Aspectos hidrogeológicos e hidroquímicos de um setor do aquífero Barreiras no município de Nísia Floresta/RN

Documentos relacionados
ASPECTOS DA OTIMIZAÇÃO DO CÁLCULO DE RESERVAS PERMANENTES - UM EXEMPLO NO AQÜÍFERO BARREIRAS-RN

ANÁLISE DAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS DO AQUÍFERO JANDAÍRA EM APOIO AO PROGRAMA ÁGUA DOCE NO RIO GRANDE DO NORTE (PAD/RN)

CONSIDERAÇÕES SOBRE A POTENCIOMETRIA DO AQÜÍFERO BARREIRAS E A INFLUÊNCIA DA ESTRUTURAÇÃO REGIONAL NESSE CONTEXTO SETOR DA BACIA DO RIO PIRANGI-RN.

AQUÍFERO BARREIRAS: ALTO POTENCIAL HÍDRICO SUBTERRÂNEO NA PORÇÃO DO BAIXO RIO DOCE NO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO.

ATLAS DAS CONDIÇÕES HIDROGEOLÓGICAS DO SAG NO RIO GRANDE DO SUL. José Luiz Flores Machado 1

Estudo da interacção água subterrânea/água superficial nos sistemas associados à Lagoa de Albufeira, em periodo de barra aberta

EVIDÊNCIAS DE UMA CONEXÃO HIDRÁULICA SUBTERRÂNEA ENTRE O SISTEMA LACUSTRE DO BONFIM E A BACIA DO RIO PIRANGI, LITORAL ORIENTAL DO RIO GRANDE DO NORTE.

CARACTERÍSTICAS HIDROQUÍMICAS DO AQÜÍFERO BARREIRAS NO ÂMBITO DO SETOR ORIENTAL DA BACIA DO RIO PIRANGI-RN

SISTEMA AQUÍFERO: TORRES VEDRAS (O25)

Leandson Roberto F. de Lucena 1 ; Ernani Francisco da Rosa Filho 2 ; Eduardo Chemas Hindi 2 RESUMO

AVALIAÇÃO DO POTENCIAL HIDROGEOLÓGICO NA ILHA DE ITAPARICA BAHIA

ASPECTOS HIDROQUÍMICOS DO AQÜÍFERO BARREIRAS NA ÁREA DA BACIA DO RIO PIRANGI-RN/BRASIL E ADEQUAÇÕES PARA USO HUMANO E IRRIGAÇÃO.

A POTENCIOMETRIA DO AQÜÍFERO BARREIRAS NO SETOR ORIENTAL DA BACIA DO RIO PIRANGI-RN E CONSIDERAÇÕES SOBRE A RELAÇÃO COM MANANCIAIS SUPERFICIAIS

SISTEMA AQUÍFERO: VIEIRA DE LEIRIA - MARINHA GRANDE (O12)

SISTEMA AQUÍFERO: MACEIRA (O18)

ELEMENTOS-TRAÇO NO AQUÍFERO MACACU, RIO DE JANEIRO BRASIL

HIDROQUÍMICA DO SISTEMA AQUÍFERO BAURU NA REGIÃO SUDOESTE DO ESTADO DE SÃO PAULO

MODELAGEM DA QUALIDADE DA ÁGUA SUBTERRÂNEA NA ÁREA DO CAMPUS DA UFMG PROHBEN; AVALIAÇÃO PRELIMINAR.

PROPOSTA DE REVISÃO ESTRATIGRÁFICA E ASPECTOS HIDROGEOLÓGICOS DO GRUPO URUCUIA NA BACIA SANFRANCISCANA.

A MIGRAÇÃO DE CONSTITUINTES IÔNICOS NO AQÜÍFERO BARREIRAS NA REGIÃO SUL DE NATAL-RN, DECORRENTE DO QUADRO ESTRUTURAL LOCAL - UMA HIPÓTESE DE TRABALHO

SISTEMA AQUÍFERO: MONTE GORDO (M17)

PROPOSTA DE PADRONIZAÇÃO DAS DENOMINAÇÕES DOS AQUÍFEROS NO ESTADO DE SÃO PAULO. José Luiz Galvão de Mendonça 1

XVIII CONGRESSO BRASILEIRO DE ÁGUAS SUBTERRÂNEAS HIDROGEOLOGIA DO SASG NO MUNICÍPIO DE FREDERICO WESTPHALEN (RS)

CARACTERÍSTICAS CONSTRUTIVAS E HIDRÁULICAS DOS POÇOS TUBULARES DA APA CARSTE LAGOA SANTA E ENTORNO, MG

SONDAGENS GEO-ELÉTRICAS APLICADAS NA OBTENÇÃO DA GEOMETRIA DO AQÜÍFERO BARREIRAS NA REGIÃO SUL DE NATAL-RN.

CONTROLE GEOLÓGICO NO POTENCIAL DO AQUÍFERO BARREIRAS- BAIXO CURSO DO CEARÁ MIRIM/RN

SISTEMA AQUÍFERO: BACIA DE ALVALADE (T6)

SISTEMA AQUÍFERO: VEIGA DE CHAVES (A1)

DEFORMAÇÃO NEOTECTÔNICA DOS TABULEIROS COSTEIROS DA FORMAÇÃO BARREIRAS ENTRE OS RIOS PARAÍBA DO SUL (RJ) E DOCE (ES), NA REGIÃO SUDESTE DO BRASIL

MECANISMOS E FONTES DE CONTAMINAÇÃO DAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS DE NATAL/RN POR NITRATO

DIAGNÓSTICO DOS POÇOS TUBULARES E A QUALIDADE DAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS DO MUNICIPIO DE JUAZEIRO DO NORTE, CEARÁ

PALEOAMBIENTE DEPOSICIONAL DA FORMAÇÃO BARREIRAS NA PORÇÃO CENTRO-SUL DA ÁREA EMERSA DA BACIA DE CAMPOS (RIO DE JANEIRO)

Tectônica rúptil na Formação Barreiras no litoral leste do Rio Grande do Norte Brasil: dados preliminares

- RN DO BONFIM. do Sistema. do Bonfim hidrológica. Keywords. uma região. quanto das. XXI Simpósio. * Autor Correspondente

ÁGUA SUBTERRÂNEA UTILIZADA PARA IRRIGAÇÃO NA PLANÍCIE COSTEIRA DO RIO GRANDE DO SUL E SEU RISCO A SALINIZAÇÃO

CAPÍTULO 4 HIDROGEOLOGIA. 4.1 Aspectos Gerais. 4.2 Unidades Hidrogeológicas

ÁGUAS SUBTERRÂNEAS NA RH-VIII BACIAS HIDROGRÁFICAS DOS RIOS MACAÉ, DAS OSTRAS E LAGOA DE IMBOASSICA ÁGUAS SUBTERRÂNEAS NA RH-VIII

ESTUDOS HIDROGEOLÓGICOS E HIDRODINÂMICOS PARA IMPLANTAÇÃO DA ETE JUNDIAI-GUARAPES/ZONA SUL DE NATAL-RN

ANÁLISE FACIOLÓGICA DE DEPÓSITOS DA FORMAÇÃO BARREIRAS(?) NA REGIÃO DOS LAGOS, ENTRE MARICÁ E SAQUAREMA (RIO DE JANEIRO)

SISTEMA AQUÍFERO: VERRIDE (O8)

Análise da disposição de efluentes na área das dunas de Alagamar (Parnamirim-Natal/RN): integração de dados geofísicos e hidrogeológicos

OS AQUÍFEROS BOTUCATU E PIRAMBÓIA NO ESTADO DE SÃO PAULO: NOVOS MAPAS DE ISÓBATAS DO TOPO, ESPESSURA E NÍVEL D'ÁGUA.

Capítulo 4 Caracterização da Área de Estudos. Capítulo 4

Características hidroquímicas e hidrodinâmicas do aquífero na planície arenosa da Costa da Caparica

CAPÍTULO 2 ÁREA DE ESTUDOS A proposta do Sítio Controlado de Geofísica Rasa - SCGR

Manejo Integrado e Sustentável dos Recursos Hídricos Transfronteiriços da Bacia do Amazonas Considerando a Variabilidade e as Mudanças Climáticas

MONITORAMENTO QUALI-QUANTITATIVO DO AQUIFERO COSTEIRO NO LITORAL NORTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

Bol. Mus. Para. Emílio Goeldi. Cienc. Nat., Belém, v. 10, n. 1, p , jan.-abr. 2015

UTILIZAÇÃO DE ÁGUAS SUBTERRÂNEAS PARA ABASTECIMENTO PÚBLICO - EXPERIÊNCIA DA COPASA MG NO TRIÂNGULO MINEIRO.

SISTEMA AQUÍFERO: POUSOS-CARANGUEJEIRA (O14)

QUALIDADE DAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS DE DIFERENTES AQUÍFEROS ASSOCIADOS À FORMAÇÃO SERRA GERAL NA REGIÃO NORDESTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

COMPARTIMENTAÇÃO HIDROGEOLÓGICA DA FORMAÇÃO CAPIRU NA REGIÃO NORTE DE CURITIBA-PR, BRASIL. Ernani Francisco da Rosa Filho 1, Marcos Justino Guarda 2

3 Caracterização do Sítio Experimental

ESTIMATIVA DE RECARGA DO SISTEMA AQUÍFERO SERRA GERAL UTILIZANDO BALANÇO HÍDRICO

Difratometria por raios X

SISTEMA AQUÍFERO: ESCUSA (A2)

COMUNICAÇÃO TÉCNICA Nº

ANÁLISE DAS ÁGUAS DO AQUÍFERO JANDAÍRA EM APOIO AO PROGRAMA ÁGUA DOCE NO RIO GRANDE DO NORTE (PAD/RN)

HIDROGEOLOGIA DA REGIÃO DO COMPLEXO LAGUNAR DO BONFIM/RN

ESTADO DA ARTE DA BACIA HIDROGEOLÓGICA DO SISTEMA LACUSTRE BONFIM-RN, NORDESTE DO BRASIL

SISTEMA AQUÍFERO: ALPEDRIZ (O19)

DISSERTAÇÃO DE MESTRADO IMPLICAÇÕES TECTÔNICAS NA HIDROLOGIA DO AQÜÍFERO BARREIRAS E SISTEMA LACUSTRE DO BONFIM, NÍSIA FLORESTA-RN.

Resumo. Abstract. Palavras-chave. Estudos hidrogeológicos, manejo, águas subterrâneas.

Liano Silva Veríssimo 1, Carlos Antonio da Luz 2 & Robério Bôto de Aguiar 1

O MONITORAMENTO DO AQUÍFERO CAIUÁ NO PARANÁ PELA REDE RIMAS/CPRM.

22º Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental

EVOLUÇÃO HIDROGEOQUÍMICA DOS AQÜÍFEROS NO OESTE CATARINENSE

Contribuição ao estudo da conectividade entre os Sistemas Aquíferos Serra Geral (SASG) e Guarani (SAG) no Estado do Paraná, Brasil.

CAPÍTULO 2 ASPECTOS FISIOGRÁFICOS Clima Relevo Hidrografia Solos Vegetação... 13

Considerações gerais sobre a hidrogeologia do continente

45 mm. Av. Colombo, 5.790, Bloco J-12, Zona 7, Maringá, Paraná, Brasil. Fone: (44)

Divisão Ambiental Prazer em servir melhor!

HIDROQUÍMICA E QUALIDADE DAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS DO SISTEMA AQUÍFERO DUNAS- BARREIRAS NA REGIÃO DE PARNAMIRIM, RN

A QUALIDADE FÍSICO-QUÍMICA DAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS NA PLANÍCIE DE RECIFE-JABOATÃO DOS GUARARAPES/PE

PROPOSTA ALTERNATIVA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA UTILIZANDO MANANCIAIS SUBTERRÂNEOS EXISTENTES NA BACIA HÍDROGRÁFICA DO TUCUNDUBA, BELÉM-PA

CARACTERÍSTICAS DOS RESERVATÓRIOS

DIAGNÓSTICO DA QUALIDADE DA ÁGUA DE POÇOS PERFURADOS NO MUNICÍPIO DE ARARUNA PB

Figura 07: Arenito Fluvial na baixa vertente formando lajeado Fonte: Corrêa, L. da S. L. trabalho de campo dia

Diagnóstico dos Recursos Hídricos e Organização dos Agentes da Bacia Hidrográfica do Rio Tubarão e Complexo Lagunar. Volume 5. Análise Quantitativa

HIDROESTRATIGRAFIA QUÍMICA PRELIMINAR DOS AQÜÍFEROS NA REGIÃO CENTRAL DO RIO GRANDE DO SUL. José Luiz Flores Machado 1

CONTAMINAÇÃO DO AQÜÍFERO TAUBATÉ POR UMA LAGOA DE EFLUENTES INDUSTRIAIS CONTENDO BORO

HIDROGEOQUÍMICA DO AQÜÍFERO CAIUÁ NO ESTADO DO PARANÁ HYDROGEOCHEMISTRY OF THE CAIUÁ AQUIFER IN THE PARANÁ STATE

EVOLUÇÃO DAS CONCENTRAÇÕES DE NITRATO EM POÇOS LOCALIZADOS SOB DUNAS

SISTEMA AQUÍFERO: ANÇÃ-CANTANHEDE (O4)

SISTEMA AQUÍFERO: VISO-QUERIDAS (O30)

Hernan Sales Barreiro¹. Dr. Natanael Barbosa² & MSc. João Batista Andrade³

Mapa das Áreas Aflorantes dos Aquíferos e Sistemas Aquíferos do Brasil

Resultados dos Estudos Hidrogeológicos para Definição de Estratégias de Manejo das Águas Subterrâneas na Região Metropolitana de Natal- RMN

ESTUDO DA RECARGA DO AQÜÍFERO FURNAS NA CIDADE DE RONDONÓPOLIS-MT

UTILIZAÇÃO DO GEOPROCESSAMENTO NA ANÁLISE DO NÍVEL ESTÁTICO DO AQUÍFERO BEBERIBE NA REGIÃO DO BAIXO CURSO DO RIO PARAÍBA

CARACTERIZAÇÃO GEOMORFOLÓGICA DO BAIXO GRÁBEN DO RIO MAMANGUAPE, BORDA ORIENTAL DO ESTADO DA PARAÍBA, BRASIL

QUALIDADE DAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS NA ÁREA DO CAMPUS UNIVESITÁRIO DO PICI, FORTALEZA-CE

Qualidade das águas do aquífero Barreiras no setor sul de Natal e norte de Parnamirim, Rio Grande do Norte, Brasil

José Geraldo de Melo 1 & Marcelo Augusto de Queiroz 2

Ocorrência de nitrato no sistema aquífero Bauru e sua relação com a ocupação urbana no município de Marília.

CARACTERÍSTICAS DO POÇO

SISTEMA AQUÍFERO: CONDEIXA-ALFARELOS (O31)

AVALIAÇÃO HIDROQUÍMICA DE UM TRECHO DO SETOR NORTE DA BACIA POTIGUAR E ASPECTOS DA SALINIZAÇÃO, SEMI-ÁRIDO DO RIO GRANDE DO NORTE-BRASIL.

COMPORTAMENTO DO NITRATO EM POÇOS TUBULARES NO ENTORNO DA LAGOA DO BONFIM NÍSIA FLORESTA/RN

ASPECTOS DA QUÍMICA DA ÁGUA SUBTERRÂNEA DA FORMAÇÃO SERRA GERAL NO ÂMBITO DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO PIQUIRI PR

Transcrição:

Aspectos hidrogeológicos e hidroquímicos de um setor do aquífero Barreiras no município de Nísia Floresta/RN Paula Stein 1, Leandson Roberto F. de Lucena 2, Natalina Maria Tinôco Cabral 1, Elmo Marinho Figuerêdo 1, Marcelo Augusto Queiroz 3 Resumo Numa área de aproximadamente 420 hectares localizada no município de Nísia Floresta, o Estado do RN instalou 12 poços tubulares captando águas de excelente qualidade no aquífero Barreiras, com vistas a ampliar o sistema produtivo da adutora Monsenhor Expedito. O aquífero Barreiras na área é do tipo livre e ocorre capeado por sedimentos eólicos que atuam como receptores das precipitações pluviométricas. A potenciometria da área evidencia um fluxo principal local no sentido do Riacho Boa Cica, confirmando o caráter influente do aquífero Barreiras no setor investigado. Os resultados de análise das águas obtidas desses poços permitiram agrupamento das águas em 2 conjuntos com características hidroquímicas distintas. No grupo 1, foram agrupadas as águas cloretadas sódicas, com ph ácido e dureza branda. Nesse conjunto, estão inseridas as águas reconhecidamente com hidroquímica característica do aquífero Barreiras. No grupo 2 foram agrupadas as águas bicarbonatadas cálcicas, com ph alcalino e pouco duras. Este caráter revela a possível influência das rochas carbonáticas, que constituem o arcabouço litológico da área, na hidroquímica dessas águas. Palavras-chave: aquífero Barreiras, rochas carbonáticas, fácies hidroquímicas. Abstract In an area of approximately 4,2 km 2 of the Nisia floresta county, RN state, twelve water Wells were installed by the state government and pumped excellent quality water from the Barreiras aquifer in order to expand the Monsenhor Expedito aqueduct. The Barriers aquifer in the study area is the free type. Overlapping eolian sediments act as receptors of rainfall. The potentiometric shows a main stream site towards the Boa Cica river, showing the influential character of the investigated aquifer Barriers sector. The analytical results obtained from these wells led to two water groups with different characteristics. In group 1 there are sodic chlorinated water with acid ph and mild hardness, in these group we typically recognize the Barreiras aquifer hidrochemical characteristics. In group 2 there are calcic bicarbonated water with alkaline ph and low hardness. This characteristic indicated the possibility influence of the carbonate rocks that constitute the lithological framework of the area. Keywords: Barreiras aquifer, carbonate rocks, hidrochemical facies 1 INTRODUÇÃO Em função da carência de recursos hídricos para o abastecimento urbano e rural na maioria dos municípios interioranos do Estado do Rio Grande do Norte, torna-se necessária a implantação de sistemas adutores para suprir a demanda de água. O Sistema Adutor Agreste/Trairí/Potengi (Adutora Monsenhor Expedito), em operação desde 1997, fornece água a 30 municípios do RN, 1 Secretaria de Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos do RN SEMARH. paula.stein@gmail.com; elmo_marinho@yahoo.com.br. natalinacabral@gmail.com; 2 Universidade Federal do Rio Grande do Norte-UFRN. Departamento de Geofísica-DGEF. leandson@geofisica.ufrn.br 3 Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte-CAERN. Gerência de Hidrogeologia. marcelo@caern.com.br XVIII Congresso Brasileiro de Águas Subterrâneas 1

totalizando aproximadamente 290.000 habitantes abastecidos, mediante a retirada de águas subterrâneas (7 poços tubulares) e superficiais (Lagoa do Bonfim) no município de Nísia Floresta/RN, localizado no litoral do Estado, a 35 km da capital Natal. Passados mais de 16 anos da instalação do sistema, a demanda por água passou a ser superior à capacidade de suprimento, impondo assim, a necessidade de ampliação do sistema produtivo. Para efeito, o estado do RN desapropriou 421,43 hectares de uma área densamente vegetada e livre da ocupação humana, nas proximidades do Riacho Boa Cica, município de Nísia Floresta, para a instalação de poços tubulares (Figura 1). Nessa área, foram instalados 12 poços tubulares, que conjuntamente produzem 750 m 3 /h de água de excelente qualidade, e que serão incorporadas ao referido sistema adutor ainda no ano de 2014. Os poços produtores perfurados captam águas do aquífero Barreiras, reconhecidamente de alto potencial hidrogeológico, e responsável pelo abastecimento de diversos municípios do estado, incluído a capital Natal e sua região metropolitana. O objetivo do presente trabalho é apresentar uma caracterização hidrogeológica da área, bem como da hidroquímica dessas águas. Figura 1. Mapa de localização da área de estudo no baixo curso do Riacho Boa Cica, município de Nísia Floresta RN. A área desapropriada, onde estão instalados os 12 poços produtores, encontrase demarcada pelo polígono tracejado. XVIII Congresso Brasileiro de Águas Subterrâneas 2

2 CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA 2.1 Condicionantes Climáticos Segundo dados históricos da EMPARN Empresa de Pesquisa Agropecuária do RN (1963-2007), obtidos do posto pluviométrico localizado no município de Nísia Floresta, o setor estudado apresenta precipitação média total anual de 1585,6 mm. O período úmido ocorre entre março e julho, com pico no mês de junho. Entre os meses de agosto e fevereiro ocorrem as menores precipitações, caracterizando o período de estiagem, sendo o mês de outubro o mais seco do ano (Figura 2). Figura 2. Precipitação pluviométrica média mensal no município de Nísia Floresta. 2.2 Geologia A área de estudo está inserida na Bacia Sedimentar Costeira Leste. A estratigrafia simplificada da referida bacia pode ser visualizada na Figura 3. No setor estudado, a unidade litológica basal não aflorante corresponde a rochas sedimentares mesozóicas, de provável idade cretácica, que compreende basicamente uma sequencia arenítica na base, repousando em discordância sobre o embasamento cristalino, e outra de natureza carbonática no topo, (Costa, 1971). A sequência litoestratigráfica aflorante da área corresponde a coluna sedimentar cenozóica, representada pela Formação Barreiras, de idade terciária-quaternária (Nogueira, 1982; Lucena, 2005), além da sedimentação quaternária, onde se incluem os depósitos eólicos (dunas móveis e fixas). A Formação Barreiras envolve, litologicamente, desde rochas argilo-arenosas ou arenoargilosas até conglomeráticas, podendo-se agrupá-las em duas fácies sedimentares principais: uma areno-argilosa e outra conglomerática, situadas respectivamente, na porção basal e no topo. XVIII Congresso Brasileiro de Águas Subterrâneas 3

As Dunas Fixas são formadas pela ação eólica dos ventos alísios e ocupa todo o centronorte-nordeste da área de estudo. O relevo associado é tipicamente ondulado, com cotas predominantemente variando de 30 m a 70 m. Tais depósitos são representados por areias quartzosas bem selecionadas, típicas de ambientes eólicos, com coloração variando desde o amarelo e o vermelho até tonalidades de cinza e branco (Lucena, 2005). As dunas móveis constituem cordões arenosos acompanhando todo o litoral, sendo caracterizadas por tonalidades claras em fotos aéreas e imagens de radar devido à ausência de cobertura vegetal. Estas dunas ocorrem no extremo leste da área e compreendem areias quartzosas esbranquiçadas de granulometria média e bom selecionamento, dispostas ou condicionadas segundo a direção dos ventos predominantes. Figura 3. Coluna estratigráfica simplificada da área estudada. Adaptado de Lucena (2005). 2.3 Contexto Estrutural Em linhas gerais, a estruturação regional na Bacia da Costa Leste do Estado do Rio Grande do Norte caracteriza-se por trends de falhas com direções preferenciais NE-SW (N40-60 E), NW- SE (N40-50 W) e E-W (N70 -W/E-W) e menos expressivamente N-S (350-10 ), sendo as de trends de direção NE e NW dominantes (Lucena, 1999; Bezerra et al., 2001; Nogueira et al., 2006 ). Essas falhas são caracterizadas por movimentos transcorrentes e normais, possivelmente associadas à deformação sin-sedimentar (Nogueira et al., 2006). XVIII Congresso Brasileiro de Águas Subterrâneas 4

Reportando-se especificamente à área da presente pesquisa, as evidências dessa estruturação envolvem desde observações de natureza geomorfológica, geofísica rasa e profunda (GPR e Gravimetria, respectivamente), além de dados de afloramentos. O baixo curso do Riacho Boa Cica está inserido no limite sul-sudoeste do Graben Papary (Lucena e Queiroz, 1996; Lucena 2005), considerando-se o referido canal fluvial controlado pelo falhamento SE-NW da borda sudoeste desse graben. Esse proeminente bloco estrutural, situado na altura das praias de Tabatinga e Búzios, é delimitado ao norte-nordeste pela falha dos rios Pirangi e Pitimbu, na direção SE-NW (Lucena, 1999). Figura 4. Esboço da geologia regional na área do baixo curso do Riacho Boa Cica e adjacências. O quadrado contornado em vermelho representa a área de interesse. Base cartográfica regional é fundamentada em Lucena (2005) e CPRM (2006). 2.4 Hidrogeologia As rochas sedimentares mesozoicas, particularmente a porção superior da sequencia carbonática não aflorante, são referidas na literatura como de baixa potencialidade hidrogeológica (Lucena et al. 1996). O aquífero Barreiras, por sua vez, apresenta vazões de exploração elevadas em determinadas localidades, sobretudo naquelas de maior espessura dos sedimentos da formação homônima, conforme observado em algumas captações na região sul de Natal e Parnamirim-RN (vazões da ordem de 100 m 3 /h). No tocante à condição hidrodinâmica, esse sistema hidrogeológico comporta-se de maneira bastante variável, sobretudo na região sul de Natal até a fronteira com a XVIII Congresso Brasileiro de Águas Subterrâneas 5

Paraíba. Este comportamento pode apresentar-se de livre a semiconfinado, onde a camada semiconfinante no topo, quando presente, é representado por lentes argilosas da própria Formação Barreiras, por vezes de considerável amplitude superficial (IPT, 1982). A referida unidade aquífera é, também, denominada de Aquífero Dunas-Barreiras (Melo et al., 1994), já que as formações dunares sobrepostas a Formação Barreiras apresentam elevada porosidade e baixo índice de escoamento superficial, atuando predominantemente como receptoras das precipitações pluviométricas, constituindo-se em fonte de recarga do Barreiras. As dunas, embora funcionem predominantemente como agente transmissor e não acumulador, são dessa forma consideradas como parte de um sistema hidráulico único e indiferenciado. 3 - MATERIAIS E MÉTODOS Os 12 poços produtores objeto desse estudo são totalmente penetrantes no aquífero Barreiras e com seção filtrante localizada na base da formação homônima. Nos referidos poços foram tomados dados de nível da água com vistas a definição da potenciometria da área. A campanha de amostragem das águas foi realizada em julho de 2012 mediante o uso de bomba submersa. Para a coleta foi realizada uma prévia purga nos poços por aproximadamente 30 minutos, com vistas à obtenção de dados representativos do manancial subterrâneo, minimizando as chances de serem coletadas águas estagnadas no interior das captações. 4 RESULTADOS 4.1 Hidrogeologia da área 4.1.1 Estrutura hidrogeológica As dunas constituem a porção superior dos perfis litológico dos poços, conforme Tabela 1, apresentando espessura média de 18 m, variando entre 10 e 30 metros. A porção intermediária corresponde às rochas sedimentares da Formação Barreiras, com espessura média de 65 metros (Tabela 1), compostas por arenitos quartzosos médios a finos, com níveis argilosos e conglomeráticos. A seção filtrante de todos os poços está localizada na referida formação. Conforme reportado, a porção inferior dos perfis é representada pelas rochas carbonáticas mesozóicas. Convém ressaltar que nos poços onde não se verifica a interceptação dessa unidade (conforme Tabela 1, que apresenta a espessura litológica de cada pacote interceptado), as amostras das perfurações evidenciaram um nível de argilas (calcíferas ou não) de coloração amarelada a bege que marca localmente a transição entre as unidades (Barreiras e Rochas Carbonáticas). Ao serem XVIII Congresso Brasileiro de Águas Subterrâneas 6

interceptadas as referidas argilas, optou-se por encerrar a perfuração, devido problemas construtivos operacionais, como a perda de lama de perfuração. Portanto, pode-se considerar que todos os poços são totalmente penetrantes no aquífero Barreiras. Tabela 1. Dados litológicos e hidráulicos dos poços. Poço Cota Prof. Espessura litológica (m) Nível topográfica (m) (m) Dunas Barreiras Rochas Carbonáticas Estático (m)* P-1 43,42 90 12 76 2 12,12 P-2 51,89 82 15 67-31,66 P-3 47,49 96 20 76-19,96 P-4 51,57 86 30 55 1 30,17 P-5 60,98 60 14 46-39,23 P-6 54,73 87 16 71-36,06 P-7 42,95 80 10 69 1 18,38 P-8 41,76 80 29 50 2 21,67 P-9 60,17 94 26 68-37,23 P-10 25,94 67 10 56 1 3,66 P-11 66,05 103 20 82 1 42,71 P-12 42,87 73 14 59-18,53 * Valores obtidos em janeiro de 2013 O nível estático dos poços varia de 3,66 a 42,71 m, com média de 26 m. A sequencia litológica interceptada, evidenciada nos perfis de poços locais, corroboram com um caráter hidráulico livre do aquífero Barreiras na área de estudo. 4.1.2 Fluxo subterrâneo A potenciometria da área (Figura 5), elaborada a partir de medições de nível nos poços em janeiro de 2013, mostra cargas hidráulicas variando de 18 m, nas proximidades da margem do Riacho Boa Cica (margem esquerda), a 31 m, valor este observado num poço situado no extremo nordeste da área. O referido mapa realça o sentido de fluxo principal local no sentido do Riacho Boa Cica, evidenciando o aspecto influente do aquífero Barreiras no setor investigado. XVIII Congresso Brasileiro de Águas Subterrâneas 7

Figura 5. Mapa potenciométrico do Aquífero Barreiras na região da Boa Cica, obtido em janeiro de 2013. 4.2 Hidroquímica Para uma melhor visualização espacial da classificação hidroquímica das águas, diagramas de Stiff foram distribuídos espacialmente sobre o mapa de fluxo das águas subterrâneas da área de estudo (Figura 6) e esses mesmos resultados foram plotados no diagrama hidroquímico de Piper (Figura 7). Da análise dos dados dispostos nas figuras e dos resultados estatísticos expressos na Tabela 2, observa-se um agrupamento das águas em 2 conjuntos com características distintas, os quais: No Grupo 1 são agrupados 8 poços (símbolos em laranja nas Figuras 6 e 7), com águas tipo cloretadas sódicas. O ph médio dessas águas é 6,55, portanto classificadas como ácidas. Os sólidos totais dissolvidos variam de 28,9 a 65,41, refletindo uma média de 46,17 mg/l, portanto classificados como águas doces. A dureza varia de 5,10 a 36,53 mg/l de CaCO 3, portanto classificadas como águas brandas. Os cátions e ânions dominantes são, respectivamente, o sódio e o cloreto. No Grupo 2, são agrupados 4 poços (símbolos em amarelo nas Figuras 6 e 7) com águas tipo bicarbonatadas cálcicas. O ph médio dessas águas é 7,6, portanto XVIII Congresso Brasileiro de Águas Subterrâneas 8

classificadas como águas neutras a alcalinas. Os sólidos totais dissolvidos variam de 99,14 a 166,60, refletindo uma média de 130,03 mg/l, classificadas como águas doces. A dureza varia de 50,12 a 87,49 mg/l de CaCO 3, portanto classificadas como águas pouco duras. Os cátions e ânions dominantes são, respectivamente, o cálcio e o bicarbonato. No que diz respeito ao conteúdo de sais (expresso pelos sólidos totais dissolvidos) dessas águas, observa-se uma maior mineralização das águas do Grupo 2 quando comparadas às águas do Grupo 1. Figura 6. Diagramas de Stiff das amostras plotados sobre o mapa de fluxo das águas subterraneas. Os simbolos laranjas destacam as águas cloretedas sódicas do Grupo 1 e os simbolos amarelos as águas bicarbonatadas cálcicas do Grupo 2. XVIII Congresso Brasileiro de Águas Subterrâneas 9

Figura 7. Diagrama de Piper. Os simbolos laranjas destacam as águas cloretedas sódicas do Grupo 1 e os simbolos amarelos as águas bicarbonatadas cálcicas do Grupo 2. O comportamento hidroquímico do Grupo 1 reflete águas tipicamente do aquífero Barreiras. A fácies cloretada sódica está relacionada à localização da área nas proximidades da linha de costa, onde os aerossóis marinhos são enriquecidos em cloreto e sódio e, portanto, presentes nas águas precipitadas que constituem a recarga do referido aquífero. O caráter predominantemente livre do aquífero Barreiras nesse setor favorece a infiltração desses sais em direção às águas subterrâneas. O ph ácido e a baixa mineralização corroboram com a assinatura geoquímica do referido aquífero, onde a formação homônima é composta por sedimentos quartzosos com pouca ou insignificante presença de cimento carbonático. O comportamento hidroquímico do Grupo 2, por sua vez, evidencia que as águas desses poços podem estar recebendo aporte de outras fontes, além daquelas do aquífero Barreiras, propriamente dito. Vale ressaltar que durante a execução dos poços, a metodologia de perfuração adotada consistiu em encerrar o furo imediatamente ao se interceptar o topo do pacote carbonático mesozóico e revestir o poço unicamente na Formação Barreiras. Entretanto, os resultados apresentados para as águas desse grupo revelaram uma hidroquímica com influência das rochas carbonáticas mesozóicas, na medida em que apresentam fácies bicarbonatada cálcica, o ph tendendo a alcalino e águas com dureza mais elevada quando comparada ao Grupo 1. XVIII Congresso Brasileiro de Águas Subterrâneas 10

Grupo 2 Grupo 1 Tabela 2. Estatística descritiva da composição química das águas do Grupo 1 (n=8) e Grupo 2 (n=4). ph STD Dureza Total Cálcio Magnésio Sódio Potássio Bicarbonato Sulfato Cloreto mg/l mg/l CaCO 3 mg/l Mínimo 5,90 28,90 5,10 0,51 0,31 7,10 0,00 5,92 0,56 0,00 Máximo 7,30 65,41 36,53 9,69 2,99 15,00 2,96 36,72 7,17 2,17 Média 6,55 46,17 16,94 4,08 1,64 11,01 0,92 19,39 2,00 0,40 Mediana 6,65 47,25 18,27 4,42 1,29 10,98 0,71 18,95 1,02 0,00 DP 0,47 14,25 10,76 3,00 1,02 3,55 0,89 11,79 2,25 0,77 CV (%) 7,11 30,86 63,54 73,60 62,51 32,23 96,75 60,81 112,41 190,75 Mínimo 7,20 99,14 50,12 12,07 2,79 10,63 3,67 72,25 0,56 0,31 Máximo 7,90 166,60 87,49 18,03 10,42 12,90 6,00 117,88 1,85 0,80 Média 7,60 130,03 68,88 15,86 7,10 11,53 5,08 92,54 1,11 0,54 Mediana 7,65 127,19 68,96 16,67 7,59 11,29 5,32 90,01 1,01 0,53 DP 0,32 34,17 17,00 2,78 3,19 1,00 0,99 23,21 0,54 0,27 CV (%) 4,16 26,28 24,69 17,55 44,94 8,68 19,53 25,08 49,08 49,60 Nota: STD=Sólidos Totais Dissolvidos. DP=Desvio Padrão. CV=Coeficiente de Variação 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS O aquífero Barreiras na área de estudo é do tipo livre e desenvolve espessura litológica média da ordem de 63 metros. Ocorre capeado por sedimentos eólicos (dunas móveis e fixas), insaturados, e que atuam como receptores das precipitações pluviométricas, constituindo-se em fonte de recarga do referido aquífero. A potenciometria da área evidencia um fluxo principal local no sentido do Riacho Boa Cica, confirmando o caráter influente do aquífero Barreiras no setor investigado. Os resultados hidroquímicos permitiram o agrupamento das águas em 2 conjuntos com características distintas. No Grupo 1 foram agrupadas as águas tipicamente do aquífero Barreiras: com fácies cloretada sódica, ph ácido, doces e brandas. As águas do Grupo 2 revelaram uma hidroquímica com provável influência das rochas carbonáticas mesozoicas não aflorantes na região, na medida em que apresentam bicarbonatadas cálcicas, com ph tendendo a alcalino e com dureza mais elevada quando comparada ao Grupo 1. Esse cenário não desqualifica a água para o consumo humano, já que todos os parâmetros analisados se encontram com teores abaixo do Valor Máximo Permitido para o consumo humano (Portaria 2914/11 do Ministério da Saúde), mas revela um caráter que deverá ser mais bem investigado do ponto de vista científico, haja vista a importância do aquífero Barreiras para o estado do RN. REFERÊNCIAS BEZERRA, F.H.R, AMRO VE, VITA-FINZI C, SAAD A. Pliocene-quaternary fault control of sedimentation and coastal plain morphology in NE Brazil. Journal of South American Earth Sciences, 14:61-75, 2001. XVIII Congresso Brasileiro de Águas Subterrâneas 11

COSTA, W.D. Estudos hidrogeológicos de Natal-RN. Consultoria técnica de Geologia e Engenharia Ltda. Natal, 1971. p. 20-54. Relatório inédito, Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte. CPRM SERVIÇO GEOLÓGICO DO BRASIL. Mapa geológico do Estado do Rio Grande do Norte. Serviço Geológico do Brasil, Superintendência Regional de Recife, 2006. 1 mapa geológico, escala 1:500.000. IPT, 1982. Estudo Hidrogeológico Regional do Estado do Rio Grande do Norte. Instituto de Pesquisas Tecnológicas. Relatório 15.795-9 volumes, São Paulo. LUCENA, L. R. F. & QUEIROZ, M. A. 1996. Considerações sobre as influências de uma tectônica cenozóica na pesquisa e prospecção de recursos hídricos - O exemplo do litoral sul de Natal-RN, Brasil. Revista Águas Subterrâneas, São Paulo, v. 1, n 15, p. 81-88. LUCENA, L.R.F. Implicações tectônicas na hidrologia do Aquífero Barreiras e Sistema Lacustre do Bonfim, Nísia Floresta-RN. Natal, 1999. 105 p. Dissertação de Mestrado, Universidade Federal do Rio Grande do Norte. LUCENA, LR.F. Implicação da compartimentação estrutural no Aquífero Barreiras na área da bacia do Rio Pirangi-RN. Curitiba, 2005. 151 p. Tese de Doutorado, Universidade Federal do Paraná. MELO, G.J.; REBOUÇAS, A.C.; QUEIROZ, M.A. Análise dos componentes hidrogeológicos da área de Natal-RN. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE ÁGUAS SUBTERRÂNEAS, VIII. Recife. Anais... Recife: ABAS. 1994. p. 471-480. MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2011. Portaria nº 2014/2011. Dispõe sobre os procedimentos de controle e de vigilância da qualidade da água para consumo humano e seu padrão de potabilidade. NOGUEIRA, A.M.B. O Cenozóico continental da região de Natal-RN. Recife, 1982. 219 p. Dissertação de Mestrado, Universidade Federal de Pernambuco. NOGUEIRA, F.C.C.; BEZERRA, F.H.R.; CASTRO, D.L. Deformação rúptil em depósitos da Formação Barreiras na porção leste da Bacia Potiguar. Geologia USP Série Científica, 6: 51-59, 2006. XVIII Congresso Brasileiro de Águas Subterrâneas 12