AVALIAÇÃO SENSORIAL DE FORMULAÇÕES DE SPRAY BUCAL DE PRÓPOLIS AROMATIZADOS

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Transcrição:

AVALIAÇÃO SENSORIAL DE FORMULAÇÕES DE SPRAY BUCAL DE PRÓPOLIS AROMATIZADOS Juliana Cardoso 1 Juliana Savio 2 Resumo: Própolis é uma mistura complexa de substâncias resinosas, gomosas e balsâmicas colhidas por abelhas melíferas de brotos, flores e exsudatos de plantas, às quais as abelhas acrescentam secreções salivares, cera e pólen para a elaboração do produto final. O objetivo deste trabalho foi avaliar sensorialmente diferentes formulações de spray de própolis verificando a aceitação do mesmo perante o público consumidor. Foram elaboradas, 3 formulações de spray de própolis, onde diferenciou principalmente o percentual de quantidade de mel e água. Realizouse a avaliação visual das formulações, e verificouse qual formulação assemelhavase à comercial já existente no mercado. Através desta avaliação elaborouse uma formulação sem conservantes. Com essa formulação base (sem conservantes) foram adicionados 4 extratos diferentes (guaco, gengibre, agrião e agrião com eucalipto), e aplicouse um teste sensorial (escala hedônica) para verificar a aceitabilidade do consumidor. Portanto, verificouse que a formulação 4, sendo esta uma intermediária entre a formulação 2 e a 3, em relação ao aspecto visual foi dentre as demais, a que mais se assemelhou com o revendido pela empresa, apresentando uma coloração característica e semelhante a do mel (pardoescura). Percebeuse que todas as amostras foram bem aceitas, porém a amostra preparada utilizando extrato de agrião com eucalipto foi a que atingiu um percentual de maior aceitabilidade que as demais, atingindo um total de aprovação 86,29%. Palavraschave: Própolis. Análise sensorial. Spray de própolis. Extratos vegetais. 1. Introdução Própolis é uma denominação genérica utilizada para descrever uma mistura complexa de substâncias resinosas, gomosas e balsâmicas colhidas por abelhas melíferas de brotos, flores e exsudatos de plantas, às quais as abelhas acrescentam secreções salivares, cera e pólen para a elaboração do produto final (BRASIL, 2001). A palavra própolis é derivada do grego: pro em defesa de; e polis cidade. Assim, própolis quer dizer em defesa das cidades, das abelhas (LUSTOSA, 2008). 1 Graduada em Tecnologia de Alimentos Senai/SC Unidade de Chapecó/SC. Jullicardoso@hotmail.com 2 Mestre em Engenharia de Alimentos Senai/SC Unidade Chapecó/SC. Juliana.savio@sc.senai.br Ao longo da nossa história, o homem aprendeu a utilizar os produtos naturais na medicina popular (PEREIRA et al, 2002). Um dos muitos produtos

naturais utilizados durante séculos pela humanidade tem sido a própolis, que vem sendo aplicada não somente na medicina, mas também nas indústrias alimentícia e de cosméticos (PEREIRA et al, 2002). Dentre os produtos apícolas tais como mel, geléia real, pólen, entre outros, a própolis vem se destacando pelas suas propriedades terapêuticas, como atividade antimicrobiana, cicatrizante, anestésica e anticarcinogênica (PARK et al, 2010) e comercialmente ocupando um lugar de destaque no mercado nacional e internacional de produtos apícolas, estimando uma produção anual de aproximadamente 115 toneladas, o que representa cerca de R$ 80,5 milhões (TEIXEIRA et al, 2003). Os extratos vegetais são preparações concentradas, de diversas consistências, obtidas a partir de matériasprimas vegetais secas, que passaram ou não por algum tipo de tratamento, como inativação enzimática, moagem etc, e preparadas por processos envolvendo um solvente. Isso implica em duas etapas no processo de fabricação: a separação dos compostos específicos (a droga, ou parte da planta utilizada, raiz, caule, folha, com a utilização de um solvente; e a concentração por eliminação mais ou menos completa dos solventes (REVISTA FI, 2010). O objetivo deste trabalho foi avaliar sensorialmente diferentes formulações de spray de própolis verificando a aceitação do mesmo perante o público consumidor. 2. Materiais e métodos 2.1 Preparação das amostras Foram elaboradas, na planta do laboratório do Físico Didático do SENAI (unidade de Chapecó/SC), 3 formulações de spray de própolis, onde diferenciou principalmente o percentual de quantidade de mel e água. Inicialmente, higienizouse as bancadas para manipulação dos produtos e do processo, com álcool 70 GL.

Após a higienização das bancadas, dividiuse os componentes em fase aquosa (extrato de própolis, extrato de guaco, extrato de gengibre, extrato de eucalipto, extrato de agrião, vanilina, mentol e água destilada) e fase oleosa (mel, glicerina e conservante). Pesouse separadamente em uma balança analítica modelo APX 200, os componentes da fase oleosa e os componentes da fase aquosa, de cada formulação, demonstrado na tabela 1. Tabela 1: Formulações elaboradas de spray de própolis. Componentes Formulação 1 Formulação 2 Formulação 3 Mel 29,29 48,84 62,49 Água destilada 48,84 29,29 15,64 Extrato de própolis 11,73 11,73 11,73 Extrato de guaco 7,81 7,81 7,81 Glicerina 1,95 1,95 1,95 Fortinip 0,17 0,17 0,17 Vanilina 0,19 0,19 0,19 Mentol 0,02 0,02 0,02 Total 100 100 100 Depois de pesado os ingredientes, adicionouse à fase oleosa na fase aquosa em Becker de 250 ml e agitouse com um bastão de vidro, até a sua completa dissolução.

Em seguida, realizouse a avaliação visual das formulações, e verificouse qual formulação assemelhavase à comercial já existente no mercado. Através desta avaliação elaborouse uma formulação sem conservantes e com menor quantidade de produtos químicos adicionados, obtendo assim um produto natural, favorecendo a saúde e o bem estar de seus consumidores. Com essa formulação base (sem conservantes) foram adicionados 4 extratos diferentes (guaco, gengibre, agrião e agrião com eucalipto), como demonstrado na tabela 2 e aplicouse um teste sensorial para verificar a aceitabilidade do consumidor. Tabela 2: Formulações elaboradas de spray de própolis. Componentes Formulação 4 Formulação 4 Formulação 4 Formulação 4 Mel 56,00 56,00 56,00 56,00 Água destilada 24,00 24,00 24,00 24,00 Extrato de própolis 11,99 11,99 11,99 8,00 Extrato de 7,99 guaco Extrato de agrião 7,99 5,99 Extrato de eucalipto 5,99 Extrato de 7,99 gengibre Mentol 0,02 0,02 0,02 0,02 Total 100 100 100 100

2.2 Análise sensorial Para realizar este teste foram utilizados 50 provadores não treinados, não fumantes e que os mesmos apresentavamse em situação regular, ou seja, antes do teste não tivessem ingerido, por exemplo, café situação esta que pudesse interferir no teste. Antes do início do teste foram repassadas algumas informações necessárias, tais como: A composição das amostras apresentadas a eles, pois os mesmos podiam apresentar algum tipo de alergia a algum componente; O atributo de avaliação analisado do produto, no caso o gosto. Também foi solicitado que cada provador, se desejasse, descrevese no campo comentários, características positivas ou negativas referentes ao produto provado. O teste foi realizado com 2 a 3 pessoas ao mesmo tempo, em local isolado e com ventilação adequada, tendo como cuidados o barulho do local e a interferência que cada provador tivesse um com o outro. As amostras contendo extratos diferenciados foram dispostas em embalagens plásticas de spray de 30 ml, contendo um código de três dígitos para cada amostra, como demonstrado na figura 1. Figura 1: Aromatizantes sprays nos sabores de gengibre, agrião, guaco, agrião e eucalipto respectivamente.

Cada provador recebeu quatro amostras ordenadas de maneira aleatória, além de um copo com água em temperatura ambiente para ser ingerido após cada prova. Após provarem suas amostras, a embalagem era lavada com água destilada, sanitizada com álcool 70ºGL e secada com papel toalha, para ser utilizada por outro provador. Na tabela 3 estão apresentados os códigos com os seus respectivos extratos. Tabela 3: Codificação e extratos contendo nas embalagens apresentadas aos provadores. CÓDIGO EXTRATO 375 Agrião e eucalipto 486 Gengibre 597 Agrião 684 Guaco A ficha de inscrição utilizada para este teste foi a de 7 pontos, onde cada provador após recebêla, deveria avaliar globalmente cada amostra segundo o grau de gostar ou desgostar. Ficha de inscrição utilizada na análise sensorial Amostra: Julgador: Data: Sexo: Idade: Escolaridade: ESCALA HEDÔNICA Você está recebendo quatro amostras codificadas. Avalie globalmente cada uma segundo o grau de gostar ou desgostar, utilizando a escala abaixo. ( 7 ) gostei muitíssimo ( )

( 6 ) gostei moderadamente ( ) ( 5 ) gostei ligeiramente ( ) ( 4 ) não gostei, nem desgostei ( ) ( 3 ) desgostei ligeiramente ( ) ( 2 ) desgostei moderadamente ( ) ( 1 ) desgostei muitíssimo ( ) Comentários: 3. Resultado e discussão Foram elaboradas 4 formulações de spray de própolis e comparadas visualmente com uma formulação comercial, onde o spray de própolis encontrado no mercado possui uma viscosidade significativa e uma coloração amarelada (queimada) muito próxima da coloração habitual do mel. 3.1 Avaliação visual A figura 2 demonstra o produto revendido pela empresa que apresenta ótima coloração e viscosidade. Figura 2: Demonstração visual do produto revendido pela empresa A formulação base da empresa apresentava características diferenciadas destas observadas no mercado. Através desse fato, modificouse a concentração

de alguns ingredientes, principalmente a quantidade de água, mel e alguns aditivos (extrato de própolis, extrato de guaco, extrato de agrião, extrato de gengibre, extrato de eucalipto, glicerina, conservante, vanilina e mentol) e essas formulações estão apresentadas na tabela 1. Após realizados os procedimentos para produção do spray de própolis, avaliouse cada formulação visualmente e verificouse que a formulação 1, apresentada na figura 3 em relação ao aspecto visual apresentou diferenças do revendido pela empresa, ou seja, a coloração apresentavase mais esverdeada, próxima da coloração da própolis diluída em água e muito diferente da coloração do produto comercial, que se apresentou como um amarelo queimado, muito próxima da coloração habitual do mel. Este aspecto não seria caracterizado pelo consumidor como um produto à base de mel, podendo interferir na aceitação do produto pelo mesmo. Figura 3: Demonstração visual da elaboração da formulação 1 A formulação 2 apresentada na figura 4 em relação ao aspecto visual apresentou algumas características semelhantes do revendido pela empresa, ou seja, a coloração apresentada estava muito próxima da coloração do mel.

Figura 4: Demonstração visual da elaboração da formulação 2 A formulação 3 apresentada na figura 5 em relação ao aspecto visual foi a que mais se assemelhou com o produto revendido pela empresa, ou seja, apresentavase com a coloração pardoescura, caracterizando a coloração habitual do mel. Figura 5: Demonstração visual da elaboração da formulação 3 Portanto, avaliouse a formulação 4, apresentada na figura 5, sendo esta uma intermediária entre a formulação 2 e a 3, em quantidade de mel e água. Esta, portanto, em relação ao mesmo aspecto visual, foi dentre as demais, a que mais se assemelhou com o revendido pela empresa, apresentando uma coloração característica e semelhante a do mel (pardoescura).

Figura 5: Demonstração visual da elaboração da formulação com extrato de agrião e eucalipto. 3.2 Análise sensorial Foi realizada a análise sensorial com as amostras codificadas e os resultados estão apresentados na tabela 4. A avaliação sensorial foi realizada com uma ficha, onde as notas poderiam ser atribuídas de 1 (desgostei muitíssimo) até 7 (gostei muitíssimo) totalizando uma escala de 7 pontos. Tabela 4: valores de média e aceitação da análise sensorial realizada nas amostras de spray de própolis com seus extratos. AMOSTRA MÉDIA ACEITAÇÃO 375 6,04 86,29 486 5,86 83,71 684 5,54 79,14 597 5,54 79,14 Legenda: Notas repassadas pelos degustadores: (1) desgostei muitíssimo, (2) desgostei moderadamente, (3) desgostei ligeiramente, (4) não gostei, nem desgostei, (5) gostei ligeiramente, (6) gostei moderadamente, (7) gostei muitíssimo. A amostra 375 extratos de agrião e eucalipto foi a mais aceita pelos provadores, apresentando uma média de 6,04, correspondendo através da escala entre gostei moderadamente (6) e gostei muitíssimo (7), e verificouse uma aceitação de 86,29%. A amostra 486 gengibre foi a segunda de melhor aceitação, apresentando uma média de 5,86, correspondendo através da escala entre gostei ligeiramente (5) e gostei moderadamente (6).

A amostra 684 guaco e 597 agrião tiveram o mesmo percentual 5,54%, correspondendo através da escala entre gostei ligeiramente (5) e gostei moderadamente (6). A aceitabilidade dos consumidores por meio do teste sensorial mostrou que todas as amostras apresentadas a eles foram bem aceitas, mas, a amostra com codificação 375 com extrato de agrião e eucalipto foi a que se sobressaio das demais, com um percentual de 86,29% de aprovação. Com as respostas apresentadas, podemos perceber que todas as amostras tiveram mais de 70% de aceitabilidade, demonstrando que as amostras estão aptas a serem comercializadas perante a aceitação comercial. 4. Conclusão A partir dos resultados obtidos neste trabalho podese verificar através do teste de análise sensorial realizado, a aceitabilidade dos consumidores pelas amostras apresentadas a eles. Desta forma, percebeuse que todas as amostras foram bem aceitas, porém a amostra preparada utilizando extrato de agrião com eucalipto foi a que atingiu um percentual de maior aceitabilidade que as demais, atingindo um total de aprovação 86,29%. 5. Referências BRASIL. MINISTÉRIO DA AGRICULTURA. Instrução Normativa nº 3 ANEXO VI Regulamento técnico para fixação de identidade e qualidade de própolis. Diário Oficial da República Federativa do Brasil. Brasília, 19 jan. 2001. LUSTOSA, Sarah R.. Própolis: atualizações sobre a química e a farmacologia. Revista brasileira de farmacologia vol.18 n.3 João Pessoa 2008. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=s0102695x2008000300020&script=sci_artte xt>. Acesso em: 16 ago. 2010. PARK, Yong Kun, et al. 2010. Determinação das atividades citotóxicas e antihiv dos extratos etanólicos de própolis coletadas em diferentes regiões do Brasil. Disponível em:

<http://www.apacame.org.br/mensagemdoce/56/artigo.htm>. Acesso em 12 out. 2010. PEREIRA, Alberto dos Santo; SEIXAS, Fernando Rodrigo Mathias Silva; NETO, Francisco Radler de Aquino. Própolis: 100 anos de pesquisa e suas perspectivas futuras. Química Nova v.25 n.2 São Paulo, 2002. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=s010040422002000200021&script=sci_artte xt>. Acesso em 15 ago. 2010. REVISTAFI. Extratos vegetais. Disponível em: <http://www.revistafi.com/materias/120.pdf>. Acesso em: 01 out. 2010. TEIXEIRA, Érica Weinstein. Indicadores da origem botânica da própolis: importância e perspectivas. 2003. Disponível em: <http://www.iz.sp.gov.br/pdfsbia/1180546936.pdf>. Acesso em: 16 ago. 2010.