MUSEU DO LOUVRE. REVISTA LOUVRE Museus de Arte

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Transcrição:

REVISTALOUVRE MuseusdeArte MUSEU DO LOUVRE O"Castelo do Louvre" foi fundado pelo rei Filipe II em 1190, como uma fortaleza para defender Paris a oeste contra os ataques dos Vikings. No século XIV, o rei Carlos V mandou construir um novo muro. Desta vez, a fortaleza ficou dentro da cidade, perdendo assim, a sua função de defesa. Restos da muralha e o Arco do triunfo podem ser vistas ainda hoje, pois foram preservadas. 1

REVISTALOUVRE MuseusdeArte Já no século XVI, sob o reinado de Francisco I, sob influências do renascimento, onde havia grande exaltação do poder monárquico, iniciou a grande reforma do Louvre, demolindo a antiga fortaleza e construindo o palácio, que se tornou residência real. Entre 1564 a 1572, por ordem da rainha Catarina de Médici, ocorreu a construção do palácio das Tuileries e a residência real foi transferida para lá. Mais tarde, com os reis Luís XIII e Luís XIV, iniciou-se o grande projeto de reunião dos dois palácios. Nessa fase, grandes escultores, pintores, artesão foram contratados para a decoração dos palácios. No entanto, o rei Luís XIV abandona o projeto e inicia a construção do palácio de Versailles, que se tornará residência real até a Revolução Francesa. E assim, ela trouxe o rei Luis XVI e sua família de volta para Tuileries. E logo foi instalado nele a instância dos dirigentes da Revolução. Desse modo, por iniciativa deles, é criado o Museu, em 10 de agosto de 1793, onde o público pôde visitar as antigas coleções reais. Apesar de vários períodos conturbados, das profundas mudanças políticas e do incêndio em maio de 1871, que destruiu Tuileries. O Louvre nunca deixou de ser museu, e suas coleções foram sendo enriquecidas com o passar dos anos. No século XIX, viu-se a necessidade de reestruturar o palácio para melhor aproveitamento do Museu. Sendo assim, o presidente François Miterrand resolveu a questão: mudou o ministério, fazendo com que o Louvre se dedicasse exclusivamente à cultura, e encarregou o arquiteto Ieoh Ming Pei, de realizar o projeto do Grande Louvre. Antes de falar do projeto, conhecer um pouco sobre Pei, nos fará entender um pouco das mudanças arquitetônicas que o Louvre sofreu. Ele nasceu em 1917, em uma tradicional e prospera família de Cantão, na China, e desde cedo sofreu as influencias da tradição chinesa, com seus valores familiares ligados à filosofia confucionista. Após terminar seus estudos iniciais, decidiu estudar arquitetura, e viajou para São Francisco e, posteriormente, para a Filadélfia. Ainda nos EUA, Pei estudou na Universidade da Pensilvânia e posteriormente no MIT (Mas- Palaisetjardin destuileriesen 1757.N.etJ.B. Raguenet (XVIIIèmesiècle). Paris,Musée Carnavalet. (àesquerda acima) Escavaçõesno CoourCoreé Project d aménagement delagrande galeriedulouvre en1796.hubert Robert.Paris, MuséeduLouvre. (àesquerdaabai xo) 2

REVISTALOUVRE MuseusdeArte sachusets Institute of Tecnology). Em 1940 completou o bacharelado e se casou com uma estudante de Harvard, também vinda da China, que o encoraja e ajuda a também naquela Universidade conseguir uma bolsa de estudos. Cursando Harvard, Pei BancodaChina (àdireitaacima) IeohMingPei Museudehistó riaalemã (àdireitaabaixo) se envolve com um grupo de arquitetos denominado Walter Groups, com uma perspectiva moderna e simples da arquitetura, e contra, principalmente, às ornamentações desnecessárias. Os arquitetos ali reunidos buscavam uma melhor qualidade e condições de vida com a arquitetura proposta, sendo que cada desenho e projeto deveria ser claro, lógico e fácil de se visualizar. Pei vê cada novo projeto por ele desenvolvido como um novo desafio, que engloba três parâmetros fundamentais: o tempo, o espaço e a função. Todos eles estando sempre em constante equilíbrio, e presentes em cada projeto arquitetônico elaborado. Em suas construções, a geometria é uma constante, e é sempre limpa e clara. Ela está presente a- través de figuras geométricas simples, e combinadas de diferentes formas, pensadas para se harmonizarem com cada detalhe do projeto. Os prédios dele possuem também a característica de, vistos por fora, lembrarem grandes esculturas e blocos de monumentos, quase sempre monocolores, passando a impressão de estarem fechados, e trancados em si mesmos. Mas por dentro sua elegância é ressaltada, e as construções se mostram intimidantes e muito luminosas, com vários efeitos de luz e sombra. O projeto foi inaugurado no dia 15 de outubro de 1988. Como proposto pelo presidente, tinha como principal objetivo a renovação do espaço do Museu, tornando-o mais dinâmico e acessível aos visitantes, abrindo também espaços novos para exposição. Além disso, outro objetivo mais ousado seria o de reintroduzir o Louvre às atividades e ao cotidiano da pulsante cidade de Paris e de seus habitantes. Como um dos grandes problemas era a comunicação entre as diversas alas do palácio, Pei construiu uma pirâmide de aço e vidro, que possibilitava uma iluminação natural, ladeada por três pequenas pirâmides, todas circundadas por fontes de água e com uma escada que levava a um centro de informações, onde era possível escolher entre as direções possíveis: Sully (leste), Richelieu (norte) e Denon (sul). 3

O projeto, na época recebeu vários prêmios, mas foi também muito contestado e criticado, tanto por intelectuais e jornalistas, como também pela população francesa, em particular a parisiense. A crítica maior dizia respeito à pirâmide de vidro e aço, que por suas características arquitetônicas modernas tiraria a beleza do Museu do Louvre, possuidor de uma arquitetura palatal da época da nobreza e da realeza francesas. Porém, hoje, a pirâmide de vidro não apenas é aceita e apreciada, como já é também um dos símbolos de identificação do Museu, conferindo uma marca de beleza e modernidade ao Louvre, um dos museus mais visitados do mundo. Desta forma, o Louvre é dividido nessas três alas Sully, Richelieu e Denon, e na parte oeste se encontra as muralhas do século XIV e o centro comercial. Dentro dessas alas o Museu possui oito departamentos: Antiguidades orientais, Antiguidades egípcias, Antiguidades gregas, etruscas e romanas, Pinturas, Esculturas, Objetos de arte, Artes gráficas e Arte islâmica. Dentre as obras do Museu, algumas possuem mais destaque que as outras e são colocadas em posição ressaltada como, por exemplo: A Monalisa de Leonardo da Vinci (óleo sobre tela, 1503-19), e a Vênus de Milo, Alenxandros de Antióquia. REVISTALOUVRE MuseusdeArte A disposição das obras de arte no Louvre mostra que o espaço em que elas estão inseridas e sua localização foram pensadas e planejadas, não sendo uma disposição aleatória. Isso é muito significante se levarmos em conta que o modo como são dispostas e colocadas no espaço do Museu modificam a percepção dos visitantes a uma lógica buscada e construída pelo Louvre, que faz tal disposição com o intuito de passar idéias, pensamentos e sentimentos muitas vezes não percebidos e inconscientes. Essa lógica é diversa, muitas vezes com intuitos diferentes de acordo com a obra escolhida e, certamente, passível de crítica e de outros pontos de vista e interpretações. Mas ela é existente e significante, pois percebemos sua influencia e tiramos percepções que vão desde o deslumbre e contentamento, até o choque e euforia ao nos depararmos com uma obra colocada estrategicamente em um contexto espacial criado pelo Museu. Peguemos por exemplo a famosa estátua, que hoje se encontra no Louvre, da Vitória de Samotrácia. Sua localização no alto e final da escadaria Darú sob um pedestal de pedra que a eleva alguns metros acima dos visitantes que a observam ao andarem ao seu redor, passa a idéia de VênusdeMilo (àesquerdaabai xo) Monalisa,Leo nardodavince, 150319 Antiguidades Egípcias Antiguidades Orientais Vitóriade Somatráci (àesquerdaabai xo) 4

REVISTALOUVRE MuseusdeArte independência e altivez da estátua, que abre suas asas no ponto mais alto da escada e parece querer voar sobre todos que a observam por baixo. Nenhuma outra obra se encontra por perto não por acaso, mas para ressaltar essa impressão, assim como sua localização e o tamanho e Imagensefotos atuaisdomuseu dolouvre tipo do suporte utilizado, que por sua característica também isola a estátua ao impedir um olhar mais de perto e até mesmo a possibilidade de contato entre ela e os visitantes, que devem contemplá-la, admirá-la, como se ela fosse uma grande personagem a se exibir em seu palco meticulosamente montado. Ao observar o Louvre internamente é possível notar várias diferenças, de uma sala para outra, na forma como as pinturas e esculturas são distribuídas. Ao mesmo tempo em que ele conserva salas com estilo totalmente antigo que parecem estar praticamente para a entrada de luz natural e nova disposição das pinturas. Um fato interessante foi a nova forma que dispuseram a pintura da Monalisa. intactas desde sua formação, a partir das reformas iniciadas com o projeto do Grande Louvre, algumas partes do museu ganharam novas aparências, com aberturas no teto Além de estar atrás de um vidro, contém também uma barreira que impede do público se aproximar muito da obra. Além disso, é possível verificar como o museu dá mais destaque a algumas obras do que a outras. Enquanto o próprio quadro da Monalisa se encontra isolado devido sua importância, a partir da fama que adquiriu, outros quadros não tão famosos são dispostos lado a lado, sem qualquer alusão de proeminência. E isso não ocorre somente com os quadros, mas com as esculturas também, como citado história anteriormente. O Museu do Louvre faz parte da viagem de quem chega a Paris. Ele faz parte da França e da história mundial. 5

6 Salasinteriores domuseudo Louvre REVISTALOUVRE MuseusdeArte : CristianeBraga RA059831 GustavoGarotti RA091464 KésiaCorteze RA088274 ThaísFreiria RA093046 Referênciabibliográfica: OgrandeLouvre. Referênciasiconográficas: