A P R E S E N T A Ç Ã O



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Transcrição:

A P R E S E N T A Ç Ã O 1 Não é segredo algum o sentimento de insatisfação geral que o modelo processual adotado em nosso país provoca no seio social; todavia, refoge ao objetivo desta cartilha apontar, de maneira individuada, cada um dos problemas, das mazelas, das dificuldades encontradas na realização da prestação jurisdicional. Também não se quer expurgar culpas ou apontar responsáveis, porque isso é recurso daqueles que não querem caminhar, que não desejam seguir em frente na tarefa de progredir. O escopo desse trabalho é olhar para o futuro e nele identificar a solução, ou ao menos o caminho, para reduzir a distância entre o anseio do jurisdicionado e as possibilidades da jurisdição. Há tempos, convenci-me de que só há progresso se houver propósito de mudar, de quebrar paradigmas, sendo de pouca valia a modernização das leis se o olhar do aplicador da norma permanece voltado para o passado. A radical revolução provocada pelo fenômeno mundial da internet não pode ser ignorada pelo Poder Judiciário; ao contrário, deve ele se valer dessa poderosa ferramenta para otimizar seus atos, acelerar a entrega da prestação jurisdicional, atender ao desejo cada vez mais clemente pela realização da Justiça no menor tempo possível. Essa visão já contagiou as Cortes e o legislador, que já permitem o processo virtual; a intimação por diário eletrônico; o próprio peticionamento por e-mail, e, claro, a realização da penhora por sistema eletrônico. É imperativo que se avance em termos da celeridade, economia e praticidade da informática no âmbito das ações de execução, tornando comum a utilização da penhora on line, regida pelo convênio de cooperação celebrado entre o Banco Central do Brasil e o Superior Tribunal de Justiça, e conhecido nacionalmente como Bacen Jud. Trata-se de sistema informático desenvolvido pelo Banco Central que permite aos juízes solicitar informações sobre movimentação dos clientes das instituições financeiras e determinar o bloqueio de contas-correntes ou qualquer conta de investimento, utilizando tão-somente a internet, racionalizando os serviços e conferindo mais agilidade no cumprimento de ordens judiciais no âmbito do Sistema Financeiro Nacional.

O Bacen Jud é poderosa ferramenta colocada à disposição do Poder Judiciário na realização do processo de execução, principalmente na sua etapa mais aguda, que é a constrição de bens do devedor. Por ele coloca-se à disposição do Juiz um mecanismo rápido e eficaz de comunicação de ordens judiciais às entidades integrantes do Sistema Financeiro Nacional. O que pretende este manual é auxiliar o magistrado nas dúvidas mais corriqueiras quando da utilização do Sistema Bacen Jud, procurando demonstrar, de forma mais simples, os procedimentos necessários para o manuseio da ferramenta. Essa é a meta que pretende seguir a Corregedoria-Geral da Justiça na gestão que se inicia, contribuindo para o aprimoramento do Poder Judiciário, e dando dimensão concreta às palavras da Presidência da Corte em seu discurso de posse, parafraseando Joaquim Nabuco para deixar a mensagem de que a hora de mudar é agora. 2

SISTEMA BACEN JUD 2.0 3 INFORMAÇÃO A criação de um novo BACEN JUD (2.0) em substituição ao 1.0, decorreu da necessidade de implementar novas funcionalidades ao sistema, de forma que o Banco Central pudesse atender, com maior presteza e tempestividade, as solicitações oriundas do Poder Judiciário, na busca de bens que servirão à garantia da execução. Pelo sistema o juiz emitirá ordens judiciais de bloqueio, desbloqueio, solicitará informações bancárias, saldos, extratos e endereços de pessoas físicas e jurídicas clientes do Sistema Financeiro Nacional, como também poderá comunicar e extinguir falência. O novo sistema apresenta as seguintes melhorias: a) Inclusão das respostas das instituições financeiras, de forma automatizada, para consultas do Poder Judiciário; b) Transferência de valores bloqueados para contas judiciais; c) Redução do prazo de processamento das ordens judiciais, possibilitando maior agilidade no desbloqueio; d) Controle de respostas das instituições financeiras pelo Juízo solicitante; e) Padronização no processamento das ordens judiciais pelas instituições financeiras; f) Minimização do trâmite de papéis (ofícios judiciais); g) Segurança no processamento das ordens judiciais; h) Cadastro atualizado das Varas/Juízos; e i) Inserção da suspensão e reativação da falência. O sistema BACEN JUD 2.0 é de uso exclusivo do Poder Judiciário e para a sua utilização os usuários (juízes e servidores) deverão se cadastrar e depois

poderão acessar o sistema, via internet, mediante senha individual e intransferível, e emitir as ordens judiciais. O cadastro será realizado perante o Master do TJ/MT, devendo ser feito por intermédio de ofício eletrônico enviado à Corregedoria-Geral bacenjud@tj.mt.gov.br, contendo: (Nome, endereço, CEP, CPF, Telefones, e-mails da comarca e do magistrado). Com relação ao trânsito das informações entre a Justiça, o Banco Central e as instituições financeiras, será garantida a máxima segurança, em face da tecnologia de criptografia de dados, de acordo com os padrões de segurança, principalmente porque o sistema não permite interferência manual. 4 GERENTE SETORIAL DE SEGURANÇA (MASTER) Quando do credenciamento do Tribunal junto ao Departamento de Tecnologia da Informação do Banco Central (DEINF) é instituída a figura do Gerente Setorial de Segurança da Informação (Master), responsável pelos acessos realizados em nome do Tribunal. Cabe ao Master credenciar, descredenciar, alterar, autorizar transação/serviço, desautorizar, estender autorização de transação aos usuários (magistrados e servidores/assessores) para acesso ao sistema BACEN JUD 2.0. SENHA DE ACESSO A senha atribuída durante o credenciamento ou pelo Master deve ser trocada imediatamente pelo usuário, antes do seu primeiro acesso. A senha deve obedecer às seguintes regras de formação: mínimo de 6 caracteres, máximo de 8; caractere inicial obrigatoriamente alfabético; não admite caracteres especiais (tais como #,@, etc.); a senha tem validade de 30 dias, devendo o magistrado, obrigatoriamente, renová-la antes do término de sua validade.

Existe um limite máximo de tentativas frustradas ao efetuar o login por fornecimento de senha incorreta. Esgotado o número de tentativas, o sistema bloqueia o acesso do operador ao Bacen Jud 2.0 e ao Sisbacen. O desbloqueio deve ser feito pelo Master do Tribunal, com o fornecimento de nova senha ao operador. O operador deve dar especial atenção ao uso de caracteres minúsculos e maiúsculos no processo de troca de senhas e/ou login no Bacen Jud 2.0, pois o Bacen Jud 2.0 diferencia caracteres minúsculos e maiúsculos. Tentativas frustradas de efetuar o login devido à utilização de caracteres minúsculos e maiúsculos podem implicar bloqueio do acesso do operador. 5

6 PERGUNTAS MAIS FREQUENTES DÚVIDAS. 1. Como é feito o procedimento de cadastramento e renovação de senhas? As senhas são criadas pelos usuários (magistrados e servidores) por meio de solicitação eletrônica ao Master do TJ/MT (bacenjud@tj.mt.gov.br), e devem ser renovadas a cada 30 dias (improrrogáveis), pois o sistema do Banco Central não permite a utilização de senha por período superior, não sendo possível ao operador do sistema alterar esta condição. 2. Quem pode renovar a senha? É possível repetir o código anterior? A senha é renovada pelo próprio usuário, diretamente no site do Banco Central, respeitado o limite temporal de 30 dias (ex: senhas cadastradas dia 1 tem até o dia 30 do mesmo mês para serem renovadas). Não é permitida a repetição da mesma senha anteriormente cadastrada, somente sendo possível a reiteração após a 10ª renovação. 3. Que hipóteses a senha expira? Expirando a senha como deve ser o procedimento de revalidação? A senha cadastrada expira se: a) não for acessado o sistema num período de 30 dias; b) não for renovada pelo usuário, nesse mesmo período. Expirando a senha, será necessário que o usuário envie ofício ao Corregedor, solicitando novo cadastramento, conforme artigo 3º, 1º do Provimento n. 04/2007-CGJ. Deve ser ressaltado que a renovação de senha pode ser feita em qualquer computador, não se suspendendo a necessidade de alteração nem nos períodos de férias e afastamentos dos magistrados. 4. Como serão cumpridas as ordens de bloqueio de valor? As ordens judiciais de bloqueio de valor têm como objetivo tornar indisponível ao devedor qualquer ativo financeiro até o limite das importâncias especificadas. Essas ordens judiciais atingirão o saldo credor inicial, livre e disponível, apurado no dia útil seguinte ao que o arquivo for disponibilizado às Instituições Financeiras, sem considerar, nos depósitos à vista, quaisquer limites de crédito (cheque especial, crédito rotativo, conta garantida, etc). 5. Como serão cumpridas as ordens de bloqueio total? As ordens judiciais de bloqueio total visam atender as decretações de indisponibilidade total de bens e/ou casos análogos, e vedam débitos em todas as contas e aplicações financeiras dos réus/executados. Atingirão além do saldo inicial, livre e disponível, apurado no dia útil seguinte

ao que o arquivo for disponibilizado às Instituições Financeiras, também os valores creditados posteriormente, até o limite especificado, sem considerar, nos depósitos à vista, quaisquer limites de crédito (cheque especial, crédito rotativo, conta garantida, etc). 6. Havendo mais de uma conta, o bloqueio do valor solicitado será feito em apenas uma delas ou em todas? Se a ordem judicial não indicar qual a conta deverá sofrer a constrição, o sistema realiza o bloqueio em todas as contas encontradas, cabendo ao magistrado, determinar o desbloqueio dos valores excedentes, de acordo com o 2º do artigo 1º do Provimento n. 004/2007. Sugere-se que durante o processamento da ordem judicial de bloqueio, os processos sejam identificados com tarja vermelha, apontando a sua urgência e preferência na análise de eventuais desbloqueios. 7. É possível realizar a constrição em apenas uma conta de ativos financeiros? O sistema Bacen Jud fornece três opções ao usuário: 1) se o Juiz informar apenas o banco, todas as contas de titularidade do réu/executado mantidas na instituição serão bloqueadas; 2) sendo informados apenas banco/agência, todas as contas do réu/executado mantidas no banco/agência informados serão bloqueadas; 3) sendo informados banco/agência/conta, a instituição financeira cumprirá a ordem de bloqueio de conta específica, com base apenas no saldo dessa conta, sem considerar demais contas e aplicações financeiras do réu/executado. Nesse último caso, ou o devedor deverá apontar, especificadamente, a conta sobre a qual requer seja realizada a constrição eletrônica (art.1º, 3º do Provimento), ou o próprio magistrado poderá indicá-la, quando o devedor tiver solicitado à Corregedoria-Geral da Justiça, nos termos do art. 6º do Provimento n. 004/2007, o cadastramento de conta de ativos financeiros sobre a qual deverá, preferencialmente, recair a penhora. 8. Como o magistrado terá acesso à relação de contas cadastradas junto à Corregedoria-Geral da Justiça, como definido no artigo 6º e parágrafos do Provimento n. 004/2007/CGJ? Todas as contas de ativos financeiros que tiverem recebido pedido de cadastramento na CGJ/MT, bem como aquelas que tiverem sido excluídas do cadastro, serão disponibilizadas no site do TJ/MT, na página da Corregedoria, de acesso exclusivo aos magistrados cadastrados no sistema Bacen Jud. 9. Como é processada a ordem judicial de bloqueio? As ordens judiciais protocolizadas no sistema até às 18h00min dos dias úteis bancários serão consolidadas pelo sistema BACEN JUD 2.0, transformadas em 7

arquivos de remessa e disponibilizadas simultaneamente para todas as instituições financeiras até às 22h00min do mesmo dia. As ordens judiciais protocolizadas após às 18h00min ou em dias não-úteis bancários serão tratadas e disponibilizadas às instituições financeiras no arquivo de remessa do dia útil bancário imediatamente posterior. Em caso de o BACEN não disponibilizar o arquivo de remessa às instituições financeiras até as 22h00 min, a ordem será processada no primeiro dia útil subseqüente, com comunicação ao Juízo. 10. Qual o prazo de resposta pelas instituições financeiras? As instituições financeiras cumprirão as ordens judiciais disponibilizadas no arquivo de remessa, gerarão o arquivo de retorno com a data/hora do cumprimento da ordem e o enviarão ao sistema BACEN JUD 2.0 até às 22h59min do dia útil bancário seguinte ao do seu recebimento, ainda que em dia de feriado local, exceto quando a instituição financeira tiver representação apenas em uma cidade e o feriado ocorrer nesse Município. 11. Quando a resposta será disponibilizada ao usuário (magistrado)? Os arquivos de resposta enviados pelas instituições financeiras serão submetidos a processo de validação (sintática e semântica) no sistema BACEN JUD 2.0, que consolidará as informações e as disponibilizará ao juízo expedidor da ordem judicial até às 07h00min do dia útil bancário seguinte ao do recebimento desses arquivos. *Assim, emitida ordem judicial de bloqueio, até as 18h00 de um dia, a resposta sobre quantas e quais contas foram constritas chegará às 07h00 do segundo dia útil posterior (horário local). 12. O sistema Bacen Jud permite solicitação de extratos e outras informações diferentes do bloqueio? O sistema BACEN JUD 2.0 permitirá ao Poder Judiciário solicitar as seguintes informações: saldo consolidado, extrato de contas (corrente, poupança e investimento), de aplicações financeiras e de outros ativos (bloqueáveis e não bloqueáveis pelo sistema) e endereços das pessoas físicas/jurídicas a serem pesquisadas. A resposta a essas solicitações tem caráter meramente informativo. As solicitações de extrato, limitadas ao período dos últimos cinco anos, serão respondidas por oficio (em papel), em até 30 dias. As demais solicitações serão respondidas via sistema, no mesmo prazo previsto para as ordens de bloqueio. 13. O que acontece quando um bloqueio é efetuado via Bacen Jud 2.0 e a instituição financeira recebe a ordem de desbloqueio via papel? Como responder ao Bacen Jud 2.0? As ordens judiciais enviadas fora do sistema (em papel), diretamente às 8

9 Instituições Financeiras, não serão respondidas por meio do Bacen Jud 2.0. 14. O que ocorre caso uma instituição financeira receba o arquivo de remessa do Bacen Jud 2.0, cumpra as ordens judiciais, mas não consiga enviar o arquivo de resposta? A instituição financeira sempre deverá cumprir as ordens judiciais e só deverá desfazê-las em caso de outra ordem judicial. Enquanto o juízo não determinar o desbloqueio ou a transferência, os valores permanecerão bloqueados nas contas ou aplicações financeiras atingidas. Se a instituição financeira não conseguir, por algum motivo, enviar o arquivo de respostas ao Bacen Jud 2.0, esse fato será caracterizado como não resposta. O sistema permitirá ao Poder Judiciário a reiteração ou cancelamento (cancelamento somente para ordens judiciais de bloqueio) das ordens judiciais inadimplidas (ausência de respostas) pelas Instituições Financeiras, sem prejuízo da adoção de outras medidas cabíveis. 15. Qual será a prioridade de cumprimento das ordens judiciais? E no caso de serem enviadas, em um mesmo arquivo de remessa, mais de uma ordem de bloqueio para um mesmo réu? As Instituições Financeiras cumprirão as ordens judiciais com observância da data e horário de protocolamento no sistema Bacen Jud 2.0. 16. Quais ordens subseqüentes podem ser cadastradas pelos Juizes nos casos de bloqueio de valor e bloqueio total de débitos? O bloqueio de valor, após efetivado, permitirá desbloqueio e/ou transferência de valor específico. O bloqueio total, após efetivado, permitirá desbloqueio total e/ou transferência total ou de valor específico. Somam-se às ordens acima as solicitações de reiteração ou cancelamento de ordens não respondidas. Vale ressaltar que no caso de bloqueio total de débitos, o Juiz pode optar por desbloquear (totalmente) apenas em algumas das instituições financeiras que responderam ao bloqueio, permanecendo o bloqueio total de débitos nas demais, até segunda ordem. 17. Qual funcionalidade o sistema Bacen Jud 2.0 oferecerá a um Juiz que, ao receber as respostas de uma ordem de bloqueio, identifique que não atingiu o valor desejado? Utilizando o Bacen Jud 2.0, o Juiz poderá solicitar um novo bloqueio, gerando um novo número de protocolo. O valor do novo bloqueio será a critério do Juiz. Vale lembrar que duas ordens de bloqueio distintas (que possuem números de protocolo distintos) nunca estarão associadas no Bacen Jud 2.0 e nunca serão unificadas pelo mesmo, sendo tratadas separadamente. 18. O número de conta informado pelo Juiz, no caso de bloqueio de valor, pode

ser de uma conta-corrente, conta poupança ou aplicação financeira? Pode se referir a algum outro ativo? Quando e sobre quais ativos deve ser efetuado o bloqueio? O certificado de depósito bancário quando é garantia de operação de crédito é passível de bloqueio? São passíveis de bloqueio os valores existentes em contas de depósitos à vista (contas correntes), de investimento e de poupança, depósitos a prazo, aplicações financeiras e outros ativos passíveis de bloqueio, respeitadas as fases de implementação do Bacen Jud 2.0. Caberá à Instituição Financeira definir em qual(is) conta(s) ou aplicação(ões) financeira(s) recairá(ão) o bloqueio de valor quando o réu/executado possuir saldo suficiente para atender a ordem em duas ou mais contas e aplicações financeiras. No caso de bloqueio total de débitos, todos os créditos e rendimentos futuros estarão automaticamente bloqueados. Entretanto, a resposta da instituição financeira continua a ser única e relativa ao fechamento do movimento do dia da execução da ordem. Foram criados códigos especiais, no "Layout" do Arquivo de Resposta, que possibilitam às instituições financeiras informarem ao Poder Judiciário que parte ou totalidade do montante bloqueado se refere a aplicação com depósito a prazo. 19. O Juiz pode emitir uma ordem de desbloqueio de valor informando um valor maior do que o valor da ordem de bloqueio correspondente? E no caso de ordem de transferência de valor? O sistema Bacen Jud 2.0 não impedirá o Juiz de comandar um desbloqueio ou transferência informando um valor maior que o bloqueado. Entretanto, respeitando-se o fluxo de operação do sistema, apenas valores previamente bloqueados poderão ser efetivamente desbloqueados ou transferidos. 10 20. No caso de transferência, como o banco destino será identificado no registro enviado às instituições financeiras? O Banco destino, enviado no registro de transferência, será sempre um CNPJ de 8 dígitos (de acordo com o "Layout" do arquivo de remessa). 21. Como será processada a transferência para a Conta Única do TJ/MT, conforme determinado no artigo 4º do Provimento n. 04/2007-CGJ? O sistema Bacen Jud ainda não possui uma ferramenta ou mecanismo específico que possibilite a transferência direta do numerário bloqueado para a conta única mantida pelo TJ/MT. Por isso, realizado o bloqueio de numerários, o magistrado indicará, no campo instituição financeira a opção Outros, abrindo-se o campo para apresentação do CNPJ do Banco de destino, o qual deverá ser informado o seguinte:

60746948 (CNPJ do Banco Bradesco S.A.). Na tela seguinte (campo agência) deverá ser indicada a agência onde é movimentada a Conta Única (n. 0417). Finalizada essa fase do procedimento, o próprio sistema expedirá notificação ao magistrado da transferência do montante bloqueado, que, ao recebê-la, deverá remeter, via e-mail, os dados da transferência (número do processo; Vara Judicial; partes; valor da constrição) para a Gerência da Conta Única do TJ/MT, possibilitando a identificação do depósito. 22. Como a instituição financeira deve proceder na transferência, caso parte do valor a ser transferido tenha resgate imediato e outra parte tenha que aguardar um prazo de resgate? A ordem judicial de transferência será respondida até às 22h59min do dia útil bancário seguinte ao do seu recebimento, mas o seu integral cumprimento observará o prazo de resgate e os procedimentos necessários à sua efetivação, podendo ser realizada uma única vez, à critério da instituição financeira. Não se aguardará o vencimento dos prazos dos contratos de aplicação financeira e o aniversário das contas de poupança. 23. É possível um Juiz solicitar um bloqueio e no mesmo arquivo de remessa solicitar uma transferência para tal bloqueio? Para ordens de bloqueio e transferência que sejam cadastradas diretamente no Bacen Jud 2.0, não é possível. A transferência, nesse caso, somente poderá ser solicitada após o Bacen Jud 2.0 receber a resposta das instituições financeiras à ordem inicial de bloqueio. 24. Uma ordem judicial de desbloqueio ou transferência que envolva um dos réus/executados atingidos por um bloqueio se aplica também aos demais réus/executados atingidos por esse mesmo bloqueio? Não. Cada bloqueio será dividido em registros individualizados por réu, banco, e se for o caso, agência e conta. As instituições financeiras recebem os registros individuais, e nunca a ordem de bloqueio como um todo. Cada registro recebido pela instituição financeira deve ser tratado individualmente. Sempre que um Juiz comandar uma transferência ou um desbloqueio, tal comando estará associado a um registro específico, que já se encontra individualizado. Portanto, a transferência e o desbloqueio também sempre estarão relacionados a um réu, banco, agência e conta específicos. 25. É possível bloqueio de valores de instituições em processo de intervenção ou liquidação extrajudicial? As ordens judiciais destinadas a bloquear valores das próprias instituições em processo de Intervenção ou Liquidação Extrajudicial serão encaminhadas pelo sistema BACEN JUD 2.0 diretamente ao Banco Central do Brasil, que as 11

remeterá aos interventores ou liquidantes para o devido cumprimento ou justificativa ao juízo da eventual impossibilidade de sua efetivação. 26. Há alguma ferramenta de controle e verificação estatística sobre a utilização do sistema? O sistema possibilitará consultas a relatórios e estatísticas para controle gerencial pelo Poder Judiciário e pelo BACEN 27. Em que momento deve ser lançada a decisão judicial que determinou a utilização do sistema Bacen Jud para realização da constrição judicial? A decisão judicial que deferir a penhora on line, deve ser lançada no sistema informatizado de movimentação processual, conforme a norma 2.19.6 da CNGC, contudo, esse lançamento deve ser realizado sob sigilo (opção existente no APOLO) até que se confirme o bloqueio judicial, evitando que o devedor tenha ciência da ordem de constrição antes que ela seja operacionalizada. 28. Que conteúdo deve conter o relatório mensal a que se reporta o 2º do artigo 3º do Provimento n. 04/2007 - CGJ? Em conjunto ao relatório de produção mensal, deverá ser enviado à Corregedoria relatório de utilização do sistema Bacen Jud, identificando o status da senha (se ativa; bloqueada ou vencida), assim como a quantidade de ordens judiciais de bloqueio emitidas e os eventuais problemas identificados na utilização da ferramenta eletrônica. 12 * Para obter mais informações: ----- Master do Tribunal de Justiça (Laurence Assaoka: 3617-3610 email: bacenjud@tj.mt.gov.br). Mesa de Controle do BACEN: endereço eletrônico: bacenjud.defin@bcb.gov.br ou ligar para (85) 3211-5555, no horário das 9 às 18h.