CÁLCULOS TRABALHISTAS CONFORME DECISÕES DOS MAGISTRADOS

CÁLCULOS TRABALHISTAS CONFORME DECISÕES DOS MAGISTRADOS PROCESSO Nº 00xxxx5-i6.2000.5.03._x_x VARA/COMARCA @@ª VARA DO TRABALHO DE BELO HORIZONTE / MG RECLAMANTE --------------------------------------------------- RECLAMADA(s): ********************************************** MÁRCIO SANTOS PEREIRA, Perito Técnico em Cálculos Trabalhistas portador do CPF nº 957.538.856-91 vem, respeitosamente, apresentar os CÁLCULOS TRABALHISTAS CONFORME DECISÕES DOS MAGISTRADOS elaborados pela parte RECLAMANTE, Belo Horizonte, 07 de Agosto de 2013. MÁRCIO SANTOS PEREIRA Perito Técnico em Cálculos Trabalhista CPF 957.538.856-91 1

1. DECISÕES DOS MAGISTRADOS Dos Fundamentos da r. Sentença têm-se as seguintes decisões:..., julga-se PROCEDENTES EM PARTE as pretensões da Autora, condenando-se a Ré: 1. nas seguintes obrigações de PAGAR, à Autora: 1.a integrações da remuneração extra folha, nos termos da pretensão de letra a.uma hora extra por dia trabalhado pelo Autor (conforme se apurar nos cartões de ponto dos autos), a título de intervalo intrajornada Para apuração, dever-se-á considerar o salário contratual do Autor, integrado pelo adicional de insalubridade pago, com divisor 220, e adicional de 50%. 1.b - diferença de horas extras, sendo estas consideradas as que ultrapassem a 44ª. hora semanal, conforme se apurar em liquidação de sentença, a partir dos documentos dos autos. Observe-se, ainda, o adicional de 50%, e o divisor de 220 sobre o salário da Autora, e reflexos das horas extras apuradas nesta condenação em todas as verbas pagas ao longo do contrato de emprego do Autor, a saber: - no aviso prévio indenizado - nos 13º. salários e nas férias + 1/3, tanto integrais quanto proporcionais - no FGTS + 40% - nos repousos semanais remunerados. 2. A responsabilidade pelo recolhimento das contribuições social e fiscal, resultante de condenação judicial referente a verbas remuneratórias, é do empregador. Contudo, a culpa do empregador pelo inadimplemento das verbas remuneratórias não exime a responsabilidade do empregado pelos pagamentos do imposto de renda devido e da contribuição previdenciária que recaia sobre sua quota-parte, na forma da Súmula 388, do TST, e OJ 363 da SDI-1/TST. Sendo assim, autoriza-se descontos previdenciários a cargo do Autor, segundo o critério de apuração disciplinado no art. 276, 4º, do Decreto nº 3.048/99, que regulamentou a Lei nº 8.212/91, calculada mês a mês, aplicando-se as alíquotas previstas no art. 198 do citado Decreto, observado o limite máximo do salário de contribuição. Para os fins do artigo 832, 3º, da CLT, indica-se que têm natureza indenizatória as seguintes parcelas: - reflexos das horas extras nas férias indenizadas + 1/3 e no FGTS + 40% As contribuições fiscais e previdenciárias deverão ser comprovadas nos autos no prazo de 48 horas (art. 880, da CLT), pela Ré, - após intimação em sede de execução (seja provisória ou definitiva), sob pena de execução dos valores correspondentes, a teor do art. 114, par. 3º da CF/88 e da Lei 10.035/2000. 3. Sobre o principal devido, incidirá atualização monetária até a data do efetivo pagamento ao credor (Súmula 15 do Egrégio TRT da 3ª Região), com índice previsto na Tabela Única para Atualização e Conversão de Débitos Trabalhistas (Resolução 8/2005/CSJT), para o 1º dia útil do mês seguinte ao da prestação do trabalho, ou do mês seguinte ao da rescisão contratual (caso se cuide de verbas rescisórias), ou do mês seguinte da publicação da sentença (caso se cuide de indenização por danos morais), mediante incidência das Súmulas 381/TST e 362/STJ. O critério de atualização alcança as correções dos valores do FGTS (OJ 302 da SDI-1/TST). Uma vez atualizado o valor principal, sobre ele incidirão os juros de mora (Súmula 200/TST) contados desde o ajuizamento da ação (art. 883 da CLT) até a data do efetivo pagamento ao credor (Súmula 15/TRT-3ª Região), à taxa de 1% ao mês, pro rata die, (Lei nº 8.177/91), de forma simples, não capitalizados. 4. Defere-se à Autora o benefício da justiça gratuita. 5. Valor da condenação: R$ 2.000,00 (dois mil reais). Custas devidas pela Ré: R$ 40,00 (quarenta reais) 2

Da Conclusão da Decisão do Recurso Ordinário, tem-se: (...) CONCLUSÃO Isto posto, conheço do presente Recurso Ordinário. No mérito, dou-lhe provimento parcial para, mantendo a condenação em horas extras excedentes à quadragésima quarta semanal, determinar, apenas, que seja considerado que a saída se dava às 19:30 horas, e não no horário registrado nos cartões de ponto e que seja utilizado o adicional de 75%. Eleva-se o valor arbitrado à condenação para R$3.000,00, com custas no importe de R$60,00, pela reclamada. (...). Para constar, lavro a presente certidão, que dou fé. (...) Belo Horizonte, 22 demaio de 2013. 2. METODOLOGIAS ADOTADAS NOS CÁLCULOS Os cálculos da parte RECLAMANTE foram elaborados consoantes as decisões dos Magistrados, conforme metodologia a seguir exposta: Quanto ao período de pacto laboral: Observou-se nos cálculos o período entre a data de 13/07/2007 a 15/06/2010, e a data de ajuizamento em.13/07/2012; Quanto à Remuneração Extra Folha Adotou-se mensalmente integral e proporcionalmente o valor de R$ 114,00 a título de Remuneração Extra-Folha constante na Exordial da Reclamante, reconhecido pelo Magistrados em suas Decisões. Em todos os meses em que houve labor pela Reclamante adotou-se tal metodologia. Integrou mensalmente o valor Extra Folha recebido pela Reclamante à base de cálculo da Hora Extra, conforme súmula 264, bem como apurou-se os reflexos desta verba em férias+1/3, aviso prévio, 13º salário, FGTS+40% por todo o pacto laboral imprescrito conforme consta da alínea a da Exordial à fl. 06 dos Autos. Integrou-se também tal verbas à base de cálculo previdenciária. Quanto à base de cálculo das horas extras Adotaramse na base de cálculo das horas todas as parcelas de natureza salarial recebidas pela Reclamante, tais como: Salario Mensal, Prêmio Assiduidade, Triênio, Comissões/Gratificações, Produção Paga Extra-Folha conforme item acima. Adotouse o triênio na base de cálculo pela sua natureza salarial, conforme segue já reconhecia:. 3

Nos meses em que a Reclamada não juntou aos Autos a Ficha Financeira Detalhada da Reclamante ou todos os contrachques, adotou-se a Evolução Salarial conforme fls. 85/87 dos Autos, fls. 181/185 dos Autos, fls. 13/23 dos Autos, fls. 104/105 dos Autos. Em atenção à Súmula 264 do TST adotou-se também o mesmo percentual de evolução salarial para se apurar o valor devido a título de triênio uma vez ausentes a Ficha Financeira Detalhada da Reclamante e todos os contrachques não juntados pela Reclamada. Em razão da regularidade de pagamentos gratificação por assiduidade adotou-se conforme Súmula 264 do TST a média em relação àqueles meses em que constou nos Autos prova de seu pagamento, considerando como devidos tal gratificação nos meses em que não houve falta não abonada ou injustificada ou concessão de Licença Médica. Quanto ao Adicional de Hora Extras Adotaramse os adicionais de 50% e 75% conforme deferido respectivamente para as horas extras de intra-jornada e para as horas extras excedentes à 44ª semanal. Quanto ao Divisor de Hora Adotou-se por todo o período imprescrito o divisor 220 conforme deferido. Quanto à apuração das Quantidades e Valores devido a Título de Horas Extras Adotou-se a frequência de ponto Inicial e Intermediária constantes nos relatórios Cartão de Ponto juntados aos Autos, 4

observando como hora de término da jornada a deferida pelo Magistrado, qual seja, 19:30 hs em substituição à hora de término constante em tais relatórios. Nos dias em que a Reclamante ausentou-se para atendimento médico ou por motivo de falta no período da parte da tarde, com comprovação documental de ausência e não retorno ao labor, não se apurou horas extras além das 18:00 hs até o limite de 19:30 hs. Não se apurou-se horas extras nos períodos de faltas, Férias, Licenças e Ausências comprovadas. Nos meses em que a Reclamada não juntou documento comprobatório de frequência de ponto adotou-se a média mensal dos meses antecedentes no período imprescrito. Adotou-se a jornada diária contratual de 8:48 hs de labor totalizando a jornada contratual de 44 hs semanais, de 2ª à 6ª feira, sendo consideradas na apuração todas aquelas horas laboradas de 2ª à sábado que excederam o limite da jornada contratual de 44ª semanal ou proporcional. Adotou-se o fechamento do ponto entre o dia 26 de um mês a 25 do mês seguinte, para efeito de apuração das quantidades de horas devidas. Apuraram-se todas as horas extras intrajornadas em todos os dias de labor em que a Reclamante não usufruiu exatamente da pausa de 1:00 hora ou 60 minutos, e também apuraram-se todas as horas de labor extraordinário semanal excedente à 44ª hora. Observou-se pelos documentos juntados aos Autos que a Reclamada NÃO pagou nenhuma hora extra, portanto não houveram valores pagos a serem compensados sob o mesmo título de Horas Extras. Quanto aos reflexos da horas extras Apuraramse todos os reflexos das horas extras deferidos, quais sejam: RSR, férias+1/3, 13º salário, Aviso Previo, por todo o período imprescrito, pela media das horas apuradas e de acordo com o períodos aquisitivos de cada parcela de reflexos. Quanto reflexos deferidos em FGTS+40% Apuraram-se os reflexos em FGTS de todos os valores de natureza salarial, conforme deferido, com incidência da alíquota da cota 8%, sobre os valores mensais, atualizados 5

monetariamente pelos índices da Tabela Prática do TST e juros legais permitidos, conforme item seguinte. Apurou-se também o reflexo em FGTS +40% da Remuneração Mensal recebida extra folha pela Reclamante. Quanto à Atualização Monetária e Juros: Incidiu-se sobre as Verbas apuradas, os índices de atualização monetária pela Tabela Única de Atualização dos Débitos Trabalhistas publicada pelo Conselho Superior da Justiça do Trabalho CSTJ que é a mesma Tabela de Atualização fornecida pelo Tribunal da 3ª Região, vigente na data do cálculo, a partir do 1º dia do mês seguinte ao trabalhado, conforme Súmula 381 do TST Os juros de mora foram calculados no importe de 1% a.m. (um por cento ao mês), a partir da data do ajuizamento, "pro rata die", de forma simples e não capitalizados, em consonância com a Súmula 200 do TST e parágrafo 1º do Art. 39 da Lei 8177/91. Quanto à apuração dos valores de INSS: Apuraram-se mensalmente os valores de INSS Cota-Reclamante observando-se as alíquotas de apuração e limite de recolhimento à previdência social, conforme legislação vigente à época do fato gerador, bem como apuraram-se o valor de INSS Cota-Reclamada adotando a mesma base de cálculo utilizada no cálculo do INSS Cota Reclamante, isto é, sobre as mesmas parcelas de natureza salarial delineadas pelo Magistrado, observando-se as alíquotas de contribuição previdenciária às quais a Reclamada está sujeita. Deduziu-se do Reclamante o valor equivalente ao montante apurado na fonte, sem nenhuma atualização do montante da Cota-Reclamante no fato gerador. 6

Apurou-se a parcela de verba previdenciária incidente sobre a Remuneração Mensal recebida extra folha pela Reclamante. Considerou-se alíquota total de INSS Reclamada de 28,80%. Foram apurados mensalmente os encargos de Juros e Multa sobre o recolhimento Previdenciário fora da época própria, conforme legislação previdenciária vigente. Quanto à apuração dos valores de IRRF: Na apuração do valor para retenção do IRRF foram considerados os termos da Instrução Normativa da Receita Federal do Brasil nº 1127/2011 e a OJ nº 400 da SBDI-I do TST, observando também as alíquotas mensais, os limites mensais e as parcelas mensais de dedução autorizadas na tabela de IRRF vigente na data desta apuração: TABELA DO IRF 2013 - VIGÊNCIA DE 01.01.2013 a 31.12.2013 Lei 12.469/2011 Base de Cálculo (R$) Alíquota (%) Parcela a Deduzir do IR (R$) Até 1.710,78 - - De 1.710,79 até 2.563,91 7,5 128,31 De 2.563,92 até 3.418,59 15 320,60 De 3.418,60 até 4.271,59 22,5 577,00 Acima de 4.271,59 27,5 790,58 Quanto a honorários advocatícios: Não foram apurados honorários advocatícios em razão de não terem sido deferidos. Quanto às Custas Processuais: Adotou-se o valor a titulo de custas deferidas na Decisão do Recurso Ordinário, à fl. 351-verso dos Autos, de responsabilidade da Reclamada, apurado de forma atualizada monetariamente. * ** *** ********* 7

3. RESUMO DOS MONTANTES TOTAIS DEVIDOS PELA RECLAMADA VALOR LÍQUIDO DEVIDO À RECLAMANTE a 8

4. ENCERRAMENTO Uma vez que os cálculos foram elaborados com base nas decisões dos Magistrados, buscou-se apresentar a realidade de forma impessoal, demonstrando todos os procedimentos de cálculos e as metodologias adotadas na elaboração dos mesmos. Não tendo outras considerações a fazer, nem tendo mais nada a acrescentar a respeitos dos Cálculos de Liquidação de Sentença da Reclamante, venho modestamente e respeitosamente agradecer pela oportunidade de demonstrar meus trabalhos profissionais, sabendo da importância e confiança na incumbência recebida. Belo Horizonte, 07 de Agosto de 2013. MÁRCIO SANTOS PEREIRA CPF 957.538.856-91 Perito Técnico em Cálculos Trabalhista 9