Hotelaria mantém evolução global desfavorável

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1 12 de Abril de 2011 Actividade Turística Fevereiro de 2011 Hotelaria mantém evolução global desfavorável No mês de Fevereiro de 2011 os estabelecimentos hoteleiros registaram 1,9 milhões de dormidas, valor semelhante ao do mês homólogo do ano anterior (-0,4%). Mantendo a tendência dos últimos meses, as dormidas dos residentes decresceram 3,1%, enquanto as dos não residentes, que representavam 63,2% do total, registaram um acréscimo de 1,2%. Os mercados que mais contribuíram para este crescimento foram o francês, o espanhol, o holandês e o alemão. Os proveitos totais atingiram 83,6 milhões de euros e os de aposento 54,3 milhões, correspondendo a decréscimos homólogos de 6,9% e 4%, respectivamente. Quadro 1. Resultados globais provisórios da actividade turística R ESULT A D OS GLOB A IS Valo r mensal Valo r acumulado F e v-11 Var. % 11/ 10 J an a F e v 11 Va r. % 11/ 10 EST A B ELEC IM EN T OS H OT ELEIR OS Hóspedes (milhares) 749,3 1,9 1433,2 1,5 Dormidas (milhares) 1869,6-0, ,6-0,9 Residentes em Portugal 687,1-3,1 1320,0-3,8 Residentes no Estrangeiro 1182,5 1, ,6 1,0 Estada M édia (n.º noites) 2,5-0,1 2,4-0,1 Taxa de ocupação-cama (líquida) (%) 26,0-1,2 p.p. 23,1-0,9 p.p. Proveitos Totais (milhões ) 83,6-6,9 158,8-6,8 Proveitos de Aposento (milhões ) 54,3-4,0 103,5-4,6 Rev Par (Rendimento M édio por quarto) ( ) 16,7-8,2 15,1-8,1 Dormidas No período de Janeiro a Fevereiro de 2011 a hotelaria registou 1,4 milhões de hóspedes e 3,5 milhões de dormidas, o que se traduz em evoluções de Actividade Turística Fevereiro de 2011 sentido contrário em comparação com igual período do ano anterior: aumento do número de hóspedes (+1,5%) mas redução nas dormidas (-0,9%). 1/6 Em Março e Abril de 2011 O INE realiza a maior operação estatística nacional. Resposta aos Censos 2011 pela Internet prolongada até 12 Abril.

2 Igual tendência se verifica no mês de Fevereiro, em que os estabelecimentos hoteleiros acolheram 749,3 mil hóspedes (mais 1,9% do que no mês homólogo) e 1,9 milhões de dormidas, valor ligeiramente inferior ao de Fevereiro de 2010 (-0,4%). Considerando o tipo de estabelecimento, observaram-se acréscimos homólogos das dormidas nos hotéis-apartamentos (+4,1%), nas pousadas (+3,7%) e nos hotéis (+2%). Para o crescimento dos hotéis-apartamentos contribuíram as unidades de cinco e quatro estrelas, as primeiras com maior impacto (+31,1%), em parte resultante do aumento da oferta turística desta categoria de estabelecimentos. Nos hotéis verificou-se igualmente o contributo positivo de quase todas as categorias, à excepção das unidades de quatro estrelas (-2,1%), que representavam cerca de 50% do total das dormidas em hotéis. Os resultados dos aldeamentos e apartamentos turísticos permaneceram negativos (-9,8% e -6%, respectivamente), embora menos acentuados do que no mês anterior. Quadro 2. Dormidas por tipo e categoria de estabelecimento T ipo de estabelecimento e catego ria D o rmidas Unidade: M ilhares variação F ev-10 F ev-11 % T o tal 1 877, ,6-0,4 Hotéis 1 107, ,5 2,0 ***** 173,7 188,1 8,3 **** 546,1 534,6-2,1 *** 296,9 297,8 0,3 ** / * 91,2 108,9 19,4 Hotéis - Apartamentos 294,3 306,4 4,1 ***** 19,3 25,3 31,1 **** 190,8 203,5 6,7 *** / ** 84,3 77,5-8,1 Pousadas 21,4 22,2 3,7 Apartamentos Turísticos 149,8 140,8-6,0 Aldeamentos Turísticos 60,0 54,1-9,8 Estalagens, M otéis e Pensões 244,1 216,7-11,2 Os residentes contribuíram com 687,1 mil dormidas, correspondendo a um decréscimo homólogo de 3,1%, mantendo a tendência que se vem verificando há quatro meses consecutivos. Em contrapartida, os não residentes continuam a apresentar resultados positivos (variação homóloga de 1,2%), na sequência da melhoria de desempenho de alguns dos principais mercados emissores. Figura 1. Dormidas, taxa de variação homóloga mensal 20,0% 10,0% 0,0% -10,0% -20,0% Mar-10 Abr-10 Mai-10 Jun-10 Jul-10 Ago-10 Set-10 Out-10 Nov-10 Dez-10 Jan-11 Total Residentes Não Residentes Actividade Turística Fevereiro de /6

3 Com efeito, o mercado francês e o espanhol evidenciaram crescimentos homólogos superiores a 15%, seguindo-se o holandês e o alemão (+4% e +2,2%, respectivamente). Os mercados brasileiro, britânico e italiano evoluíram negativamente, o britânico mantendo a tendência do mês anterior e o brasileiro e italiano correspondendo a uma inversão de tendência, após um período alargado de resultados positivos. Figura 2. Dormidas, por principais mercados taxa de variação homóloga mensal Fevereiro de 2011 Quadro 3. Dormidas por região (NUTS II) N UT S II D o rmidas Unidade: Milhares variação F ev-10 F ev-11 % P OR T UGA L 1 877, ,6-0,4 Norte 247,4 244,5-1,2 Centro 198,4 187,5-5,5 Lisboa 469,6 468,0-0,3 Alentejo 62,9 69,0 9,7 Algarve 530,5 536,4 1,1 A ÇOR ES 38,8 35,8-7,7 M A D EIR A 329,7 328,3-0,4 30,0% 20,0% 10,0% 2,2% 15,6% 22,3% 4,0% Alemanha Brasil Espanha O Alentejo manteve a liderança em termos de crescimento de dormidas, beneficiando do aumento da procura dos seus principais mercados emissores, nomeadamente o nacional e o espanhol. No Algarve destaca-se o contributo positivo dos 0,0% França mercados espanhol e holandês, embora o principal -10,0% -3,2% -4,8% Itália Países Baixos mercado emissor da Região, o britânico, apresente ainda decréscimo tal como sucedeu em Janeiro. -20,0% Reino Unido -30,0% -27,1% A distribuição regional do total de dormidas revela, face Taxa Líquida de Ocupação-Cama e Estada Média ao período homólogo, acréscimos no Alentejo (+9,7%) e no Algarve (+1,1%). Lisboa e Madeira não No mês de Fevereiro de 2011 os estabelecimentos apresentam alterações sensíveis no número de hoteleiros apresentaram uma taxa de ocupação de dormidas (-0,3% e -0,4%, respectivamente), enquanto 26%, inferior à do período homólogo em 1,2 p.p. as restantes regiões evoluíram negativamente, de forma mais expressiva nos Açores (-7,7%) e no Centro (-5,5%). Actividade Turística Fevereiro de /6

4 70% 60% 50% 40% 30% Figura 3. Taxa líquida de ocupação-cama cinco estrelas evidenciado a maior quebra na procura (-18,6%), embora com o menor peso relativo na tipologia (inferior a 10%). Quadro 5. Taxa líquida de ocupação-cama e estada média, por tipo e categoria de estabelecimento 20% 10% 0% Mar-10 Abr-10 Mai-10 Jun-10 Jul-10 Ago-10 Set-10 Out-10 Nov-10 Dez-10 Jan-11 Regionalmente, a taxa de ocupação-cama revelou melhorias apenas no Alentejo (+1,1 p.p.) e na Madeira (+0,3 p.p.). As restantes regiões reduziram os níveis de ocupação, com maior intensidade no Centro (-2,6 p.p.). Quadro 4. Taxa líquida de ocupação-cama e estada média, por região N UT S II T a xa de Ocupaçã o Es tada M édia % (N º de no ites) F ev -10 F ev -11 F ev-10 F ev-11 P OR T UGA L 27,2 26,0 2,6 2,5 Norte 23,7 23,2 1,6 1,6 Centro 20,8 18,2 1,6 1,5 Lisboa 32,0 30,7 2,0 2,0 Alentejo 21,2 22,3 1,7 1,6 Algarve 24,8 23,5 4,7 4,5 A ÇOR ES 17,2 15,8 2,5 2,5 M A D EIR A 43,1 43,4 5,1 5,4 Por tipo de estabelecimento, verificou-se uma redução generalizada das taxas de ocupação relativamente ao período homólogo, com os resultados menos favoráveis a ocorrerem nos hotéis-apartamentos (-5,8 p.p.) e nos aldeamentos turísticos (-4,8 p.p.). Nos hotéisapartamentos o comportamento observado resultou do contributo de todas as categorias, tendo as unidades de Tipo de estabelecimento Taxa de Ocupação Estada M édia e catego ria % (Nº de noites) F ev-10 F ev-11 F ev-10 F ev-11 T o tal 27,2 26,0 2,6 2,5 Hotéis 29,1 25,0 2,2 2,1 ***** 29,1 25,5 2,3 2,4 **** 31,1 26,1 2,4 2,3 *** 26,6 23,9 2,0 1,9 ** / * 26,5 22,5 1,6 1,6 Hotéis - Apartamentos 33,8 28,0 4,8 4,7 ***** 48,0 29,4 5,4 5,2 **** 34,0 28,2 4,6 4,7 *** / ** 31,3 27,0 5,2 4,6 Apartamentos Turísticos 20,9 18,1 6,7 6,0 Aldeamentos Turísticos 18,9 14,1 6,6 5,4 Pousadas 29,5 28,1 1,6 1,4 Estalagens, Motéis e Pensões 22,0 19,6 2,0 2,0 A nível nacional, a estada média foi de 2,5 noites, ligeiramente inferior à de Fevereiro de 2010 (2,6 noites). Os valores da estada média, quer por região quer por tipo de estabelecimento, foram maioritariamente inferiores aos do período homólogo, o que poderá estar associado ao facto de o Carnaval em 2010 ter acontecido em Fevereiro, enquanto em 2011 foi em Março. Proveitos e Rendimento Médio por Quarto (Rev Par) No mês de Fevereiro de 2011 a hotelaria apresentou 83,6 milhões de euros de proveitos totais e 54,3 Actividade Turística Fevereiro de /6

5 milhões de proveitos de aposento, valores que correspondem a decréscimos homólogos de 6,9% e 4%, respectivamente. Figura 4. Proveitos totais e de aposento - taxa de variação homóloga mensal 20% 10% N UT S II Quadro 6. Proveitos por região (NUTS II) P ro v eito s T o tais variaçã o Unidade: Milhões de euros P ro ve ito s A po sento T a xa de va riaç ão F ev-11 % F ev-11 % P o rtugal 83,6-6,9 54,3-4,0 Norte 12,3-1,3 8,2-2,8 Centro 9,0-5,2 5,5-5,4 Lisboa 27,6-14,6 18,9-8,3 Alentejo 3,5 10,5 2,2 12,9 Algarve 15,9-3,5 10,0 1,5 A ço res 1,7-12,9 1,2-7,9 M adeira 13,7-2,0 8,2-3,7 0% -10% O Rev Par global foi de 16,7, inferior ao observado em -20% Fevereiro de 2010 (18,2 ). -30% À excepção do Alentejo (+6,8%), todas as regiões Mar-10 Abr-10 Mai-10 Jun-10 Jul-10 Ago-10 Set-10 Out-10 Nov-10 Dez-10 Jan-11 reduziram a sua rentabilidade média, com maior Proveitos Totais Proveitos de Aposento impacto em Lisboa e no Centro (aproximadamente 12% em ambas). O Alentejo foi a única região a apresentar evoluções positivas para ambos os indicadores (variações homólogas superiores a 10%), à semelhança do mês anterior. O Algarve reduziu os proveitos totais (-3,5%), mas aumentou os de aposento (+1,5%), enquanto as restantes regiões evidenciaram decréscimos em ambos os indicadores, e de forma mais acentuada em Lisboa, a que não terá sido alheio o recurso a campanhas de Figura 5. Rendimento médio por quarto Euros ,9 26, ,8 22,2 16, ,1 15, ,5 11, ,6 11,9 11,2 11,6 10,6 5 0 Norte Centro Lisboa Alentejo Algarve Açores Madeira 18,2 Portugal 16,7 preços promocionais. Também por tipo de estabelecimento se verificou uma descida generalizada do Rev Par relativamente ao período homólogo, mais de 20% nos hotéisapartamentos, nomeadamente nas unidades de cinco e Actividade Turística Fevereiro de /6

6 quatro estrelas. Os apartamentos turísticos foram os únicos a apresentar resultados positivos, com um expressivo aumento de 34,8%. Quadro 7. Rendimento médio por quarto, por tipo e categoria de estabelecimento Nos dois primeiros meses de 2011 os estabelecimentos hoteleiros registaram 158,8 milhões de euros de proveitos totais e 103,5 milhões de proveitos de aposento, representando variações homólogas negativas de 6,8% e 4,6%, respectivamente. Unidade: O Rev Par foi de 15,1, inferior ao do período T ipo de e sta belecim ento e catego ria RevP ar variaçã o homólogo (16,5 ). F ev-10 F ev-11 % T o tal 18,2 16,7-7,8 Ho téis 21,9 19,6-10,5 ***** 35,5 32,9-7,3 **** 22,2 19,2-13,5 *** 15,8 14,2-10,1 ** / * 15,9 14,9-6,3 Ho téis - Apartamentos 18,8 14,8-21,3 ***** 22,2 17,7-20,3 **** 20,9 15,2-27,3 *** / ** 13,6 13,1-3,7 Apartamentos Turísticos 6,9 9,3 34,8 Aldeamentos Turísticos 9,3 9,2-1,1 Po usadas 24,8 23,9-3,6 Estalagens, M otéis e Pensões 12,0 11,3-5,8 Notas Metodológicas Taxa líquida de ocupação-cama cama Corresponde à relação entre o número de dormidas e o número de camas disponíveis, no período de referência, considerando como duas as camas de casal. RevPar ( (Revenue Per Available Room) Rendimento por quarto disponível, medido através da relação entre os proveitos de aposento e o número de quartos disponíveis, no período de referência. Actividade Turística Fevereiro de /6