18/03/2012 Enfim, casados... Mas de papel passado Amigado com fé casado é. Romanos 7.1-3 Pr. Fernando Fernandes PIB em Penápolis, 17/03/2012 Este dito popular, mesmo que sob as vendas da Justiça Brasileira, minimiza a condição das pessoas que optam por este modelo de arranjo familiar e que vivem, por isso, em desacordo com o propósito de Deus para o casamento e a família. Na verdade, Poliane e Ricardo seguem a tendência já identificada pelo IBGE, que divulgou que o número de casamentos aumentou, em média, 6,5% no Brasil nos últimos anos. Graças a Deus, Poliane e Ricardo renunciam o direito civil da União Estável e se casam de papel passado, ajustando situação deles ao padrão de Deus preceituado na Bíblia Sagrada. Porém, em contrapartida, o número de divórcios cresceu 7,7% e o índice relacionado à União Estável e aos Novos Arranjos Familiares aumenta significativamente a cada ano. 1
Isso acontece devido a alteração feita na Constituição Federal de 1988, regulamentada em 2006, que instituiu a União Estável e concedeu aos amigados o status de Entidade Familiar. À reboque da União Estável veio o Concubinato, regulamentado pelo Estatuto dos Conviventes, que legaliza os direitos e os deveres dos companheiros, e os efeitos da relação, mesmo que aberta. Mais recentemente, o STF reconheceu o direito da União Civil entre pessoas do mesmo sexo, legalizando as relações homoafetivas e concedendo aos casais gays o status de Entidade Familiar. Na verdade, o Divórcio, a União Estável, o Concubinato e a União Civil são tentativas de minimizar a decadência espiritual, ética, social, moral e religiosa da sociedade brasileira, tentando ajustar juridicamente os novos arranjos familiares, mas tudo isso é pecado contra Deus e contraria o padrão ético-cristão preceituado na Bíblia Sagrada. 2
Tais opções são admitidas como direito personalíssimo e inviolável do cidadão, que pode fazer opção sem levar em conta os mandamentos de Deus na Bíblia Sagrada, amparado por lei e pela Constituição Brasileira, mas não minimizam a decadência ética da sociedade e nem anula a condição pecado contra Deus. A Igreja Evangélica, embora não devamos incitar o descumprimento da Lei, deve orientar seus membros e congregados a valorizar e celebrar o Casamento Civil, de Papel Passado, pois esta é a vontade de Deus para a união conjugal e formação de famílias. Por esta razão, nos reunimos hoje para louvar e celebrara Deus pela vida e decisão de Poliane e Ricardo, e para abençoar o casamento e a família deles. O ensinamento bíblico sobre o casamento e a família indica que devemos renunciar o direito legal e optar pelo dever espiritual éticocristão para o enlace matrimonial e a formação da família, como fizeram Poliane e Ricardo. Em fim, casados, porém, quais as razões para ser de papel passado? Vejamos tais razões na Bíblia Sagrada. 3
1. O casamento é criação de Deus para a união conjugal entre um homem e uma mulher Gênesis 2.18-25. Alguns tentam argumentar, inapropriadamente, que na época descrita no relato bíblico não havia Juiz da Paz, Cartório de Registro Civil e nem Constituição Federal, defendendo a tese de que a igreja não deve impor o casamento de papel passado. Adão e Eva não estavam em um Cartório, na presença de um Juiz de Paz, mas estavam diante de Deus, o Criador e Justo Juiz, que estabelece leis espirituais, éticas, morais e sociais benfazejas, e que abençoa o casamento e a família. A afirmação de Deus ao declarar não é bom que o homem esteja só, sem a companhia feminina e sem parceria sexual e reprodutiva, indica que no propósito divino não há como vivermos plenamente condição humana sem que assumamos o compromisso formal, de papal passado, no casamento e na constituição da família. Deus instituiu o casamento formal e monogâmico, porém, a rebeldia e o pecado nos torna ansiosos por satisfazer os desejos carnais e, às vezes, imorais, mesmo que legalizados como o Divórcio, o Concubinato, a União Estável e a União Civil, mas que não correspondem à vontade de Deus para o casamento e a família, Mateus 19.8. 2. O casamento requer um nível de mutualidade que só existirá se houver a consciência espiritual e ética do compromisso assumido Rm 7.1-3: 4
O apóstolo Paulo fala da ligação que existe entre marido e mulher perante a lei, deixando bem claro que o casamento é indissolúvel e que só pode ser desfeito pela morte de um dos cônjuges. Ele argumenta que as pessoas conheciam a lei e sabiam que estavam debaixo da autoridade legal para a manutenção do casamento de papel passado, da monogamia, da fidelidade sexual e da família. Marido e mulher estão ligados entre si para uma relação de mutualidade e completeza, que se entremeia na espiritualidade, na religiosidade, na amizade, nas finanças, no companheirismo e na sexualidade, exigindo renúncias para a formação de um Casal e de uma nova Família. Ricardo e Poliane, vocês devem buscar compreender as renúncias exigidas de cada uma e devem fazer a sua parte para a manutenção do amor, do estado psicológico equilibrado, da espiritualidade benfazeja, da relação sexual prazerosa, do casamento e da família, cumprindo o compromisso firmam nesta noite. Sem esta consciência espiritual e sem mutualidade retroalimentadora, quando surgirem as crises conjugais e familiares, uma das primeiras ideias ou alternativas vislumbradas será a do divórcio, que formaliza o casamento de papel rasgado e que deixa como saldo corações machucados, pessoas amarguradas, filhos desajustados e famílias desestruturadas. Amados, devemos louvar e celebrar a Deus pela vida de Poliane e Ricardo, que mesmo podendo optar pela União Estável ou pelo Concubinato, decidiram se casar de papel passado. 5
Apesar das invencionices sociais legalmente amparadas, o casamento de papel passado é o propósito de Deus para o matrimônio e para a formação de famílias bem estruturadas e abençoadas. Ao unir o primeiro casal, Deus não promulgou uma relação descompromissada que poderia ser desfeita a qualquer momento ou por qualquer razão, mas formalizou e abençoou um casamento de papel passado, preceituando uma relação conjugal indissolúvel e duradoura, e que resultasse em uma família bem estruturada, legalmente amparada, feliz e abençoada. Da mesma forma Deus une Ricardo e Poliane em uma só carne, que com Otávio e Gabriel formam uma Família abençoada, amorosa, feliz, mas compromissada com Deus. Nossa esperança e oração é que vocês, Ricardo e Poliane, assim como todos aqui, tenhamos profunda consciência espiritual e ética do compromisso que assumimos diante de Deus no casando de papel passado. Cerimônia das Alianças Ricardo e Poliane 17/03/2012 6
Ricardo: Prometo ser um marido fiel e um bom pai para os nossos filhos, e me disponho a viver com você, te amando e cumprindo o meu compromisso espiritual, para que o nosso casamento e a nossa família sejam abençoados por Deus. Poliane: Prometo ser não apenas uma esposa fiel e uma boa mãe, mas quero ser uma mulher sábia e comprometida com Deus, para edificar e abençoar o nosso casamento a nossa família. Poliane e Ricardo, vocês estão, enfim, casados, mas de papel passado. Ajoelhem-se e vamos orar. 7