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Transcrição:

I-49 - UTILIZAÇÃO DA DUPLA ILTRAÇÃO, OXIDAÇÃO E ADSORÇÃO COM CARVÃO ATIVADO PULVERIZADO NO TRATAMENTO DE ÁGUA EUTROIZADA Sérgio Carlos Bernardo Queiroz (1) Engenheiro Ambiental pela Universidade ederal do Tocantins. Mestre em Recursos Hídricos e Saneamento Ambiental pela Universidade ederal do Rio Grande do Sul (IPH/URGS). Engenheiro da Companhia de Saneamento do Tocantins (SANEATINS). Antônio Domingues Benetti Engenheiro Civil, Mestre em Engenharia de Recursos Hídricos e Saneamento Ambiental pela Universidade ederal do Rio Grande do Sul, Doutor em Environmental Engineering por Cornell University. Professor Associado II no Instituto de Pesquisas Hidráulicas da Universidade ederal do Rio Grande do Sul. Luiz Di Bernardo Professor Titular aposentado do Departamento de Hidráulica e Saneamento da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC-USP). Professor da Universidade da Associação de Ensino de Ribeirão Preto (UNAERP). Diretor da Hidrosan Engenharia SS Ltda. Angela Di Bernardo Dantas Engenheira Civil com Mestrado, Doutorado e Pós-doutorado em Hidráulica e Saneamento pela Escola de Engenharia de São Carlos (EESC-USP). Professora da Universidade da Associação de Ensino de Ribeirão Preto (UNAERP). Diretora da Hidrosan Engenharia SS Ltda. Endereço (1) : Quadra 46 N, Alameda 1, HM 1 Lote 2, Bloco 3 AP 14, Residencial Vinícius de Moraes - Palmas - TO - CEP: 776-492 - Brasil - Tel: (63) 3225-1894 - e-mail: sergiocbq@hotmail.com RESUMO O presente trabalho teve como objetivo principal avaliar os processos de dupla filtração, de oxidação com cloro e de adsorção em carvão ativado pulverizado para o tratamento da água do reservatório UHE Lajeado, na cidade de Palmas-TO. Os processos visaram, principalmente, à remoção de algas e possíveis subprodutos da oxidação. Para realização da pesquisa, foi montada uma instalação piloto de dupla filtração, composta pelas unidades de pré-cloração, adsorção em carvão ativado pulverizado, filtro ascendente em pedregulho e filtro rápido descendente de areia. Os filtros de pedregulho e de areia trabalharam com taxas de filtração de 12 e 18 m³/m².d, respectivamente. A água bruta utilizada no estudo apresentava concentrações de acima de 1 5 cel/ml. Os resultados encontrados mostraram que o sistema foi capaz de produzir água potável que atende aos padrões da portaria 518 do Ministério da Saúde, obtendo-se valores de turbidez na saída do filtro descendente sempre abaixo de,5 ut. Em todos os ensaios realizados houve remoção de e de clorofila-a acima de 99%, sendo que os filtros ascendente e descendente foram os principais responsáveis por esta remoção. O uso do carvão ativado pulverizado aumentou a remoção do carbono orgânico total. Não houve formação significativa de subprodutos orgânicos halogenados no efluente do filtro de areia, ficando os valores encontrados muito abaixo do máximo permitido pelas legislações brasileira e internacional. PALAVRAS-CHAVE: Dupla filtração, adsorção, oxidação,, subprodutos orgânicos halogenados. INTRODUÇÃO A pressão exercida por atividades antrópicas no meio ambiente tem provocado uma grande deterioração da qualidade das águas superficiais. Essa queda na qualidade se deve, entre outros, ao lançamento nos corpos d água de grande carga de nutrientes (nitrogênio e fósforo), que aliado a certas condições ambientais provocam um crescimento excessivo de organismos fitoplanctônicos (algas e ). A presença desses organismos provoca sérios problemas operacionais em estações de tratamento de água (ETA) se estas não estiverem preparadas para removê-los. Uma grande preocupação em relação ao tratamento da água é a escolha de tecnologias que sejam adequadas às características do manancial a ser explorado. Em muitas situações, a escolha dos processos de tratamento acaba ABES Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental 1

sendo inadequada, devido à falta de um monitoramento da qualidade da água do manancial antes da elaboração do projeto, ou pela falta de proteção do manancial, possibilitando modificações em suas características após a implantação da ETA (Mondardo et al., 26). Além das algas, a presença de matéria orgânica dissolvida (MOD) em águas de abastecimento tem recebido a atenção de diversos pesquisadores desde a década de 7. A matéria orgânica dissolvida é gerada pela decomposição da matéria orgânica natural (MON), tal como a vegetação. Quando encontradas em mananciais para abastecimento público, podem conferir cor elevada, odor e sabor (Tangerino & Di Bernardo, 25). Além disso, quando o cloro é adicionado à água bruta, ele reage com a MON e pode produzir trialometanos, destacando-se o clorofórmio (CHCl 3 ), ácidos mono, di e tricloroacético, e outros subprodutos orgânicos halogenados provenientes da oxidação, denominados de subprodutos da oxidação (SPOs). Estes subprodutos podem ser tóxicos, cancerígenos, mutagênicos ou teratogênicos. Em elevadas concentrações e longos períodos de exposição podem causar danos à saúde pública. Da mesma forma que a matéria orgânica dissolvida, os organismos fitoplanctônicos constituem-se também em compostos precursores dos SPHs. Di Bernardo et al. (23) destacaram o uso da dupla filtração como uma das mais promissoras tecnologias para tratamento de água, estimando-se que grande parte das necessidades de tratamento poderiam ser satisfeitas com o uso desta tecnologia, que emprega a filtração direta ascendente seguida da filtração rápida descendente. A filtração em pedregulho tem sido empregada em condições diversas de pré-tratamento apresentando resultados satisfatórios em vários países, incluindo o Brasil. Dentro do contexto mencionado acima, a cidade de Palmas, capital do estado do Tocantins, busca uma alternativa para o futuro no abastecimento de água da cidade. Palmas conta hoje com três Estações de Tratamento de Água com captação superficial. Em paralelo ao crescente aumento da demanda de água tratada, está ocorrendo à redução da vazão dos mananciais superficiais que abastecem a cidade. Por exemplo, o ribeirão Taquaruçu, responsável pelo abastecimento de aproximadamente 67% da população, encontra-se com sua vazão toda comprometida na época da seca. Sendo assim, a Companhia de Saneamento (SANEATINS) vem buscando uma nova fonte de abastecimento capaz de suprir em quantidade e qualidade as exigências da demanda. O lago formado através da construção da UHE Luiz Eduardo Magalhães (UHE Lageado) é a mais viável e potencial fonte de abastecimento de Palmas, pois além de deter um volume de 5,5 bilhões de metros cúbicos, margeia a cidade em toda sua extensão, o que promove uma maior logística ao abastecimento de água para o consumo humano da localidade. Entretanto, segundo Silva et al. (23), foi registrado no reservatório desta hidrelétrica a floração de tóxicas, sendo encontradas quantidades massivas de Microcystis aeruginosa e Radiocystis fernandoi. Concentrações de microcistinas acima de 3µg/L já foram encontradas no lago da UHE durante as florações. Assim, a Companhia de Saneamento vem estudando a tecnologia de tratamento mais adequada para a qualidade da água do lago, sendo a Dupla iltração uma opção a ser considerada. Este trabalho investigou a utilização desta tecnologia para o tratamento de água da cidade de Palmas, complementada ou não por adsorção em carvão ativado pulverizado e pré-oxidação com cloro. MATERIAIS E MÉTODOS Para a realização da pesquisa foi utilizada uma instalação piloto de dupla filtração (IPD), implantada nas dependências da Estação de Tratamento de Água da ETA 6 em Palmas-TO. A unidade piloto era constituída pelos sistemas de recalque de água bruta, de regularização da vazão de água bruta, de mistura rápida e coagulação química, de distribuição de água coagulada, de coluna de pré-oxidação e coluna de adsorção, de filtro ascendente de pedregulho (), filtro rápido descendente de areia (), de coluna de interoxidação e filtro de carvão ativado granular (CAG). Como não era objeto de estudo da pesquisa, não foram utilizados nos experimentos, a coluna de inter-oxidação e o filtro de carvão ativado granular. A figura 1 mostra o esquema geral da IPD. 2 ABES Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental

igura 1: Esquema geral da IPD Previamente aos ensaios na ETA piloto, foram realizados ensaios de bancada de filtração direta, oxidação com cloro e adsorção em carvão ativado pulverizado (CAP) para determinação das condições de coagulação, consumo de cloro e dosagem de CAP. Após a obtenção dos dados nos ensaios de bancada, realizaram-se os ensaios na IPD. Conforme ilustrado na figura 2, foram executados 4 ensaios (carreiras de filtração), sendo que cada carreira possuía uma configuração diferente na IPD. A duração da carreira de filtração foi fixada em 36 horas. Operação dos filtros As taxas de filtração foram de 12 m³/m².d no filtro ascendente de pedregulho e de 18 m³/m².d no filtro rápido descendente. O foi operado com a execução de descargas de fundo intermediárias (DI) e finais (D). Eram realizadas com esvaziamento total do filtro com taxa inicial da ordem de 1 m 3 /m 2.d. A descarga de fundo final foi realizada no final da carreira de filtração, antes da execução da lavagem do, enquanto as descargas de fundo intermediárias DIs foram efetuadas durante a carreira de filtração. Assim, as Ds no passaram a ser realizadas com esvaziamento total do filtro com duração de 1 a 1,5 min, após 6 horas do início da carreira de filtração. A lavagem do foi efetuada com a aplicação de água com velocidade ascensional de,5 m/min durante cerca de 1 minutos, enquanto a lavagem do foi executada com água para promover expansão de 3 a 4 % na camada de areia (velocidade ascensional de,8 m/min) durante cerca de 15 min. ABES Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental 3

CAP ensaio 1 A P R D ensaio 2 A P R D ensaio 3 A P R D ensaio 4 CAP A P R D pré-oxidação coagulação CAP cloração igura 2: Esquema dos ensaios realizados na IPD. Parâmetros de controle e eficiência A tabela 1 mostra os parâmetros de controle da qualidade da água monitorada nos ensaios, assim como a freqüência com que foram analisados. As análises das amostras foram realizadas segundo os métodos indicados no Standard Methods (APHA et al., 1998). Na tabela 2 são apresentadas as especificações dos equipamentos utilizados e os métodos adotados na determinação dos parâmetros monitorados. Pós-cloração e formação de subprodutos A etapa de pós-cloração (desinfecção) foi realizada nas quatro carreiras de filtração. A amostra de,5 L de água filtrada foi coletada na saída do após 18 horas de funcionamento da IPD com a finalidade de verificação da formação de subprodutos orgânicos halogenados. Uma solução de cloro, recém preparada, era adicionada a cada frasco para obter uma dosagem de 5 mg/l de cloro (pós-cloração). Os frascos eram fechados e lacrados com papel parafinados para evitar perdas de compostos voláteis por evaporação. A seguir, os frascos eram armazenados a temperatura 25 C± 1ºC, em câmara de DBO termostatizado. Após 3 minutos e 24 h, os frascos eram abertos e rapidamente coletados 1 ml de amostra em um frasco contendo aproximadamente 1 g de agente desclorante (ácido ascórbico) com objetivo de paralisar a reação do cloro. Os frascos identificados eram imediatamente lacrados e acondicionados em geladeira à temperatura de 4ºC. As amostras foram enviadas para o laboratório da UNAERP em Ribeirão Preto-SP para extrações líquido-líquido e posterior cromatografia gasosa (CG-DCE). A tabela 3 apresenta um resumo das condições dos ensaios de oxidação. Água de estudo usada na ETA piloto carvão ativado em pó A P filtro ascendente de pedregulho A água bruta utilizada na pesquisa foi proveniente de um braço do lago da UHE Lageado, em um possível futuro ponto de captação da estação de tratamento de água ETA 6. Como pode ser observado pela figura 3 este ponto fica a jusante do lançamento do efluente de uma estação de tratamento de esgoto (ETE Aureny, composto por lagoas de estabilização). A qualidade da água neste braço do lago vem sendo monitorada há mais de 4 anos e este ponto, a jusante da ETE, apresentou as piores condições, sendo encontradas florações de acima de 2. cel/ml. Entretanto, durante a realização dos ensaios experimentais, foram encontrados valores altos de apenas uma vez, fato este que impossibilitaria comparar os resultados das quatro carreiras de filtração programadas. Decidiu-se então, que quando a água coletada não estivesse com concentração de acima de 1 5 cel/ml, a mesma seria contaminada com algas oriundas da ETE até atingir esta concentração. As algas eram coletadas utilizando-se uma rede de plâncton com abertura de poro 25 µm (ver figuras 4 e 5). R D filtro rápido descendente de areia 4 ABES Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental

Tabela 1: Parâmetros de controle de qualidade da água dos ensaios. Ensaio Bruta Pré-oxidada CAP Coagulada Saída Saída COT, oxigênio 1 - - ph (6 h) COT, oxigênio (6 h) SPO * (6 h) (18h) 2 - Turbidez, ph, cor aparente e verdadeira, Cloro temperatura, Residual, ph, oxigênio oxigênio 3 COT (12 h) COT (6 h), SPO* (18h) Cloro Residual, ph, oxigênio 4 COT (6 h), SPO* (18h) Clorofila, oxigênio COT, Cianobatérias (6 h) ph (6 h) - ph (6 h) Clorofila, oxigênio COT, Cianobatérias (6 h) ph (6 h) COT, oxigênio (6 h) COT, oxigênio (6 h) COT, oxigênio (6 h) * SPO - subproduto da oxidação com cloro (amostra única coletada após 18 h de carreira) COT, oxigênio (6 h) SPO * (18h) COT, oxigênio (6 h) SPO * (18h) COT, oxigênio (6 h) SPO * (18h) Tabela 2: Métodos e equipamentos utilizados na determinação dos parâmetros de controle. Parâmetro Método e Equipamento Residual de cloro (mg/l) Espectrofotométrico Hach/DR 21 Turbidez (ut) Turbidímetro nefelométrico Hach / 172C; 21P; 21N ph Potenciômetro Orion / 42A Cor aparente e verdadeira (uh) Espectrofotômetro Hach / DR 21 Oxigênio Consumido (mg/l) Método do Permanganato de Potássio TOC 5 A; Combustão; Radiação infravermelho: Carbono Orgânico Total (mg/l) Total organic carbon analyser Shimadzu / TOC 5 A Cianobactérias (cel/ml) Utermohl (CETESB, 1987) ABES Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental 5

Tabela 3: Condições dos ensaios de oxidação. Variável Condições Temperatura 25 C em estufa termostatizado Dosagem na pós-cloração 5 mg/l Cl 2 Volume da amostra 5 ml em frasco escuro de vidro e fechado Tempo de contato 3 min e 24 h Inibidor (desclorante) Ácido ascórbico igura 3: Localização do ponto de coleta da água de estudo. igura 4: Coleta das algas na lagoa de estabilização. 6 ABES Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental

igura 5: À esquerda: chegada da água do lago no reservatório de 1m³ de água bruta. À direita: mistura das algas coletadas na lagoa de estabilização com a água do lago. RESULTADOS Água bruta A tabela 4 apresenta os resultados da caracterização físico-química e biológica das quatro águas de estudo utilizadas na pesquisa. Como mencionado anteriormente, só foi encontrada concentração de significativa na água do lago no período de realização do ensaio 1 (15. cel/ml). Assim, para os demais ensaios, algas provenientes das lagoas de estabilização foram adicionadas a água do lago afluente a IPD para atingir concentrações maiores que 1 5 cel/ml. Apesar da cor aparente ter resultado relativamente alta, os valores de cor verdadeira estiveram baixos, indicando pequena concentração de MOD. Os valores de turbidez também não foram elevados, sendo o máximo medido no ensaio 2, com 15 ut. Ensaio 1 Tabela 4: Caracterização das águas usadas nos ensaios na IPD. Parâmetros Ensaio 1 Ensaio 2 Ensaio 3 Ensaio 4 Alumínio (mg/l),44,3 <,1,5 Condutividade (μs/cm) 34,4 67,5 53,2 55,9 Cor aparente (uh) 8 11 85 9 Cor verdadeira (uh) 5 6 5 7 erro (mg/l),2,3 <,1,2 Manganês (mg/l),9,2,1,6 Nitrato (mg/l),3,3,8,5 Nitrito (mg/l),5,4,1,3 Nitrogênio amoniacal (mg/l),67,93,75 1,12 ósforo total (mg/l),17,23,29,21 ph 7,3 7,6 7,4 7,3 Sólidos totais dissolvidos (mg/l) 32 23 39 5 Turbidez (ut) 9,8 15 1,2 13 Carbono orgânico total (mg/l) 3,9 4,8 4,7 5,1 Cianobactérias (cel/ml) 15. 12. 19. 118. Clorofila-a (μg/l) 24 3 26 25 A tabela 5 mostra o resumo dos dados no ensaio. As figuras 6 e 7 mostram, de forma gráfica, os valores dos parâmetros ao longo das 36 horas de duração do ensaio. Observa-se que, os valores de turbidez no efluente do oscilaram entre,5 e,9 ut, enquanto que, na saída do, variaram entre,3 e,5 ut. Portanto, o efluente do apresentou valores de turbidez que estiveram dentro do recomendado pela portaria 518 do ABES Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental 7

Ministério da Saúde (MS). A cor aparente na água bruta variou de 61 a 98 uh. Apesar destes valores relativamente altos, a cor verdadeira era baixa (6 uh). Assim o conseguiu produzir água tratada com valores de cor aparente abaixo de 5 uh. Tabela 5: Resumo dos dados do ensaio 1. Taxas de filtração (m³/m².d) = 12 m³/m².d e = 18 m³/m².d Dosagem de Sulfato de Alumínio 3 mg/l; ph = 6,2 Parâmetros Água Bruta Água Efluente do Efluente do coagulada ph 6,9 a 7,4 6,1 a 6,6 - - Turbidez (ut) 6,8 a 12,3 -,5 a,9,3 a,5 Cor Aparente (uh) 61 a 98-2 a 12 < 1 a 5 Clorofila-a (μg/l) 18 a 33 -,44 a 1,3,16 a,41 Cianobactérias (cel/ml) 9 x 1 4 a 1,5 x 1 4-745 a 23 5 a 287 Carbono orgânico total (mg/l) 3,56 a 3,97-2,1 a 2,83 1,91 a 2,4 Oxigênio consumido (mg/l) 3,3 a 4,2 -,9 a 1,5,7 a 1,3. Turbidez (ut) 21, 2, 19, 18, 17, 16, 15, 14, 13, 12, 11, 1, 9, 8, 7, 6, 5, 4, 3, 2, 1,, Turbidez 3: 6: 9: 12: 15: 18: 21: 24: 27: 3: 33: 36: Cor Aparente (uh) 115 11 15 1 95 9 85 8 75 7 65 6 55 5 45 4 35 3 25 2 15 1 5 Cor Aparente 3: 6: 9: 12: 15: 18: 21: 24: 27: 3: 33: 36: 1 Clorofila-a 1,E+6 Cianobactérias 1,E+5 Clorofila a (ug/l) 1 1 Cianobactérias (cel/ml) 1,E+4 1,E+3 1,E+2 1,E+1 6 h 12 h 18 h 24 h 3 h 36 h 1,E+ 9. 13. 15. 2.3 892 745 287 5 64 igura 6: Resultados de turbidez, cor clorofila-a e no ensaio 1. No obteve-se remoção de carbono orgânico total (COT) em torno de 33, %. Com a associação do, a remoção aumentou para 42 %. Apesar desta redução, as concentrações no efluente do não estiveram tão baixas, entre 1,91 e 2,4 mg/l. Os teores de clorofila-a na água bruta oscilaram entre 18 e 33 µg/l. A remoção alcançada pelo sistema foi muito boa, cerca de 98,8 %, com concentrações no efluente do em torno de,28 µg/l. O foi responsável pela maior parte desta remoção (96, %). A remoção de teve comportamento similar ao da clorofila-a, com redução na ordem de 99,9 % no sistema, sendo o responsável por 98,8 % desta diminuição. 8 ABES Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental

COT Perda de Carga 5, 2 2 4,5 18 18 4, 16 16 COT (mg/l) 3,5 3, 2,5 2, 1,5 1,,5, tempo de ensaio Perda de Carga (cm) 14 12 1 8 6 4 2 Descarga de undo 1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 31 33 35 14 12 1 8 6 4 2 Perda de Carga (cm) igura 7: Resultados de carbono orgânico total (COT) e perda de carga no ensaio 1. Os valores de perda de carga encontrada no, antes da primeira descarga de fundo (DIs), com 6 h de funcionamento foi de 12 cm, e a última, com 36 h de operação, foi de 17,1 cm. Vale ressaltar a importância das DIs para o bom funcionamento do, pois cada vez que era executada, a perda de carga diminuía significativamente, prolongando assim a carreira de filtração. Após 36 h de operação, o apresentou perda de carga de 178 cm, quase o valor limite para execução de lavagem (181 cm). Ensaio 2 Os resultados do ensaio 2 são apresentados na tabela 6 e figuras 8 e 9. Os valores de turbidez na água bruta foram maiores do que no ensaio 1, variando entre 13, a 2,1 ut. O valor médio medido no efluente do foi de,33 ut, abaixo do que o encontrado no ensaio 1. Também a cor aparente teve valores mais elevados na água bruta quando comparados ao primeiro ensaio, entre 94 e 115 uh. Os seus valores na saída do ficaram abaixo de 2 uh, resultado melhor do que os obtidos no ensaio 1, provavelmente pela aplicação do carvão ativado pulverizado. Tabela 6: Resumo dos dados do ensaio 2. Taxas de filtração (m³/m².d) = 12 m³/m².d e = 18 m³/m².d Dosagem de Sulfato de Alumínio 48 mg/l; ph = 6,1 Dosagem de Carvão Ativado 4 mg/l Parâmetros Água Bruta Água Efluente do Efluente do coagulada ph 7,4 a 7,6 6,1 a 6,5 - - Turbidez (ut) 13,5 a 2,1 -,7 a 1,6,2 a,4 Cor Aparente (uh) 93 a 115-3 a 15 < 1 a 2 Clorofila-a (μg/l) 16 a 45 -,18 a 1,2,6 a,28 Cianobactérias (cel/ml) 6 x 1 4 a 14 x 1 4-66 a 139 26 a 49 Carbono orgânico total (mg/l) 4,49 a 5,12-2,29 a 2,46 1,58 a 1,68 Oxigênio Consumido (mg/l) 3,9 a 4,5-1,1 a 2,2 1, a 1,7 A remoção de Clorofila-a ocorreu na mesma ordem de grandeza daquela medida no ensaio 1, 97% no e chegando a 99% com o. As concentrações de na saída do oscilaram entre 26 e 49 cel/ml (99,97% de remoção). O, sozinho, removeu 99,91% das. Nesta carreira de filtração, devido a aplicação do carvão ativado, a remoção de COT pelo sistema foi maior que no ensaio 1. O conseguiu remover em média 51 %, e o aumentou a remoção total para 67 %. Os valores na saída do ficaram entre 1,58 e 1,68 mg/l, menores do que no ensaio 1. Os valores de perda de carga no oscilaram entre 13,2 e 19,1 cm no final das 6 e 36 horas de funcionamento, respectivamente, com DIs de 6 em 6 horas. Estes valores estão cerca de 2 cm maiores dos que foram encontrados no ensaio anterior. No o aumento da perda de carga foi mais significativo, atingindo o limite máximo previsto (181 cm) com 29 horas de operação. Assim houve necessidade de se lavar o filtro. ABES Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental 9

Supõe-se que esse aumento na perda de carga dos dois filtros se deva, principalmente, a pior qualidade da água bruta deste ensaio em relação ao anterior. Turbidez (ut) 21, 2, 19, 18, 17, 16, 15, 14, 13, 12, 11, 1, 9, 8, 7, 6, 5, 4, 3, 2, 1,, Turbidez 3: 6: 9: 12: 15: 18: 21: 24: 27: 3: 33: 36: Cor Aparente (uh) 115 11 15 1 95 9 85 8 75 7 65 6 55 5 45 4 35 3 25 2 15 1 5 Cor Aparente 3: 6: 9: 12: 15: 18: 21: 24: 27: 3: 33: 36: 1 Clorofila-a 1,E+6 Cianobactérias 1,E+5 Clorofila a (ug/l) 1 1 CAP Cianobactérias (cel/ml) 1,E+4 1,E+3 1,E+2 1,E+1 6 h 12 h 18 h 24 h 3 h 36 h 1,E+ 115. 6. 14. CAP 124.55 45.323 89. 139 66 87 49 33 26 igura 8: Resultados de turbidez, cor clorofila-a e no ensaio 2. COT Perda de Carga 6, 2 2 5,5 18 18 COT (mg/l) 5, 4,5 4, 3,5 3, 2,5 2, 1,5 1,,5, tempo de ensaio CAP Perda de Carga (cm) 16 14 12 1 8 6 4 2 Descarga de undo Lavagem do 1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 31 33 35 16 14 12 1 8 6 4 2 Perda de Carga (cm) igura 9: Resultados de carbono orgânico total (COT) e perda de carga ensaio 2. Ensaio 3 Na tabela 7 e figuras 1 e 11 são apresentados os resultados do ensaio 3. Os efluentes do e tiveram valores de turbidez menores do que os encontrados nos ensaios anteriores, ficando todos abaixo de,4 ut. A cor aparente na saída do oscilou entre menos de 1 e 3 uh. A remoção global de COT alcançada pelo sistema foi cerca de 68 %, similar ao ensaio 2, onde foi utilizado o carvão ativado pulverizado. Os teores de COT na saída variaram entre 1,73 e 1,79 mg/l, pouco maior do que o ensaio 2. A clorofila-a e as, assim como nos ensaios anteriores continuaram apresentando bons índices de remoção. O continuou removendo a maior parte da clorofila-a (98,2%) e (99,7%). O 1 ABES Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental

aumentou a remoção para 99,5 e 99,9 % respectivamente. As perdas de carga foram menores que nos ensaios anteriores, sendo de 15,9 cm e 157 cm após 36 horas de operação, no e no, respectivamente. Tabela 7: Resumo dos dados no ensaio 3. Taxas de filtração (m³/m².d) = 12 m³/m².d e = 18 m³/m².d Dosagem de Sulfato de Alumínio 39 mg/l; ph = 6,2 Residual de Cloro,1 mg/l Parâmetros Água Bruta Água Efluente do Efluente do coagulada ph 7,2 a 7,3 6, a 6,4 - - Turbidez (ut) 1,2 a 14,8 -,3 a,9,1 a,4 Cor Aparente (uh) 57 a 94 - < 1 a 8 < 1 a 3 Clorofila-a (μg/l) 19 a 34 -,24 a 1,4,5 a,18 Cianobactérias (cel/ml) 6,5 x 1 4 a 13,4 x 1 4-148 a 398 39 a 54 Carbono orgânico total (mg/l) 4,69 a 6,17-2,52 a 2,57 1,73 a 1,79 Oxigênio Consumido (mg/l) 4,6 a 5, - 1,4 a 2,6 1,2 a 2, Turbidez (ut) 21, 2, 19, 18, 17, 16, 15, 14, 13, 12, 11, 1, 9, 8, 7, 6, 5, 4, 3, 2, 1,, Turbidez 3: 6: 9: 12: 15: 18: 21: 24: 27: 3: 33: 36: Cor Aparente (uh) 115 11 15 1 95 9 85 8 75 7 65 6 55 5 45 4 35 3 25 2 15 1 5 Cor Aparente 3: 6: 9: 12: 15: 18: 21: 24: 27: 3: 33: 36: 1 Clorofila-a 1,E+6 Cianobactérias 1,E+5 Clorofila a (ug/l) 1 1 CLORO Cianobactérias (cel/ml) 1,E+4 1,E+3 1,E+2 1,E+1 6 h 12 h 18 h 24 h 3 h 36 h 1,E+ 121. 65. 134. PRE 17.46 59.69 18.145 398 298 148 39 39 54 igura 1: Resultados de turbidez, cor clorofila-a e Ensaio 4 Os resultados são apresentados na tabela 8 e nas figuras 12 e 13. Os valores de turbidez na água bruta, saídas do e variaram 7,1 e 12,3,,3 e 1,4 e menor que,5 ut, respectivamente. Os resultados para cor aparente foram semelhantes ao ensaio 3, com valores nos efluentes do e entre < 1 a 7 uh e < 1 uh, respectivamente. A remoção de COT foi a maior entre todos os ensaios realizados, embora próxima daquela observada no ensaio 3. O apresentou remoção de 56 %, chegando a 69% com o. Os valores na saída do foram os mais baixos dos quatro ensaios, variando entre 1,41 e 1,56 mg/l. ABES Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental 11

As maiores remoções de clorofila-a e foram às observadas neste ensaio. As remoções de no e chegaram a 99,9 % e 99,99%, respectivamente. A pré-cloração foi responsável pela remoção de 11 % de. Verificou-se, mais uma vez, que a maior parcela da remoção das algas ficou por conta do sistema de coagulação e filtração. As perdas de carga no e, após 36 horas de operação, foram de 16,2 cm e 168 cm, cerca de 11 cm a mais do que no ensaio 3. 7, 6,5 6, 5,5 COT 2 18 16 Perda de Carga 2 18 16 COT (mg/l) 5, 4,5 4, 3,5 3, 2,5 2, 1,5 1,,5, tempo de ensaio CLORO Perda de Carga (cm) 14 12 1 8 6 4 2 Descarga de undo Lavagem do 1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 31 33 35 14 12 1 8 6 4 2 Perda de Carga (cm) igura 11: Resultados de Carbono Orgânico Total (COT) e perda de carga no ensaio 3. Tabela 8: Resumo dos dados no ensaio 4. Taxas de filtração (m³/m².d) = 12 m³/m².d e = 18 m³/m².d Dosagem de sulfato de alumínio 45 mg/l; ph = 6,2 Dosagem de Carvão Ativado 4 mg/l Residual de Cloro,1 mg/l Parâmetros Água Bruta Água Efluente do Efluente do coagulada ph 7,5 a 7,2 6,1 a 6,5 - - Turbidez (ut) 7,1 a 12,3 -,3 a 1,4,2 a,5 Cor Aparente (uh) 68 a 87 - < 1 a 7 < 1 a 2 Clorofila-a (μg/l) 2 a 41 -,16 a,51,6 a,14 Cianobactérias (cel/ml) 13 x 1 4 a 19 x 1 4-119 a 232 6 a 1 Carbono orgânico total (mg/l) 3,98 a 6,28-2,6 a 2,19 1,41 a 1,56 Oxigênio Consumido (mg/l) 4,8 a 5, - 1,2 a 1,9,8 a 1,9 Turbidez (ut) 21, 2, 19, 18, 17, 16, 15, 14, 13, 12, 11, 1, 9, 8, 7, 6, 5, 4, 3, 2, 1,, Turbidez 3: 6: 9: 12: 15: 18: 21: 24: 27: 3: 33: 36: Cor Aparente (uh) 115 11 15 1 95 9 85 8 75 7 65 6 55 5 45 4 35 3 25 2 15 1 5 Cor Aparente 3: 6: 9: 12: 15: 18: 21: 24: 27: 3: 33: 36: igura 12: Resultados de turbidez e cor aparente no ensaio 4 12 ABES Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental

Clorofila-a Cianobactérias 1 1,E+6 1,E+5 Clorofila a (ug/l) 1 1 CLORO CAP Cianobactérias (cel/ml) 1,E+4 1,E+3 1,E+2 1,E+1 6 h 12 h 18 h 24 h 3 h 36 h 1,E+ 13. 19. 155. PRE 119. 165. 138.45 CAP 71.64 179. 135.156 119 232 142 6 1 7 COT Perda de Carga 7, 6,5 6, 2 18 18 16 COT (mg/l) 5,5 5, 4,5 4, 3,5 3, 2,5 2, 1,5 1, CAP CLORO Perda de Carga (cm) 16 14 12 1 8 6 4 2 Descarga de undo 14 12 1 8 6 4 2 Perda de Carga (cm),5, tempo de ensaio 1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 31 33 35 igura 13: Resultados de clorofila-a,, carbono orgânico total (COT) e perda de carga no ensaio 4. Subprodutos orgânicos halogenados (SOH) A figura 14 mostra os resultados das concentrações dos SPOs analisados durante os 4 ensaios. Para cada carreira de filtração, foi realizada uma coleta para análise de SPOs, sempre após 18 horas do início do funcionamento do sistema. As amostras foram coletadas na saída do, seguindo-se a cloração (5 mg/l de cloro), com tempos de contato de 3 minutos e 24 horas. A formação de SOHs não aconteceu de forma significativa. Praticamente só ocorreu a formação de ácidos haloacéticos, mesmo assim em concentrações baixas. Os maiores valores de ácidos haloacéticos foram encontrados no ensaio 3, 27,35 µg/l e 3,35 µg/l, respectivamente para os tempo de 3 minutos e 24 horas. A portaria 518 do MS, não estabelece valor limite para os ácidos haloacéticos, enquanto que a Agência de Proteção Ambiental Americana (EPA) limita este parâmetro em 6 µg/l. Em relação aos trialometanos, só ocorreu a formação no ensaio 3, 5,42 µg/l com tempo de 3 minutos de oxidação e 19,44 µg/l com o tempo de 24 horas. Estes valores estão bem abaixo do limite estabelecido pela portaria 518 do Ministério da Saúde, 1 µg/l. Ressalta-se que no ensaio 3, onde houve pré-cloração, foram detectados trialometanos, além das maiores concentrações de ácidos haloacéticos e cloro hidrato. No ensaio 4, onde também foi realizada a précloração, a formação de subprodutos foi bastante reduzida, possivelmente pela utilização do carvão ativado pulverizado. ABES Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental 13

igura 14: Resultados dos subprodutos da oxidação nos 4 ensaios. CONCLUSÕES Os resultados medidos nos ensaios realizados permitem as seguintes conclusões: 1º) As taxas de filtração usadas na pesquisa se mostraram adequadas para tratar a água de estudo, mesmo com as altas concentrações de ; 2º) O sistema de dupla filtração conseguiu produzir água potável, em todos os ensaios realizados, atendendo aos parâmetros estabelecidos pelo Ministério da Saúde; 3º) O uso do carvão ativado pulverizado mostrou-se eficiente nas remoções de carbono orgânico total e na adsorção de SOH nos ensaios em que foi feita a pré-oxidação com cloro; 4º) Os mecanismos de coagulação aliados aos filtros de pedregulho e areia foram os principais responsáveis pela remoção das ; 5º) A formação de subprodutos da oxidação não foi significativa; 6º) O uso da pré-cloração favoreceu a formação de ácidos haloacéticos e trialometanos, porém em concentrações inferiores aos limites estabelecidos pela legislação brasileira e internacional REERÊNCIAS BIBLIOGRÁICAS 1. APHA, AWWA, WPC. Standard methods for the examination of water and wastewater. 2th ed. Washington: APHA, 1998. 2. CETESB - Determinação de pigmentos fotossintetizantes clorofila a, b e c e feofitina. Método de Ensaio L5.36. São Paulo : CETESB. 22 pp. 199. 3. DI BERNARDO, L.; WIECHETECK, G. K; BENINI B. D. S. Utilização da dupla filtração ascendente de areia grossa para remoção de substancias húmicas. In: XXII CONGRESSO BRASILEIRO DE ENGENHARIA SANITÁRIA E AMBIENTAL, 23. Anais. Joinville, 23. 4. MONDARDO, R. I.; SENS, L. M.; MELO ILHO, L. C. Pré-tratamento com cloro e ozônio para remoção de. Revista Engenharia Sanitária e Ambiental, v.11, n 4, p. 337-342, Out/Dez. 26. 5. SILVA, J. R. L.; CUNHA, I. L., WETTMAN, A. Caracterização do fitoplâncton nas amostras coletadas na orla do lago e concentração de microcistina na praia da Graciosa em Palmas-TO. In: 3º CONGRESSO CIENTÍICO DO CEULP/ULBRA, 23. Anais, Palmas TO, 23. 6. TANGERINO, E. P.; DI BERNARDO, L. Remoção de substâncias húmicas por meio da oxidação com ozônio e peróxido de hidrogênio e ime. Revista Engenharia Sanitária e Ambiental, v.1, n 4, p. 29-298, Out/Dez 25. 14 ABES Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental