C.E.S.A.R RELATÓRIO 2004 Parec er Audit oria Independent e Dem onst raç ões Cont ábil-financ eiras
PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES À Diretoria do CENTRO DE ESTUDOS E SISTEMAS AVANÇADOS DO RECIFE - CESAR RECIFE - PE 1. Examinamos os balanços patrimoniais do Centro de Estudos e Sistemas Avançados do Recife - CESAR, levantados em 31 de dezembro de 2004 e de 2003, e as respectivas demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos correspondentes aos exercícios findos naquelas datas, elaborados sob a responsabilidade de sua administração. Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações contábeis. 2. Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas brasileiras de auditoria e compreenderam: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e o sistema contábil e de controles internos da Entidade; (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados; e (c) a avaliação das práticas e das estimativas contábeis mais representativas adotadas pela administração da Entidade, bem como da apresentação das demonstrações contábeis tomadas em conjunto. 3. Em nossa opinião, as demonstrações contábeis referidas no parágrafo 1 representam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira do Centro de Estudos e Sistemas Avançados do Recife - CESAR em 31 de dezembro de 2004 e de 2003, o resultado de suas operações, as mutações de seu patrimônio líquido e as origens e aplicações de seus recursos correspondentes aos exercícios findos naquelas datas, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. Recife, 17 de fevereiro de 2005 DELOITTE TOUCHE TOHMATSU Auditores Independentes CRC-SP Nº 11.609-S/PE Claudio Lino Lippi Contador CRC-SP Nº 97.866-TPE 7
CENTRO DE ESTUDOS E SISTEMAS AVANÇADOS DO RECIFE - CESAR BALANÇOS PATRIMONIAIS LEVANTADOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2004 E DE 2003 2004 2003 2004 2003 ATIVO PASSIVO CIRCULANTE CIRCULANTE Caixa e bancos 643.470 790.838 Fornecedores 900.540 749.862 Aplicações financeiras 7.180.325 2.330.112 Empréstimos e financiamentos 31.125 204.889 Contas a receber 1.663.059 1.894.928 Obrigações trabalhistas e sociais 1.266.631 1.386.269 Provisão para devedores duvidosos (416.500) Obrigações tributárias 109.020 75.875 Duplicatas descontadas (263.014) Comissões a pagar 491.932 415.253 Adiantamentos diversos 364.910 128.882 Provisão para férias e encargos 835.989 928.759 Outros créditos 5.716 INSS parcelado 267.960 255.792 Despesas antecipadas 17.335 8.610 Adiantamento de clientes 267.045 301.000 Total do circulante 9.458.315 4.890.356 FINEP 2.721.395 Outras contas a pagar 238.831 62.820 Total do circulante 7.130.468 4.380.519 REALIZÁVEL A LONGO PRAZO Contrato de mútuo 127.663 Adiantamentos para futuro aumento de capital 459.507 459.507 EXIGÍVEL A LONGO PRAZO Total realizável a longo prazo 587.170 459.507 INSS parcelado 2.032.026 2.195.543 FINEP 598.479 2.452.549 Empréstimos e financiamentos 1.209.855 PERMANENTE Total do exigível a longo prazo 3.840.360 4.648.092 Investimentos 580.501 36.141 Imobilizado-líquido 5.337.538 4.282.075 Total do permanente 5.918.039 4.318.216 PATRIMÔNIO LÍQUIDO Patrimônio social 514.549 5.391.597 Reserva de capital 472.154 124.919 Superávit (Déficit) acumulados 4.005.993 (4.877.048) Total do patrimônio líquido 4.992.696 639.468 TOTAL 15.963.524 9.668.079 TOTAL 15.963.524 9.668.079 As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis. Responsável Técnico: Joselito Costa TC - CRC - 12.105 / PE Superintendência Geral Carlos Frederico Arruda Gilberto Costa Jr. CEO CFO 8
DEMONSTRAÇÕES DO RESULTADO PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2004 E DE 2003 2004 2003 RECEITA DAS VENDAS E SERVIÇOS 29.149.273 18.811.516 CUSTO DAS VENDAS E SERVIÇOS (18.476.761) (13.546.351) LUCRO BRUTO 10.672.512 5.265.165 RECEITAS (DESPESAS) OPERACIONAIS Despesas com vendas (332.333) (70.284) Despesas gerais e administrativas (6.066.255) (9.902.987) Despesas financeiras (279.067) (380.401) Receitas financeiras 206.895 208.270 Depreciações e amortizações (1.015.877) (659.871) Outras receitas (despesas) operacionais (73.511) 166.164 DESPESAS OPERACIONAIS - LÍQUIDAS (7.560.148) (10.639.109) RESULTADO OPERACIONAL 3.112.364 (5.373.944) EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL 534.370 RECEITAS NÃO OPERACIONAIS 359.259 496.896 SUPERÁVIT (DÉFICIT) DO EXERCÍCIO 4.005.993 (4.877.048) As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis. 9
DEMONSTRAÇÕES DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2004 E DE 2003 Superávit Patrimônio Reserva (déficit) social de capital acumulado Total SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2002 (Não auditados) 2.125.600 3.265.997 5.391.597 Incorporação do superávit 3.265.997 (3.265.997) Doações recebidas 124.919 124.919 Déficit do exercício (4.877.048) (4.877.048) SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2003 5.391.597 124.919 (4.877.048) 639.468 Incorporação do déficit (4.877.048) 4.877.048 Doações recebidas 347.235 347.235 Superávit do exercício 4.005.993 4.005.993 SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2004 514.549 472.154 4.005.993 4.992.696 As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis. 10
DEMONSTRAÇÕES DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2004 E DE 2003 2004 2003 ORIGENS DE RECURSOS Superávit (déficit) do exercício 4.005.993 (4.877.048) Itens que não afetam o capital circulante líquido: Depreciações e amortizações 1.015.877 789.587 Juros sobre passivo de longo prazo 197.605 156.273 Baixa de investimentos por alienação 6.079 Valor residual do ativo imobilizado baixado 237.780 9.742 Resultado de equivalência patrimonial (534.370) Total dos recursos oriundos das (aplicados nas) operações 4.922.885 (3.915.367) Aumento do exigível a longo prazo 99.854 4.151.569 Doações recebidas 347.235 124.919 Total das origens 5.369.974 361.121 APLICAÇÕES DE RECURSOS Adição em investimentos 9.989 39.920 Aumento no realizável a longo prazo 127.663 198.605 Aquisições de imobilizado 3.414.312 2.044.292 Total das aplicações 3.551.964 2.282.817 AUMENTO (REDUÇÃO) DO CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO 1.818.010 (1.921.696) REPRESENTADO POR: Ativo circulante no final do exercício 9.458.315 4.890.356 Ativo circulante no início do exercício 4.890.356 3.923.608 Aumento do ativo circulante 4.567.959 966.748 Passivo circulante no final do exercício 7.130.468 4.380.519 Passivo circulante no início do exercício 4.380.519 1.492.075 Aumento do passivo circulante 2.749.949 2.888.444 AUMENTO (REDUÇÃO) DO CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO 1.818.010 (1.921.696) As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis. Responsável Técnico: Joselito Costa TC - CRC - 12.105 / PE Superintendência Geral Carlos Frederico Arruda Gilberto Costa Jr. CEO CFO 11
NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS DE 31 DE DEZEMBRO DE 2004 E DE 2003 1. CONTEXTO OPERACIONAL O Centro de Estudos e Sistemas Avançados do Recife - CESAR ( Entidade ) é uma associação civil de direito privado, sem fins lucrativos, constituída em 24 de abril de 1996, e que tem por objeto o ensino, a pesquisa, o treinamento, o desenvolvimento e consultoria, a representação e exportação de serviços e produtos no campo da tecnologia da informação, objetivando o avanço científico e tecnológico, a modernização e aumento da competitividade industrial do Estado de Pernambuco e do Brasil. 2. APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS As demonstrações contábeis foram elaboradas de acordo com a Lei das Sociedades por Ações e consoante as práticas contábeis descritas na nota explicativa nº 3. 3. PRINCIPAIS PRÁTICAS CONTÁBEIS Receitas e despesas - São apuradas pelo regime de competência. Aplicações financeiras - São registradas pelos valores aplicados, acrescidos dos rendimentos proporcionais até a data do balanço. Contas a receber - São registradas no balanço pelo valor nominal dos títulos representativos desses créditos. Provisão para devedores duvidosos Constituída por montante considerado suficiente para cobrir possíveis perdas na realização dos créditos a receber. Investimentos - Os investimentos em empresa coligada são avaliados pelo método da equivalência patrimonial. Imobilizado - Avaliado ao custo de aquisição, deduzido da depreciação e amortização acumuladas. As depreciações e amortizações são calculadas pelo método linear às taxas anuais descritas na nota explicativa nº 8. Empréstimos e financiamentos - São acrescidos dos encargos proporcionais até a data do balanço. 12
4. APLICAÇÕES FINANCEIRAS Banco Tipo de aplicação 2004 2003 Total 7.180.325 2.330.112 5. CONTAS A RECEBER 2004 2003 Total 1.663.059 1.894.928 6. ADIANTAMENTOS PARA FUTURO AUMENTO DE CAPITAL Nesta conta estão registrados os valores correspondentes a adiantamentos para futuro aumento de capital na investida Qualit Assessoria e Consultoria Ltda. 7. INVESTIMENTOS César Qualit Neurotech Newstorm Vanguard Participações Nordtek Meantime Investida Ltda. Ltda. S.A. Ltda. S.A. Ltda. (*) S.A. Total Percentual de participação 23% 25% 5,25% 10,66% 96% 90% 79,98% Participação sobre o capital - R$ 2.300 2.500 521 21.320 9.600 9.000 890 Patrimônio líquido da investida (196.517) 262.453 1.213.721 89.547 63.663 464.310 Resultado de equivalência (2.300) 63.113 63.199 (11.774) 51.616 370.516 534.370 Saldos em 31 de dezembro de 2004-65.613 63.720 9.546 61.216 9.000 371.406 580.501 Saldos em 31 de dezembro de 2003 2.300 2.500 521 21.320 9.500 36.141 (*) Empresa em fase pré-operacional. 8. IMOBILIZADO 2004 2003 Taxa de Depreciação depreciação/ Custo acumulada Líquido Líquido amortização % a.a. Imobilizado próprio Equipamentos de informática 4.011.122 (1.253.409) 2.757.713 1.555.975 20 Softwares 2.310.770 (742.582) 1.568.188 889.155 20 Móveis e utensílios 594.424 (157.903) 436.521 372.210 10 Veículos 17.500 (10.538) 6.962 10.462 20 Instalações 46.892 (3.793) 43.099 15.446 4 Máquinas e equipamentos 366.964 (56.628) 310.336 149.538 10 Contrato em comodato 14.350 14.350 Imobilizado em andamento 1.021.894 7.362.022 (2.224.853) 5.137.169 4.014.680 13
Imobilizado Terceiros Bens de terceiros 1.415.749 (1.215.380) 200.370 267.395 (*) Total 8.777.771 (3.440.233) 5.337.538 4.282.075 (*) Calculada em função do prazo do projeto e contabilizado em contra partida do valor a pagar no passivo. 9. OBRIGAÇÕES TRABALHISTAS E SOCIAIS 2004 2003 INSS a recolher 293.791 190.764 FGTS a recolher 118.720 67.707 Salários e ordenados a pagar 222 424.078 FGTS a recolher - autos de infração 566.022 (a) 566.022 Provisão para banco de horas 266.174 135.750 Outros 21.702 1.948 Total 1.266.631 1.386.269 (a) Refere-se ao auto de infração nº 505.284.294, lavrado pelo Ministério do Trabalho e Emprego. 10. EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS Curto prazo Longo prazo 2004 2003 2004 R$ Banco do Brasil S.A. - Conta Garantida 200.000 Banco do Nordeste S.A. - Financiamento 4.889 Contrato de mútuo - César Participações 1.209.855 Outros 31.125 Total 31.125 204.889 1.209.855 11. INSS PARCELADO Refere-se ao parcelamento de débito junto ao Instituto Nacional de Seguridade Social, em decorrência da adesão ao programa instituído pela Lei nº 10.684, de maio de 2003. Este débito se refere ao processo judicial n 2001.83.00.005013-5, movido contra o Instituto Nacional de Seguridade Social, em que a Entidade alegava a inconstitucionalidade da exigibilidade do recolhimento da contribuição previdenciária patronal das cooperativas de trabalho. A Entidade obteve decisão desfavorável de 2ª instância federal, e por orientação de 14
sua assessoria jurídica, optou ao ingresso no Programa de parcelamento especial de débitos instituído por esta Lei. O valor deste débito foi dividido em 120 parcelas, sendo o valor de cada parcela calculado com base em 1,5 % da receita bruta auferida no mês anterior ao do pagamento da parcela, conforme estabelecido pelo artigo 1 da Lei 10.684, de maio de 2003. Curto prazo Longo prazo 2004 2003 2003 2004 INSS Parcelado 267.960 255.792 2.032.026 2.195.543 12. FINEP Projetos 2004 2003 Total 3.319.874 2.452.549 Curto prazo (2.721.395) Longo prazo 598.479 2.452.549 Nesta conta estão registrados os saldos dos recursos liberados em razão de convênios firmados com a Financiadora de Estudos e Projetos - FINEP, empresa pública federal vinculada ao Ministério da Ciência e Tecnologia, para a execução de projetos de pesquisa e desenvolvimento, como também, para a incubação de empresas. Os valores liberados para a execução dos projetos de pesquisa e desenvolvimento e incubação de empresas estão registrados tendo como contrapartida contas correntes bancárias específicas. Desta forma, a Entidade utiliza esta conta para o registro dos valores liberados, mais eventuais rendimentos de aplicações financeiras auferidos, e efetua a baixa à medida em que realiza a depreciação do imobilizado, gastos e investimentos ao longo do projeto. 13. PATRIMÔNIO SOCIAL Por ser considerada sem fins lucrativos, a Entidade não remunera, de nenhuma forma, seus dirigentes pelos serviços prestados, e não apresenta superávit em suas contas, ou caso o apresente em determinado exercício, destina o referido resultado, integralmente, à manutenção e ao desenvolvimento dos seus objetivos sociais, incorporando-o ao patrimônio social. O patrimônio social é de R$ 514.549 (2003 - R$ 5.391.597). De acordo com o art.31, parágrafo único do Estatuto Social da Entidade, em caso de sua dissolução, o seu patrimônio social, após o pagamento de todas as dívidas e obrigações, será destinado a Universidade Federal de Pernambuco - UFPE, conforme deliberação da Assembléia Geral. 15
14. COBERTURA DE SEGUROS A Entidade possui cobertura de seguros contra incêndios, explosões, danos elétricos e roubo, sobre os bens do ativo imobilizado, em montante suficiente para cobrir eventuais sinistros. 15. BENEFÍCIOS FISCAIS De acordo com os parágrafos 1º e 2º do artigo 15 da Lei nº 9.532, de 10 de dezembro de 1997, e artigos 13 e 14 da Medida Provisória 2.158-35, de 24 de agosto de 2001, a Entidade usufrui de isenção sobre os seguintes tributos: Imposto de renda pessoa jurídica, contribuição social sobre o lucro líquido e a COFINS - Contribuição para a seguridade social. O PIS/PASEP - Programa de Integração Social e de Formação do Patrimônio do Servidor Público, é calculado com base de 1% sobre a folha de pagamento, conforme estabelecido no inciso IV artigo 13º da medida provisória nº 2.158-35, de 24 de agosto de 2001. 16. CONTINGÊNCIAS As declarações de rendimentos, assim como outros tributos e contribuições sociais, estão sujeitos a revisão e eventual lançamento adicional por parte das autoridades fiscais durante um período de cinco anos. Em 31 de dezembro de 2004, encontrava-se lavrado contra a Entidade o auto de infração nº 505.284.294, do Ministério do Trabalho e Emprego, no montante de R$ 391.395. 17. INSTRUMENTOS FINANCEIROS No exercício de 2004, a Entidade não participou ou manteve operações envolvendo quaisquer tipos de instrumentos financeiros específicos, a não ser aqueles constantes das demonstrações contábeis, os quais foram determinados de acordo com os critérios e as práticas contábeis divulgados em notas explicativas. 16