DESENVOLVIMENTO, CARACTERIZAÇÃO FÍSICO-QUÍMICA E QUALIDADE MICROBIOLÓGICA DE DOCE PASTOSO ELABORADO À BASE DE BAGAÇO DE CAJU E ALBEDO DO MARACUJÁ

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1 2 3 DESENVOLVIMENTO, CARACTERIZAÇÃO FÍSICO-QUÍMICA E QUALIDADE MICROBIOLÓGICA DE DOCE PASTOSO ELABORADO À BASE DE BAGAÇO DE CAJU E ALBEDO DO MARACUJÁ 4 RESUMO 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 Nos processos de obtenção de cajuína há grandes perdas em bagaço e cascas, que comumente, são aproveitados para adubação de solo e ração animal. Nos últimos anos, devido à riqueza em fibras, carotenóides, compostos fenólicos, vitaminas e minerais contidos nesses resíduos, o aproveitamento dos mesmos tem ganhado interesse no desenvolvimento de produtos destinados à alimentação humana. O presente trabalho teve por objetivo investigar o desenvolvimento, a caracterização físico-química e a qualidade microbiológica de doce pastoso elaborado a partir do bagaço de caju e albedo do maracujá. Para a elaboração dos doces foram desenvolvidas duas formulações de doce pastoso (F1) e (F2), diferenciando-se quanto à incorporação de farinha de linhaça na (F2). Os doces caracterizaram-se por apresentar teor de sólidos solúveis totais ( Brix) situados entre (68,00% a 66,00%). A estabilidade microbiológica foi avaliada através da contagem de bolores e leveduras, coliformes a 35 C (totais) e 45 C (fecais), sendo acompanhada para os doces recémprocessados (tempo zero) e após 15 e 30 dias de armazenamento, sob refrigeração à temperatura (5 C±1). Após o processamento, a contagem de bolores e leveduras manteve-se inalterada ao longo do período de armazenamento. Não foi detectada a presença de bactérias do grupo dos coliformes. Palavras-chave: bagaço do caju, albedo do maracujá, doce pastoso, características. ABSTRACT In the process of obtaining cajuína there are great losses in bagasse and peels, which are commonly used for soil fertilization and animal feed. In recent years, due to the richness in fiber, carotenoids, phenolics, vitamins and minerals contained in those residues, the use of them has gained interest in the development of products intended for human consumption. This study aimed to investigate the development, physical-chemical characterization and the microbiological quality of sweet paste made from the pomace of cashew and passion fruit's albedo. For the preparation of sweets were developed two sweet Pasty formulations (F1 and F2), differing as to the incorporation of flaxseed flour in (F2). The sweets were characterised by offering total soluble solids ( Brix) situated between (68.00 66.00%%). The microbiological stability was evaluated by counting of yeasts and molds, coliforms to 35 C (total) and 45 C (human waste), being accompanied to the candy recém-processados (time zero) and after 15 and 30 days of storage, refrigerated at a temperature (5 C ± 1). After processing, the yeast and mould count remained unchanged throughout the storage period. Has not detected the presence of bacteria of the coliform group. Keywords: bagasse do caju, albedo of passion fruit, sweet Pasty, features. 1 [GS1] Comentário: Alterar a percentagem por g de sólidos solúveis por 100 g (66 a 68 g de sólidos solúveis por 100 g de doce) [GS2] Comentário: Utilizar palavras diferentes das que constam no título

42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60 61 62 63 64 65 1. INTRODUÇÃO A exploração da cajucultura é considerada uma das principais atividades agroindustriais do Nordeste do Brasil, proporciona grande numero de emprego na cadeia produtiva, várias alternativas de industrialização, gerando renda e divisas para o país. O cajueiro (Anacardium occidentle L.) apresenta duas alternativas como matériaprima para a indústria de alimentos a castanha, o verdadeiro fruto e o pedúnculo, que é um pseudo ou falso fruto, uma forma hipertrofiada do pedúnculo floral e rica em suco (ABREU & NETO, 2007). A castanha, que representa cerca de 10% do peso total do caju, destaca-se como o principal produto gerador de divisas para os Estados do Ceará, Piauí e Rio Grande do Norte, que são os maiores produtores nacionais de caju (PAIVA et. al. 2000). É constituída de duas porções distintas: a amêndoa e a casca. A amêndoa, é rica em gorduras, proteínas, carboidratos, fósforo e ferro, sendo muito apreciada como aperitivo (MOURA, 2009). O pseudofruto do caju, estimado em 90% do peso do fruto, apresenta estrutura carnosa e suculenta, rico em vitamina C e fibras, possui amplo potencial de aproveitamento na elaboração de polpa, suco néctares, refrigerante, cajuína, diversos tipos de doces, em escala industrial e/ou artesanal. Embora assim, possui baixo valor no mercado interno, principalmente, no período de safra (FILHO, 2010; EMBRAPA, 1999; SOARES, 1986; PAIVA et. al. 2000). No tocante ao valor nutricional o pedúnculo de caju destaca-se, principalmente, pelo seu elevado teor de vitamina C, variando entre (156 mg a 387 mg/100g), que pode superar em até cinco vezes o valor encontrado na laranja, e pelos compostos fenólicos, aos quais são atribuídas propriedades antioxidantes, capazes de proteger o organismo contra a ação dos radicais livres. O pedúnculo do caju apresenta ainda teores consideráveis de açúcares, 2

66 67 68 minerais (ferro, cálcio e fósforo), vitaminas do complexo B (tiamina, riboflavina e niacina), fibras e carotenóides (12 a 28 mg/g de fruto freso), o que torna um alimento importante do ponto de vista dietético (SAMPAIO, 1990; AGUIAR et. al., 2000; ARAÚJO et. al., 2004). 69 70 71 72 73 74 75 76 77 O potencial de agroindustrialização do pedúnculo de caju permite que dele sejam obtidos diversos produtos, como: polpa congelada, suco, e cajuína doce. No tocante à fabricação de cajuína, nos estados do Ceará e Piauí existem várias unidades produtoras e o produto tem boa aceitação. No estado do Rio Grande do Norte, embora a produção de caju seja abundante o potencial de industrialização do pedúnculo de caju, não foi até o momento devidamente explorado, principalmente a cajuína. Neste segmento vale frisar o interesse da comunidade de Lagoa Nova-RN, em virtude do potencial de produção de caju e a busca de alternativa para agregar valor ao fruto in natura e preservar a potencialidade da cajucultura na região. Formatado: Fonte: Itálico 78 79 80 81 82 83 A cajuína é um suco de caju puro, clarificado, sem adição de açúcar e conservantes, que é acondicionado em garrafas de vidro, tratado termicamente em banho-maria, para adquirir coloração âmbar e um sabor característico. No processo de obtenção são gerados 20 a 30% de bagaço (ABREU e NETO 2007), cujo valor nutritivo supera o conteúdo de carotenóides, substâncias fenólicas e fibras, quando comparado com o suco e a cajuína (COURRY, 2005). [GS3] Comentário: Seria melhor colocar a temperatura exata utilizada neste tratamento térmico. 84 85 86 87 88 89 O bagaço do pedúnculo do caju tem sido amplamente utilizado na fabricação de ração animal e compostagem. Nos últimos anos, devido à grande importância nutricional tem despertado o interesse de várias pesquisas na área de alimentos focadas no desenvolvimento de novos produtos destinados à alimentação humana, enfatizando-se a elaboração de biscoitos e salgadinhos extrusados tipo snacks (ASCHERI et. al., 1999), barras de cereais (LIMA et. al., 2007), hambúrguer (SILVA e SANTOS, 2007). Dentre outros produtos, o SESI, através 3 [GS4] Comentário: Colocar o livro de receita do Sesi como referência no final do parágrafo.

90 91 do programa da cozinha Brasil divulga várias formas de aproveitamento do pedúnculo e do bagaço do caju na elaboração geleia, doces etc. 92 93 94 A produção de doces de frutas é considerada de grande importância comercial para a indústria de alimentos brasileiros sendo, os doces em pasta ou em massa, geléias e compotas os produtos de maior expressão econômica e de boa aceitação pelos consumidores. 95 96 97 98 99 Diante do potencial de produção de caju na região nordeste, do grande desperdício do pedúnculo de caju e do bagaço oriundo da extração do suco para a fabricação de cajuína, o aproveitamento deste resíduo apresenta-se como uma alternativa de grande importância no desenvolvimento da agroindústria nordestina e como forma de agregar valor econômico na cadeia produtiva do caju. 100 101 102 103 104 105 106 107 108 109 110 De acordo com a Resolução Normativa CTA n 9/78, doce em pasta ou em massa é o produto resultante do processamento adequado das partes comestíveis desintegradas de vegetais com açúcares, com ou sem adição de água, pectina, ajustador de ph e outros ingredientes e aditivos permitidos até uma consistência apropriada, sendo finalmente, acondicionado de forma a assegurar sua perfeita conservação (BRASIL, 2010). Quanto à consistência, são classificados em doce cremoso ou pastoso, quando apresenta pasta homogênea e consistência mole, que não oferece resistência e nem possibilidade de corte, devendo apresentar teor de sólidos solúveis ( Brix) de no mínimo 55%; doce de corte, quando apresenta pasta homogênea e consistência que possibilita o corte, com teor de sólidos solúveis ( Brix) de no mínimo 65% (EMBRAPA, 2003). O valor nutritivo destaca-se, principalmente como fonte de energia. [GS5] Comentário: Essa frase não ficou adequada. Sugiro retirar ou melhorar. 111 112 No mercado nacional, principalmente, nas regiões produtoras de caju, a exploração industrial do pedúnculo, em escala artesanal e/ou industrial, visando à produção de diferentes Formatado: Tachado 4

113 114 tipos de diferentes tipos doce já é bem difundida. No entanto, trabalhos científicos objetivando a utilização do bagaço de caju ainda é restrita. [GS6] Comentário: Arrumar, palavras repetidas. 115 116 117 118 119 120 121 Pelo exposto, o trabalho proposto teve por objetivos: investigar o desenvolvimento de doce pastoso elaborado a partir do bagaço de caju proveniente da extração do suco para a fabricação de cajuína, com a incorporação do albedo do maracujá e outros ingredientes não convencionais para doces; caracterizar o produto quanto aos parâmetros físico-químicos relevantes para doces em massa e avaliar a qualidade microbiológica, visando à utilização como ingrediente na elaboração de trufas de caju. 2. MATERIAL E MÉTODOS [GS7] Comentário: Faltou informações sobre o albedo de maracujá na introdução, suas características e benefícios. [GS8] Comentário: Foi testado em trufas? Ou é apenas sugestão???? SE for sugestão, incluam nas discussões. 122 123 2.1. Desenvolvimento do Doce Elaborado à Base de Bagaço de Caju e Albedo do Maracujá. 124 125 126 127 128 129 Para a elaboração do doce coletou-se bagaço de caju e cascas do maracujá em agroindústrias familiares localizadas em Lagoa Nova-RN, sendo estes resíduos originários da extração do suco para a obtenção de cajuína e do processo de fabricação de polpa de maracujá. Após a coleta o material foi acondicionado em sacos plásticos atóxicos, transportado ao laboratório de alimentos do IFRN, campus de Currais Novos, sendo congelado até o momento de sua utilização. 130 131 132 133 134 Por ocasião do processamento, o bagaço de caju foi descongelado, pesado, misturado com água na proporção de (80%:20%p/p (bagaço:água) e homogeneizado em liquidificador industrial durante cinco minutos. Obteve-se o albedo do maracujá com o prévio cozimento das cascas do maracujá amarelo (Passiflora war edulis. Flavicarpa), seguido de resfriamento em água corrente, extração da polpa branca carnuda e homogeneização em liquidificador. As [GS9] Comentário: O mais adequado é m/m [GS10] Comentário: Indicar a temperature deste cozimento. 5

135 136 137 138 139 140 141 142 143 144 145 146 pastas ou polpas obtidas foram caracterizadas quanto ao teor de sólidos solúveis, umidade, ph e acidez. A partir da mistura homogênea de (bagaço de caju e albedo do maracujá, nas proporção proporções de 90:10% (m/m) foram desenvolvidas duas formulações de doces, (F1) e (F2), diferenciando-se quanto à incorporação de 5% de farinha de linhaça na (F2). A quantidade de açúcar para ambas as formulações foi igual a 80%, em relação ao peso da mistura inicial, sendo utilizado 40% de açúcar cristal, 25% de açúcar mascavo e 15% de xarope de glicose. Além destes ingredientes adicionou-se 15% de castanha de caju granulada, 3% farinha de maracujá e 5% de farinha de linhaça, por conterem fibras dietéticas, vitamina E, ácidos graxos essenciais e Omega-3, aos quais são atribuídas propriedades antioxidantes, prevenido contra ação dos radicais livres no organismo, além de contribuir para a redução das taxas de colesterol e de glicose na corrente sanguínea (GAZZONI, 2005; MOURA, 2009). [GS11] Comentário: Seguindo qual metodologia? Informar. [GS12] Comentário: A linhaça foi adicionada apenas na F2, certo? Essa informação foi escrita anteriormente. 147 148 149 150 151 152 153 154 A concentração dos doces foi feita realizada em panela de aço inoxidável de fundo duplo até alcançar teor de sólidos solúveis variando entre 68,00% (F1) e 66,00% (F2) em Brix a 20, determinado através de refratômetro da marca CAPLAB. O acondicionamento foi feito em potes de vidro com tampa rosqueável, previamente esterilizados, seguido de fechamento e inversão dos recipientes durante 5 minutos, a fim de eliminar microrganismos das superfícies internas das tampas, pelo efeito da elevada temperatura dos doces. Os doces foram armazenados à temperatura de refrigeração (5 C±1) por 30 dias, avaliados quanto às características físico-químicas e qualidade microbiológica. 155 2.2. Caracterização Físico-Química dos Doces Obtidos. 156 157 158 Além do teor de sólidos solúveis ( Brix) foram realizadas análises de umidade (estufa a 75 C); ph através do potenciômetro digital QUIMIS; acidez total titulável (ATT) por titulometria com solução de NaOH 0,1N e fenolftaleína como indicador, seguindo as 6

159 160 normas analíticas do Instituto Adolfo Lutz (1985). Todas as análises foram realizadas em triplicata e os resultados expressos em média ± desvio padrão. 161 2.3. Qualidade Microbiológica 162 163 164 165 166 167 168 Amostras das formulações de doces de caju (F 1 e F 2 ) acondicionadas em potes de vidro com tampa metálica rosqueável, previamente esterilizados e secos, hermeticamente fechados, devidamente identificados foram encaminhados para o laboratório de Análises CLAN - Comércio de Laticínios de Natal - RN, onde foram analisadas. Após 1 dia de processamento e ao longo de 15 e 30 dias de armazenamento sob refrigeração (5 C±1) foram realizadas análises em triplicata de bolores e leveduras, coliformes a 45 C e a 35 C, seguindo metodologia descrita em BRASIL (2003). [GS13] Comentário: Padronizar como escrito anteriormente F1 ou F 1? 169 3. RESULTADOS E DISCUSSÃO 170 171 Os resultados das análises físico-químicas das pastas ou polpa utilizadas na elaboração dos doces estão descritos na (Tabela 1). 172 Tabela 1: caracterização físico-química do bagaço de caju e albedo de maracujá [GS14] Comentário: Da polpa ou pasta. Pois assim foi descrito em métodos. Parâmetros físico-químicos Bagaço de caju Polpas Albedo do maracujá Sólidos Solúveis (ºBrix a 20ºC) 8,10 2,5 Umidade (% p/p) 78,51 4,76 Sólidos Totais (% p/p) 21,48 95,24 7

ph 4,10 5,45 Acidez total em ácido cítrico %p/p 0,40 0,22 173 174 175 176 177 178 179 Alcântara et al. (2007) cita em sua pesquisa valor de ph (3,66) para bagaço de caju próximo ao valor encontrado na tabela 1 (4,10). É desejável um ph inferior a 4,5 para impedir a proliferação de microrganismos patogênicos no produto final. Santana & Silva (2008) reporta valores de umidade (78,72) semelhantes aos da tabela acima. A umidade de um produto está diretamente relacionada com os teores de matéria seca (MS), também denominada de sólidos totais (ST). Quanto menor a concentração de sólidos totais, maior o teor de umidade e vice versa. 180 181 3.1. Caracterização Físico-Química de Doce Pastoso Elaborado à Base de Bagaço de Caju e Albedo do Maracujá. 182 183 184 185 Os resultados das análises físico-químicas do doce pastoso elaborado com bagaço de caju e albedo de maracujá utilizado como recheio das trufas estão descritos na Tabela 2. Tabela 2: caracterização físico-química de doce pastoso elaborado com bagaço de caju e albedo de maracujá [GS15] Comentário: As trufas não são objeto de estudo deste trabalho, certo? Então recomendo tirar esta informação sobre as trufas. Deixem apenas como sugestão de uso para o doce que foi o objeto de estudo. Formulações SST (ºBrix a 20ºC) ST (% p/p) Umidade (% p/p) ph ATT em ácido cítrico [GS16] Comentário: Sugiro fazer uma análise estatística dos dados, como o teste t- Student para verificar a diferença entre as médias. F1 Média 68,00 70,66 29,34 4,63 0,40 DP 0,30 0,30 0,30 0,01 0,03 [GS17] Comentário: Inserir na frente de cada valor de DP os símbolos de mais e menos ( + ) 8

CV 0,00 0,09 0,09 0,00 0,00 Média 66,00 67,33 32,67 4,65 0,38 F2 DP 0,00 0,58 0,58 0,00 0,00 CV 0,00 0,33 0,33 0,00 0,00 186 187 188 SST: sólidos solúveis totais; ST: sólidos totais; ATT: acidez total titulável. F1: sem adição de farinha de linhaça; F2: com adição de farinha de linhaça. Média: obtida de três repetições; DP: desvio Padrão; CV: coeficiente de variação. 189 190 191 192 193 194 195 196 197 198 199 200 201 Pelos dados apresentados na tabela 2 constata-se uma diferença de 2% de sólidos entre as formulações testadas. No entanto, os valores médios obtidos para ambas as formulações 68,00% (F1) e 66,00 % (F2) superaram o limite mínimo estabelecido para doces cremosos, que de acordo com a legislação vigente para o produto (BRASIL, 2010), deve ser no mínimo 55%. Considerando que, quanto maior for à concentração de açúcar no produto, menor quantidade de água livre será encontrada, os resultados obtidos poderão ser importantes no aspecto de conservação dos doces, em virtude da baixa atividade de água limitar o crescimento microbiano, reações químicas e enzimáticas. Embora os doces tenham apresentado baixa acidez, valores compreendidos entre 0,40 (F1) a 0,38 (F2) e ph pouco ácido 4,63 (F1) e 4,65 (F2), condições favoráveis ao crescimento de bactérias (BRASIL, 2010), o sistema de armazenamento garantiram a boa conservação durante o a armazenamento. 9

202 203 204 A umidade dos doces revelou valores muito próximos 32,14% (F1), 32,56 (F2) enquadrando-se dentro dos limites estabelecidos para geleias de frutas (38%) para geleia extra e 35% (geleia comum (BRASIL, 2010). 205 206 207 208 209 210 Embora os doces obtidos não tenham sido caracterizados quanto ao teor de fibras dietéticas, a composição química das matérias-primas e de alguns ingredientes utilizados contribuiu para a obtenção de um doce com maior aporte no teor de fibras dietéticas e aumento no valor nutricional, uma vez que, os resíduos de frutas podem conter fibras, minerais, substâncias fenólicas, flavonóides, carotenóides, entre outros, que podem ser benéficos à saúde. [GS18] Comentário: Seria muito interessante se pudessem fazer a análise de fibra alimentar, principalmente para verificar se a F2 irá apresentar mais fibras do que a F1 que não foi adicionada de linhaça. Se não for possível realizar a análise, retirem este parágrafo, pois são apenas hipóteses que não foram verificadas neste estudo. 211 212 Sugere-se realizar estudo complementar com o intuito de investigar a composição em fibras dietéticas e algumas substâncias fenólicas que podem ser benéficos à saúde. [GS19] Comentário: Se a análise de fibra alimentar não for realizada, podem deixar este parágrafo que sugere esta investigação. 213 3.2. Qualidade Microbiológica dos Doces 214 215 216 217 218 Os resultados da avaliação microbiológica de doce pastoso elaborado com bagaço de caju e albedo de maracujá utilizado como recheio das trufas estão descritos na Tabela 3. Tabela 3: avaliação microbiológica de doce pastoso elaborado a base de bagaço do caju e albedo do maracujá, com adição de açúcar, fibra de maracujá, farinha de linhaça e castanha de caju. [GS20] Comentário: Novamente foi citado as trufas, mas elas não foram testadas, pois não consta nos métodos. Formatado: Realce Formatado: Realce Tempo de Bolores e Coliformes a Coliformes a Formulações estocagem Leveduras 35 C (totais) 45 C (fecais) (dias) (UFM/mL) UFM/mL UFM/Ml 0 <1x10¹ Ausente Ausente 10

F1 15 <1x10¹ Ausente Ausente 30 <1x10¹ Ausente Ausente 0 <1x10¹ Ausente Ausente F2 15 <1x10¹ Ausente Ausente 30 <1x10¹ Ausente Ausente *Padrão BRASIL, 2001 <1x10 4 n.c n.c 219 220 221 222 223 224 225 226 227 228 229 230 231 *Padrão: BRASIL, Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução RDC n.12, de 02 de jan. de 2001. Regulamento Técnico sobre os padrões microbiológicos para alimentos. Diário Oficial da União, Brasília, 02 de jan. 2001, p. 1-54. n.c: não consta. Pelos resultados apresentados na tabela 3 constata-se contagem de bolores e leveduras igual a (<1x10¹), bem inferior ao padrão microbiológico estabelecido pela legislação brasileira vigente (<1x10 4 ), conforme (BRASIL - Resolução RDC n. 12 de janeiro de 2001). As bactérias do grupo dos coliformes, apesar da referida legislação não fazer nenhuma referência para tais microrganismos, realizou-se esta determinação, uma vez que o produto foi envasado manualmente, o que poderia representar algum risco de contaminação pósprocessamento. Em todas as amostras de doces analisadas constatou-se ausência de coliformes totais e coliformes termotolerantes. 11

232 233 234 235 236 Considerando que o índice de coliformes é usado, principalmente, para avaliar as condições higiênico-sanitárias dos alimentos, que altas contagens indicam contaminação pósprocessamento, limpeza e sanitização deficientes (Frazier e Westhoff, 1993), os resultados obtidos indicam adoção de Boas Práticas de Fabricação (BPFs), durante o processamento dos doces, assim como, na realização das análises. 237 238 239 240 241 242 243 244 4. CONCLUSÕES Os resultados demonstram que os doces obtidos podem ser armazenados à temperatura de refrigeração (5 C±1) por 30 dias, sem alterações na contagem de bolores e leveduras. Do ponto de vista higiênico-sanitário, os doces podem ser utilizados como ingrediente para o recheio de trufas de caju, sem representar riscos aos consumidores em relação à atividade de microrganismos pertencentes ao grupo dos coliformes totais e fecais. [GS21] Comentário: Como o trabalho tratou do desenvolvimento de um doce, uma análise muito importante faltou, a Análise sensorial para verificar o índice de aceitação do doce por uma escala hedônica, e como são dois tratamento, uma teste para verificar se existe diferença no doce que foi adicionado linhaça. Recomendo que seja realizado para melhorar o impacto do trabalho. [GS22] Comentário: A conclusão deve ser a resposta aos objetivos propostos, assim recomendo que esta conclusão seja reformulada. 245 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 246 247 ABREU, Fernando A. de; NETO, Raimundo, M. da S. Cajuína, Brasilia, Embrapa Informação Tecnológica, 2007, 50p. (Coleção Agroindústria familiar). 248 249 250 AGUIAR, L.P. ß-caroteno, vitamina C e outras características de qualidade de acerola, cajá e melão em utilização no melhoramento genético. Dissertação (Mestrado em Tecnologia de Alimentos), Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2001. 87p. 251 252 253 AGUIAR, L.P., ALVES R. E.; LIMA, D.P. et. al. Carotenóides totais em pedunculos de cajá anão precoce (Anacardium occidentale L. var Nahum). In: CONGRESSO BRASILEIRO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE ALIMENTOS 17, Resumos 254 Fortaleza, SBCTA, 2000, v.2, n.5, p.55. 12

255 256 257 258 259 260 261 262 263 264 265 266 267 268 269 270 271 272 273 274 275 276 ALCÂNTARA, Siumara Rodrigues; ALMEIDA, Francisco de Assis Cardoso de; SILVA, Flávio Luiz Honorato da. Emprego do bagaço seco do pendúnculo do caju para posterior utilização em um processo de fermentação semi-sólida. Revista Brasileira de Produtos Agroindustriais, Campina Grande, v. 9, n. 2, p.137-142, 2007. ASCHERI, J.L.R. et. al. Utilização do pedúnculo de caju desidratados na elaboração de pellets e farinha pré-gelatinizada por extrusão. In: SIMPÓSIO AMERICANO DE CIÊNCIA DE ALIMENTOS, 3, 1990, Campinas, SP. ANAIS... Campinas: UNICAMP, 1999, v. I, p.215-215. BRASIL, Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução RDC n.12, de 02 de jan. de 2001. Regulamento Técnico sobre os padrões microbiológicos para alimentos. Diário Oficial da União, Brasília, 02 de jan. 2001, p. 1-54 BRASIL, Ministério da saúde Agência de Vigilância Sanitária - ANVISA, Resolução Normativa n.º 9, de 1978 D.O.U. de 11/12/78. Disponível em:< http://www.anvisa.gov.br >. Acesso realizado em 14 de outubro de 2010. COURY, S. et. al. Propriedade antioxidante de cinco variedades de pedúnculo de cajueiro anão precoce. In: Encontro Nacional de Analista de alimentos. 2003, Rio de Janeiro, ANAIS..., São Paulo:SBAAI, 2003, v. 1, p.214-214. EMBRAPA Iniciando um pequeno grande negócio: Frutas em calda, geléias e doces, Brasília, Embrapa, Sebrae, 2003 (Série Agronegócio) Parte 1: Processo de Produção, p. 31-55. FILHO, Mem, de Sá; ARAGÃO, A. de Oliveira; ALVES, Ricardo Elesbão; FILGUEIRAS, Heloísa A Cunha. Aspectos da colheita, pós-colheita e transformação industrial do 13

277 278 279 280 281 282 283 284 285 286 287 288 289 290 291 292 293 294 295 296 297 298 299 pedúnculo do caju (Anacardium occidentale L.) <www.ceinf.cnpat.embrapa.br/arquivos>/ artigos 3097. pdf acesso: em 23/05.2010. GAZZONI, D.L. Alimentos funcionais. Obtida via Internetfile://flavonóides.htm, 2005. Acesso em 17/03/2005. INSTITUTO ADOLFO LUTZ, Normas Analíticas do Instituto Adolfo Lutz, v. 1: Métodos químicos e físicos para análise de alimentos. 3. ed. São Paulo: IMESP, 1985. (capítulo XV- Conservas vegetais, frutas e produtos derivados de frutas). LIMA, A. C.; SOUZA, A. C. R. de; ABREU, F. A. P. de; NETO, M. A. S. Barra de cereal de caju. Brasília, Embrapa Informação Tecnológica, 2007, 10p. (Coleção Agroindustria familiar). MORTATTI, Maria da Penha Longo et al. Avaliação Microbiológica de doces cremosos comercializados na cidade de Araquara-SP. Disponível em: <http://200.145.71.150/seer/index.php/alimentos/article/view/712/602>. Acesso em: 15 abr. 2011. MOURA, Ricardo. Frutas e saúde: combinação perfeita. Revista editada pelo Centro Nacional de Agroindústria Tropical, n. 131, p.5, Julho/Setembro, 2009. PAIVA, F. F de A.; GARRUTI, D. dos S.; SILVA NETO, R.M. da Aproveitamento industrial do caju. Fortaleza: Ed. Embrapa CNPAT / SEBRAE / C E. 2000. SAMPAIO, TM.T. Estudo dos sucos límpidos simples, concentrado e reconstituído de caju (Anacardium ocidentalle L.). Dissertação (Mestrado em Tecnologia de Alimentos), Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 1990. 172 p. SANTANA, Maristela de Fátima Simplício de; SILVA, Ilderlane Cunha da. Elaboração de biscoitos com resíduos da extração de suco de caju. Disponível em: 14

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