho Federal de Contabilidade, do registro profissional no órgão de classe para o exercício da cargo de Auditor da Receita Federal. Analiso as preliminares. Não há que se falar na incidência da prescrição qüinqüenal prevista no Decreto nº 20.910/32 ao caso em tela, tendo em vista que se busca o reconhecimento da inexistência de uma relação jurídica, sendo, portanto, imprescritível, nos termos da jurisprudência pacífica sobre a matéria.

A via eleita é adequada ao fim colimado, o interesse de agir da parte autora encontra-se evidenciado, pois o feito revela-se útil ao deslinde da controvérsia e o pedido é juridicamente possível, pois não encontra vedação no ordenamento jurídico. Presentes as condições da ação bem como os pressupostos processuais de constituição e de desenvolvimento válido e regular do processo. Passo à análise do mérito. O Decreto-lei nº 9295/46, que regula a profissão de contabilista, estabelece o seguinte: Art. 2º A fiscalização do exercício da profissão, de contabilista, assim atendendo-se os profissionais habilitados como contadores e guardalivros, de acôrdo com as disposições constantes do Decreto nº 20.158, de 30 de Junho de 1931, Decreto nº 21.033, de 8 de Fevereiro de 1932, Decreto-lei número 6.141, de 28 de Dezembro de 1943 e Decreto-lei nº 7.988, de 22 de Setembro de 1945, será exercida pelo Conselho Federal de Contabilidade e pelos Conselhos Regionais de Contabilidade a que se refere o artigo anterior. (...) Art. 12. Os profissionais a que se refere êste Decreto-lei, sòmente poderão exercer a profissão depois de regularmente registrados no órgão competente do Ministério da Educação e Saúde e ao Conselho Regional de Contabilidade a que estiverem sujeitos. Parágrafo único O exercício da profissão, sem o registro a que alude êste artigo, será considerado como infração do presente Decreto-lei. (...) Art. 25. São considerados trabalhos técnicos de contabilidade: a) organização e execução de serviços de contabilidade em geral; b) escrituração dos livros de contabilidade obrigatórios, bem como de todos os necessários no conjunto da organização contábil e levantamento dos respectivos balanços e demonstrações; c) perícias judidais ou extra-judiciais, revisão de balanços e de contas em geral, verificação de haveres revisão permanente ou periódica de escritas, regulações judiciais ou extra-judiciais de avarias grossas ou comuns, assistência aos Conselhos Fiscais das sociedades anônimas e quaisquer outras atribuíções de natureza técnica conferidas por lei aos profissionais de contabilidade. A obrigatoriedade de inscrição no Conselho Regional de

Contabilidade somente é cabível aos profissionais que exercem atividades típicas de profissional de contabilidade. No caso concreto, os substituídos ocupam o cargo de Auditor Fiscal da Receita Federal Federal, cujo requisito de admissão é a formação acadêmica de nível superior, não fazendo nenhuma exigência específica quanto à área de formação ou inscrição em órgão de classe, de modo que não se encontram exercendo atividade privativa de contador, motivo pelo qual se apresenta inescusável a resistência do réu em efetivar o cancelamento do registro profissional dos substituídos. A propósito, confira-se os seguintes precedentes: ADMINISTRATIVO. MANDADO DE SEGURANÇA. AUDITOR-FISCAL DO TESOURO NACIONAL. INSCRIÇÃO NO CONSELHO REGIONAL DE ECONOMIA. INEXISTÊNCIA DE OBRIGATORIEDADE. I Afigura-se ilegal a recusa do Conselho Regional de Economia em proceder ao cancelamento do registro profissional do impetrante, sob o argumento de que o ocupante do cargo de Auditor Fiscal do Tesouro Nacional desenvolve atividades típicas do profissional de economia, merecendo ser reparada a ilegalidade com a concessão da ordem pleiteada, na espécie. II O ingresso para os cargos de Auditor Fiscal da Receita Federal AFRF, antes Auditor Fiscal do Tesouro Nacional AFTN, faz-se mediante aprovação em concurso público de provas, exigindo-se curso superior, ou equivalente, concluído, havendo a necessidade de diploma registrado no C, não sendo obrigatório o registro nos Conselhos das Categorias Profissionais. III Apelação e remessa oficial desprovidas. (TRF 1ª Região, 6ª Turma, AMS 2001.39.00.009545-4/PA, Rel. Des. Fed. Souza Prudente, DJ 10.03.2003, p. 137).

ADMINISTRATIVO. CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE. REGISTRO. NEGATIVADE PEDIDO DE BAIXA. ILEGALIDADE. 1. É ilegal o ato do Presidente do Conselho Regional de Contabilidade que recusa pedido de baixa de registro a quem não exerce a profissão e não ocupa cargo público privativo de pessoas que possuam formação contábil. 2.Sentença confirmada. 2. Remessa oficial improvida.(trf 1ª Região, 3ª Turma Suplementar, Classe: REO - RESSA EX-OFFICIO 199901000118262 Processo: 199901000118262 UF: GO Data da decisão: 6/2/2003. Relator(a) Juiz Moacir Ferreira Ramos.) ADMINISTRATIVO E TRIBUTÁRIO. EMBARGOS À EXECUÇÃO FISCAL. CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE. SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL. FISCAL DE TRIBUTOS. INEXIGÊNCIA DE REGISTRO. COBRANÇA DE ANUIDADES POSTERIORES AO EXERCÍCIO DO CARGO E RECUSA DE CANCELANTO DA INSCRIÇÃO. ILEGITIMIDADE. 1. O art. 12 do Decreto-lei nº 9.295/46 exige o registro no Conselho Profissional para os profissionais que exerçam atividades de contabilidade. 2. O cargo de fiscal de tributos estadual não é privativo de contador ou de técnico em contabilidade, não sendo obrigatória a inscrição no Conselho Profissional respectivo. 3. O regime de dedicação exclusiva de cargo público é incompatível com o exercício da profissão e, portanto, a recusa de cancelamento ou baixa do registro e a cobrança de anuidades são ilegítimas. 4. Apelação do Conselho não provida. (AC 1997.38.00.011624-4/MG, Rel. Juíza Federal Anamaria Reys Resende (conv), Sétima Turma, DJ de 19/12/2006, p.98) Assim, não há como exigir o registro dos Auditores Fiscais da Receita Federal, substituídos pelo Sindicato/Autor, nos Conselhos

Regionais de Contabilidade. DISPOSITIVO. Ante o exposto, JULGO PROCEDENTE o pedido formulado para afastar a exigência de inscrição de Auditores Fiscais da Receita Federal nos Conselhos Regionais de Contabilidade e determino ao Conselho Federal de Contabilidade que: a) reveja as decisões em grau de recurso e proceda o pedido de baixa dos registros profissionais dos auditores inscritos; b) determine a suspensão da emissão, por parte dos CRC s, de documentos de cobrança das anuidades a partir da data em que os auditores-fiscais requereram o cancelamento de seus registros; c) dê conhecimento aos Conselhos Regionais de Contabilidade da presente decisão. Condeno o réu no reembolso das custas atualizadas e no pagamento de honorários advocatícios que fixo em 10% (dez por cento) sobre o valor atribuído à causa. Sentença sujeita ao reexame necessário. Registre-se. Intime-se. Publique-se. Brasília, 31 de outubro de 2007. MARCELO REBELLO PINHEIRO Juiz Federal Substituto da 1ª Vara/SJDF