Tribunal de Justiça de Minas Gerais

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Transcrição:

Número do 1.0056.10.004075-9/001 Númeração 0040759- Relator: Relator do Acordão: Data do Julgamento: Data da Publicação: Des.(a) Sebastião Pereira de Souza Des.(a) Sebastião Pereira de Souza 11/12/2013 10/01/2014 EMENTA: PROCESSO CIVIL - AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS - RESPONSABILIDADE OBJETIVA - FALHA NO SERVIÇO - ENTREGA ATRASADA DE VESTIDO - DANO MORAL EXISTENTE- RECURSO NÃO PROVIDO. Nos termos do artigo 14 do Código de Defesa do Consumidor o fornecedor de serviço,responde independentemente da comprovação da culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação do serviço. Com efeito, tem-se que a responsabilidade pela entrega do vestido dentro do prazo, bem como nos padrões contratados, é de fato da empresa apelante, uma vez que assumiu tal compromisso ao aceitar o pedido formulado pela apelada. APELAÇÃO CÍVEL Nº 1.0056.10.004075-9/001 - COMARCA DE BARBACENA - APELANTE(S): LE FERRÉ ALTA-COSTURA - APELADO(A)(S): LEIDA DIRCINEIA SILVA DE PAULA E OUTRO(A)(S), PROTÁSIO FERREIRA DE PAULA A C Ó R D Ã O Vistos etc., acorda, em Turma, a 16ª CÂMARA CÍVEL do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais, na conformidade da ata dos julgamentos em NEGAR PROVIMENTO AO RECURSO.. DES. SEBASTIÃO PEREIRA DE SOUZA RELATOR. 1

DES. SEBASTIÃO PEREIRA DE SOUZA (RELATOR) V O T O V O T O DO RELATOR Tratam os autos de recurso de apelação interposta contra a r. sentença de ff. 128/137 proferida pelo MM. Juiz de Direito da 1ª Vara Cível de Barbacena - MG, nos autos da ação de reparação por danos morais ajuizada por Leida Dircineia Silva de Paula e Protásio Ferreira de Paula em desfavor de La Ferré Alta Costura. Ao fundamento de que restou comprovada a conduta ilícita por parte da ré, o MM. Juiz julgou parcialmente procedentes os pedidos iniciais, condenando a parte requerida ao pagamento de R$ 3.500,00 ( três mil e quinhentos reais) a título de danos morais, descontando-se de tal montante a caução prestada no valor de R$ 750,00 (setecentos e cinqüenta reais), devendo ser a quantia de R$ 2.750,00 ( dois mil setecentos e cinqüenta reais) corrigida monetariamente pelos índices da tabela da Corregedoria Geral de Justiça, a partir da data da propositura da ação e acrescido de juros de mora de 1% ao mês, a partir da data da citação. Condenou a ré, ainda, no pagamento das custas processuais e dos honorários advocatícios fixados em 20% sobre o valor da condenação. Inconformada, a empresa ré recorreu às ff. 149/159, alegando a existência de culpa exclusiva por parte de um dos autores pelo evento danoso, eis que fora a própria Srª. Leida que havia pedido para a troca do zíper do vestido por botões. Alegou que o atraso na entrega do vestido deuse por causa das mudanças requeridas pela Srª. Leida, além do fato do vestido entregue ter sido bem feito e sem a presença de defeitos. Aduziu então não haver quaisquer indícios de culpa por sua parte, bem como inexistir nexo de causalidade entre sua conduta e o ato ilícito a conduzir a responsabilidade reparatória. Ao final, pugnou pela reforma total da r. sentença para que fosse julgado 2

improcedente o pedido de indenização por danos morais. O autor, ora apelado, não apresentou contrarrazões recursais. Eis o relatório. Conheço do recurso porque próprio e regularmente aviado, presentes os pressupostos subjetivos e objetivos de admissibilidade. Pois bem. No tocante ao indeferimento da justiça gratuita em relação à apelante, entendo escorreita a compreensão apresentada pelo juízo monocrático que negara ao recorrente o beneplácito da assistência judiciária gratuita. Isso porque, para que à pessoa jurídica seja concedido o benefício, primordial a demonstração do seu estado de tibiez econômica, mediante documentos comprobatórios que demonstrem a efetiva necessidade da benesse judicial. No mesmo quadrante, o colendo Superior Tribunal de Justiça, mutatis mutandi: 3

- Justiça Gratuita - Pessoa Agravo Regimental - Medida Cautelar - Efeito Suspensivo - Recurso Especial Jurídica - Sociedade Comercial - Prova da Insuficiência de Recursos - Extinção da Ação - (...) 2. Precedentes desta Corte permitem o deferimento da Justiça gratuita a sociedades comerciais desde que comprovada a carência de recursos financeiros destas, que impossibilite o recolhimento das custas. Incidência, na hipótese presente, considerando a fundamentação do Acórdão recorrido, da Súmula nº 07/STJ. 3. Agravo regimental desprovido. (STJ - AGRMC 5672 - RS - 3ª T. - Rel. Min. Carlos Alberto Menezes Direito - DJU 10.03.2003 - g.n.) No caso dos autos, entretanto, não restou comprovada a hipossuficiência financeira a ensejar a concessão do benefício à apelante, mesmo porque a declaração de hipossuficiência econômica somente firma a presunção para a pessoa física, não para a pessoa jurídica. Além disso, a inatividade da empresa não quer necessariamente significar que a apelante não possua os recursos necessários ao custeio da demanda. Passo à análise das outras questões suscitadas. Nos termos do artigo 14 do Código de Defesa do Consumidor o fornecedor de serviço, in casu, o apelante, responde independentemente da comprovação da culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação do serviço. Maria Helena Diniz nos ensina que: 4

"Na responsabilidade objetiva, a atividade que gerou o dano é lícita, mas causou perigo a outrem, de modo que aquele que a exerce, por ter a obrigação de velar para que dele não resulte prejuízo, terá o dever ressárcitório, pelo simples implemento do nexo causal. A vítima deverá pura e simplesmente demonstrar o nexo de causalidade entre o dano e a ação que o produziu"(in Curso de Direito Civil Brasileiro, 17ª ed., Saraiva, 2003, 7º v., p.53.) Do compulsar dos autos, depreende-se que os apelados foram surpreendidos com a demora excessiva na confecção e entrega do vestido da segunda apelada, que chegou atrasada e transtornada à sua festa de comemoração de bodas de prata, fato esse que lhes ocasionou transtornos de diversas ordens, bem como o atraso na realização da cerimônia. Denota-se dos depoimentos de ff.102/105 que, de fato, a festa demorou para começar em razão do atraso da segunda apelada, uma das personagens principais da comemoração.vê-se, ainda, que não apenas chegou atrasada como também totalmente transtornada após ter chorado bastante e ter sofrido tamanho desgaste no dia, mais precisamente momentos antes da festa para qual o vestido fora encomendado. Com efeito, tem-se que a responsabilidade pela entrega do vestido dentro do prazo, bem como nos padrões contratados, é,de fato, da empresa apelante, uma vez que assumiu tal compromisso ao aceitar o pedido formulado pela apelada. Nesse quadrante, tem-se que não merecem guarida as alegações da apelante de que a culpa pelo evento danoso é exclusiva da apelada. 5

Ora, a empresa apelante não logrou êxito em confirmar tais afirmações, de forma que não deve prevalecer a excludente prevista no art.14, 3º, II, a seguir: "Art. 14. O fornecedor de serviços responde, independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e riscos. provar: 3 O fornecedor de serviços só não será responsabilizado quando I - que, tendo prestado o serviço, o defeito inexiste; II - a culpa exclusiva do consumidor ou de terceiro." Nesse cenário, tem-se que os danos decorrentes da falha na prestação do serviço da apelante são evidentes, eis que a demora na entrega da vestido causou transtornos incomensuráveis aos apelados. De fato, os apelados passaram por uma situação muito desagradável ao perder parte da festa e da benção do padre, que se ausentou em razão do atraso, e ainda por ter toda a situação exposta aos seus convidados. Dessa forma, o dever de indenizar é latente no caso em tela. Com efeito, é sabido o dano moral reflete lesão a direito de personalidade, impingindo à vítima uma mácula sobre sua honra objetiva (o que pensam dela) ou subjetiva (o que ela pensa de si mesma), ou ainda capaz de lhe proporcionar indevido sofrimento 6

íntimo e intranqüilidade acima do suportável pelo homem médio. Pelo que pude perceber do processado, os autores, ora apelados, são casados há muito tempo e por isso resolveram comemorar as bodas de prata de sua união, em um momento único que seria a festa. E foi esse o motivo da encomenda do vestido, de forma que era imprescindível a entrega no horário compatível com tal festa. Assim, todo o imbróglio causado pelo atraso, repiso, ainda mais pelo caráter único da comemoração, ensejou um sofrimento imenso aos ora apelados. Dessa forma, o dever de indenizar é latente no caso em tela. Ante o exposto infere-se que não merece guarida o inconformismo do apelante, sendo, pois, imperiosa a manutenção integral da r. sentença. DISPOSITIVO Com tais considerações, NEGO PROVIMENTO AO RECURSO, mantendo incólume a r. sentença hostilizada. Custas recursais, pela apelante. É como voto. DES. OTÁVIO DE ABREU PORTES (REVISOR) - De acordo com o(a) Relator(a). DES. FRANCISCO BATISTA DE ABREU - De acordo com o(a) Relator(a). SÚMULA: "NEGAR PROVIMENTO AO RECURSO" 7