TRATAMENTO FISÍCO-QUÍMICO DE EFLUENTES COM AUXÍLIO DE PRODUTO NATURAL (QUIABO PÓ)

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1 TRATAMENTO FISÍCO-QUÍMICO DE EFLUENTES COM AUXÍLIO DE PRODUTO NATURAL (QUIABO PÓ) José Francisco de Souza (1) Técnico em tratamento de Água SANEMAT / Agência Municipal de Serviços de Saneamento. Desenvolve atividades de laboratório de Bacteriologia e Pesquisa de Produtos Naturais Quiabo Pó. Aliane Piovelan Gomes Acadêmica de Engenharia Sanitária e Ambiental - UFMT. Guilherme J. M. A Lima Engenheiro Químico SANEMAT. Professor Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental do Centro de Ciências e Tecnologia da Universidade Federal de Mato Grosso. Endereço (1) : Rua 48, quadra 76 - casa 4 - CPA IV - 2 ª etapa - Cuiabá - MT - CEP: Brasil - Tel: (65) RESUMO Em muitas estações de tratamento de Água e efluentes lançam em Corpos de Água valores muito acima dos limites permitidos pela resolução n o 2 do CONAMA, principalmente nos valores de Cor Aparente, Turbidez e Coliformes totais e fecais. De posse de tal constatação faz-se necessário que se investiguem em laboratório por meio de novas metodologias, os vários produtos que aplicados possibilitam obter a melhor qualidade possível, visando sempre o menor custo, o auxiliar de floculação natural, quiabo pó, foi testado em conjunto com o coagulante e alcalinizante. Hoje, nós falamos de usuário poluidor, mas não existe pena para um usuário que deposita um efluente em um determinado curso de água e mata literalmente a vida existente ali. Na agenda 21, estabelece o prazo até 25, para que os países em desenvolvimento tomem providências para que pelo menos 5 % das águas residuárias sejam tratadas ou eliminadas, em conformidade com diretrizes nacionais ou internacionais de qualidade Ambiental e Sanitária. PALAVRAS-CHAVE: Tratamento Físico-Químico, Efluentes, Produto Natural, Quiabo (Pó). INTRODUÇÃO Muitas estações de tratamento de água e efluentes industriais não fazem o seu correto tratamento dos seus efluentes adequadamente para serem lançados em mananciais ou até para uma provável reutilização desse volume de água, assim, qualquer projeto pode produzir resultados mais eficientes e econômicos pela escolha adequada de coagulantes, alcalinizantes, e auxiliares de floculação. 2 o Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental 3475

2 O presente trabalho foi executado em laboratório, uma investigação experimental em equipamento de floculação com reatores estáticos Jar Test, utilizando-se sulfato de alumínio ferroso, como coagulante, e cal hidratada como alcalinizante e auxiliar de floculação, quiabo pó. Os resultados dos parâmetros estudados apresentavam valores muito acima dos limites permitido pela resolução n o 2 do CONAMA, principalmente nos valores de turbidez, cor aparente, coliformes totais e fecais no caso de efluente de ETA, já na industria de beneficiamento a cor aparente, e após a realização do Jar Test, nota-se que o tratamento prévio foi muito importante, pois, esses valores diminuíram consideravelmente em mais de 9 % do valor inicial. O desenvolvimento desse trabalho tem o apoio e a participação da Companhia de Saneamento do Estado de Mato Grosso, Universidade Federal de Mato Grosso e Agência Municipal de Saneamento. METODOLOGIA UTILIZADA Características da instalações: os ensaios com as amostras dos efluentes estão sendo realizados em equipamentos de coagulação, floculação e sedimentação (Jar Test), constituído de seis reatores estáticos, com 6 frascos em acrílico de 2 litros cada, que dispunha-se de um agitador para cada reator e dispositivo que permite a coleta simultânea das amostras em tempos diferentes e com a possibilidade de várias a altura de coleta do sobrenadante (a partir do nível de água do reator). No efluente do filtro com já existiam flocos, dispensou a coagulação química onde foi usada o auxiliar. No efluente da industria de beneficiamento de madeira onde é utilizado corantes, foram realizados Jar Test para verificação de dosagem ótima de coagulante. PREPARO DA SOLUÇÃO DE QUIABO Do quiabo que foi seco (desidratado) e depois moído (pó). Podendo ser estocado por mais de 1 ano, sem alterar a sua eficiência e não sendo utilizado nenhum tipo de produto químico na sua conservação. Esta foi preparado em solução com concentração de 2 g/l e dosagem do auxiliar variando de,2 a,8 mg/l, usando água filtrada ou tratada, e em agitação lenta por um período de 1 hora. Análises efetuadas efluente filtro: cor aparente (u.h), turbidez (u.t), PH e coliformes totais e fecais. Do efluente indústria madeira: Cor aparente (u.h), turbidez (u.t) 2 o Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental 3476

3 Figura 1: Comparação entre o sulfato remanescente no efluente do filtro após Simulação do Jar Test. Turbidez remanescente u.t Características: turbidez inicial 24 u.t Cor aparente = 1.75 PH = ,2,4,6,8 Dosagem Quiabo Pó Figura 2: Comparação entre o sulfato remanescente no efluente do filtro após Simulação do Jar Test. Turbidez remanescente u.t ,4,8 1,2 2,6 Dosagem Quiabo Pó mg/l 2 o Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental 3477

4 Figura 3: Efluente Beneficiamento de Madeira. Caraterísticas: Cor Aparente = 1.25, Turbidez inicial: 32, PH = 6,2 Dosagem de Sulfato de Alumínio Dosagem de Sulfato de Alumínio e Quiabo Pó Cor Aparente remanescente u.h ,7 1,4 2,1 2,8 3,5 4,2 Velocidade de Sedimentação cm/mim Figura 4: Efluente Beneficiamento de Madeira. Dosagem de Sulfato de Alumínio Dosagem de Sulfato de Alumínio e Quiabo Pó Cor Aparente remanescente u.h ,8 4,8 5,3 4,9 4,6 4,6 3,7 3,7 3,5 4,2 2,8 2,3,7 1,4 2,1 2,8 3,5 4,2 Velocidade de Sedimentação cm/mim 2 o Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental 3478

5 CONCLUSÃO Com base no trabalho experimental realizado, concluiu-se que: Do efluente de ETA, o pré tratamento com auxiliar foi muito importante podendo esta água ser recirculada novamente ao sistema, diminuindo as perdas e evitando a contaminação dos recursos hídricos e com a melhoria na qualidade e viabilização de seu reuso, evita-se a forte cloração preconizada na norma brasileira 592, bem como a possível formação de trihalometanos. É admitida a reutilização de água de lavagem desde que submetida a pré-sedimentação e cloração intensa. No efluente indústria beneficiamento de madeira há necessidade de confecção de Estudos como escolha de outros coagulantes e auxiliares de floculação, para a melhoria na redução da cor aparente. Com o quiabo houve melhoria significante no teor de turbidez e cor aparente. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. LIMA, G.J.M.A; SOUZA, J.F. de Uso do Quiabo como Auxiliar de Floculação. Cuiabá, 1995.(trabalho técnico). 2. NETTO, J.M.A, et Alli, técnica de Abastecimento e tratamento de Água, vol. 2 pag. 11-1, São Paulo: CETESB, NETTO, J.M.A, et Alli, técnica de Abastecimento e tratamento de Água, vol. 2 pag. 11-1, São Paulo: CETESB, SCHIMITT, M. R., Reabilitação de ETA existentes em países em desenvolvimento, tese de Mestrado, Universidade de Leeds, Departamento de Engenharia Civil, 199, pag. 84 à o Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental 3479