Em caso de impossibilidade de determinação do produtor do resíduo, a responsabilidade pela respectiva gestão recai sobre o seu detentor.

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Transcrição:

Resíduos de construção e demolição O D.L. n.º 46/2008, de 12 de Março, alterado pelo D.L. n.º 73/2011, de 17 Junho, estabelece o regime das operações de gestão de resíduos resultantes de obras ou demolições de edificações ou de derrocadas, abreviadamente designados resíduos de construção e demolição ou RCD, compreendendo a sua prevenção e reutilização e as suas operações de recolha, transporte, armazenagem, tratamento, valorização e eliminação Princípios de gestão A gestão de RCD realiza-se de acordo com os princípios da auto-suficiência, da prevenção e redução, da hierarquia das operações de gestão de resíduos, da responsabilidade do cidadão, da regulação da gestão de resíduos e da equivalência, previstos no D.L. n.º 178/2006, de 05 de Setembro, alterado pelo D.L. n.º 73/2011, de 17 Junho. Responsabilidade da gestão de RCD O regime jurídico das operações de gestão de RCD estabelece que a responsabilidade da gestão dos RCD é de todos os intervenientes no seu ciclo de vida, desde o produto original até ao resíduo produzido, na medida da respectiva intervenção no mesmo. Exceptuam-se do referido anteriormente: Os RCD produzidos em obras particulares isentas de licença e não submetidas a comunicação prévia, cuja gestão cabe à entidade responsável pela gestão de resíduos urbanos. Em caso de impossibilidade de determinação do produtor do resíduo, a responsabilidade pela respectiva gestão recai sobre o seu detentor. A responsabilidade extingue-se pela transmissão dos resíduos a: Operador licenciado de gestão de resíduos Entidades responsáveis por sistemas de gestão de fluxos de resíduos Operações de RCD Metodologias e práticas a adoptar nas fases de projecto e de execução da obra. 1 / 9

Devem ser adoptadas metodologias e práticas nas fases de projecto e de execução da obra que: a) Minimizem a produção e a perigosidade dos RCD, designadamente por via da reutilização de materiais e da utilização de materiais não susceptíveis de originar RCD contendo substâncias perigosas; b) Maximizem a valorização de resíduos, designadamente por via da utilização de materiais reciclados e recicláveis; c) Favoreçam os métodos construtivos que facilitem a demolição orientada para a aplicação dos princípios da prevenção e redução e da hierarquia das operações de gestão de resíduos. Reutilização de solos e rochas Os solos e rochas: Sem substâncias perigosas Provenientes de actividades de construção, podem ser: Reutilizados no trabalho de origem e/ou na obra de origem. Utilizados noutra obra sujeita a licenciamento ou comunicação prévia. Utilizados na recuperação ambiental e paisagística de explorações mineiras e de pedreiras. Utilizados como terras de cobertura em aterros destinados a resíduos. Em local licenciado pela câmara municipal para alteração do relevo natural (aterro) nos termos do RJUE, na redacção dada pelo Decreto-Lei n.º 26/2010 de 30 de Março Utilização de RCD em obra. A utilização de RCD em obra é feita em observância das normas técnicas nacionais e comunitárias aplicáveis, nomeadamente de acordo com as especificações técnicas definidas 2 / 9

pelo Laboratório Nacional de Engenharia Civil: Especificação Técnica Nome LNEC_E471-2009 LNEC_E472-2009 LNEC_E473-2009 LNEC_E474-2009 Guia para a utilização de a ligantes hidráulicos. Guia para a reciclagem de Guia para a utilização de a pavimentos. Guia para a utilização de r camada de leito de infra-e Triagem e fragmentação de RCD Os RCD são obrigatoriamente objecto de triagem em obra com vista ao seu encaminhamento, por fluxos e fileiras de materiais, para reciclagem ou outras formas de valorização. Caso não seja possível a triagem, na obra, deverá ser encaminhado para operador de gestão licenciado para esse efeito As instalações de triagem e de operação de corte e ou britagem de RCD, abreviadamente designada fragmentação de RCD, estão sujeitas aos requisitos técnicos mínimos constantes do Anexo I, do D.L. n.º 46/2008, de 12 de Março, alterado pelo D.L. n.º 73/2011, de 17 Junho. Deposição de RCD em aterro A deposição de RCD em aterro só é permitida após a submissão a triagem. Empreitadas e concessões de obras públicas Plano de prevenção e gestão de RCD Nas empreitadas e concessões de obras públicas, o projecto de execução é acompanhado de um plano de prevenção e gestão de RCD que assegura o cumprimento dos princípios gerais de gestão de RCD e das demais normas aplicáveis constantes do D.L. n.º 46/2008, de 12 de Março e do D.L. n.º 178/2006, de 05 de Setembro, alterados pelo D.L. n.º 73/2011, de 17 Junho. 3 / 9

Do plano de prevenção e gestão de RCD consta obrigatoriamente: a) A caracterização sumária da obra a efectuar, com descrição dos métodos construtivos a utilizar tendo em vista os princípios referidos no artigo 2.º e as metodologias e práticas referidas no artigo 5.º do Decreto-Lei n.º 46/2008, de 12 de Março; b) A metodologia para a incorporação de reciclados de RCD; c) A metodologia de prevenção de RCD, com identificação e estimativa dos materiais a reutilizar na própria obra ou noutros destinos; d) A referência aos métodos de acondicionamento e triagem de RCD na obra ou em local afecto à mesma, devendo, caso a triagem não esteja prevista, ser apresentada fundamentação da sua impossibilidade; e) A estimativa dos RCD a produzir, da fracção a reciclar ou a sujeitar a outras formas de valorização, bem como da quantidade a eliminar, com identificação do respectivo código da lista europeia de resíduos. Consulte aqui o modelo de plano de prevenção e gestão de RCD. Incumbe ao empreiteiro ou ao concessionário executar o plano de prevenção e gestão de RCD, assegurando designadamente: a) A promoção da reutilização de materiais e a incorporação de reciclados de RCD na obra; 4 / 9

b) A existência na obra de um sistema de acondicionamento adequado que permita a gestão selectiva dos RCD; c) A aplicação em obra de uma metodologia de triagem de RCD ou, nos casos em que tal não seja possível, o seu encaminhamento para operador de gestão licenciado; d) A manutenção em obra dos RCD pelo mínimo tempo possível que, no caso de resíduos perigosos, não pode ser superior a três meses. O plano de prevenção e gestão de RCD pode ser alterado pelo dono da obra na fase de execução, sob proposta do produtor de RCD, ou, no caso de empreitadas de concepçãoconstrução, pelo adjudicatário com a autorização do dono da obra, desde que a alteração seja devidamente fundamentada. O plano de prevenção e gestão de RCD deve estar disponível no local da obra, para efeitos de fiscalização pelas entidades competentes, e ser do conhecimento de todos os intervenientes na execução da obra. Gestão de RCD em obras particulares Nas obras sujeitas a licenciamento ou comunicação prévia, o produtor de RCD está, designadamente, obrigado a: a) Promover a reutilização de materiais e a incorporação de reciclados de RCD na obra; b) Assegurar a existência na obra de um sistema de acondicionamento adequado que permita a 5 / 9

gestão selectiva dos RCD; c) Assegurar a aplicação em obra de uma metodologia de triagem de RCD ou, quando tal não seja possível, o seu encaminhamento para operador de gestão licenciado; d) Assegurar que os RCD são mantidos em obra o mínimo tempo possível, sendo que, no caso de resíduos perigosos, esse período não pode ser superior a três meses; e) Cumprir as demais normas técnicas respectivamente aplicáveis; f) Efectuar e manter, conjuntamente com o livro de obra, o registo de dados de RCD, de acordo com o modelo constante do anexo II ao D.L. n.º 46/2008, de 12 de Março, alterado pelo D.L. n.º 73/2011, de 17 Junho, do qual faz parte integrante. Transporte de RCD Aplica-se o disposto na Portaria n.º 335/97, de 16 de Maio, com excepção dos n.os 5, 6 e 7 relativos à utilização da guia de acompanhamento de resíduos. O transporte de RCD é acompanhado de uma guia conforme modelos ( GUIA RCD provenientes de um unico produtor detentor ou GUIA RCD provenientes de mais de um produtor detentor ) estabelecidos na Portaria n.º 417/2008, de 11 de Junho Licenciamento de operações de gestão de RCD As operações de armazenagem, triagem, tratamento, valorização e eliminação de RCD estão 6 / 9

sujeitas ao regime de licenciamento estabelecido no D.L. n.º 178/2006, de 05 de Setembro, alterado pelo D.L. n.º 73/2011, de 17 Junho. A deposição de RCD em aterro está sujeita a licenciamento nos termos do Decreto-Lei n.º 183/2009, de 10 de Agosto. Estão dispensadas de licenciamento: A armazenagem de RCD na obra A triagem e fragmentação de RCD na obra; A reincorporação de RCD no processo produtivo de origem; A realização de ensaios; A utilização de RCD em obra desde que cumpra as especificações técnicas definidas pelo Laboratório Nacional de Engenharia Civil; A utilização de solos e rochas, na recuperação ambiental e paisagística de explorações mineiras, pedreiras ou na cobertura de aterros destinados a resíduos Dever de informação Estão obrigados ao registo no SIRER e à prestação de informação nele exigida os produtores e operadores de gestão de RCD, nos termos do artigo 48.º do D.L. n.º 178/2006, de 05 de Setembro, alterado pelo D.L. n.º 73/2011, de 17 Junho nomeadamente: a) estabelecimentos que empreguem mais de 10 trabalhadores e que produzam resíduos não urbanos; b) As pessoas singulares ou colectivas responsáveis por estabelecimentos que produzam resíduos perigosos; c) As pessoas singulares ou colectivas que procedam ao tratamento de resíduos a título profissional; d) As pessoas singulares ou colectivas que procedam à recolha ou ao transporte de resíduos a título profissional; e) As entidades responsáveis pelos sistemas de gestão de resíduos urbanos; f) As entidades responsáveis pela gestão de sistemas individuais ou integrados de fluxos específicos de resíduos; g) Os operadores que actuam no mercado de resíduos, designadamente, como corretores ou comerciantes; h) Os produtores de produtos sujeitos à obrigação de registo nos termos da legislação relativa a fluxos específicos. Certificado de recepção dos RCD 7 / 9

O operador de gestão de RCD está obrigado: A enviar ao produtor, no prazo máximo de 30 dias, um certificado de recepção dos RCD. Disponibilizar cópia às autoridades de fiscalização sempre que solicitado Fiscalização A fiscalização do cumprimento das disposições constantes do D.L. n.º 46/2008, de 12 de Março, alterado pelo D.L. n.º 73/2011, de 17 Junho, é exercida pela(s): Inspecção-Geral do Ambiente e do Ordenamento do Território (IGAOT), Comissões de coordenação e desenvolvimento regional (CCDR), Municípios Autoridades policiais. As autoridades policiais prestam toda a colaboração necessária às restantes entidades fiscalizadoras Compete às entidades fiscalizadoras, com excepção das autoridades policiais, instruir os processos relativos às contra-ordenações estabelecidas no Decreto-Lei n.º 46/2008, de 12 de Março, alterado pelo D.L. n.º 73/2011, de 17 de Junho, e decidir da aplicação da coima e sanções acessórias. Quando a entidade autuante não tenha competência para instruir o processo, o mesmo é instruído e decidido pela Inspecção-Geral do Ambiente e do Ordenamento do Território. Contra ordenações Constitui contra-ordenação ambiental muito grave, punível nos termos da Lei n.º 50/2006, de 29 de Agosto, alterada pela Lei n.º 89/2009, de 31 de Agosto, e rectificada pela Declaração de Rectificação n.º 70/2009. D.R. n.º 191, Série I de 2009-10-01, a prática dos seguintes actos: O abandono e a descarga de RCD em local não licenciado ou autorizado para o efeito. Constitui contra-ordenação ambiental grave, punível nos termos da Lei n.º 50/2006, de 29 de 8 / 9

Powered by TCPDF (www.tcpdf.org) Resíduos de Construção e Demolição (RC&D) Agosto, alterada pela Lei n.º 89/2009, de 31 de Agosto, e rectificada pela Declaração de Rectificação n.º 70/2009, de 1 de Outubro, a prática dos seguintes actos: Incumprimento do dever de assegurar a gestão dos RCD incumprimento da obrigação de assegurar, na obra ou em local afecto à mesma, a triagem de RCD ou o seu encaminhamento para operador de gestão licenciado. Realização de operações de triagem e fragmentação de RCD em instalações que não observem os requisitos técnicos. Não elaboração do plano de prevenção e gestão de RCD Inexistência de um sistema de acondicionamento Deposição em aterro de RCD sem triagem Incumprimento das regras sobre transporte de RCD Não envio de certificado de recepção dos RCD Constitui contra-ordenação ambiental leve, punível nos termos da Lei n.º 50/2006, de 29 de Agosto, alterada pela Lei n.º 89/2009, de 31 de Agosto, e rectificada pela Declaração de Rectificação n.º 70/2009, de 1 de Outubro: Alteração não fundamentada do plano de prevenção e gestão de RCD. Não disponibilização do plano de prevenção e gestão de RCD. Não efectuar o registo de dados de RCD ou não manter o registo de dados de RCD conjuntamente com o livro de obra. Sanções acessórias e apreensão cautelar Relativamente às infracções muito graves e graves previstas no D.L. n.º 46/2008, de 12 de Março, alterado pelo D.L. n.º 73/2011, de 17 Junho, pode a autoridade competente, simultaneamente com a coima, determinar a aplicação das sanções acessórias que se mostrem adequadas, nos termos previstos na Lei n.º 50/2006, de 29 de Agosto, alterada pela Lei n.º 89/2009, de 31 de Agosto, e rectificada pela Declaração de Rectificação n.º 70/2009. D.R. n.º 191, Série I de 2009-10-01 A autoridade administrativa pode ainda, sempre que necessário, determinar a apreensão provisória de bens e documentos, nos termos previstos no artigo 42.º da Lei n.º 50/2006, de 29 de Agosto, alterada pela Lei n.º 89/2009, de 31 de Agosto, e rectificada pela Declaração de Rectificação n.º 70/2009, de 1 de Outubro. 9 / 9