BRISA AUTO-ESTRADAS DE PORTUGAL, S.A. QUINTA TORRE DA AGUILHA EDIFÍCIO BRISA 2785-599 SÃO DOMINGOS DE RANA TELEFONE 21 444 85 00 FAX 21 444 87 36 MCRC CASCAIS N.º 10.583 NIPC 500 048 177 CAPITAL SOCIAL 300.000.000,00 SOCIEDADE COM CAPITAL ABERTO AO INVESTIMENTO DO PÚBLICO RELATÓRIO E CONTAS DO 1º TRIMESTRE DE 2001
EVOLUÇÃO DA ACTIVIDADE ATÉ AO TRIMESTRE FINDO EM 31 DE MARÇO DE 2001 1. A actividade da BRISA - Auto-estradas de Portugal, SA durante o 1º trimestre de 2001 continuou a assentar num crescimento dos proveito e num aumento menos proporcional dos custos o que, mais uma vez, permitiu aumentar os resultados. Em 19 de Março de 2001, a Assembleia Geral de Accionistas aprovou as Contas de 2000 e a respectiva proposta de aplicação de resultados. 2. No seguimento das diversas iniciativas que a BRISA tem vindo a prosseguir, está em curso uma reflexão profunda sobre a organização do grupo BRISA, tendo-se evoluído nessa restruturação durante o 1º trimestre, visando a constituição de um Grupo Económico, assente numa holding que permita o desenvolvimento de projectos assente em duas componentes: diversificação de negócios no mercado doméstico abandonando o modelo de negócio único; transposição de alguns destes negócios para o mercado internacional. Ainda na área de desenvolvimento empresarial surgiram novas iniciativas: a. Na área estratégica internacional, a aquisição por cerca de 135 milhões, de 20% do capital social da Companhia de Concessões Rodoviárias (CCR), uma holding que concentra cinco importantes concessões rodoviárias no Brasil (1 276 km); b. Na área estratégica de serviços, a entrada em operação da Via Verde Portugal, uma joint-venture entre a BRISA e a SIBS, com o objectivo da prestação de serviços de gestão de sistemas electrónicos de cobrança, por utilização de infra-estruturas rodoviárias e outras utilizadas por veículos automóveis, bem como a prossecução de quaisquer outros serviços e actividades complementares ou conexas com aqueles serviços; c. Na área estratégica de telecomunicações, desenvolvimento do negócio das telecomunicações e novas tecnologias, com a criação de novas empresas visando a modernização do serviço base da BRISA através de uma rede de banda larga, que permita oferecer uma maior qualidade de serviço e maior segurança aos clientes das auto-estradas e simultaneamente a rentabilização da infra-estrutura existente com a exploração de uma rede de telecomunicações única nas auto-estradas. d. Na área estratégica de concessões está em curso o processo de concurso a novas concessões com portagens em Portugal:
i. entrada em fase de negociações para a concessão Litoral Centro; ii. inclusão na short list da concessão Lisboa Norte; iii. concurso a uma nova concessão de lanços de Auto-Estrada e conjunto viários associados na zona de Leiria designado por IC36. 3. Na área da Construção, para além da continuação das obras nos primeiros sublanços da A2, entre Grândola Sul e Castro Verde, na A14, entre EN335 e a A1,na A1, no nó com o IC24 e o alargamento entre este nó e o nó de Carvalhos, e na A13, nos sublanços Santo Estevão-Pegões-Marateca, foi lançado um importante programa de novas obras, donde se destacam: a. Na A1 Auto-estrada do Norte, a entrada em serviço do alargamento do nó de Torres Novas, e a remodelação do nó de Leiria; b. Na A10 Auto-estrada Bucelas A13, a fase final o lançamento do concurso público internacional para as empreitadas de construção dos viadutos especiais e do túnel integrados no sublanço Bucelas - Arruda; c. Na A14 - Auto-estrada Figueira da Foz Coimbra a conclusão e abertura ao tráfego em 16 Março ultimo do sublanço Santa Eulália EN335 (13,3 km). No 1º trimestre do corrente ano, o investimento directo reversível da BRISA elevou-se a 66,7 milhões, valor abaixo do previsto, em parte devido às condições meteorológicas adversas, mas cuja recuperação está em curso, com a garantia do cumprimento dos prazos das diferentes obras. 4. Em termos de Exploração, a circulação na rede com portagem cresceu 1,9%, devido uma vez mais às condições meteorológicas, mas também ao aumento do preço dos combustíveis e a outros factores. De realçar, igualmente, que estamos a analisar unicamente o primeiro trimestre, historicamente o mais fraco do ano. Em termos de crescimento anual, as perspectivas continuam a apontar para taxas mais fortes, o que deverá acontecer já no trimestre em curso. O tráfego médio diário, em termos homólogos, aumentou 3,0%. O crescimento do tráfego distribuiu-se por toda a rede, embora se notem taxas mais elevadas nos lanços mais recentes, na A12 auto-estrada Setubal-Montijo (+5,6%), e taxas mais baixas em auto-estradas com um elevado volume de tráfego. O número de aderentes à Via Verde era, em finais de Março, de cerca de 1 110 mil (mais 34 mil do que em finais de Dezembro de 2000), sendo recebidas 55,2% das receitas de portagem por este sistema e 17,3% via multibanco.
5. Na área dos Recursos Humanos, o numero de efectivos e contratados permaneceu estável; os custos com pessoal, no entanto, comparativamente a Março de 2000, aumentaram 7,74%, resultantes fundamentalmente de: a. Actualização salarial de 4,1% b. Perda do regime de isenção fiscal nas contribuições sociais no valor de 2,75% 6. Na área Financeira, é de registar um acréscimo da dívida sujeita a juros de cerca de 8 milhões, comparativamente ao 1º trimestre de 2000. Relativamente à posição em 31 de Dezembro, a dívida baixou ligeiramente (- 1,8 milhões), fixando-se em 873,8 milhões. A este valor há que adicionar 68 milhões do Fundo de Equilíbrio, uma dívida ao Estado que não vence juros. O custo médio do financiamento, que foi de 5,0% no 1º trimestre de 2000 e de 5,3% em média anual, cresceu muito ligeiramente, para 5,5% durante o 1º trimestre do corrente ano, fruto da adopção de uma maior exposição da dívida em taxas fixas, a qual era em Março de 2001 de 45,1%. Incluindo o investimento reversível já referido, foram investidos 67,7 milhões durante o 1º trimestre de 2001, tendo os meios libertos atingido 68,6 milhões no mesmo período. 7. O Resultado Líquido elevou-se a 48 milhões, verificando-se um aumento de cerca de 5 milhões em comparação com igual período do ano transacto [vide anexo junto]. Resumindo os factores que explicam este resultado tem-se: a. Em termos de Proveitos: i. O crescimento das receitas de portagem em 5 milhões (+6,0%); b. Em termos de Custos: i. O aumento do custo das mercadorias vendidas e matérias consumidas, em cerca de 3 milhões (+342.8%), e das vendas de mercadorias, da mesma ordem de grandeza (+493,8%), devido à transferência dos identificadores electrónicos da Brisa, SA para a Via Verde Portugal. ii. A manutenção dos fornecimentos e serviços externos e de outros custos operacionais; iii. O aumento dos custos com pessoal em 1 milhão (+7,74%); iv. O aumento das amortizações em 0,4 milhões de euros (+1.82%); v. O aumento dos juros em 1,9 milhões de euros (+17,2%); c. Em termos de resultados extraordinários: um aumento de cerca de um milhão de euros.
São Domingos de Rana, 24 de Abril de 2001 O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO Eng Manuel van Hoof Ribeiro - Presidente Eng Luis de Carvalho Machado - Vice Presidente Dr Vasco de Mello - Vogal Executivo Dr Daniel Pacheco Amaral - Vogal Executivo Dr João Pedro Ribeiro Azevedo Coutinho - Vogal Executivo Dr Alexandre Azeredo Vaz Pinto - Vogal Dr José Pedro Veiga Correia Vogal
INFORMAÇÃO TRIMESTRAL EM 31 DE MARÇO 2001 (Montantes expressos em Euro ) Não auditado Variação Rubricas do Balanço 2001 2000 % ACTIVO Imobilizado (liquido) Imobilizações incorpóreas 7 213 814 7 861 221 ( 8%) Imobilizações corpóreas (1) 2 419 924 312 2 252 252 769 7% Investimentos financeiros 15 389 045 10 531 896 46% Dividas de terceiros (líquido) Curto prazo 101 340 421 85 839 644 18% CAPITAL PRÓPRIO Capital social Nº de acções ordinárias 300 000 000 300 000 000 0% Acções próprias Nº de acções com voto (Dto de voto inibido) 1 165 000 900 000 29% PASSIVO Provisões para riscos e encargos 7 731 367 5 167 153 50% Dívidas a terceiros Médio e longo prazo 883 293 489 893 286 328 ( 1%) Curto prazo 273 812 096 217 352 408 26% TOTAL DO ACTIVO (LIQUIDO) 2 638 735 697 2 483 698 901 6% TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO 658 654 899 572 140 168 15% TOTAL DO PASSIVO 1 980 080 798 1 911 558 733 4% Rubricas da Demonstração dos Resultados Não auditado Variação 2001 2000 % Vendas e prestações de serviços 94 977 259 86 767 335 9% CMVMC e dos serviços prestados 26 639 472 25 955 748 3% Resultados brutos 68 337 787 60 811 587 12% Resultados operacionais 58 374 775 53 946 796 8% Resultados financeiros (líquido) (10 124 877) (10 584 542) ( 4%) Resultados correntes 48 249 898 43 362 254 11% Resultados extraordinários (2) - - - Imposto sobre o rendimento - - - Resultado líquido do trimestre 48 249 898 43 362 254 11% Resultado líquido do trimestre p/ acção 0.161 0.145 11% Autofinanciamernto 68 773 298 63 278 054 9% O Técnico Oficial de Contas Abel Silva (1) O valor das imobilizações corpóreas inclui as imobilizações corpóreas reversiveis no montante 2 405 620 068 Euro (2000-2 237 579 173 E (2) Os resultados extraordinários no montante de 5 476 892 Euro (2000-5 562 180 Euro), foram reclassificados para as rubricas de resultados operacionais da demonstração de resultados por funções.