UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA PÓS-GRADUAÇÃO EM BOTÂNICA NOMENCLATURA BOTÂNICA FORMULAÇÃO DE NOMES ARTIGOS CATEGORIAS SULFIXO EMBRIÓFITAS ALGAS FUNGOS DO CÓDIGO Latim Português/ abreviação Regnun Reino Plantae Proctotista Fungi Subregnun subreino - bionta 16. Divisio Divisão ou Filo -phyta -phyta -mycota Rec.16A ou Phylum Subdivisio Subdivisão -phytina -phytina -mycotina Classis Classe -opsida -opsida -phyceae --mycetes Subclassis Subclasse -idae -idae -phycidae -mycetidae 17 Ordo Ordem -ales -ales Subordo Subordem -inae -inae 18.1-6 Família Família -aceae -aceae 19.1-7 Subfamília Subfamília -oideae -oideae Tribus Tribo -eae -eae Subtribus Subtribo -inae -inae 20.1-4 e Genus Gênero Ver recomendação 20A Rec. 21 e 22 Subgenus Subgênero Sectio Seção Subsectio Subseção Series Série subseries Subsérie 23.1-8 e Species Espécie (sp.) Ver recomendação 23A. 3 Rec. 24-26 Subespecies Subespécie (subsp.) Varietas Variedade (var.) Subvarietas Subvariedade (subvar.) Forma Forma (f.) subforma Subforma Os taxa são arranjados hierarquicamente em categorias consecutivamente subordinadas. As 7 categorias em negrito são as categorias principais. Nomes entre as categorias de divisão e subtribo apresentam sufixos que indicam a categoria do nome. 6 categorias principais (reino, divisão. classe, ordem, família, gênero) apresentam um único nome.
Os nomes de taxa das outras categorias supraespecíficas são combinações, formadas do nome do taxon na categoria principal, seguido pelo epíteto do taxon na categoria inferior, e ligado pela palavra que indica a categoria; p.ex. Philodendron subgenus Pieromischum. O nome de uma espécie é também uma combinação: um binômio formado do nome genérico seguido pelo epíteto específico; p.ex. Philodendron scandens. Quando não há possibilidade de ambigüidade, o nome de uma espécie pode ser abreviado reduzindo o nome genérico até a primeira letra; p.ex. P. scandens. O nome de um taxon de categoria infraespecífica é trinomial e também uma combinação, composto do nome específico seguido pelo epíteto do taxon na categoria inferior, e ligado pela palavra que indica a categoria; p.ex. Philodendron seandens subsp. prieurianum. Nomes supraespecíficos são escritos com a primeira letra maiúscula. Nomes específicos e infraespecíficos são escritos com a primeira letra minúscula. Quando impressos, nomes genéricos e infragenéricos são em itálico; em manuscrito são sublinhados. Nomes supragenéricos pode ou não ser escritos em itálico. Táxons híbridos são designados nototáxons - os principais níveis são: notogênero e notoespécie, e suas subdivisões. Antes do nome híbrido (se genérico ou específico), emprega-se a letra x (sinal de multiplicação). O emprego do x entre os nomes taxa é designado de fórmula híbrida (maiores detalhes ver apêndice I Nomes de híbrdos) Ex. híbrido genérico: xagropogon P. Fourn. (1934) [= Agrostis L. x Polypogon Desf.] Ex. híbrido tirgenérico: xrodrettiopsis Moir (1976) [=Camparettia Poepp. & Endl. X Vanda W. Jones ex R.Br. x Rodriguesia Ruiz & Pav.] Ex. híbrido específico: Melampsora xcolumbiana G. Newc. [= M. medusae Thüm. x M. occidentalis H.S.Jacks] NOMES DE TÁXONS ACIMA DA CATEGORIA DE FAMÍLIA Art. 16.1. O nome de um táxon acima da categoria de família é tratado como um nome no plural e escrito com a inicial maiúscula. Os nomes podem ser: (a) nomes automaticamente tipificados formado pela substituição aceae de um nome legítimo de uma família baseada em um nome genérico por uma terminação que denote sua categoria. p. ex., Magnoliophyta baseado em Magnoliaceae; Fucales baseado em Fucaceae; Marattiidae baseado em Marattiacaeae (b) nomes descritivos que são aplicados aos taxa com uma circunscrição reconhecida e que pode ser usado invariavelmente em diferentes categorias p.ex., Chlorophyta, Ascomycota, Angiospermae, Gymnospermae Art. 16.2. Para nomes automaticamente tipificados, o nome da subdivisão (ou subfilo) que inclua o tipo do nome adotado de uma divisão ou filo, o nome da subclasse que inclua o tipo adotado do nome da classe e, o nome da subordem que inclua o tipo do nome adotado de uma ordem devem ser baseados no mesmo tipo como correspondente no nome da categoria superior. Art. 16.3. Quando um nome automaticamente tipificado acima da categoria de família foi publicado com uma terminação latina inadequada, não estando de acordo com o estabelecido na Rec. 16A1-3 e Art. 17.1, a terminação deve ser modificada para ficar conforme às regras, sem mudança do autor e data da publicação (ver Art. 32.5). Contudo, se os nomes forem publicados com uma terminação não latina, eles não são validamente publicado.
Art. 16.4. quando um elemento da palavra monad, -cocc, -nemat, ou -clad, fizerem parte da raiz da segunda parte do nome do gênero, estes serão omitidos antes da terminação phyceae ou phyta. p.ex., Raphidophyceae Chadef. Ex P.C.Silva (1980) foi designado por Silva baseado em Raphidomonas F. Stein (1978) Art. 17.2. Nomes destinados a ser nome de ordens, porém publicados com a sua categoria denotada pelo termo cohors, nixus, alliance ou Reihne ao invés de ordem, são tratados com tendo sido publicados como nome de ordens. NOMES DE FAMÍLIAS E SUBDIVISÕES (Arts 18-19). Art. 18.1. O nome de uma família é um adjetivo no plural usado como um substantivo; ele é formado a partir do genitivo singular do nome de um gênero pela substituição da terminação do genitivo singular (em latim: -ae, -i, -us, -is; em grego transliterado: -ou, -os, -es, -as, ou ous, e seu equivalente eos) pela terminação aceae. Art. 18.2. Nomes destinados a ser nomes de família mas que na época da publicação, foram designados pelos termos ordem (ordo) ou ordem natural (ordo naturalis), no lugar de família, são tratados com tendo sido publicados como nomes de famílias. Art. 18.3. O nome de uma família baseada em um nome genérico ilegítimo é ilegítimo o menos que ele seja conservado. Art. 18.4. Quando o nome de uma família é publicado com uma terminação latina imprópria, a terminação deve ser modificada conforme as regras, sem mudança do autor da citação e da data de publicação (ver Art. 32.5). Art. 18.5. Os seguintes nomes, consagrados pelo uso, são tratados como validamente publicados: Palmae (Arecaceae; tipo: Areca L.), Gramineae (Poaceae; tipo Poá L.), Cruciferae (Brassicaceae; tipo, Bassica L.), Leguminosae (Fabaceae; tipo: Faba Mill. [= Vicia L.]), Guttiferae (Clusiaceae; tipo: ClusiaL.), Unmbelliferae (Apiaceae; tipo: Apium L.), Labiatae (Lamiaceae; tipo: Lamium L.), Compositae (Asteraceae; tipo: Aster L.). Quando as Papilionaceae (Fabaceae; tipo: Faba Mill.) forem consideradas como uma família distinta do restante das Leguminosae, o nome Papilionaceae será conservado contra Leguminosae. Art. 19.7. quando as Papilionaceae são consideradas uma subfamília incluída na família Lagumnisoae (nom. alt., Fabaceae), o nome Papilionoideae deve ser utilizado como um nome alternativo para Faboideae Art. 19. 2. Nomes destinados a ser nomes de subfamília mas que na época da publicação, foram designados pelos termos subordem (subordo), no lugar de subfamília, são tratados com tendo sido publicados como nomes de subfamílias. Art. 19.4. O nome de qualquer subdivisão de uma família que inclua o tipo do nome legítimo adotado para a família à qual foi classificado, deve ser baseado no nome genérico equivalente àquele tipo. Ex1. Tipo da família Rosaceae Adans. é Rosa L., conseqüentemente a subfamília e a tribo que compreendem o gênero são designados Rosoideae e Rosaeae. Ex2. Tipo da família Poaceae Barnhart (nom. alt., Gramineae Adans.) é Poa L., conseqüentemente a subfamília e a tribo que compreendem o gênero são designados Pooideae Asch. e Poëae R. Br.
NOMES DE GÊNEROS E SUBDIVISÕES (Arts 20). Art. 20.1. 0 nome de um gênero é um substantivo no singular nominativo, ou uma palavra tratada como tal, e é escrito com a primeira letra em maiúscula. Pode ter qualquer origem e ser formado de uma maneira arbitrária, porém nunca terminado em -virus. Art. 20.2. o nome de um gênero não pode coincidir com um termo técnico usado correntemente em morfologia, a não ser que ele tenha sido publicado antes de 1 de janeiro de 1912 e acompanhado por um nome específico publicado de acordo com o sistema binário de Linnaeus. Art. 20.3. o nome de um gênero não pode ser formado por duas palavras, a menos que eles estejam unidos por um hífen Recomendação 20.A. sugestões aos autores de novos nomes genéricos: (a) usar terminações latinas tanto quando possível (b) evitar nomes não facilmente adaptados a língua latina (c) evitar nomes compridos ou que são difíceis de pronunciar em latim (d) evitar a combinação de palavras derivadas de línguas diferentes (e) não dedicar gêneros a pessoas não relacionadas com a botânica ou ciência natural. (f) dar uma forma feminina a todos os nomes pessoais (veja Rec. 6OB) (g) não combinar dois nomes genéricos existentes (para evitar confusão com nothogêneros; veja Art. H.6) Art. 21.1. O nome de uma subdivisão de um gênero é a combinação de um nome genérico e de um epíteto subdivisional unido a um termo (subgênero, seção, série, etc) que indica a sua categoria. Art. 21. 2. o epíteto pode ter a mesma forma de um nome genérico, ser um substantivo no genitivo plural ou um adjetivo no plural que concorde em gênero (gramatical) como o nome genérico e é escrito com letra inicial maiúscula. Art. 21.3. O epíteto do nome de uma subdivisão de um gênero não pode ser formado a partir do nome do gênero ao qual pertence pela adição do prefixo Eu- Ex. Costus subg. Metacostus, Euphorbia sect. Tithyamalus; porém nunca Carex sect. Eucarex Art. 21.4. O uso de combinação binária no lugar de um epíteto subdivisional não é permitido. Recomendação 21 A1. quando for desejável indicar o nome da subdivisão de um gênero ao qual uma espécie particular pertence em conexão com o nome genérico e o epíteto específico, o epíteto subdivisional deve ser colocado entre parênteses entre os dois; se necessário, a categoria subdivisional pode ser indicada. Ex. Astragalus (Cycloglottis) contortuplicnas; Loranthus (sect. Ischnanthus) gabanensis Art. 22.1. O nome de qualquer subdivisão de um gênero que inclui o tipo do nome legítimo adotado do gênero para o qual este foi atribuído, deve repetir, como epíteto, o nome genérico inalterado e não ser seguido de um nome de autor. Tais nomes são denominados de autônimos
NOMES DE ESPÉCIES E SUBDIVISÕES Art. 23.1. O nome de uma espécie é uma combinação binária, formada do nome do genérico seguido por um único epíteto específico, em forma de um adjetivo, um nome no genitivo ou uma palavra complementar ou de várias palavras, mas nunca de uma frase consistindo em um ou mais nomes descritivos e adjetivos. Art. 23.2. O epíteto no nome de uma espécie pode ter qualquer origem e até ser composto arbitrariamente (ver Art. 60.1.). Art. 23.3. Os símbolos que fazem parte dos epítetos específicos propostos por Linnaeus não invalidam os respectivos nomes porém devem ser transcritos. Art. 23.4. O epíteto específico, com ou sem a adição de um símbolo transcrito, não pode repetir o nome genérico; isso resultaria num tautônimo. Ex. Linaria linaria ; Nasturtium nasturtium-aquaticum contrariam esta regra e não podem ser publicados validamente. Art. 23.5. O epíteto específico, quando adjetivo concorda gramaticalmente com o nome genérico Art. 23.6. As seguintes designações não são consideradas como epítetos específicos: (a) designações descritivas consistindo de um nome genérico seguido por um nome frase (Linnaeus, nomem specificum legitimum ) de um ou mais substantivos descritivos e adjetivos associados no ablativo. (b) Outras designações de espécies consistindo de um nome genérico seguido por uma ou mais palavras não destinadas como epíteto específico (c) Designações de espécies consistindo de um nome genérico seguido por duas ou mais palavras adjetivadas no caso nominativo (d) Formulas designando híbridos Recomendação 23A.1. nomes de pessoas, países e localidades empregadas em epítetos específicos devem ficar na forma de nomes no genitivo ( clusii, porsildiorum, saharae) ou de adjetivos (clusianus, dahuricus) 23A. 3. Na formação de epítetos específicos, os autores deveriam satisfazer as seguintes sugestões: (a) usar terminações latinas sempre que possível (b) evitar epítetos muitos longos e difíceis de se pronunciar (c) não formar epítetos pela combinação de palavras de idiomas diferentes (d) evitar os epítetos formados de palavras unidas por hífen (e) evitar epítetos que tenham o mesmo significado do nome genérico (pleonasmo) (f) evitar epítetos que exprimam um caráter comum a todas ou quase toadas as espécies de um gênero (g) evitar no mesmo gênero, epítetos muito semelhantes, sobretudo aqueles que diferem somente por suas últimas letras ou pela disposição de duas letras (h) evitar epítetos já utilizados em algum gênero intimamente relacionado (i) não adotar epítetos de nomes encontrados em correspondência, notas de viajantes, etiquetas de herbário, ou fontes semelhantes, atribuindo-os a seus respectivos autores, a menos que estes autores tenham aprovado a publicação (j) evitar o uso de nomes de localidades pouco conhecidas ou restritas ao menos que a espécie seja demasiadamente local Art. 24.1. O nome de um táxon infraespecífico é a combinação do nome da espécie e um epíteto infraespecífico. Um termo precedido é empregado para designar a categoria taxonômica. Art. 24.2. os epítetos dos táxons infraespecíficos são formados como os epítetos específicos e, quando adjetivados em sua forma e não utilizados como substantivos, devem concordar gramaticalmente com o nome genérico. Ex. Solanum melaongena var. insanum Prain (Bengal Pl.:74. 1903, insana )
Art. 24.3. os epítetos infraespecíficos tais como typicus, originalis, originarius, genuinus, verus e veridicus, que têm o propósito de designar o táxon que contém o tipo do nome do táxon imediatamente superior, não são validamente publicados, a não ser que eles sejam autônimos (Art. 26). Art. 24.4. O emprego de uma combinação binária em lugar de um epíteto infraespecífico é inadmissível. Art. 25.1. Para os propósitos nomenclaturais, uma espécie ou qualquer táxon abaixo da categoria de espécie é referida como a soma dos taxa subordinados, se existem. Em Fungos, um holomórfico também inclui seus forma-taxa correlatos. Art. 26.1. o nome de qualquer táxon infraespecífico que inclua o tipo do nome legítimo adotado para a espécie à qual foi assinalado deve repetir o epíteto específico inalterado como seu epíteto final, mas não seguido por um nome de autor (ver Art. 46). Tais nomes são chamados de autônimos (Art. 6.8; Art. 7.6) Ex. Lobelia spicata Lam. var. spicata Art. 26.3. a primeira publicação válida de um nome de um táxon infraespecífico que não inclui o tipo do nome legítimo adotado para a espécie, estabelece automaticamente o autônimo correspondente. Ex. A publicação de Lycopodium inundatum var. bigelovii Tuckerman (1843) estabeleceu automaticamente o nome de outra variedade, L. inindatum L. var. inundatum, cujo o tipo é aquele do nome L. inundatum