Mudanças no Conceito Nacional de Empresa Júnior Apresentação Este documento apresenta as principais mudanças, e suas respectivas justificativas, no Conceito Nacional de Empresa Júnior, servindo de base para as discussões nas estâncias do MEJ. Metodologia Serão apresentados os artigos atuais (dentro das caixas), as justificativas para a mudança (na cor azul) e o artigo proposto. Não será tratada neste documento qual a localização do artigo, já que não tem qualquer impacto na discussão. Também não serão explanadas as mudanças puramente gramáticas, já que essas visam apenas deixar claro o artigo. PREÂMBULO Nós, as empresas juniores, representadas pela Brasil Júnior, com o intuito de determinar o formato mínimo capaz de assegurar a confiabilidade dos serviços prestados por todas as empresas juniores brasileiras e de alinhá-las ao seu papel na sociedade e ao compromisso do Movimento com o desenvolvimento, definimos este Conceito Nacional de Empresa Júnior.
CAPÍTULO I DO CONCEITO NACIONAL DE EMPRESA JÚNIOR Artigo 1º - O Conceito Empresa Júnior é a definição utilizada para determinar as organizações que se caracterizam ou não como Empresa Júnior. Apenas melhorias no texto, e esclarecendo que as empresas juniores estão submetidas a legislação Brasileira, como forma de reafirmar o capitulo de aspectos jurídicos. Artigo 1º - O Conceito Nacional de Empresa Júnior tem como objetivo determinar todos os critérios que deverão ser respeitados e seguidos, a fim de que uma associação civil seja reconhecida como uma empresa júnior por parte da Confederação Brasileira das Empresas Juniores Brasil Júnior. Parágrafo único O Conceito Nacional de Empresa Júnior não menciona aspectos determinados na Legislação Brasileira ou quaisquer outros hierarquicamente superiores a este, os quais deverão ser integralmente respeitados pelas empresas juniores. CAPÍTULO II DAS EMPRESAS JUNIORES O artigo segundo limita a criação de empresas juniores a estudante de graduação devidamente matriculado. Entende-se IES como faculdades, centros universitários, universidades e as instituições de educação superior tecnológica. (https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2006/decreto/d5773.htm#art79) O Artigo limita claramente que não serão reconhecidas associações civis de moldes semelhantes a uma empresa júnior, formada por estudantes de pós-graduação, mestrado, doutorado, e também de ensino médio, incluindo os cursos técnicos (que são diferentes de cursos superiores de base tecnológico). Artigo 2º - As empresas juniores são constituídas pela união de alunos matriculados em cursos de graduação em instituições de ensino superior, organizados em uma associação civil com o intuito de realizar projetos e serviços que contribuam para o desenvolvimento do país e de formar profissionais capacitados e comprometidos com esse objetivo.
Artigo 7º - A Empresa Júnior deve ter como finalidades: A. promover o desenvolvimento técnico e acadêmico de seus associados B. promover o desenvolvimento econômico e social da comunidade, através de suas atividades C. fomentar o espírito empreendedor de seus associados D. promover o contato dos alunos com o mercado de trabalho E. promover o desenvolvimento pessoal e profissional de seus associados Artigo 8º - A Empresa Júnior não pode ter como finalidades: A. captar recursos financeiros para a Instituição de Ensino através da realização dos seus projetos ou outras atividades B. captar recursos financeiros para seus integrantes através dos projetos ou outras atividades C. elevar o conceito do Curso e Instituição de Ensino diante do MEC e da sociedade D. realizar aplicações financeiras com fins de acumulação de capital Artigo 14º - A Empresa Junior deve focar seus projetos para o público de micro empresas e empresas de pequeno porte. Artigo 17º - A maioria dos recursos da Empresa Júnior deve provir de serviços prestados. A comissão acredita que as duas finalidades propostas abaixo são os pilares fundamentais de uma Empresa Júnior. As outras finalidades descritas no conceito original, nós concluimos que são conseqüências. Quanto ao tema de ser ou não uma associação sem fins lucrativos, o Novo Código Civil, define que toda associação tenha finalidades não econômicas, ou seja, não que seus projetos não tenham a finalidade de arrecadar recursos, mas sim, desenvolver os alunos através desses projetos, que porventura possuem custos. A finalidade educacional não pode ser descrita, por que é um termo que cada associação decide se é ou não (não há nada legislando sobre isso). Logo fica a carga de uma EJ ter ou não essa finalidade. A comissão também acredita que o conceito não deve ser restritivo quanto à origem da receita de uma empresa júnior, ou o que é feito com ela. Mas achamos válido ressaltar que a finalidade das EJ s não é gerar receita, de qualquer espécie para uma IES. Quanto ao foco em micro e pequenas empresas, mantivemos a postura de não realizar projetos exclusivamente para médias e grandes empresas, para não fazer concorrência desleal com consultorias profissionais, como é bem comentado no conceito original. Substituímos o a palavra foco por preferencialmente (mas não exclusivamente), por uma questão de clareza na informação. Artigo 3º - A finalidade da empresa júnior deve estar definida em estatuto como: I Desenvolver profissionalmente as pessoas que compõem o quadro social por meio da vivência empresarial, realizando projetos e serviços na área de atuação do(s) curso(s) de graduação ao(s) qual(is) a empresa júnior for vinculada; II Realizar projetos e/ou serviços preferencialmente (mas não exclusivamente) para micro e pequenas empresas nacionais em funcionamento ou em fase de abertura. 1º A empresa júnior poderá ter outras finalidades desde que não contrariem este conceito. 2º O estatuto não poderá definir como finalidade da empresa júnior gerar receita para a(s) instituição(ões) de ensino superior a que estiver vinculada.
Artigo 15º - A existência da Empresa Júnior deve ser reconhecida formalmente como tal pela Instituição de Ensino. Apenas deixando o parágrafo mais claro. Artigo 4º - Toda empresa júnior deverá estar vinculada a, pelo menos, uma instituição de ensino superior e a, pelo menos, um curso de graduação, que deverão estar determinados em estatuto. Parágrafo único - Será considerada empresa júnior apenas aquela cujo exercício possuir atestado oficial de reconhecimento por parte da(s) instituição(ões) de ensino superior à(s) qual(is) estiver vinculada. Artigo 9º - A Empresa Júnior e suas entidades representativas não se envolverão com qualquer forma de ideologia e pensamento de partidos políticos. Simplificado o paragráfo. Outra coisa, o conceito é sobre Empresas Juniores, e não devem atingir de forma direta a confederação e federações. É uma consequencia lógica, que as entidades que a representam não terão esse tipo de relacionamento. Artigo 5º - A empresa júnior não poderá estar vinculada a qualquer partido político. CAPÍTULO III DO QUADRO SOCIAL O objetivo deste ponto era obrigar a EJ seja aberta a todos os alunos, e de não permitir que a EJ fosse formada apenas para um grupo de pessoas, sem renovação de membros. O Documento exige que a EJ tenha descrito no estatuto que o processo é aberto, mas não a descrição do processo. Artigo 6º - Para fins de admissão, serão considerados elegíveis única e exclusivamente os alunos regularmente matriculados na(s) instituição(ões) de ensino superior e no(s) curso(s) de graduação a que a empresa júnior for vinculada e que manifestarem interesse mediante participação no processo de admissão previsto pela empresa júnior. Parágrafo único A empresa júnior deverá ter processo de admissão, descrito em estatuto como aberto a todos os alunos do(s) curso(s) de graduação da(s) instituição(ões) de ensino superior a que for vinculada.
Artigo 10 - Somente alunos da Instituição de Ensino, graduação ou tecnológico, podem participar do quadro administrativo da empresa. Artigo 11º - O aluno deve ter como vínculo com a Empresa Júnior: ou voluntariado ou estágio. Inciso O voluntariado e o estágio são regidos pelas leis nº 9602 (de 18 de fevereiro de 1998) e nº 6494 (de 07 de dezembro de 1977), respectivamente. A comissão acredita que é os membros de uma EJ devam assinar contrato de voluntariado com a EJ, evitando assim qualquer problema com a Justiça do Trabalho. Além disso, termos relacionados a remuneração já são regidos por lei que recaem sobre associação, mas é consensual que os membros não devem ser remunerados, por isso a exigência do termo voluntário. Porém, não é considerada remuneração por quaisquer custos que venham a ter para desempenhar uma atividade na empresa júnior. O parágrafo segundo tem a intenção de evitar que EJs que tenham sido formadas já com professores no quadro social possam permanecer com eles como membros. O artigo sexto só refere-se quem poderia ser candidato no processo seletivo. O fato de uma empresa júnior possuir membro que não faz parte do curso vai de encontro ao artigo sexto para fins de admissão. Porém, nada impede que alunos de outros cursos sejam considerados membros honorários ou qualquer outra forma de reconhecimento, desde que essa, não possa participar do quadro administrativo da empresa. Artigo 7º - O quadro social da empresa júnior será composto pelos membros associados, que serão vinculados à empresa júnior como voluntários. 1º Todos os membros associados à empresa júnior deverão assinar termo de voluntariado. 2º O quadro social da empresa júnior deverá ser formado única e exclusivamente por alunos regularmente matriculados na(s) instituição(ões) de ensino superior e no(s) curso(s) de graduação a que for vinculada.
CAPÍTULO IV DOS ASPECTOS JURÍDICOS Artigo 2º - Uma Empresa Júnior deverá estar registrada perante a Receita Federal e órgãos governamentais como uma pessoa jurídica, de direito privado, associação civil sem finalidades econômicas e com fins educacionais. Desta forma, toda a legislação e tributação federal, estadual e municipal inerente a esta classificação decairão sobre a Empresa Júnior. Artigo 3º - Não é considerada como Empresa Júnior aquela empresa que não tem seu estatuto registrado em cartório. Artigo 4º - Não é considerada como Empresa Júnior aquela empresa que não tem seu CNPJ próprio. Artigo 5º - Para o devido funcionamento da Empresa Júnior, a mesma deve possuir Nota Fiscal Própria. Artigo 6º - Para o devido funcionamento da Empresa Júnior, suas instalações devem estar amparadas por um Alvará da Prefeitura. Artigo 16º - A eleição dos órgãos deliberativos e administrativos deve ser feita por eleição direta, exceção feita aos casos de vacância temporária dos mesmos. Verificação se está no CC A comissão considera que os artigos referentes à parte jurídica, devem definir os requisitos mínimos para uma organização ser uma EJ, sem interferir em aspectos legais. É uma exigência que as EJ s sejam enquadradas como uma associação civil. Afinal, uma organização pode ser registrada como Partido Político, ou Fundação... e isso é constitucional. Porém, não caracteriza uma EJ. A comissão concorda que ao dizer que a EJ precisa ter CNPJ, estamos automaticamente cobrando que ela possua estatuto registrado em cartório, pois uma organização só consegue CNPJ se tiver estatuto registrado. Sendo desnecessária pedir que tenha estatuto registrado. Todos os outros aspectos jurídicos, tributários etc. estão inseridos no item III, sendo suficiente para a Brasil Júnior. As exigências de Alvará e Nota Fiscal, foram retiradas por que não chegam a conceituar o que é uma empresa júnior, é só um elemento de qualidade das EJ s e devem ser uma recomendação da Brasil Júnior. Artigo 8º - A empresa júnior deverá: I Constituir-se como associação civil, pessoa jurídica de direito privado, devidamente registrada na forma da Lei; II Cadastrar-se regularmente junto ao CNPJ/MF; III Respeitar, observar e cumprir incondicional e imperativamente as Legislações Federal, Estadual e Municipal.
CAPÍTULO V DOS PROJETOS E SERVIÇOS Artigo 12º - Só podem ser executados projetos que façam parte do currículo teórico dos cursos ligados à Empresa Júnior. O objetivo deste artigo é determinar que as EJ s, por estatuto, não poderão fazer projetos ou serviços em áreas diferentes da área do seu curso de graduação. Artigo 9º - O estatuto da empresa júnior deverá determinar que somente possam ser realizados projetos e serviços que estejam inseridos no conteúdo programático do(s) curso(s) de graduação a que ela for vinculada. Artigo 13º - Todos os serviços prestados a clientes por uma Empresa Júnior devem receber orientação em sua totalidade. Inciso Orientação: Acompanhamento crítico, o qual deve provir preferencialmente de professores da Instituição de Ensino à qual a Empresa Júnior está ligada. Na falta de professores dispostos a orientar estes projetos, a Empresa Júnior poderá recorrer a profissionais de nível superior devidamente habilitados na área do projeto. Não serão descritos no CNEJ os procedimentos de contratação de estagiários, já que quem rege esse assunto é o ministério do trabalho. Outro fato, é que agora deixa de ser obrigatório a orientação de um professor em todos os projetos pelo conceito. Isso porque existem EJ s que por já possuir conhecimento em determinado projeto, deixam de lado a orientação de um professor sem qualquer prejuízo para a atividade. Porém, a comissão não chegou a nenhum parecer sobre o assunto, esperando pelo feedback das EJ s para ter o real posicionamento do MEJ. Artigo 10 - Havendo necessidade de auxílio técnico para a realização dos projetos e serviços, a empresa júnior poderá: I Contratar estagiário; II Recorrer à orientação de professor ou outro profissional graduado. CAPÍTULO VI ASPECTOS GERAIS E TRANSITÓRIOS Artigo 11 - O Conceito Nacional de Empresa Júnior entrará em vigor a partir da data de registro deste documento. Parágrafo único - O presente Conceito Nacional de Empresa Júnior poderá ser modificado, a qualquer tempo, pela Assembléia Geral da Confederação Brasileira de Empresas Juniores Brasil Júnior, passando a modificação a vigorar a partir da data deliberada pela Assembléia.