GASTOS DOS ESTRANGEIROS EM PORTUGAL

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Transcrição:

GASTOS DOS ESTRANGEIROS EM PORTUGAL DIRECÇÃO GERAL DO TURISMO DIRECÇÃO DE SERVIÇOS DE ESTUDOS E ESTRATÉGIA TURÍSTICOS DIRECÇÃO DE RECOLHA E ANÁLISE ESTATÍSTICA Realizado por: José Mendes Coordenado por: Teresinha Duarte Junho.2004

ÍNDICE I. Nota Metodológica. 4 II. Síntese dos Principais Resultados 5 1. Introdução 6 2. Perfil dos Visitantes Estrangeiros Não Residentes em Portugal.. 7 2.1. Visitantes Estrangeiros 7 2.2. Excursionistas Estrangeiros.. 8 2.2.1. Caracterização Geral.. 8 2.2.2. Gastos dos Excursionistas 11 2.3. Turistas Estrangeiros.. 13 2.3.1. Caracterização Geral.. 13 2.3.2. Recurso aos Serviços das Agências de Viagens.. 16 2.3.3. Antecedência na decisão de Viajar a Portugal. 18 2.3.4. Motivo da Viagem 19 2.3.5. Meio de Transporte. 20 2.3.6. Gasto Médio Turista/Dia.. 22 Conceitos.. 25 3

I. NOTA METODOLÓGICA O presente estudo resulta do Inquérito aos Gastos dos Estrangeiros Não Residentes em Portugal, realizado pelo Instituto Nacional de Estatística em, para uma amostra de 9.525 entrevistas, sendo 9.025 direccionadas aos turistas e 500 aos excursionistas. O referido inquérito tem como principal objectivo conhecer o gasto médio efectuado por motivo de turismo dos visitantes residentes no estrangeiro que se deslocam a Portugal, assim como, o seu perfil. Foram definidos dois períodos de recolha: época alta (28 de Julho a 30 de Setembro) e época baixa (1 de Outubro a 15 de Dezembro). Para a época alta foram efectuadas 6.032 entrevistas, o que equivale a 63,3% do total, sendo que, 5.746 foram vocacionadas para os turistas e 286 aos excursionistas. O número de entrevistas efectuadas aos turistas resulta de uma análise detalhada das dormidas de estrangeiros por região e tipo de estabelecimento ocorridas em 2002. Por esta via, foram definidos para estudo isolado os seguintes mercados: Alemanha, Áustria, Espanha, Estados Unidos da América, França, Irlanda, Países Baixos, Reino Unido e Suécia, encontrando-se os restantes mercados agrupados em Outros. No que diz respeito às regiões de recolha, foram definidas seis regiões que são coincidentes com a delimitação geográfica das NUTs II, excepto a região dos Açores. Finalmente, as tipologias de alojamento consideradas compreendem três segmentos fundamentais: estabelecimentos hoteleiros; aldeamentos e apartamentos turísticos; parques de campismo, colónias de férias e outros. No caso dos excursionistas, a amostra teve como base as entradas de visitantes, sendo a repartição dos locais de inquirição feita proporcionalmente ao número de entradas de visitantes não residentes em Portugal por fronteira. As fronteiras terrestres mais representativas são: Valença, Caia, Vilar Formoso e Monte Francisco. 4

II. SÍNTESE DOS PRINCIPAIS RESULTADOS 57,50 Gasto médio dos excursionistas residentes no estrangeiro a preços correntes 32,7 % Excursionistas residentes no estrangeiro gastam mais em Cafés e Restaurantes 68,4 % Turistas residentes no estrangeiro recorrem aos serviços das agências de viagens 56,0 % Turistas residentes no estrangeiro decidem viajar com um período inferior a 3 meses 85,0 % O lazer é o principal motivo da viagem dos turistas residentes no estrangeiro 119,50 Gasto médio turista/dia (equivalente a adulto) a preços correntes dos residentes no estrangeiro 174,45 Gasto médio turista/dia (equivalente a adulto) a preços correntes dos residentes nos E. U. A. é o mais elevado 146,26 Gasto médio turista/dia (equivalente a adulto) a preços correntes é mais elevado na Região da Madeira 63,7 % Turistas residentes no estrangeiro gastam mais em Hotéis, Cafés e Restaurantes 5

1. INTRODUÇÃO A presente publicação marca o fim do ciclo de cerca de uma década de informação recolhida, tratada e difundida sobre os gastos dos turistas residentes no estrangeiro, uma vez que a partir de 2004 será estruturada uma nova metodologia de inquirição que visa alargar o estudo dos gastos dos turistas, incluindo os turistas residentes em Portugal, de modo a responder às crescentes exigências do mercado. A estrutura deste relatório compreende duas partes: numa primeira fase procede-se a uma análise detalhada do perfil dos excursionistas residentes no estrangeiro, como a estrutura dos gastos e o respectivo gasto diário, numa segunda parte é desenvolvido o mesmo estudo para os turistas (residentes no estrangeiro), sendo que neste particular, são ainda estudados os serviços prestados pelas agências de viagens, o meio de transporte utilizado e demais informação associada ao facto dos turistas pernoitarem. Importa ainda referir que a análise feita à caracterização dos visitantes se reporta ao representante do agregado familiar, salvo para o motivo da viagem, os meios de transporte utilizados, o recurso aos serviços das agências de viagens e os gastos médios diários, sendo que estes últimos dizem respeito ao gasto médio equivalente a adulto e são tratados a preços correntes. 6

2. PERFIL DOS VISITANTES ESTRANGEIROS NÃO RESIDENTES EM PORTUGAL A estrutura de análise do presente relatório, desagrega os visitantes residentes no estrangeiro em turistas e excursionistas. Os visitantes designados de passageiros em trânsito marítimo não são absorvidos pelo inquérito realizado pelo Instituto Nacional de Estatística, no entanto, a sua exclusão não condiciona os apuramentos finais, na medida em que esta tipologia de visitantes representava, em, apenas 1,1% do total de visitantes estrangeiros entrados em Portugal, o que corresponde a 289,5 milhares de visitantes. 2.1 VISITANTES ESTRANGEIROS O Gráfico 1 apresenta a evolução do número de entradas de visitantes estrangeiros não residentes em Portugal de 1995 a. Para o período em análise é possível verificar o crescimento sustentado do turismo, ocorrendo uma quebra apenas no ano 2002, à qual não serão alheios factores como os impactes gerados pelo 11 de Setembro de 2001 (terrorismo) e a profunda crise económica que atingiu alguns dos principais mercados emissores de turismo para Portugal. G.1 Entradas de Visitantes Estrangeiros 30.000 Visitantes (milhares) 25.000 20.000 15.000 10.000 5.000 0 23.066,0 23.251,7 24.244,1 26.559,7 27.016,3 28.014,0 28.149,9 27.193,9 27.532,4 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 Fonte: DGT Assinale-se ainda que os resultados apurados para demonstram que o número de visitantes estrangeiros em Portugal cresceu face a 2002 (cerca de 1,2%), contudo este crescimento fica ainda longe do score obtido em 2001 (28.149,9 milhares de visitantes estrangeiros). Apesar desta performance, parece ainda prematuro assumir que a retoma é já uma realidade, no entanto a realização em Portugal do Campeonato da Europa de Futebol em 2004, como outros eventos de dimensão mundial, poderão contribuir para acelerar a retoma da actividade turística a nível nacional. 7

2.2 EXCURSIONISTAS ESTRANGEIROS 2.2.1 CARACTERIZAÇÃO GERAL Tomando como referência a informação apurada pela Direcção Geral do Turismo, verifica-se que o excursionismo em Portugal é essencialmente constituído por visitantes oriundos de Espanha. O Gráfico 2 apresenta o peso relativo do mercado espanhol no volume total de excursionistas em Portugal de 1990 a 2002. G.2 Peso Relativo do Mercado Espanhol no Excursionismo em Portugal 100% 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% 97,0 97,3 97,8 97,5 98,8 97,7 97,6 97,6 97,5 1990 1992 1994 1997 1998 1999 2000 2001 2002 Espanha Outros Fonte: DGT Verifica-se que o peso relativo do mercado espanhol no total de excursionistas em Portugal para o período em análise (1990 a 2002) tem flutuado entre os 97,0% e os 98,8% (coincidiu com a realização em Portugal da EXPO 98). Dado o elevado peso relativo do mercado espanhol no total do excursionismo em Portugal, a presente avaliação do perfil dos excursionistas decorrerá pela análise exclusiva deste mercado. SEXO O Quadro 1 retrata o universo dos inquiridos (representante do agregado familiar), segundo o sexo, desde 1990 a. Pela análise do referido quadro, verifica-se um decréscimo continuado e sustentado do peso relativo do sexo feminino enquanto representante do agregado familiar, em 1990, 29,7% dos inquiridos eram do sexo feminino, já em o seu peso relativo desceu para apenas 17,7%, ou seja, menos 12 pontos percentuais. Q.1 Sexo Sexo 1990 1992 1994 1997 1998 1999 2000 2001 2002 Masculino 70,3 68,6 67,0 64,2 66,5 83,7 80,5 81,5 83,7 82,3 Feminino 29,7 31,4 33,0 35,8 33,5 16,3 19,5 18,5 16,3 17,7 8

SITUAÇÃO PERANTE O TRABALHO A informação referente à situação perante o trabalho dos excursionistas que visitaram Portugal, entre 1990 e está patente no quadro que se segue (Quadro 2), o qual indica que, em 1990, o peso relativo dos activos a exercerem uma profissão representava 66,2% do total dos excursionistas em Portugal nesse ano, 13,6% eram reformados e 13% estudantes, assinale-se ainda que apenas 0,9% encontravam-se numa situação de desemprego e 1,7% encontravam-se à procura do primeiro emprego. Estes resultados evidenciam uma relação directa entre recursos económicos e disponibilidade para fazer turismo. Q.2 Situação Perante o Trabalho Situação Perante o Trabalho 1990 1992 1994 1997 1998 1999 2000 2001 2002 Dona de Casa 4,6 5,0 5,8 6,4 5,7 4,5 4,5 3,1 2,7 2,9 Estudante 13,0 12,8 10,0 6,8 8,9 2,3 1,4 1,6 1,8 1,4 Procura 1.º Emprego 1,7 1,0 0,6 0,5 0,4 0,2 0,2 0,0 0,0 0,4 Desempregado 0,9 1,3 1,5 1,4 0,8 1,3 0,6 0,8 1,5 2,5 Reformado 13,6 15,0 13,9 14,8 16,8 8,4 9,9 9,3 10,9 11,8 Activo Exercer Profissão 66,2 64,9 68,2 70,1 67,4 83,3 83,4 85,2 83,1 81,0 Total 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 Para o período em análise, verificam-se algumas tendências, como seja, o extraordinário decréscimo de importância dos estudantes no que concerne à formação total dos excursionistas em Portugal, representando 13% em 1990 e apenas 1,4% em. Assinalese ainda o desempenho positivo dos activos a exercer uma profissão, evoluindo na década de 90 dos 65% para cerca dos 85% em 2001 (variação positiva de cerca de 20 pontos percentuais), decrescendo nos anos seguintes até se fixar nos 81% em. PROFISSÕES Q.3 Profissões Profissões 1997 1998 1999 2000 2001 2002 Quadros Superiores da Administração Pública, Dirigentes e Quadros Superiores de Empresa 17,4 21,4 13,1 15,6 13,6 19,7 17,3 Especialistas das Profissões Intelectuais e Científicas 18,2 20,5 23,6 22,0 20,2 19,2 21,1 Técnicos e Profissionais de Nível Intermédio 10,2 9,9 12,8 14,9 11,9 12,4 10,6 Pessoal Administrativo e Similares 7,4 9,8 8,3 8,5 8,8 7,0 8,4 Pessoal dos Serviços e Vendedores 11,8 9,6 12,6 9,7 16,4 12,2 12,9 Agricultores e Trabalhadores Qualificados da Agricultura e Pescas 5,1 3,8 4,7 4,5 2,9 2,6 2,6 Operários, Artífices e Trabalhadores Similares; Operadores de Instalações e Máquinas e Trabalhadores 29,9 24,7 23,6 24,8 25,7 26,2 26,6 da Montagem; Trabalhadores Não Qualificados Membros das Forças Armadas 0,0 0,3 1,3 0,0 0,5 0,7 0,5 Total 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 9

No Quadro 3 apresenta-se a informação relativa às profissões mais frequentes entre os excursionistas activos a exercer profissão que visitaram Portugal entre 1997 e. Para o período em análise verificam-se oscilações significativas, contudo, e tomando em consideração os extremos (1997 e ) regista-se alguma similaridade em termos do peso relativo de cada uma das profissões consideradas. No entanto, e como resultado da própria evolução da sociedade, sectores como a agricultura e pescas tendem a perder importância, ganhando por seu turno as actividades/profissões de cariz científico e intelectual, o quadro expressa precisamente essa tendência, comparando o ano de 1997 com o de. No que diz respeito ao peso relativo de cada um dos grupos de profissões consideradas, assinale-se os operários, operadores de instalações e máquinas, trabalhadores das montagens e trabalhadores não qualificados com 26,6% em, seguidos de perto pelos especialistas das profissões intelectuais e científicas com 21,1% do total de excursionistas entrados em Portugal em. MOTIVO DA VIAGEM O Gráfico 3 apresenta para os anos 2002 e o peso relativo de cada um dos motivos da viagem dos excursionistas estrangeiros entrados em Portugal. Através de uma análise detalhada do referido gráfico, é possível verificar o peso relativo significativo dos excursionistas entrados em Portugal em por motivos de lazer (46,6%), por motivos de negócios e afins (17,5%) e de compras (16,7%). G.3 Motivo da Viagem Excursionistas Lazer 2002 Negócios/Actividades Profissionais/Congressos Compras Visita a Familiares e Amigos (VFR) Religião Desporto 0% 20% 40% 60% 80% 100% Outros Motivos Em termos de evolução, registou-se para um crescimento do número de excursionistas que visitou Portugal por motivos de lazer (4,2 pontos percentuais face ao período homólogo), por outro lado, assinale-se o decréscimo dos excursionistas por motivos de negócios/actividades profissionais/congressos e compras com menos 4,3 e 3,7 pontos percentuais, respectivamente. 10

2.2.2 GASTOS DOS EXCURSIONISTAS G.4 Gastos Médios dos Excursionistas Euros 70,00 60,00 50,00 40,00 30,00 20,00 10,00 0,00 61,85 59,36 57,50 45,89 48,38 52,87 52,87 48,88 43,40 39,50 1990 1992 1994 1997 1998 1999 2000 2001 2002 O Gráfico 4 apresenta a evolução média dos gastos dos excursionistas de 1990 a, onde se verifica uma evolução descontinuada e muito heterogénea (o comportamento tipo electrocardiograma da linha de resultados revela isso mesmo), o que revela uma certa incapacidade das estruturas nacionais em potenciar o consumo, seja através de acções concertadas pelo lado da procura, seja, fundamentalmente, pelo lado da oferta. Em verifica-se um crescimento significativo dos gastos efectuados pelos excursionistas entrados em Portugal (gasto médio equivalente a um adulto), comparativamente a 2002 os excursionistas gastaram mais 18 euros, passando de 39,50 euros para 57,50 euros. No entanto, os resultados obtidos ainda ficam longe dos alcançados em 1990, ano em que os gastos médios dos excursionistas atingiram cerca de 62,00 euros. Q.4 Gastos Médios dos Excursionistas Motivo da Viagem Motivo da Viagem (Euros) 1990 1992 1994 1997 1998 1999 2000 2001 2002 Lazer - - - - - - - 59,54 39,90 47,60 Negócios* 155,62 88,29 80,30 54,37 49,88 41,90 36,41 40,40 35,40 45,80 Compras 69,33 69,33 54,37 64,84 73,82 73,82 64,34 77,31 50,00 142,50 VFR** 45,89 57,86 26,94 27,93 13,97 25,94 24,94 10,47 25,70 10,70 Religião 14,47 9,48-4,49-22,45 - - 51,70 9,30 Desporto 17,96 6,98 - - 19,95-10,47 1,00 13,60 20,00 Outros Motivos 55,37 46,39 33,42 30,43 23,44 17,96 19,45 28,93 31,20 29,50 Total 61,85 59,36 45,89 48,38 48,88 52,87 43,40 52,87 39,50 57,50 * Negócios/Actividades Profissionais/Congressos ** Visita a Familiares e Amigos O Quadro 4 desagrega os gastos médios dos excursionistas segundo o motivo da viagem, analisando o mesmo verificam-se acentuados desequilíbrios para o período em análise, visto que nos primeiros anos da década de 90 os excursionistas que se deslocavam a Portugal por negócios/actividades profissionais/congressos era o segmento que mais gastos médios registava (155,62 euros em 1990), no entanto, com o decorrer dos anos registaram-se significativos decréscimos, fixando-se, em 2002, nos 35,40 euros, crescendo no ano seguinte 11

para os 45,80 euros. Este facto, está associado às novas formas de comercialização do produto designado por MICE (Meetings, Incentives, Congresses and Events), o qual tende a transformar excursionistas em turistas, ou seja, a procura deste produto tem implicado nos últimos anos a necessidade de pernoita. Importa ainda considerar os excursionistas que se deslocam a Portugal por motivos de compras, uma vez que os gastos médios são normalmente elevados, de resto como o documenta o Quadro 4, assinale-se neste particular o valor ocorrido em, com 142,50 euros de gastos médios. G.5 Estrutura dos Gastos 100,0 80,0 60,0 40,0 Lazer, Recreio e Cultura Saúde Bebidas Alcoólicas e Tabaco Alimentação e Bebidas Não Alcoólicas Comunicações Bens e Serviços Diversos 20,0 0,0 2000 2001 2002 Vestuário e Calçado Transportes Cafés e Restaurantes Artigos Domésticos/Decoração A repartição da estrutura de gastos dos excursionistas mostra que a rubrica cafés e restaurantes tem vindo assumir um crescendo de importância, evoluindo de 25,3% (2000) para 32,7% (), no mesmo sentido encontram-se os gastos efectuados nos transportes e nos bens e serviços diversos apesar da evolução não demonstrar uma forte consistência, uma vez que o seu crescimento não é sustentável. Assinale-se o decréscimo de importância dos artigos domésticos/decoração em termos da estrutura de gastos, perdendo em apenas quatro anos cerca de 20 pontos percentuais, a acompanhar esta rubrica está a que se reporta ao vestuário e calçado decrescendo de 10,5% em 2000 para apenas 4,9% em. 12

2.3 TURISTAS ESTRANGEIROS 2.3.1 CARACTERIZAÇÃO GERAL A análise do perfil dos turistas residentes no estrangeiro que visitaram Portugal é feita tendo por base os principais mercados emissores, particularmente, o Reino Unido, Alemanha, Espanha, Holanda, França, Estados Unidos da América e os restantes mercados são agrupados em Outros. Os resultados apurados reportam-se ao representante do agregado familiar ou de amigos, inferindo-se que há vários itens comuns a todo o grupo: motivo da viagem, meios de transporte utilizados, recurso a serviços das agências de viagens, regiões visitadas, gastos médios turista/dia, entre outros. Pelo contrário, o sexo, as actividades profissionais e a antecedência na marcação da viagem referem-se exclusivamente ao inquirido representante do agregado familiar. SEXO O Gráfico 6 apresenta o universo dos inquiridos segundo o sexo, sendo que para o período em análise verifica-se um decréscimo continuado do sexo masculino, caindo de 73,2% em 1990 para 58,3% em. O crescimento sustentado do grau de importância do sexo feminino enquanto representante do agregado familiar responde às alterações da própria estrutura social que caracterizou o final do séc. XX G.6 Sexo 80,0% 70,0% 60,0% 50,0% 40,0% 30,0% 20,0% 10,0% 0,0% 1990 1992 1994 1997 1998 1999 2000 2001 2002 Masculino Feminino SITUAÇÃO PERANTE O TRABALHO No que se refere à situação perante o trabalho, o Quadro 5 apresenta o peso relativo dos turistas estrangeiros entrados em Portugal (representante do agregado familiar). 13

Q.5 Situação Perante o Trabalho Situação Perante o Trabalho 1990 1992 1994 1997 1998 1999 2000 2001 2002 Dona de Casa 2,6 5,6 5,8 6,6 5,7 6,6 6,6 7,3 5,7 6,7 Estudante 13,1 12,6 10,6 6,8 8,0 8,0 6,9 5,3 4,9 5,0 Procura 1.º Emprego 0,7 1,0 0,7 0,5 0,5 1,0 0,6 0,5 0,4 0,5 Desempregado 0,9 1,0 1,6 1,2 0,8 1,0 1,2 1,2 0,6 0,7 Reformado 14,3 15,4 13,8 12,8 16,5 16,2 17,4 14,8 20,5 24,8 Activo Exercer Profissão 68,4 64,4 67,5 72,1 68,5 67,2 67,3 70,9 67,9 62,3 Total 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 Conforme se verificou no caso dos excursionistas, os estudantes registam para os anos em causa uma acentuada diminuição do peso relativo face ao total, em contrapartida e contrariamente aos excursionistas, os reformados evidenciam assinaláveis crescimentos, em apenas 14 anos aumentaram o peso relativo em mais de 10 pontos percentuais. Para que se verifique este cenário contribuíram sobremaneira os novos programas direccionados para a terceira idade, segmento que dispõe de dinheiro e tempo livre, condições essenciais à prática do turismo. Os turistas que se encontram a exercer profissão continuam a ser o grupo que mais contribui para a emissão de turistas para Portugal, apesar da ligeira quebra verificada em, com 62,3% do total, menos 5,6 pontos percentuais face ao período homólogo (2002). Q.6 Situação Perante o Trabalho País de Residência () Situação Perante o Trabalho Países de Residência Alemanha Espanha França R. Unido E.U.A. Holanda Outros Total Dona de Casa 6,4 4,4 6,1 6,8 3,7 6,9 8,6 6,7 Estudante 5,5 6,6 6,9 2,1 2,6 4,7 5,8 5,0 Procura 1.º Emprego 0,4 0,9 0,5 0,5 0,0 0,1 0,4 0,5 Desempregado 0,9 0,9 0,3 0,5 1,2 1,1 0,5 0,7 Reformado 29,9 8,3 24,4 34,0 32,7 24,1 22,8 24,8 Activo Exercer Profissão 56,9 78,9 61,8 56,1 59,8 63,1 61,9 62,3 Total 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 No que concerne à situação perante o trabalho segundo o país de residência dos turistas, em, o mesmo está patente no Quadro 6, onde é possível verificar distintas situações profissionais conforme o país de residência. Enquanto que apenas 8,3% dos turistas espanhóis que visitaram Portugal em eram reformados, já os turistas norteamericanos equivaliam a mais de 30% do total de turistas residentes nos Estados Unidos da América que visitaram Portugal. Em contraponto, encontram-se os turistas a exercer uma profissão, onde os espanhóis, com cerca de 80% do total, se assumem como o mercado mais representativo. 14

Uma vez que os turistas que se encontram perante uma situação de trabalho activo (exercer profissão) são os que registam o peso relativo mais elevado em todos os mercados emissores, o Gráfico 7 apresenta a evolução do peso relativo desta rubrica por mercados emissores. G.7 Activos a Exercer uma Profissão Países de Residência (2000 a ) Outros Holanda E.U.A. R. Unido França Espanha Alemanha 2002 2001 2000 0,0% 10,0% 20,0% 30,0% 40,0% 50,0% 60,0% 70,0% 80,0% 90,0% PROFISSÕES No quadro que se segue, apresenta-se o peso relativo dos turistas inquiridos (representantes dos agregados familiares) na condição de activos a exercer profissão, segundo a Classificação Nacional de Profissões para o período de 1997 a. Q.7 Profissões Profissões 1997 1998 1999 2000 2001 2002 Quadros Superiores da Administração Pública, Dirigentes e Quadros Superiores de Empresa 13,1 14,3 15,5 14,2 15,1 16,7 15,7 Especialistas das Profissões Intelectuais e Científicas 36,5 35,8 36,1 39,5 32,2 34,0 35,6 Técnicos e Profissionais de Nível Intermédio 20,4 19,5 17,9 16,9 20,1 19,4 17,2 Pessoal Administrativo e Similares 9,8 9,6 11,6 9,6 10,0 10,3 10,9 Pessoal dos Serviços e Vendedores 8,0 9,0 8,7 8,3 10,2 8,6 9,0 Agricultores e Trabalhadores Qualificados da Agricultura e Pescas 2,0 1,1 1,0 0,7 1,3 1,5 1,6 Operários, Artífices e Trabalhadores Similares; Operadores de Instalações e Máquinas e Trabalhadores 10,0 10,2 8,9 10,1 10,7 9,1 9,6 da Montagem; Trabalhadores Não Qualificados Membros das Forças Armadas 0,2 0,5 0,3 0,7 0,4 0,4 0,4 Total 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 15

Para o período em análise importa assinalar a manutenção da estrutura do peso relativo de cada uma das profissões consideradas. Dos turistas que visitaram Portugal, em, que se encontravam a exercer uma profissão, 35,6% pertenciam ao grupo especialistas das profissões intelectuais e científicas e 17,2% ao grupo técnicos e profissionais de nível interno, representando os quadros superiores da administração pública, dirigentes e quadros superiores de empresas 16,7% do total. Q.8 Profissões País de Residência () Profissões Países de Residência Alemanha Espanha França R. Unido E.U.A. Holanda Outros Quadros Superiores da Administração Pública, Dirigentes e Quadros Superiores 14,3 15,6 15,7 15,4 20,1 16,2 16,1 15,7 de Empresa Especialistas das Profissões Intelectuais e Científicas 38,7 36,6 31,6 29,9 41,2 35,1 37,9 35,7 Técnicos e Profissionais de Nível Intermédio 16,4 19,0 18,8 17,5 22,4 15,5 15,4 17,2 Pessoal Administrativo e Similares 10,2 9,5 13,1 12,8 8,6 9,9 10,6 10,8 Pessoal dos Serviços e Vendedores 8,6 10,2 7,8 9,4 5,2 7,5 9,6 9,0 Agricultores e Trabalhadores Qualificados da Agricultura e Pescas 0,8 1,2 1,3 2,1 0,5 3,3 1,7 1,6 Operários, Artífices e Trabalhadores Similares; Operadores de Instalações e Máquinas e Trabalhadores da Montagem; 10,7 7,8 11,5 12,2 1,0 11,5 8,3 9,6 Trabalhadores Não Qualificados Membros das Forças Armadas 0,3 0,1 0,2 0,7 1,0 1,0 0,4 0,4 Total 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 Total Por países de residência, em, os representantes dos agregados familiares dos principais mercados emissores concentram as suas actividades profissionais no grupo dos especialistas das profissões intelectuais e científicas, neste particular os Estados Unidos da América, com 41,2%, é o mercado que apresenta a maior concentração de ocorrências neste grupo, seguindo-se a Alemanha com 38,7%. Assinale-se ainda o peso relativo dos representantes dos agregados familiares com profissões de chefia, quadros superiores e intermédios, que para cada um dos mercados evidencia um peso relativo que varia no intervalo dos 15% a 20% do total. 2.3.2 RECURSO AOS SERVIÇOS DAS AGÊNCIAS DE VIAGENS Os turistas estrangeiros entrados em Portugal durante a última década têm demonstrado uma tendência cada vez mais acentuada, particularmente nos últimos dois anos, de recurso aos serviços das agências de viagens, sendo que em, 68,4% recorreram a este tipo de serviços, o que equivale a mais 16,8 pontos percentuais face ao ano 2000, conforme documenta o Gráfico 8. 16

G.8 Recurso aos Serviços das Agências de Viagens 80,0% 70,0% 60,0% 50,0% 40,0% 30,0% 20,0% 10,0% 0,0% 68,4% 31,6% 1990 1992 1994 1997 1998 1999 2000 2001 2002 Sim Não Q.9 Recurso aos Serviços das Agências de Viagens Países de Residência País de Residência 1997 1998 1999 2000 2001 2002 Alemanha 76,1 76,3 72,1 71,1 75,0 72,8 76,0 Espanha 35,9 35,4 30,1 35,7 42,6 40,2 39,9 França 52,3 47,2 42,5 39,5 47,9 48,1 51,0 Holanda 74,0 70,9 72,0 65,4 71,3 68,5 75,4 Reino Unido 84,4 82,5 76,6 73,8 80,1 80,4 79,6 E.U.A. 70,0 74,9 82,2 67,7 73,8 71,6 69,6 Outros 73,8 72,7 70,2 68,4 72,8 68,4 73,8 Total 56,8 55,4 51,5 51,6 58,2 66,0 68,4 Segundo os mercados emissores (Quadro 9), verifica-se que para os últimos anos os turistas residentes no Reino Unido e na Alemanha foram os que, em termos relativos, mais recorreram aos serviços prestados pelas agências de viagens, correspondendo no ano, respectivamente, a 79,6% e 76,0%. Por outro lado, o mercado espanhol é o que regista uma menor procura dos serviços das agências de viagens (39,9% em ), a proximidade geográfica ajuda a compreender esta realidade. Importa, no entanto, assinalar o comportamento dos turistas residentes nos Estados Unidos da América, que apesar da distância geográfica não apresentam uma elevada procura dos serviços das agências de viagens, este facto deverá estar associado à utilização generalizada da Internet por parte dos residentes nos Estados Unidos da América. O Quadro 10 apresenta os diferentes tipos de serviços requisitados aos agentes de viagens por países de residência dos turistas que visitaram Portugal em, verificando-se que de um modo geral os serviços requisitados agregam a viagem e alojamento com pequenoalmoço, sendo que apenas o mercado espanhol regista um peso relativo superior ao nível 17

das reservas exclusivamente do alojamento (46,4%), este facto está relacionado com a proximidade geográfica. Q.10 Serviços requisitados às Agências de Viagens Países de Residência () País de Residência Viagem tudo Viagem aloj. 1/2 Viagem aloj. peq. Aluguer viatura Transp. Aloj. Outros serviços Alemanha 3,7 28,2 41,2 20,3 24,1 16,2 29,1 Espanha 3,3 15,2 30,3 5,7 11,4 42,4 18,0 França 8,7 17,5 44,2 17,9 23,3 12,6 12,1 Holanda 5,0 14,7 37,0 19,7 41,9 35,7 26,9 Reino Unido 2,9 20,7 42,6 19,4 32,4 26,7 33,4 E.U.A. 19,3 16,1 40,3 27,6 17,7 7,8 29,2 Outros 6,3 17,9 43,1 21,9 36,0 28,4 27,7 Total 5,3 19,2 39,9 19,0 29,2 25,0 26,5 2.3.3 ANTECEDÊNCIA NA DECISÃO DE VIAJAR A PORTUGAL Conforme sucedera nos anos anteriores, em, a maioria dos turistas programou a viagem com um período inferior a seis meses (78,7%), sendo que 21,3% programaram a viagem a Portugal num período inferior a um mês. Assinale-se ainda o escasso peso relativo dos turistas que planearam a viagem a Portugal com antecedência superior a um ano, 2,5% em contra os 7,8% em 1990. Q.11 Antecedência na Decisão da Viagem Antecedência 1990 1992 1994 1997 1998 1999 2000 2001 2002 > 1 ano 7,8 2,6 2,9 4,2 3,5 2,9 4,6 2,3 2,6 2,5 < 1 ano 8,4 5,4 5,7 5,5 5,9 6,6 7,4 5,1 7,8 5,6 1 ano < > 6 meses 13,2 12,6 14,8 11,1 15,2 16,6 14,0 12,4 13,7 13,2 6 meses < > 3 meses 21,7 26,0 20,8 18,1 18,2 19,2 17,9 20,7 21,4 22,7 3 meses < > 1 meses 25,2 27,0 27,0 29,3 29,3 28,3 29,8 34,0 35,7 34,7 < 1 mês 23,7 26,4 28,8 31,8 27,9 26,4 26,3 25,5 18,8 21,3 Total 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 No que diz respeito à antecedência na decisão de viajar para Portugal segundo o país de residência dos visitantes, os resultados apurados para (Quadro 12) revelam que a maioria dos turistas que visitaram Portugal em tomou essa decisão no período entre um e três meses de antecedência (34,7% dos turistas), sendo que para 18,9% essa decisão foi tomada apenas com um mês de antecedência, quer isto dizer que mais de 50% dos inquiridos tomou a decisão de visitar Portugal num escasso período de tempo, de resto como se sucede um pouco por todo o Mundo, onde os turistas tardam em agendar as suas viagens. 18

Q.12 Antecedência na Decisão da Viagem Turistas Mercados Emissores () Antecedência Mercados Emissores Alemanha Espanha França R. Unido E.U.A. Holanda Outros Total > 1 ano 2,6 1,8 4,6 2,1 2,3 1,9 2,6 2,5 < 1 ano 5,7 2,7 5,6 6,7 9,5 6,2 5,4 5,6 1 ano < > 6 meses 12,8 3,9 11,9 15,8 19,5 16,4 14,7 13,2 6 meses < > 3 meses 22,7 11,0 26,4 23,1 24,9 22,9 25,2 22,7 3 meses < > 1 meses 34,8 33,8 35,0 35,2 31,5 36,0 33,2 34,7 < 1 mês 21,4 46,8 16,5 17,1 12,3 16,6 18,9 21,3 Total 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 Assinale-se ainda que se verifica uma relação evidente entre a distância geográfica e o período de decisão da viagem, sendo que os mercados de maior proximidade são os que registam períodos mais curtos no que concerne à decisão de realização da viagem. 2.3.4 MOTIVO DA VIAGEM Relativamente ao motivo da viagem dos turistas estrangeiros que visitaram Portugal durante a última década, assinale-se o peso relativo do motivo lazer, que durante a última década representou sempre mais de 80% dos motivos de visita a Portugal. Os motivos de negócios/actividades profissionais/congressos registam assinaláveis crescimentos para o período em análise evoluindo de 6,8% em 1990 para 11,4% em. Q.13 Motivo da Viagem Motivo da Viagem 1990 1992 1994 1997 1998 1999 2000 2001 2002 Lazer 86,8 88,2 84,2 87,9 86,6 84,7 83,7 85,4 83,5 85,0 Negócios* 6,8 6,2 8,5 7,1 8,4 10,6 11,6 11,4 13,8 11,4 Compras 1,0 0,3 1,0 0,4 0,5 0,7 0,8 0,1 0,1 0,1 VFR** 1,9 2,6 3,4 2,8 1,7 2,0 2,6 2,2 1,5 1,7 Religião 0,3 0,3 0,5 0,2 0,3 0,4 0,1 0,3 0,1 0,2 Desporto 0,5 0,8 0,9 0,6 0,5 0,6 0,6 0,3 0,6 0,9 Outros Motivos 2,7 1,6 1,5 1,0 2,0 1,0 0,6 0,3 0,4 0,7 Total 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 * Negócios/Actividades Profissionais/Congressos ** Visita a Familiares e Amigos O motivo da viagem segundo o país de residência dos turistas (Quadro 14), mostra que é possível vislumbrar assinaláveis discrepâncias, independentemente do motivo lazer se assumir como o que regista maior peso relativo para qualquer um dos mercados em estudo. No entanto, enquanto que para os residentes no Reino Unido, Alemanha e Holanda o motivo lazer representa cerca de 90%, para os residentes em Espanha e França o peso relativo desse motivo da viagem corresponde a pouco mais de 80% enquanto que os residentes nos Estados Unidos da América registaram 70%, sendo que neste último caso importa salientar que cerca de 22% se deslocaram a Portugal em por motivos de negócios. 19

Q.14 Motivo da Viagem País de Residência () Motivo da Viagem Países de Residência Alemanha Espanha França R. Unido E.U.A. Holanda Outros Total Lazer 87,50 80,90 81,40 89,00 71,60 88,80 84,70 85,00 Negócios* 9,3 15,3 10,3 8,2 21,8 9,0 12,4 11,4 Compras - 0,7 0,1 - - - 0,1 0,1 VFR** 1,7 1,5 4,6 0,8 3,2 0,5 1,3 1,7 Religião - 0,2 0,1 0,1 1,4-0,2 0,2 Desporto 0,9 0,4 0,8 1,2 1,7 1,3 0,7 0,9 Outros Motivos 0,6 1,0 2,7 0,7 0,3 0,4 0,6 0,7 Total 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 * Negócios/Actividades Profissionais/Congressos ** Visita a Familiares e Amigos Registe-se ainda o comportamento do mercado francês para o caso do motivo de visita a familiares e amigos (VFR), correspondendo a 4,6% o qual não se deverá dissociar do forte peso que a comunidade portuguesa representa nesse país. 2.3.5 MEIO DE TRANSPORTE A análise desta variável deve ter em conta que o seu apuramento resultou de uma inquirição feita nos meios de alojamento, onde prevalece a hotelaria. Assim, sabendo que existe uma correlação entre o tipo de alojamento e o transporte utilizado, nesta análise, o avião surge como o meio de transporte mais utilizado pelos turistas. Relativamente a este ponto convém ainda referir que as preferências registadas, em termos do meio de transporte utilizado pelos turistas para entrarem em Portugal, se reportam exclusivamente à amostra recolhida pelo INE para efeitos deste estudo. Assim, podem encontrar-se desvios face aos dados obtidos pela DGT para as entradas universais de turistas por vias de acesso, indicador produzido tendo em conta as contagens efectuadas pela ANA S.A., IEP, CP e SEF. Importa ainda referir e reforçar que o inquérito que está na base destes apuramentos é efectuado nos balcões dos meios de alojamento (conforme nota metodológica), pelo que o meio de transporte não é representativo das entradas de turistas, como tal, este apuramento é pertinente para efectuar um estudo em termos de evolução. Assim, o Quadro 15 regista a evolução dos meios de transporte utilizados pelos turistas residentes no estrangeiro que visitaram Portugal durante a última década, através da análise do mesmo é possível verificar, para o período em causa, um crescente peso do avião como meio de transporte, evoluindo de apenas 43,7% em 1990 para 77,1% em, em contraponto está o automóvel registando uma quebra de 23 pontos percentuais (42,8% em 1990 e 19,8% em ). Assinale-se ainda o comportamento do comboio, o qual tem vindo a registar decréscimos contínuos, revelando e acentuando as dificuldades deste meio de transporte nas ligações internacionais. 20

Q.15 Meio de Transporte Motivo da Viagem 1990 1992 1994 1997 1998 1999 2000 2001 2002 Automóvel 42,8 39,8 38,9 40,9 37,9 38,9 40,6 40,1 21,3 19,8 Próprio 39,6 35,8 35,2 38,5 36,2 36,0 37,7 37,4 19,5 18,1 Alugado 0,6 0,8 0,6 0,8 0,7 0,8 1,1 1,1 1,1 1,1 Outros 2,6 3,2 3,1 1,6 1,0 2,1 1,8 1,6 0,7 0,6 Autocarro 2,5 1,8 3,8 3,4 5,2 2,5 2,2 2,8 1,3 1,5 Carreira Regular 1,2 0,7 1,8 1,9 1,2 1,4 1,1 0,9 0,5 1,0 Viagem Organizada 1,3 1,1 2,0 1,5 4,0 1,1 1,1 1,9 0,8 0,5 Comboio 9,3 5,7 5,1 2,4 3,1 3,1 1,3 1,6 1,5 1,0 Avião 43,7 50,1 51,1 51,7 52,6 54,4 53,4 54,1 74,6 77,1 Carreira Regular 21,1 21,7 22,5 23,7 24,6 28,0 29,1 29,2 36,9 39,4 Fretado (charter) 22,6 28,4 28,6 28,0 28,0 26,4 24,3 24,9 37,7 37,7 Outros 1,7 2,6 1,1 1,6 1,2 1,1 2,5 1,4 1,3 0,6 Total 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 No que concerne ao país de residência dos turistas (Quadro 16), importa assinalar que os turistas residentes em Espanha são os que mais utilizam o automóvel para se deslocarem a Portugal (68,3% em ) seguidos à distância pelos residentes em França (35,7% em ). Esta ligação está intimamente associada à proximidade geográfica destes mercados, uma vez que os turistas residentes na Alemanha, Reino Unido e Estados Unidos da América utilizaram maioritariamente o avião para se deslocarem para Portugal, registe-se no entanto, que os norte-americanos utilizam na maioria as rotas regulares, ao passo que os outros dois mercados servem-se dos voos charter. Q.16 Meio de Transporte Países de Residência () Motivo da Viagem Países de Residência Alemanha Espanha França R. Unido E.U.A. Holanda Outros Total Automóvel 11,6 68,2 35,8 6,8 6,0 14,6 8,3 19,8 Próprio 10,9 64,4 34,1 6,1-14,3 6,5 18,1 Alugado 0,5 1,2 0,6 0,4 5,7 0,2 1,6 1,1 Outros 0,2 2,6 1,1 0,3 0,3 0,1 0,2 0,6 Autocarro 1,0 3,6 2,6 0,4 3,7 0,1 1,3 1,5 Carreira Regular 0,7 3,2 1,6 0,3 0,6-0,8 1,0 Viagem Organizada 0,3 0,4 1,0 0,1 3,1 0,1 0,5 0,5 Comboio 1,0 1,1 1,7 0,3 0,9 1,1 1,3 1,0 Avião 85,5 25,9 59,6 91,9 87,4 84,1 88,8 77,1 Carreira Regular 34,2 21,0 42,9 33,5 79,4 34,9 49,2 39,4 Fretado (charter) 51,3 4,9 16,7 58,4 8,0 49,2 39,6 37,7 Outros 0,9 1,2 0,3 0,6 2,0 0,1 0,3 0,6 Total 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 21

2.3.6 GASTO MÉDIO TURISTA/DIA O gasto médio turista/dia atingiu em os 119,50 euros, contra os 50,38 euros em 1990, o que representa um acréscimo para o período de 69,12 euros, conforme o Gráfico 9. Assinale-se ainda o comportamento deste indicador, o qual regista um crescimento sustentável, sendo que de 1999 a 2002 o crescimento foi manifestamente mais acelerado. G.9 Gasto Médio Turista/Dia Euros 140,00 120,00 100,00 80,00 60,00 40,00 20,00 0,00 119,50 1990 1992 1994 1997 1998 1999 2000 2001 2002 A evolução dos gastos médios diários dos turistas que se deslocaram a Portugal, segundo o país de residência está patente no Quadro 17, segundo o qual é possível verificar que os turistas residentes nos Estados Unidos da América são os que registam um gasto médio diário mais elevado, assinale-se que para o período em análise estes turistas registam uma hegemonia para o indicador em causa. Q.17 Gasto Médio Turista/Dia Turistas País de Residência Gasto Médio Turista/Dia (euros) 1990 1992 1994 1997 1998 1999 2000 2001 2002 Alemanha 46,89 61,85 63,85 79,81 70,33 78,31 88,79 101,26 118,09 114,89 Espanha 47,39 52,87 64,34 56,86 61,85 62,85 76,81 84,80 97,03 97,13 França 45,39 54,37 56,36 50,88 53,37 57,36 69,33 87,29 91,11 96,74 Holanda 38,91 52,87 45,39 60,35 66,34 61,35 72,82 83,30 106,57 106,27 Reino Unido 48,88 65,34 78,31 70,83 86,79 74,32 87,79 98,26 129,41 129,33 E.U.A. 76,81 102,75 90,28 113,23 118,71 112,23 130,19 141,66 166,22 174,45 Total 50,38 65,34 67,84 68,83 76,32 76,81 88,29 98,76 118,22 119,50 Importa ainda referir que a os turistas residentes na Espanha e na França foram os que, em, registaram um menor gasto médio diário. No entanto, esta relação não foi constante ao longo dos anos, veja-se os resultados apurados em 1990, em que os turistas residentes na Holanda foram os que registaram um gasto médio diário mais baixo (38,91 euros). 22

G.10 Gasto Médio Turista/Dia Turistas NUTs II () Euros 160,00 140,00 120,00 100,00 80,00 60,00 40,00 20,00 0,00 119,50 111,27 94,14 82,94 131,25 101,81 109,67 146,26 Portugal Continente Norte Centro LVT Alentejo Algarve Madeira NUTs II Antes de qualquer análise preliminar, importa apresentar uma limitação metodológica do inquérito, o qual não prevê apuramentos para a Região Autónoma dos Açores, pelo que não será analisada neste particular. No que se refere à análise dos gastos médios diários dos turistas por NUTs II em, assinale-se a Região Autónoma da Madeira com 146,26 euros de gasto médio diário, seguida da Região de Lisboa e Vale do Tejo (131,25 euros). No outro lado da balança, a Região Centro com apenas 82,94 euros apresenta o gasto médio diário mais baixo, perfazendo uma média nacional de 119,50 euros. Q.18 Estrutura dos Gastos Turistas País de Residência () Estrutura dos Gastos Países de Residência Alemanha Espanha França Holanda R. Unido E.U.A. Outros Total Hotéis, Cafés e Restaurantes 64,0 67,5 63,6 61,6 63,9 62,2 63,1 63,7 Alimentação e Bebidas Não Alcoólicas 8,4 8,1 7,2 11,7 7,5 5,2 8,1 8,2 Bebidas Alcoólicas e Tabaco 3,0 2,7 3,1 3,1 3,5 2,6 3,0 3,1 Transportes 8,7 7,8 10,2 8,3 7,8 12,1 9,3 8,8 Lazer, Recreio e Cultura 5,4 3,9 4,5 5,4 6,6 4,8 5,1 5,3 Vestuário e Calçado 3,6 3,1 3,7 3,5 3,5 4,6 3,8 3,6 Artigos Domésticos e Decoração 4,0 4,7 4,3 3,4 3,7 4,9 4,1 4,0 Comunicações 0,7 0,6 0,7 0,7 0,7 1,0 0,7 0,7 Saúde 0,2 0,1 0,2 0,2 0,2 0,2 0,2 0,2 Bens e Serviços Diversos 2,0 1,5 2,5 2,1 2,6 2,4 2,6 2,4 Total 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 O Quadro 18 apresenta para a estrutura dos gastos dos turistas, segundo o país de residência, sendo que o subsector dos hotéis, cafés e restaurantes absorve a maior parte dos gastos praticados pelos turistas, independentemente da sua origem, correspondendo em termos relativos a um peso superior a 60%. O subsector dos transportes gera cerca de 9% dos gastos totais, contribuindo para este resultado o peso significativo dos Estados Unidos da América (12,1%) e da Holanda (10,2%). 23

G.11 Gastos Médios Diários Turistas e Excursionistas 119,50 Euros 120,00 100,00 80,00 60,00 40,00 20,00 0,00 1990 1992 1994 1997 1998 1999 2000 2001 2002 57,50 Excursionistas Turistas A evolução dos gastos médios diários dos turistas e dos excursionistas evoluiu a diferentes ritmos, enquanto que para os turistas a evolução tem sido em sentido crescente, demonstrando uma forte sustentabilidade (50,38 euros em 1990 e 119,50 euros em ), no entanto, os valores apresentados são a preços correntes. Por seu turno, os gastos dos excursionistas têm registado uma evolução decrescente, mas com desempenhos diferenciados que validam uma manutenção num intervalo que flutua entre 39,50 euros em 2000 (valor mais baixo) e 61,85 curiosamente, em 1990 (valor mais elevado). Em os gastos dos excursionistas posicionaram-se numa média diária de 57,50 euros, que se aproxima do valor mais elevado do período em análise. 24

CONCEITOS Dormida Permanência num estabelecimento que fornece alojamento, considerada em relação a cada indivíduo, e por um período compreendido entre as 12 horas de um dia e as 12 horas do dia seguinte. Estabelecimento Hoteleiro Empreendimento turístico (Estabelecimento) destinado a proporcionar, mediante remuneração, serviços de alojamento e outros serviços acessórios ou de apoio, com ou sem fornecimento de refeições. Os estabelecimentos hoteleiros classificam-se em hotéis, pensões, pousadas, estalagens, motéis e hotéis-apartamentos (aparthotéis). Para fins estatísticos ainda inclui aldeamentos turísticos e apartamentos turísticos. Excursionista Visitante que não pernoita no lugar visitado. Nota: Inclui os passageiros em cruzeiro que permanecem em navios ou em carruagens de caminho-de-ferro, bem como os membros das respectivas tripulações. Gasto Médio Diário Gasto que os visitantes residentes no estrangeiro efectuam em média, durante a sua deslocação e a sua estada turística. Nota: Para efeitos de apuramento dos gastos médios (equivalente a adulto) utilizou-se um esquema de equivalências, baseado em ponderações diferenciadas para cada adulto (maiores de 16 anos) e crianças, consoante o número de membros que compõem o agregado familiar que viajou. País de Residência Uma pessoa é considerada residente de um país (local) se: i. tiver vivido a maior parte do ano precedente (12 meses) nesse país (local), ou ii. tiver vivido nesse país (local) por um período mais curto mas que pretenda regressar no prazo de 12 meses, com a intenção de se instalar nesse país/local. Turismo Actividades realizadas por indivíduos durante as suas viagens em lugares distintos da sua residência habitual, por um período de tempo consecutivo inferior a um ano com fins de lazer, negócios ou outros motivos. Turista Visitante que permanece pelo menos uma noite num alojamento colectivo ou particular no lugar visitado. Turismo Receptor Inclui as actividades dos visitantes residentes no estrangeiro que viajam num outro país, fora do seu ambiente habitual. 25

Visitante Indivíduo que se desloca a um lugar diferente da sua residência habitual, por uma duração inferior a 365 dias, desde que o motivo principal da viagem não seja o de exercer uma actividade remunerada no lugar visitado. Nota: O termo visitante inclui: turistas e excursionistas. Os três critérios fundamentais para distinguir os visitantes de outros viajantes são os seguintes: i. a deslocação deve efectuar-se a um local diferente do ambiente habitual do indivíduo; ii. iii. a estada no local visitado não deve ultrapassar doze meses consecutivos; o objectivo principal da visita não deve ser uma actividade remunerada no local visitado. 26