ESTUDO DO GERENCIAMENTO AMBIENTAL EM UMA ESCOLA PARTICULAR DE TERESINA/PI

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Transcrição:

Belo Horizonte/MG 24 a 27/11/2014 ESTUDO DO GERENCIAMENTO AMBIENTAL EM UMA ESCOLA PARTICULAR DE TERESINA/PI Caroline Silva Damasceno 1, Juliana Rodrigues Rocha, Graciane Rodrigues Rocha Universidade Estadual do Piauí. Email: biologacaroline.damasceno@gmail.com RESUMO A preocupação como o meio ambiente é um tema cada vez mais em destaque, pois problemas ambientais tais como: a demanda de resíduos, a poluição das águas, do ar, o desaparecimento das florestas, surgimento de novas doenças, entre outras; interferem de forma negativa na qualidade ambiental e de vida. Com isso, tem-se notado uma maior rigidez da sociedade no que diz respeito elaboração de políticas ambientais ecologicamente responsáveis. Dessa forma a gestão ambiental vem sendo uma ferramenta bastante difundida para monitorar problemas ambientais. Dessa maneira, o presente trabalho visa, através de uma pesquisa bibliográfica e de campo, analisar tal processo em uma escola particular de Teresina/PI, destacando os pontos relevantes encontrados para o desenvolvimento intelectual dos alunos, colaboradores e visitantes da instituição; Para o desempenho do trabalho foi realizado uma pesquisa bibliográfica, aplicação de questionário e a avaliação do nível de consciência ambiental dos participantes. Os resultados demonstraram que os alunos apresentam dúvidas em relação aos temas ambientais onde 49% afirmam estudar o tema na escola e 51% responderam o contrário e que as ações da escola por não serem continuadas e integradas dificultam no aprendizado dos alunos e que a ausência de um plano de gerenciamento ambiental torna-se um dos fatores relevantes para os resultados encontrados. Assim, a pesquisa ratificou que as escolas, através do seu processo educativo, podem contribuir positivamente no processo de preservação ambiental, inserindo em suas atividades cotidianas práticas que busquem a interiorização de conceitos ambientais corretos, quebrando o antigo paradigma que as questões ambientais somente são de interesse dos ecologistas. Dessa maneira, verifica-se que é importante a implantação de um Programa de gestão ambiental próprio nessa organização, que possui uma interface significativa com a questão ambiental. PALAVRAS-CHAVE: Gestão ambiental, Escola, Meio Ambiente. INTRODUÇÃO A preocupação como o meio ambiente é um tema cada vez mais em destaque, pois é inquestionável que o crescimento econômico resultante dos avanços intelectual e tecnológico tem interferido, na maioria das vezes de forma negativa, na questão ambiental. Problemas ambientais tais como: a demanda de resíduos, a poluição das águas, do ar, o desaparecimento das florestas, surgimento de novas doenças, entre outras; interferem de forma negativa na qualidade ambiental e de vida. Dessa forma, tem-se notado uma maior rigidez da sociedade no que diz respeito elaboração de políticas ambientais ecologicamente responsáveis. Uma ferramenta que vem sendo bastante difundida para monitorar problemas ambientais é a gestão ambiental, que segundo Dias (2006), consiste em um conjunto de medidas e procedimentos que permite identificar problemas ambientais gerados pelas atividades da instituição, como a poluição e o desperdício, e rever critérios de atuação (normas e diretrizes), incorporando novas práticas capazes de reduzir ou eliminar danos ao meio ambiente. Dentro desse atual contexto, pesquisas têm revelado que as escolas vêm assumindo um papel cada vez mais importante na sociedade; pois se considera um meio altamente propicio para implantação e divulgação de tais políticas, visando assim uma consciência ambiental, que propõe um desenvolvimento econômico em conjunto com a preservação ambiental, conhecido como desenvolvimento sustentável. Assim a inserção da educação ambiental nos diversos níveis de ensino, torna-se um tema cada vez mais relevante na atualidade. Diante dos atuais problemas ambientais, muito se tem discutido sobre as políticas de gestão ambiental, com intuito de minimizar ou até mesmo solucionar problemas ambientais; e dentro deste contexto as escolas têm assumido um papel de suma importância para implantação de políticas ambientais corretas. Assim, tem-se acompanhado a evolução no campo da educação ambiental; um exemplo foi a criação da Lei nº 9.795, de 27.4.1999, que estabelece a Política Nacional de Educação Ambiental (PNEA), legalizando a implantação da educação ambiental no ambiente escolar, porém vale ressaltar que essa já era feita de forma independente; Ou seja, a PNEA trouxe o fortalecimento do direito de todos a educação ambiental. IBEAS Instituto Brasileiro de Estudos Ambientais 1

Belo Horizonte/MG - 24 a 27/11/2014 Vale ressaltar que para as instituições de ensino alcançar serviços de melhor qualidade, é importante que se desenvolvam medidas, sejam através de projetos, campanhas, palestras, entre outras, que proporcionem condições ambientais seguras aos alunos e aos profissionais que aí desenvolvem suas atividades de trabalho, como também as pessoas que por ali circulam. Dessa maneira, a gestão ambiental nas instituições de ensino tem se tornado primordial, para que haja uma abordagem adequada de temas concernentes a preservação do meio ambiente, buscando assim desenvolver atividades de forma segura, de maneira a garantir uma melhor qualidade de vida aos indivíduos participantes desse meio. Para Dias (2006), todas as instituições de educação e ensino já deveriam abrigar, em sua estrutura e função, uma política ambiental definida, com programas de educação ambiental como instrumento de gestão. Porém, apesar de ser um tema bastante relevante, a gestão ambiental nas escolas ainda está longe de atingir a totalidade de sua eficácia Nesse sentido, levando em consideração a importância da gestão ambiental, o principal objetivo desse trabalho é analisar tal processo em uma escola particular de Teresina/PI, destacando os pontos relevantes encontrados para o desenvolvimento intelectual dos alunos, colaboradores e visitantes da instituição; METODOLOGIA Para a análise do trabalho foi feito um estudo sobre a importância da gestão ambiental dentro do contexto escolar. A escola onde foi elaborada esta pesquisa foi fundada no ano de 1982, atua na educação infantil, no nível fundamental, médio e pré-vestibular, com funcionamento nos turnos da manhã e tarde. Para o alcance dos resultados deste trabalho foi utilizado o método exploratório, que segundo (GIL, 2002, p.41), têm como objetivo proporcionar maior familiaridade com o problema, com vistas a torná-lo mais explícito, como uma forma de demonstrar a importância da gestão ambiental e os benefícios advindos da mesma, com intuito de reduzir os impactos negativos causados pelas atividades desenvolvidas. Quanto aos procedimentos foram desenvolvidos através de uma pesquisa bibliográfica, com levantamento de livros, leis, artigos científicos, matérias com conteúdo relativo ao problema pesquisado; Na pesquisa de campo foi feita aplicação de questionários com alunos do nível fundamental II (do 5º ao 9º ano), de uma escola particular de Teresina-PI, a pesquisa foi realizada com 247 alunos, no mês de setembro do ano de 2013, para avaliar o nível de consciência ambiental dos participantes. RESULTADOS E DISCUSSÃO Após análise dos dados obtidos em visita a escola e aplicação de questionários, a pesquisa revelou que dos 247 alunos entrevistados pertencentes ao ensino fundamental II, 51% são do sexo feminino e 49% do sexo masculino. Outro ponto pesquisado foi a faixa etária dos alunos participantes da pesquisa, sendo que a maioria deles estão entre 13 e 15 anos e a minoria entre 16 e 18 anos, a figura 01 demonstra a classificação desses alunos conforme a idade. Figura1: Faixa etária dos alunos entrevistados. Fonte: autora, 2013 2 IBEAS Instituto Brasileiro de Estudos Ambientais

Belo Horizonte/MG 24 a 27/11/2014 Com base nesses dados pode-se destacar que tais alunos possuem capacidade intelectual para averiguar as condições ambientais que o cercam, sendo este um fator fundamental para realização da pesquisa, pois de acordo com estudos realizados por Pedrini (2010), para que se realizem atividades de educação ambiental é necessário que se tenha um conhecimento prévio dos conceitos e elementos que compõe o meio ambiente. Também foi analisada a renda familiar dos participantes da pesquisa, os dados encontrados estão representados no figura 2. Figura 2: Renda Familiar dos alunos entrevistados, Fonte: Autora, 2013 Observa-se que existe uma grande variação quanto à renda familiar dos alunos, sendo que a maioria, cerca de 26%, afirmou possuir renda familiar acima de R$3.390,00. Nesse sentido, vale ressaltar que, dentro do contexto social da cidade de Teresina, a renda dos entrevistados pode ser considerada favorável; sendo este um ponto relevante, uma vez que questão da renda familiar geralmente interfere na questão ambiental, pois estudos comprovam que há uma relação entre as questões financeiras e o nível de degradação ambiental. Segundo Sen (2000), a privação de liberdade é um empecilho para o desenvolvimento; privações das capacitações podem afetar a liberdade dos indivíduos assim como a privação das rendas também pode afetá-la. Assim pode-se entender que a riqueza está relacionada com uma melhor qualidade de vida e também com a liberdade que se pode desfrutar, como por exemplo acesso à educação de qualidade, informações, entre outras. Chiarini (2006) também reforça essa idéia afirmando que, a dinâmica do capitalismo contemporâneo, com atividades econômicas poupadoras de mão-de-obra, é capaz de gerar desigualdades, assim indivíduos que estão à mercê desse sistema são marginalizados. Essas condições estão relacionadas a questões como o analfabetismo, doenças, desigualdade de gênero e consequentemente a degradação ambiental. Ao serem questionados quanto ao local de jogar o lixo, a maioria afirmou que deposita o lixo na lixeira, 29% afirmaram que guardam no bolso ou na bola, 9% no chão e 1% em outros locais não especificados. IBEAS Instituto Brasileiro de Estudos Ambientais 3

Belo Horizonte/MG - 24 a 27/11/2014 Figura 3: Hábito de jogar o lixo. Fonte: Autora, 2013 Os resultados, que estão demonstrados na figura 03, permitem concluir que a maioria dos entrevistados possui consciência de onde jogar o lixo. Estes dados são bastante positivos quanto ao que concerne a preservação de um meio ambiente limpo e bem conservado. Conforme demonstrado na figura 4, durante a entrevista as maiorias dos alunos afirmaram que já ouviram falar em educação ambiental, demonstrando assim que as ideias conceituais de educação ambiental são bastante comuns no meio escolar. Figura 4: Nível de conhecimento sobre a educação ambiental. Fonte: autora, 2013 No entanto, como demonstrado na figura 5, a opinião dos alunos é bastante dividida quanto ao fato de estudarem educação ambiental ou não na escola; observa-se que 51% disseram que não estudam educação ambiental na escola, enquanto 49% confirmaram estudar. Assim pode-se entender que a escola deveria aproveitar mais o nível de informação desses alunos quanto a questões ambientais, inserindo atividades que busquem aperfeiçoar ainda mais estas ideias, com intuito de formar profissionais cada vez mais preocupados com a preservação do meio ambiente. 4 IBEAS Instituto Brasileiro de Estudos Ambientais

Belo Horizonte/MG 24 a 27/11/2014 Figura 5: Estudam educação ambiental na escola. Fonte, autora, 2013 Outro aspecto que foi investigado foi a participação dos alunos em algum tipo de prática de educação ambiental na escola, de acordo com a figura 6, os resultados foram bem contrários as propostas colocadas pela Política Nacional de Educação Ambiental - PNEA, uma vez que, 72% do público entrevistado afirmou não participar de práticas que envolvam educação ambiental. Figura 6: Participam de alguma prática de educação ambiental na escola. Fonte: autora, 2013 Dessa forma pode-se concluir que a instituição possui práticas de educação ambiental, apenas como um tema isolado, utilizado em gincanas, datas comemorativas, entre outras, ou seja, não possui um processo de conscientização continuado. Conforme os dados expostos na figura 7, a maioria dos alunos, 43% do total de entrevistados, afirmaram que, quando há realização de projetos de educação ambiental na escola, estes podem ser considerados bons, pois os seus resultados contribuem positivamente para a preservação da natureza. Por outro lado, um número considerável, 32% dos alunos, disseram que tais projetos são bons, mas não possuem resultados concretos. Dessa maneira vale destacar que a escola deveria investir mais em projetos ambientais, essa ação teria resultados positivos tanto na formação do caráter desses cidadãos, como na valorização dos recursos do meio ambiente. IBEAS Instituto Brasileiro de Estudos Ambientais 5

Belo Horizonte/MG - 24 a 27/11/2014 Figura 7: Avaliação dos projetos de educação ambiental trabalhados na sua escola. Fonte: autora, 2013 Como se pode observar, a figura 8 demonstra que dos 247 alunos pesquisados, 89% afirmam que já ouviram falar em desenvolvimento sustentável, enquanto 11% nunca ouviram falar. Porém apesar da maioria afirmar já ter ouvido este termo, durante a pesquisa pode-se perceber que tais alunos não têm um conhecimento profundo do conceito de desenvolvimento sustentável. Esses dados demonstram que os alunos têm a necessidade, de que essas temáticas ambientais sejam melhor abordados, principalmente no ambiente escolar. Figura 8: Ouviram falar em desenvolvimento sustentável. Fonte: autora, 2013 Apesar da maioria dos alunos terem uma definição correta sobre meio ambiente, ao serem questionados quanto a definição de meio ambiente, notou-se que os alunos ficaram divididos quanto as suas respostas; pois de acordo com a figura 9, 49% do total definem o meio ambiente como tudo que está ao nosso redor, incluindo o homem, 32% meio natural e construído, 15% as plantas, 2% as águas e 2% afirmou não ter uma definição de meio ambiente. 6 IBEAS Instituto Brasileiro de Estudos Ambientais

Belo Horizonte/MG 24 a 27/11/2014 Figura: 09 Definição de meio ambiente. Fonte: autora, 2013 Dessa forma entende-se que para eles o meio ambiente são todos os fatores que afetam diretamente o comportamento dos seres vivos. De acordo com a figura 10, a maior parte dos alunos conhece o conceito de Programa de gestão ambiental (PGA), sendo que 64% afirmaram que o PGA consiste em um projeto de conscientização da população sobre o meio ambiente. A referida pesquisa também revelou que no momento, não existe nenhum PGA em execução na instituição. CONCLUSÃO Figura 10: Conceito de programa de gestão ambiental. Fonte: autora, 2013 As discussões a respeito de temas ambientais vêm crescendo desde a década de 60, e com o passar dos anos ficou cada vez mais claro que este é um tema global, ou seja, depende da coletividade, dessa maneira é necessário que seja abordadas em todos os níveis sociais. A busca por um meio ecologicamente equilibrado tem induzido a adoção de políticas que visem à implantação de estratégias de desenvolvimento que sejam consideráveis sustentáveis. E as escolas têm um papel muito importante dentro deste contexto que busca incessantemente o equilíbrio homem e natureza. Durante a pesquisa pode-se constatar que os alunos possuem algumas definições quanto a termos que envolvem questões ambientais, no entanto no geral eles não têm um conceito critico formado, não conseguem entender a importância das suas práticas para o meio em que vivem; dessa forma fica explicita a necessidade de que a escola crie estratégias que abram espaços para discussão de assuntos concernentes a área ambiental. IBEAS Instituto Brasileiro de Estudos Ambientais 7

Belo Horizonte/MG - 24 a 27/11/2014 Dessa maneira, verifica-se que é importante a implantação de um Programa de gestão ambiental próprio nessa organização, que possui uma interface significativa com a questão ambiental, pois os benefícios com a implementação desses programas estão intimamente ligados à mudança comportamental, aprendizado e inovação. Assim, a pesquisa ratificou que as escolas, através do seu processo educativo, podem contribuir positivamente no processo de preservação ambiental, inserindo em suas atividades cotidianas práticas que busquem a interiorização de conceitos ambientais corretos, quebrando o antigo paradigma que as questões ambientais somente são de interesse dos ecologistas REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1.BRASIL. Decreto Nº 4.281, de 25 de junho de 2002. Regulamenta a Lei nº 9.795, de 27 de abril de 1999, que institui a Política Nacional de Educação Ambiental, e dá outras providências. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/secad/arquivos/pdf/educacaoambiental/decreto4281.pdf> Acesso em 14 de out de 2013 2.CHIARINI, T. Pobreza e Meio-Ambiente no Brasil Urbano. Economia-Ensaios, Uberlândia, 20(2) e 21(1): 7-33, jul./dez. 2006. 3.DIAS, G. F. Educação e Gestão Ambiental. São Paulo: Gaia, 2006 4.GIL, Antonio Carlos. Como Elaborar Projetos de Pesquisas. 4. Ed. São Paulo: Atlas, 2002. 5. PEDRINI, A; COSTA, E. A; GHILARDI N. Percepção ambiental de crianças e pré-adolescentes em vulnerabilidade social para projetos de educação ambiental. Revista Ciência & Educação, v. 16, n. 1, p. 163-179, 2010. 6.SEN, A. Desenvolvimento como liberdade. Companhia das Letras. São Paulo, 201013.SOUZA, R.S. Evolução, fatores condicionantes e tipologia. In: Encontro Nacional da Associação Nacional de Pós - graduação e Pesquisa em Administração. Anais...Campinas. ANPAD, 2001 8 IBEAS Instituto Brasileiro de Estudos Ambientais