Art. 272 FALSIFICAÇÃO, CORRUPÇÃO, ADULTERAÇÃO OU ALTERAÇÃO DE SUBSTÂNCIA OU PRODUTOS ALIMENTÍCIOS

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Transcrição:

Art. 272 FALSIFICAÇÃO, CORRUPÇÃO, ADULTERAÇÃO OU ALTERAÇÃO DE SUBSTÂNCIA OU PRODUTOS ALIMENTÍCIOS 1. CONCEITO Sob a rubrica, determinada pela Lei n. 9.677/98, Falsificação, Corrupção, Adulteração ou Alteração de Substância ou Produtos Alimentícios, dispõe o art. 272, caput, do Código Penal (com as alterações também determinadas pela Lei n. 9.677/98): Corromper, adulterar, falsificar ou alterar substância ou produto alimentício destinado a consumo, tornando-o nocivo à saúde ou reduzindo-lhe o valor nutritivo: Pena reclusão, de quatro a oito anos, e multa. 2. OBJETO JURÍDICO Tutela-se a saúde pública. 3. ELEMENTOS DO TIPO 3.1. Ação nuclear. Objeto material Trata-se de crime de ação múltipla, pois várias são as ações nucleares: a) corromper; b) adulterar; c) falsificar; d) alterar. Segundo Hungria, corromper uma substância é desnaturála, alterar-lhe a essência para inferiorizá-la (exs.: adicionar farinha putrefeita à massa de pão ou preparar queijo com leite mungido de animais doentes). Adulterar é alterar, por qualquer outro meio, piorando-a, a composição da substância (ex.: adicionar alúmen à farinha, ou outros ingredientes destinados a seu alvejamento). Falsificar, finalmente, é imitar substância genuína, notadamente empregando elementos diversos aos de sua composição (exs.: empregando no fabrico de cerveja sub-rogados da cevada e do lúpulo, ou adicionando a um vinho determinado corante que, embora nocivo, faça supor melhor qualidade). A nova redação do dispositivo inclui também o verbo alterar, isto é, transformar, modificar. O objeto material do crime é a substância ou produto alimentício destinado a consumo, no caso, de pessoas indeterminadas, pois se trata de crime de perigo comum. Deve a ação criminosa torná-los nocivos à saúde ou reduzir-lhes o valor nutritivo. Importa aqui ressalvar que na antiga redação do dispositivo não configurava o crime em tela o simples ato de misturar água pura ao leite ou vinho, ou, então, farinha de mandioca com farinha de trigo para fazer pão, pois tais ações não tornavam o alimento nocivo à saúde, havendo apenas redução de seu valor nutritivo. Com a nova redação do artigo em estudo, o ato de tornar diminuto o valor nutritivo de substância ou produto alimentício passou a também constituir esse crime. Argumenta-se que tal situação fere o princípio da proporcionalidade das penas, uma vez que pune de forma idêntica condutas de gravidade diversa. 3.2. Sujeito ativo Qualquer pessoa pode praticar o delito em estudo; não é necessário que seja comerciante. 1

3.3. Sujeito passivo É a coletividade. 4. ELEMENTO SUBJETIVO É o dolo, consubstanciado na vontade livre e consciente de corromper, adulterar, falsificar ou alterar substância ou produto alimentício destinado a consumo, tornando-o nocivo à saúde ou reduzindo-lhe o valor nutritivo. 5. CONSUMAÇÃO E TENTATIVA Consuma-se com a criação da situação de perigo comum, isto é, quando o agente, ao corromper, adulterar, falsificar ou alterar substância ou produto alimentício destinado a consumo de um número indeterminado de pessoas, torne-a nociva à saúde ou lhe reduza o valor nutritivo. Assim, não basta o simples ato de corromper, adulterar, falsificar ou alterar, já que se trata de crime de perigo concreto, sendo necessário comprovar que tais atos provocaram a nocividade ou a redução do valor nutritivo do produto ou substância alimentícia. Também não é necessário que este chegue a ser comercializado ou consumido. A tentativa é possível. 6. FORMAS 6.1. Simples Prevista no caput do artigo. 6.2. Equiparada Prevista no 1º-A, acrescentado pela Lei n. 9.677/98: Incorre nas penas deste artigo quem fabrica, vende, expõe à venda, importa, tem em depósito para vender ou, de qualquer forma, distribui ou entrega a consumo a substância alimentícia ou o produto falsificado, corrompido ou adulterado. Somente pode ser sujeito ativo dessa modalidade aquele que não praticou qualquer das ações previstas no caput do artigo, pois, caso tenha corrompido, adulterado, falsificado ou alterado o produto ou substância alimentícia e depois praticado uma das ações previstas nesse parágrafo, haverá a chamada progressão criminosa, devendo o agente responder pelo caput do artigo. Trata-se de crime de ação múltipla, de forma que, se o sujeito importa e tem em depósito a substância ou produto alimentício, o crime é único. Consuma-se com a prática de uma daquelas ações típicas. Para Noronha, a tentativa é de difícil configuração. As condutas expor à venda e ter em depósito para venda constituem delito permanente. 6.3. Equiparada 2

Consta do 1º, com a redação determinada pela Lei n. 9.677/98: Está sujeito às mesmas penas quem pratica as ações previstas neste artigo em relação a bebidas, com ou sem teor alcoólico. 6.4. Culposa Prevista no 2º, conforme a redação determinada pela Lei n. 9.677/98: Se o crime é culposo: Pena detenção, de um a dois anos, e multa. A modalidade culposa não abrange as condutas falsificar, prevista no caput, e fabricar, prevista no 1º-A, do art. 27216. 6.5. Q ualificada pelo resultado Prevista no art. 285: Aplica-se o disposto no art. 258 aos crimes previstos neste Capítulo, salvo quanto ao definido no art. 267. 7. AÇÃO PENAL. LEI DOS JUIZADOS ESPECIAIS CRIMINAIS a) Ação penal: é crime de ação penal pública incondicionada, portanto independe de representação do ofendido ou de seu representante legal. b) Lei dos Juizados Especiais Criminais: em virtude da pena máxima cominada (detenção, de 1 mês a 2 anos), a modalidade culposa constitui infração de menor potencial ofensivo, estando sujeita às disposições da Lei n. 9.099/95. Em face da pena mínima prevista, é cabível a suspensão condicional do processo (art. 89 da lei). Art. 273 FALSIFICAÇÃO, CORRUPÇÃO, ADULTERAÇÃO OU ALTERAÇÃO DE PRODUTO DESTINADO A FINS TERAPÊUTICOS OU MEDICINAIS 1. CONCEITO Sob a rubrica acima em epígrafe (cf. redação determinada pela Lei n. 9.677/98), dispõe o art. 273, caput, do Código Penal (também de acordo com a redação determinada pela Lei n. 9.677/98): Falsificar, corromper, adulterar ou alterar produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais: Pena reclusão, de dez a quinze anos, e multa. A Lei n. 9.695, de 20 de agosto de 1998, incluiu o delito do art. 273, caput e 1º, 1º-A e 1º-B, no rol dos crimes hediondos (art. 1º, VII-B, da Lei n. 8.072/90). 2. OBJETO JURÍDICO Tutela-se a saúde pública. 3. ELEMENTOS DO TIPO 3.1. Ação nuclear. Objeto material 3

Trata-se de crime de ação múltipla. As ações nucleares são as mesmas previstas no delito antecedente (CP, art. 272), quais sejam: falsificar, corromper, adulterar ou alterar. Difere, no entanto, quanto ao objeto material: produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais, isto é, aquele destinado à prevenção, melhora ou cura de doenças. Consoante o 1º-A, acrescentado pela Lei n. 9.677/98, incluem-se entre os produtos a que se refere este artigo os medicamentos, as matérias-primas, os insumos farmacêuticos, os cosméticos, os saneantes e os de uso em diagnóstico. De acordo com Delmanto, de forma absurda, este 1º inclui entre os produtos objeto deste artigo, punidos com severíssimas penas, os cosméticos (destinados ao embelezamento) e os saneantes (destinados à higienização e à desinfecção ambiental), ferindo, assim, o princípio da proporcionalidade (...). 3.2. Sujeito ativo Qualquer pessoa pode praticar o delito em estudo. 3.3. Sujeito passivo É a coletividade. 4. ELEMENTO SUBJETIVO É o dolo, consubstanciado na vontade livre e consciente de corromper, adulterar, falsificar ou alterar produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais. 5. CONSUMAÇÃO E TENTATIVA Consuma-se com o ato de corromper, adulterar, falsificar ou alterar produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais. Presume se o perigo à coletividade com a alteração do produto para fins medicinais ou terapêuticos. Trata-se, portanto, de crime de perigo abstrato. Não é necessário que o produto chegue a ser comercializado ou consumido. A tentativa é possível. 6. FORMAS 6.1. Simples Prevista no caput do artigo. 6.2. Equiparada Prevista no 1º, conforme redação determinada pela Lei n. 9.677/98: Nas mesmas penas incorre quem importa, vende, expõe à venda, tem em depósito para vender ou, de qualquer forma, distribui ou entrega a consumo o produto falsificado, corrompido, adulterado ou alterado. Aplicam-se aqui os comentários feitos ao crime antecedente (CP, art. 272). 6.3. Equiparada 4

Consta do 1º-B, acrescentado pela Lei n. 9.677/98: Está sujeito às penas deste artigo quem pratica as ações previstas no 1º em relação a produtos em qualquer das seguintes condições: I sem registro, quando exigível, no órgão de vigilância sanitária competente; II em desacordo com a fórmula constante do registro previsto no inciso anterior; III sem as características de identidade e qualidade admitidas para a sua comercialização; IV com a redução de seu valor terapêutico ou de sua atividade; V de procedência ignorada; VI adquiridos de estabelecimento sem licença da autoridade sanitária competente. 6.4. Culposa Prevista no 2º (pena determinada pela Lei n. 9.677/98): Se o crime é culposo: Pena detenção, de um a três anos, e multa. A modalidade culposa não abrange a conduta falsificar19, prevista no caput do artigo. 6.5. Q ualificada pelo resultado Prevista no art. 285: Aplica-se o disposto no art. 258 aos crimes previstos neste Capítulo, salvo quanto ao definido no art. 267. 7. AÇÃO PENAL. LEI DOS JUIZADOS ESPECIAIS CRIMINAIS a) Ação penal: é crime de ação penal pública incondicionada; independe, portanto, de representação do ofendido ou de seu representante legal. b) Lei dos Juizados Especiais Criminais: é cabível a suspensão condicional do processo (art. 89 da Lei n. 9.099/95) na modalidade culposa, em virtude da pena mínima prevista. 5