Potencial de Ionização

Documentos relacionados
Propriedades Periódicas e Aperiódicas. Docente: Fábio Silva

Estabilidade dos Átomos

1ª Série do ensino médio _ TD 10 _ 10 de maio de 2006

PROPRIEDADES PERIÓDICAS. Prof. Gabriel Costa Vieira Arantes

PROPRIEDADES PERIÓDICAS. Pág.139

Aula 02 - Tabela Periódica

PERIODICIDADE. Química Geral Augusto Freitas

Propriedade periódica dos elementos

Configurações eletrônicas e a tabela periódica. Os grupos 1 e 2 têm elétrons nos orbitais s. Os grupos 13 ao 18 têm elétrons nos orbitais p

CIÊNCIAS DA NATUREZA - QUÍMICA Prof. Adriana Strelow 1º Ano

PROPRIEDADES ATÔMICAS E TENDÊNCIAS PERIÓDICAS

Estrutura da Tabela Periódica

Tabela Periódica e Propriedades Periódicas dos Elementos. periódico permite fazer previsões gerais sobre seu comportamento químico e físico.

Qui. Semana. Allan Rodrigues Xandão (Renan Micha)

Tendências periódicas dos elementos químicos

A Tabela Periódica pode ser um guia para a ordem na qual os orbitais são preenchidos...

ATIVIDADE COMPLEMENTAR DE QUÍMICA - 1 ANO-HERSCHELL-CB2014. periódicas e aperiódicas. AP. propriedade aperiódica. Propriedades periódicas

05 - (UEL PR/1994) Localize na tabela periódica o elemento químico de número atômico 20 e escolha a(s)

Tabela Periódica e Propriedades Periódicas

PROPRIEDADES DOS ELEMENTOS

Propriedades Periódicas. Profª Luiza P. R. Martins EEB Dr Jorge Lacerda

Apresentar, através da configuração eletrônica, propriedades físicas e químicas dos elementos químicos.

QUÍMICA. Transformações Químicas. Elementos Químicos, Tabela Periódica e Reações Químicas Parte 6. Prof ª. Giselle Blois

QUI109 QUÍMICA GERAL (Ciências Biológicas) 7ª aula /

Capítulo 7 Propriedade periódica dos elementos

Evolução Histórica. Estrutura da Tabela Periódica. Classificação dos Elementos


Periodicidade. Tabela periódica e periodicidade química 04/09/2017

Aumento do número de níveis eletrónicos, n, nas orbitais de valência

[A] Incorreta. O amálgama é uma liga metálica, ou seja, uma mistura homogênea, em que o principal componente é o mercúrio. [Xe] 6s 4f 5d.

Propriedades periódicas dos elementos

Universidade Federal do Tocantins

Química. Resolução das atividades complementares. Q39 Propriedades periódicas II

Propriedades periódicas dos elementos representativos

Tabela Periódica Prof. Francisco Sallas

Química A Extensivo V. 3

Ministério da Educação Universidade Federal do Paraná Setor Palotina

XIII Olimpíada Baiana de Química Exame 2018

LOGO. Tabela Periódica. Profa. Samara Garcia

Propriedades da tabela periódica

Tabela Periódica. Prof.: SALIM KADI. Prof.: NILSON NOVAES.

Aula 12-27_05_2013. Continuação: CLASSIFICAÇÃO PERIÓDICA DOS ELEMENTOS QUÍMICOS

Histórico Tríades de Dobereiner

PROPRIEDADES PERIÓDICAS DOS ELEMENTOS

Curso Semi-extensivo LISTA EXERCÍCIOS - 06 Disciplina: Química Professor: Eduar Fernando Rosso

C i ê n c i a s d a N a t u r e z a e s u a s T e c n o l o g i a s Q U Í M I C A N O M E: N º T U R M A : D A T A :

PROPRIEDADES PERIÓDICAS DA TABELA

Assinale e a opção que identifica corretamente os metais citados no texto.

Classificação Periódica dos Elementos. Estrutura da Tabela Periódica. Ordem crescente de Número Atômico (Z): Z = n de prótons = n e -

SOLUÇÃO PRATIQUE EM CASA

Classificação periódica dos elementos. Mestranda: Daniele Potulski Disciplina: Química da Madeira I

17/3/2014. Carga nuclear efetiva. Z eff = Z - S

LIGAÇÃO COVALENTE Elementos não-metálicos

Demócrito. Demócrito a.c. Filósofo grego. A matéria é formada por partículas indivisíveis chamadas átomos.

A (g) + energia A + (g) + e -

Propriedades periódicas dos elementos representativos. Propriedades periódicas

Histórico Tríades de Dobereiner

Tabela Periódica. 2. C Consultando a tabela periódica para a obtenção das massas atômicas dos elementos apresentados, tem-se:

LIGAÇÕES QUÍMICAS. Ocorre entre elétrons da CAMADA DE VALÊNCIA Portanto não ocorrem mudanças no núcleo dos átomos. Não altera a massa dos átomos.

TABELA PERIÓDICA E PROPRIEDADES PERIÓDICAS. Prof. Cristiano Torres Miranda Disciplina: Química Geral QM83A Turma Q33

PROPRIEDADES PERIÓDICAS I

LISTA D QUÍMICA- TONI - ATITUDE

Universidade Federal de Sergipe Departamento de Química. Disciplina de Química I. Prof. Dr. Adriano Bof de Oliveira. São Cristóvão, 2011

Demócrito. Demócrito a.c. Filósofo grego. A matéria é formada por partículas indivisíveis chamadas átomos.

Aula 01 Estrutura eletrônica

QUI109 QUÍMICA GERAL (Ciências Biológicas) 6ª aula /

TABELA PERIÓDICA. Observamos que ele possui 7 elétrons na última camada, então, se encontra na família 17 ou 7A da classificação periódica.

Estrutura atômica e ligação interatômica. Profa. Daniela Becker

Classificação Periódica. Prof: Marcelo Vizeu

LIGAÇÃO COVAL COV AL NT

Surgiu com a associação entre estabilidade dos gases nobres e o fato de possuíram 8 elétrons na última camada.

Reis, Oswaldo Henrique Barolli. R375l Ligações químicas / Oswaldo Henrique Barolli. Varginha, slides : il.

Tabela Periódica dos Elementos:

Aulão de Química. Química Geral Professor: Eduardo Ulisses

01) (FMTM-MG) Sobre tabela periódica, um estudante formulou as proposições abaixo.

Ligações Químicas. Profª. Ms. Loraine Cristina do Valle Jacobs DAQBI.

Ligação Covalente: compartilhamento de elétrons entre os átomos.

TABELA PERIÓDICA PARTE 1

Ligações Químicas. Profª. Ms. Loraine Cristina do Valle Jacobs DAQBI.

QUÍMICA LIGAÇÕES QUÍMICAS. Professor: Rafael Odorico

LIGAÇÕES QUÍMICAS. Prof. Marcel Piovezan. Curso Superior de Tecnologia em Processos Químicos

Ligações Químicas. Iônicas. Metálicas. Covalentes. Átomo: constituinte da menor parte de qualquer matéria;

Ligações Químicas. Ligações iônicas Polarização e sólidos iônicos Ligação covalente Estrutura de Lewis Carga formal

Os elementos que têm 5 elétrons de valência, ou seja, pertencem à família VA, são P e As, portanto está correto o item D.

PROMILITARES 16/08/2018 QUÍMICA. Professora Caroline Azevedo TABELA PERIÓDICA, LIGAÇÕES QUÍMICAS (INTER E INTERMOLECULAR)

Qui. Semana. Allan Rodrigues Xandão (Gabriel Pereira)

LIGAÇÕES QUÍMICAS Parte 2

AULA 8 E AULA 9. Química A Profª Carol

QUÍMICA. Transformações Químicas. Elementos Químicos, Tabela Periódica e Reações Químicas Parte 7. Prof ª. Giselle Blois

Tabela Periódica e Periodicidade Química. Prof. Fernando R. Xavier UDESC 2013

TABELA PERIÓDICA MÓDULO 1 TRANSFORMAÇÕES QUÍMICAS

Disciplina: Química Professor: Rubens Barreto. III Unidade

GOIÂNIA, / / PROFESSORA: Núbia de Andrade. DISCIPLINA:Química SÉRIE: 1º. ALUNO(a):

Classificação Periódica dos Elementos

RESOLUÇÃO DE EXERCÍCIOS PROPOSTOS AULA 07 TURMA ANUAL

Tabela Periódica e Propriedades Associadas

1. (Unimontes 2014) O caráter iônico de determinadas substâncias, em função da diferença de eletronegatividade, está apresentado a seguir.

TABELA

Introdução Os cientistas procuram buscar ordem nos fatos sob observação. Com o conjunto de elementos químicos naturais foi assim. Em 1869, surgiu uma

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA BAIANO CAMPUS VALENÇA SÉRIE: 1º ANO DISCIPLINA: QUÍMICA PROFESSOR: JOSÉ TIAGO PEREIRA BARBOSA

Transcrição:

Potencial de Ionização Kcal/mol H 314 Li 124 Na 119 Be 214 Mg 175 B 191 Al 138 C 260 Si 188 N 335 P 242 O 314 S 239 F 402 Cl 300 K 100 Br 273 I 241 1 Kcal/mol = 4,187 J

POTENCIAL DE IONIZAÇÃO VARIAÇÃO DO POTENCIAL (OU ENERGIA) DE IONIZAÇÃO Para retirar os elétrons mais externos de um átomo, é necessária uma certa quantidade de energia. Essa energia precisará ser grande se os elétrons estiverem fortemente atraídos pelo núcleo do átomo, mas poderá ser pequena se eles estiverem fracamente atraídos. Essa maior ou menor atração que o núcleo exerce sobre os elétrons depende de dois fatores: Carga nuclear (que é positiva e corresponde ao número de prótons); Tamanho do átomo (que pode ser expresso através do raio atômico). Quanto maior a carga positiva do núcleo, maior a atração sobre os elétrons. Quanto menor o tamanho do átomo, mais próximos os elétrons estão do núcleo e maior será a força de atração. Desse modo, em um átomo com maior carga nuclear e menor tamanho, exige-se maior energia para arrancar um dos elétrons do que em um átomo com menor carga nuclear e maior tamanho. A energia exigida para arrancar um, dois ou mais elétrons de um átomo é chamada energia de ionização ou potencial de ionização. Há diferentes potenciais de ionização para um mesmo átomo: Damos o nome de primeiro potencial de ionização à energia mínima necessária para retirar completamente um elétron da camada mais externa, estando esse átomo rio estado fundamental e era estado gasoso (O estado gasoso é tomado como referência porque nele os átomos ficam isolados uns dos outros, sem interferências mútuas. Desse modo, a energia necessária para retirar o elétron é exatamente igual à energia com que o elétron é atraído pelo núcleo). O segundo potencial de ionização, por sua vez, corresponde à retirada do segundo elétron. O mesmo ocorre com o terceiro e os demais potenciais. Quando não for especificada a ordem do potencial, entendemos tratar-se do primeiro. O potencial de ionização é medido em unidades especiais. As mais utilizadas são elétron-volt ( ev) e Kcal/mol Na tabela periódica, à medida que acompanhamos um período da esquerda para a direita, a carga do núcleo aumenta e o raio atômico diminui. Isso provoca um aumento da atração do núcleo pelos elétrons, com um consequente aumento da energia de ionização. Acompanhando um grupo de baixo para cima, o raio atômico (e portanto o tamanho dos átomos) diminui, e os elétrons vão ficando cada vez mais próximos do núcleo, aumentando a força de atração entre eles e o núcleo. Isso faz com que a energia de ionização, necessária para desprendê-los do átomo, cresça também. Resumindo, podemos dizer que: Ao longo dos períodos, o potencial de ionização aumenta da esquerda para a direita; ao longo dos grupos, ele aumenta de baixo para cima, em variação contrária à dos raios atômicos.

Afinidade Eletrônica Kcal/mol H - 18 Li -14 Na -12,5 Be Mg B 5, 5 Al 10, 5 C -25 Si -24 N 0 P -17 O -34 S -47 F -80 Cl -83 K -11,5 Br -77 I -71 1 Kcal/mol = 4,187 J

AFINIDADE ELETRÔNICA VARIAÇÃO DA AFINIDADE ELETRÔNICA (OU ELETROAFINIDADE) Existem átomos que, apesar de já possuírem todos os seus próprios elétrons, podem ainda receber elétrons extras com muita facilidade. Essa capacidade é conhecida como afinidade por elétrons ou eletro-afinidade. Átomos de elementos com alta eletro-afinidade, ao receberem elétrons extras, transformam-se em íons negativos (ânions) bastante estáveis. Já os átomos que não aceitam elétrons facilmente (ou seja, de elementos com baixa eletro afinidade) formam ânions bastante instáveis. Afinidade eletrônica ou eletro-afinidade é a medida da capacidade de um átomo em receber um ou mais elétrons. Essa capacidade se refere a átomos isolados (o que ocorre no estado gasoso). A energia envolvida na afinidade eletrônica pode ser medida nas mesmas unidades do potencial de ionização. Geralmente, a unidade utilizada é o elétron-volt. O valor da eletro-afinidade é, na maioria das vezes, negativo, embora possa também ser positivo (ao contrário do potencial de ionização, que é sempre positivo). Quanto mais negativo o valor da afinidade eletrônica, maior a facilidade do átomo para receber um ou mais elétrons. Contrariamente, quanto mais positivo esse valor, mais será preciso "forçar" o átomo para que receba elétrons. Tal como o potencial de ionização, a variação da afinidade eletrônica na tabela periódica tende a ser contrária à variação do raio atômico.

Eletronegatividade H 2, 2 Li 1, 0 Na 0, 9 Be 1, 6 Mg 1, 3 B 2, 0 Al 1, 6 C 2, 5 Si 1, 9 N 3, 0 P 2, 2 O 3, 5 S 2, 6 F 4, 0 Cl 3, 2 K 0, 8 Br 3, 0 I 2, 7

ELETRONEGATIVIDADE ELETRONEGATIVIDADE Eletronegatividade é a capacidade que um átomo tem, de atrair elétrons de outro átomo quando os dois formam uma ligação química. Assim, um átomo que, quando isolado, possui grande potencial de ionização e grande afinidade eletrônica também apresentará, quando ligado a outro átomo, grande atração por elétrons, ou seja, terá uma alta eletronegatividade. Podemos dizer que a eletronegatividade depende de dois fatores: Tamanho do átomo e Número de elétrons na última camada. Já conhecemos a influência do primeiro desses fatores: quanto menor é o átomo, maior é sua capacidade de atrair elétrons, já que a distância destes ao núcleo é menor. O segundo fator se deve à tendência que os átomos possuem de se tornarem mais estáveis quando completam oito elétrons na última camada. Átomos com maior número de elétrons na última camada exercem maior atração sobre os elétrons de outros átomos. É o balanço entre esses fatores que determina qual, dentre dois átomos, é o mais eletronegativo. Por exemplo, o cloro tem sete elétrons na última camada e o oxigênio, seis. Se fosse considerado apenas esse fator, o cloro seria mais eletronegativo que o oxigênio por precisar de apenas um elétron para completar o octeto. Entretanto, o átomo de oxigênio é tão menor que o de cloro que essa característica acaba por superar o outro fator. Como resultado, o oxigênio se revela mais eletronegativo que o cloro. Isso nos permite dizer que, de modo geral: Quanto menor o átomo e maior o número de elétrons na última camada, maior é sua eletronegatividade. para elementos do II grupo Eletroneg = Nºe 1 2 Cálculo de eletronegatividade para elementos do III grupo Eletroneg. = Nºe 8 3