CAPÍTULO I DIREITO ADMINISTRATIVO

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SUMÁRIO 4. ATOS ADMINISTRATIVOS

Transcrição:

Sumário 21 CAPÍTULO I DIREITO ADMINISTRATIVO 1. ATOS ADMINISTRATIVOS Súmula nº 473. A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial. 01. (Cespe/TCU/Auditor/2010) O princípio da autotutela possibilita à administração pública anular os próprios atos, quando possuírem vícios que os tornem ilegais, ou revogá-los por conveniência ou oportunidade, desde que sejam respeitados os direitos adquiridos e seja garantida a apreciação judicial. C E 02. (FCC/PGE/RJ/Técnico/2009) A respeito da invalidação e da convalidação do ato administrativo, é correto afirmar que: a) o ato viciado que também configure crime é passível de saneamento, a critério da Administração. b) os efeitos de todos os atos administrativos tornam-se automaticamente perenes e imutáveis depois de transcorrido um ano de sua edição. c) é possível haver interesse público na manutenção dos efeitos de atos administrativos viciados, em nome de princípios jurídicos tais como a proporcionalidade e a boa-fé. d) o regime jurídico correspondente é idêntico, tanto para os atos administrativos nulos, como para aqueles ditos anuláveis. e) a matéria não pode ser objeto de apreciação pelo Poder Judiciário, por ser considerada exclusivamente de conveniência e oportunidade da Administração. 03. (FCC/MRE/Oficial/2009) Súmula 473: A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial. É certo que a Administração Pública, dentre outras situações: a) está sujeita à fiscalização administrativa de seus atos, sendo-lhe vedada a revogação de seus atos discricionários.

22 PARTE I SÚMULAS DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL b) tem o dever de velar pela execução da lei, facultada a anulação dos atos ilegais que praticar. c) sujeita-se ao controle jurisdicional de sua atuação, mas não ao controle legislativo de seus atos. d) não pode descumprir a lei a pretexto de sua inconstitucionalidade, mas pode atuar, em qualquer situação, contra legem ou praeter legem. e) deve anular os atos ilegais que praticar e pode revogar seus atos discricionários inconvenientes ou inoportunos. 04. (FGV/OAB/2011-1) Em âmbito federal, o direito de a Administração Pública anular atos administrativos eivados de vício de ilegalidade, dos quais decorram efeitos favoráveis para destinatários de boa-fé a) não se submete a prazo prescricional. b) não se submete a prazo decadencial. c) prescreve em 10 (dez) anos, contados da data em que praticado o ato. d) decai em 5 (cinco) anos, contados da data em que praticado o ato. Lei 9.784/99. Art. 54. O direito da Administração de anular os atos administrativos de que decorram efeitos favoráveis para os destinatários decai em cinco anos, contados da data em que foram praticados, salvo comprovada má-fé. 05. (FGV/TJ/PA/Juiz/2009) Com base na Lei 9.784/99, analise as afirmativas a seguir. I. O direito da Administração de anular os atos administrativos de que decorram efeitos favoráveis para os destinatários decai em cinco anos, contados da data em que foram praticados, salvo comprovada má-fé. II. O prazo de decadência, na hipótese de efeitos patrimoniais contínuos, será contado a partir da percepção do primeiro pagamento. III. A convalidação é da competência privativa da própria Administração, logo, é incabível que o órgão jurisdicional pratique a convalidação de atos administrativos, a menos que se trate de seus próprios atos administrativos. IV. Na revogação, a Administração Pública atua com discricionariedade, exercendo o poder de autotutela quanto a motivos de mérito, avaliando a conveniência e a oportunidade de suprimir o ato administrativo. Assinale: a) se somente as afirmativas I e IV estiverem corretas. b) se somente as afirmativas III e IV estiverem corretas. c) se somente as afirmativas I, II e III estiverem corretas. d) se somente as afirmativas II, III e IV estiverem corretas. e) se todas as afirmativas estiverem corretas.

DIREITO ADMINISTRATIVO 23 I. Lei 9.784/99. Art. 54. O direito da Administração de anular os atos administrativos de que decorram efeitos favoráveis para os destinatários decai em cinco anos, contados da data em que foram praticados, salvo comprovada má-fé. II. Lei 9.784/99. Art. 54. 1º No caso de efeitos patrimoniais contínuos, o prazo de decadência contar- -se-á da percepção do primeiro pagamento. III. Lei 9.784/99. Art. 55. Em decisão na qual se evidencie não acarretarem lesão ao interesse público nem prejuízo a terceiros, os atos que apresentarem defeitos sanáveis poderão ser convalidados pela própria Administração. IV. STF Súmula 473. 06. (Vunesp/MPE/SP/Analista/2010) Analise a Súmula 473 do STF a seguir e assinale a alternativa que contém os vocábulos que completam correta e respectivamente as suas lacunas: A Administração pode ( ) seus próprios atos, quando eivados de ( ) que os tornam ( ), porque deles não se originam ( ); ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os ( ), e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial. a) anular vícios ilegais direitos direitos adquiridos. b) revogar defeitos inválidos efeitos atos jurídicos. c) revogar máculas defeituosos competências servidores públicos. d) anular defeitos imprestáveis decisões atos administrativos. e) invalidar defeitos viciados direitos direitos alheios. 07. (Vunesp/Cesp/Advogado/2010) A respeito do ato administrativo, pode-se afirmar que: a) a invalidação é o desfazimento do ato administrativo por razões de ilegalidade. b) o ato administrativo não admite a convalidação. c) o ato administrativo pode ser revogado pela Administração, mas não pode ser anulado por esta. d) os atos administrativos dotados de imperatividade têm presunção absoluta de legalidade. e) a licença é ato administrativo discricionário. 08. (Vunesp/PGM/Mogi/Advogado/2009) Um ato administrativo a) pode ser anulado pelo Poder Judiciário ou pela própria Administração. b) discricionário pode ser revogado pelo Poder Judiciário. c) vinculado somente pode ser invalidado por razões de conveniência e oportunidade. d) discricionário, quando revogado, deve ser invalidado, em regra, com efeitos ex tunc. e) vinculado, quando anulado, deve ser invalidado, em regra, com efeitos ex nunc.

24 PARTE I SÚMULAS DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL 09. (Vunesp/SAAE/SãoCarlos/Procurador/2009) No que diz respeito à extinção do ato administrativo por ilegalidade, é correto afirmar que: a) cabe ao Poder Judiciário invalidar o ato, e não à Administração. b) sua invalidação terá, em regra, efeitos ex nunc. c) não está sujeita à prescrição, tendo em vista o interesse público a ser protegido. d) pode ocorrer por provocação de qualquer interessado. e) pode a Administração invalidar o ato, mas deverá respeitar os direitos adquiridos decorrentes do mesmo. 10. (Vunesp/Cesp/Advogado/2010) A respeito do ato administrativo, pode-se afirmar que: a) a invalidação é o desfazimento do ato administrativo por razões de ilegalidade. b) o ato administrativo não admite a convalidação. c) o ato administrativo pode ser revogado pela Administração, mas não pode ser anulado por esta. d) os atos administrativos dotados de imperatividade têm presunção absoluta de legalidade. e) a licença é ato administrativo discricionário. 11. (Vunesp/TJ/RJ/Juiz/2013) A Administração Pública a) pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos, ressalvada a apreciação judicial. b) pode anular seus próprios atos, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos. c) não pode declarar, em hipótese alguma, a nulidade dos seus próprios atos. d) não pode anular seus atos; somente é autorizada a revogação por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, ressalvada a apreciação judicial. 12. (Vunesp/TJ/SP/Juiz/2013) A anulação ex officio da licitação, fundada na ilegalidade do procedimento licitatório, gera efeitos ex tunc : a) ainda assim sujeita a Administração a pagar indenização às partes. b) são idênticos os efeitos produzidos na anulação da licitação e na anulação do contrato. c) como a Administração tem o dever de velar pela legalidade de seus atos, o decreto de anulação da licitação, fundada na ilegalidade do procedimento, prescinde, na esfera administrativa, do exercício do direito de defesa. d) o terceiro de boa-fé atingido pela invalidação da licitação será indenizado pelos prejuízos decorrentes da anulação.

DIREITO ADMINISTRATIVO 25 13. (Vunesp/TJ/SP/Juiz/2013) O princípio da autotutela administrativa, consagrado no Enunciado n. 473 das Súmulas do STF ( 473: A Administração pode anular seus próprios atos quando eivados de vícios que os tornem ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial. ), fundamento invocado pela Administração para desfazer ato administrativo que afete interesse do administrado, desfavorecendo sua posição jurídica, a) confunde-se com a chamada tutela administrativa. b) prescinde da instauração de prévio procedimento administrativo, pois tem como objetivo a restauração da ordem jurídica, em respeito ao princípio da legalidade que rege a Administração Pública. c) exige prévia instauração de processo administrativo, para assegurar o devido processo legal. d) pode ser invocado apenas em relação aos atos administrativos ilegais. 14. (Cespe/MC/Direito/2013) A anulação de ato administrativo só pode ser promovida por ação judicial. A revogação, por sua vez, pode ocorrer por meio de processo administrativo. C E GAB 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 C C E D E A A A E A A D C E Súmula nº 346. A Administração Pública pode declarar a nulidade dos seus próprios atos. 01. (Cesgranrio/Petrobras/Advogado/2008) "A Administração Pública pode declarar a nulidade de seus próprios atos." (Súmula 346 do Supremo Tribunal Federal) Que princípio da Administração Pública reflete a súmula acima transcrita? a) supremacia do interesse público b) autoexecutoriedade c) impessoalidade d) razoabilidade e) autotutela 02. (Cespe/TCU/Auditor/2010) O princípio da autotutela possibilita à administração pública anular os próprios atos, quando possuírem vícios que os tornem ilegais, ou revogá-los por conveniência ou oportunidade, desde que sejam respeitados os direitos adquiridos e seja garantida a apreciação judicial. C E

26 PARTE I SÚMULAS DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL 03. (Cespe/PGM/Natal/Procurador/2008) Considerando a doutrina e a jurisprudência majoritárias acerca da invalidação dos atos administrativos, assinale a opção correta. a) Com base em seu poder de autotutela, a administração pública pode invalidar atos administrativos insanáveis, sendo imprescindível a observância do devido processo legal em todos os casos. b) Com base em seu poder de autotutela, a administração pública pode invalidar atos administrativos insanáveis. Nesse caso, quando houver repercussão na esfera dos direitos individuais, deverá ser observado o devido processo legal. c) O poder de autotutela da administração pública, que lhe permite invalidar atos administrativos, só pode ser exercido quando o desfazimento do ato não repercuta no âmbito dos direitos individuais dos administrados. Nesse caso, a administração pública deve recorrer ao Poder Judiciário, pleiteando o desfazimento do ato em juízo. d) O poder de autotutela da administração pública, que lhe permite invalidar atos administrativos, não atinge os beneficiários do ato que estejam de boa-fé. 04. (FGV/Besc/Advogado/2004) Quanto à possibilidade de revogação ou anulação de atos, é correto afirmar que a Autoridade Pública pode: a) revogar seus próprios atos, mas não pode anulá-los, uma vez que a anulação é de competência exclusiva do Poder Judiciário. b) revogar e anular seus próprios atos, desde que devidamente autorizada pelo Poder Judiciário. c) a qualquer tempo, anular ou revogar seus próprios atos. d) anular seus próprios atos, desde que devidamente autorizada pelo Poder Legislativo. e) revogar seus próprios atos, desde que devidamente autorizada pelo chefe do Poder Executivo. 05. (TJ/DFT/Juiz/2012) Sobre os atos administrativos, é correto afirmar: a) De acordo com a lei federal de processo administrativo, os atos administrativos eivados de defeitos sanáveis podem ser convalidados pela própria Administração, desde que não acarretem lesão ao interesse público nem prejuízo a terceiros. b) O poder discricionário fundamenta o instituto da anulação. c) Nos processos perante o Tribunal de Contas da União, em que se discuta a legalidade do ato de concessão inicial de aposentadoria, reforma ou pensão, quando da decisão puder resultar anulação ou revogação de ato administrativo que beneficie o interessado, são assegurados o contraditório e a ampla defesa. d) No regime da Lei nº 11.417/06, a reclamação cabível em face do ato administrativo que contraria enunciado de súmula vinculante prescinde do esgotamento das vias administrativas. (a) STF Súmula 473. A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial. (b) STF Súmula 346.

DIREITO ADMINISTRATIVO 27 (c) STF Súmula Vinculante 3. Nos processos perante o Tribunal de Contas da União asseguram-se o contraditório e a ampla defesa quando da decisão puder resultar anulação ou revogação de ato administrativo que beneficie o interessado, excetuada a apreciação da legalidade do ato de concessão inicial de aposentadoria, reforma e pensão. (d) Lei 11.417/2006. Art. 7º Da decisão judicial ou do ato administrativo que contrariar enunciado de súmula vinculante, negar-lhe vigência ou aplicá-lo indevidamente caberá reclamação ao Supremo Tribunal Federal, sem prejuízo dos recursos ou outros meios admissíveis de impugnação. 1º Contra omissão ou ato da administração pública, o uso da reclamação só será admitido após esgotamento das vias administrativas. 06. (Vunesp/PGM/Mogi/Advogado/2009) Um ato administrativo a) pode ser anulado pelo Poder Judiciário ou pela própria Administração. b) discricionário pode ser revogado pelo Poder Judiciário. c) vinculado somente pode ser invalidado por razões de conveniência e oportunidade. d) discricionário, quando revogado, deve ser invalidado, em regra, com efeitos ex tunc. e) vinculado, quando anulado, deve ser invalidado, em regra, com efeitos ex nunc. 07. (Vunesp/TJ/SP/Advogado/2013) A anulação do ato administrativo a) opera efeitos ex nunc. b) somente poderá ser declarada pelo Poder Judiciário. c) impede que o ato seja novamente editado. d) poderá ser ordenada pela Administração Pública. e) pressupõe o descumprimento de obrigação fixada no ato. 08. (Cespe/CPRM/Advogado/2013) A administração pública não pode revogar os atos administrativos inconvenientes ou inoportunos, unilateralmente, só podendo fazê-lo com o aval do Poder Judiciário. C E GAB 01 02 03 04 05 06 07 08 E C B C A A D E 2. BENS PÚBLICOS Súmula nº 650. Os incisos I e XI do art. 20 da Constituição Federal não alcançam terras de aldeamentos extintos, ainda que ocupadas por indígenas em passado remoto. 01. (Cespe/MP/AM/Promotor/2007) Os habitantes das Américas foram chamados de índios pelos europeus que aqui chegaram. Uma denominação genérica, provocada pela primeira impressão que eles tiveram de haverem chegado às Índias. Mesmo depois de descobrir que não estavam na Ásia, e sim em um continente até então desconhecido, os europeus continuaram a chamá-

28 PARTE I SÚMULAS DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL -los assim, ignorando propositalmente as diferenças linguístico-culturais. Era mais fácil tornar os nativos todos iguais, tratá-los de forma homogênea, já que o objetivo era um só: o domínio político, econômico e religioso. É necessário reconhecer e valorizar a identidade étnica específica de cada uma das sociedades indígenas em particular, compreender suas línguas e suas formas tradicionais de organização social, de ocupação da terra e de uso dos recursos naturais. Isso significa respeito pelos direitos coletivos especiais de cada uma delas e a busca do convívio pacífico, por meio de um intercâmbio cultural, com as diferentes etnias. Internet: <www.funai. gov.br> (com adaptações). Tendo o texto acima como referência inicial e por base os ditames da ordem social constitucional, assinale a opção incorreta. a) A CF reconhece a organização social, os costumes, as línguas, crenças e tradições das comunidades indígenas, de modo que assume a existência de minorias nacionais, instituindo normas de proteção de sua singularidade étnica. b) Os índios, suas comunidades e organizações são partes legítimas para ingressar em juízo em defesa de seus direitos e interesses, intervindo o MP em todos os atos do processo. c) As normas constitucionais sobre a relação dos indígenas com suas terras e o reconhecimento de seus direitos originários sobre elas consolidam e consagram o indigenato, o qual, por sua vez, não se confunde com a ocupação ou mera posse. O indigenato, portanto, não se rege simplesmente por normas de direito civil. d) A mineração em terras indígenas só pode ser efetivada com autorização do Congresso Nacional, após ouvidas as comunidades afetadas, ficando-lhes assegurada participação nos resultados da lavra. e) As terras de aldeamentos extintos, mas ocupados por indígenas em passado remoto, pertencem à União, razão pela qual deve esta figurar como parte em ação de usucapião de imóvel compreendido no perímetro do antigo aldeamento indígena. (a) CF. Art. 231. São reconhecidos aos índios sua organização social, costumes, línguas, crenças e tradições, e os direitos originários sobre as terras que tradicionalmente ocupam, competindo à União demarcá-las, proteger e fazer respeitar todos os seus bens. (b) CF. Art. 232. Os índios, suas comunidades e organizações são partes legítimas para ingressar em juízo em defesa de seus direitos e interesses, intervindo o Ministério Público em todos os atos do processo (d) CF. Art. 231. 3º O aproveitamento dos recursos hídricos, incluídos os potenciais energéticos, a pesquisa e a lavra das riquezas minerais em terras indígenas só podem ser efetivados com autorização do Congresso Nacional, ouvidas as comunidades afetadas, ficando-lhes assegurada participação nos resultados da lavra, na forma da lei. (e) STF Súmula 650. GAB 01 E Súmula nº 480. Pertencem ao domínio e administração da União, nos termos dos artigos 4º, IV, e 186, da Constituição Federal de 1967, as terras ocupadas por silvícolas.

DIREITO ADMINISTRATIVO 29 01. (Cespe/DPF/Agente/2009) A Constituição Federal de 1988 (CF) não reconhece aos índios a propriedade sobre as terras por eles tradicionalmente ocupadas. C E CF. Art. 20. São bens da União: XI as terras tradicionalmente ocupadas pelos índios. Art. 231. São reconhecidos aos índios sua organização social, costumes, línguas, crenças e tradições, e os direitos originários sobre as terras que tradicionalmente ocupam, competindo à União demarcá-las, proteger e fazer respeitar todos os seus bens. 1º São terras tradicionalmente ocupadas pelos índios as por eles habitadas em caráter permanente, as utilizadas para suas atividades produtivas, as imprescindíveis à preservação dos recursos ambientais necessários a seu bem-estar e as necessárias a sua reprodução física e cultural, segundo seus usos, costumes e tradições. 2º As terras tradicionalmente ocupadas pelos índios destinam-se a sua posse permanente, cabendo-lhes o usufruto exclusivo das riquezas do solo, dos rios e dos lagos nelas existentes. 02. (Cespe/PGE/PB/Procurador/2008) As terras tradicionalmente ocupadas pelos índios em caráter permanente, utilizadas para suas atividades produtivas e imprescindíveis à preservação dos recursos ambientais necessários a seu bem-estar e às necessidades de sua reprodução física e cultural são consideradas bens: a) públicos de uso especial, pertencentes à União. b) públicos de uso especial, pertencentes ao estado em que se localizem. c) públicos de uso especial, pertencentes ao município em que se localizem. d) públicos dominicais, pertencentes à União. e) particulares, pertencentes à comunidade indígena respectiva. 03. (TJ/DFT/Juiz/2012) Marque a opção errada, levando em conta o disposto na Constituição Federal. a) São terras tradicionalmente ocupadas pelos índios as por eles habitadas em caráter permanente, as utilizadas para suas atividades produtivas, as imprescindíveis à preservação dos recursos ambientais necessários a seu bem-estar e as necessárias a sua reprodução física e cultural, segundo seus usos, costumes e tradições. b) As terras tradicionalmente ocupadas pelos índios destinam-se a sua posse permanente, cabendo-lhes o usufruto exclusivo das riquezas do solo, dos rios e dos lagos nelas existentes. c) O aproveitamento dos recursos hídricos, excluídos os potenciais energéticos, a pesquisa e a lavra das riquezas minerais em terras indígenas só podem ser efetivados com autorização do Congresso Nacional, ouvidas as comunidades afetadas, ficando-lhes assegurada participação nos resultados da lavra, na forma da lei. d) É vedada a remoção dos grupos indígenas de suas terras, salvo, ad referendum do Congresso Nacional, em caso de catástrofe ou epidemia que ponha em risco sua população, ou no interesse da soberania do País, após deliberação do Congresso Nacional, garantido, em qualquer hipótese, o retorno imediato logo que cesse o risco. (b) STF Súmula 480. Pertencem ao domínio e administração da União, nos termos dos artigos 4º, IV, e 186, da Constituição Federal de 1967, as terras ocupadas por silvícolas. CF. Art. 20. São bens da União: XI as terras tradicionalmente ocupadas pelos índios. Art. 231. São reconhecidos aos índios sua organização

30 PARTE I SÚMULAS DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL social, costumes, línguas, crenças e tradições, e os direitos originários sobre as terras que tradicionalmente ocupam, competindo à União demarcá-las, proteger e fazer respeitar todos os seus bens. 1º São terras tradicionalmente ocupadas pelos índios as por eles habitadas em caráter permanente, as utilizadas para suas atividades produtivas, as imprescindíveis à preservação dos recursos ambientais necessários a seu bem-estar e as necessárias a sua reprodução física e cultural, segundo seus usos, costumes e tradições. 2º As terras tradicionalmente ocupadas pelos índios destinam-se a sua posse permanente, cabendo-lhes o usufruto exclusivo das riquezas do solo, dos rios e dos lagos nelas existentes. GAB 01 02 03 C A C Súmula nº 479. As margens dos rios navegáveis são domínio público, insuscetíveis de expropriação e, por isso mesmo, excluídas de indenização. 01. (Esaf/PFN/Procurador/2007-2) Com relação aos bens públicos analise os itens a seguir: I. as margens dos rios navegáveis são de domínio público, insuscetíveis de expropriação e, por isso mesmo, excluídas de indenização. II. servidão de trânsito não titulada, mas tornada permanente, sobretudo pela natureza das obras realizadas, considera-se não aparente, não conferindo direito à proteção possessória. III. uma das características das servidões públicas é a perpetuidade, entretanto, a coisa dominante também se extingue caso seja desafetada, não podendo extinguir-se pela afetação. IV. em regra não cabe direito à indenização quando a servidão decorre diretamente da lei. V. o tombamento pode atingir bens de qualquer natureza: móveis ou imóveis, materiais ou imateriais, públicos ou privados. Assinale a opção correta. a) Apenas os itens II e III estão incorretos. b) Apenas os itens I e II estão corretos. c) Apenas o item III está incorreto. d) Apenas o item I está correto. e) Todos os itens estão incorretos. (I) STF Súmula 479. (II) STJ É passível de proteção possessória a servidão de trânsito tornada contínua e aparente por meio de obras visíveis e permanentes realizadas no prédio serviente para o exercício do direito de passagem. REsp 223590. (III) Com fulcro no magistério de Di Pietro, podem ser indicadas como causas extintivas da servidão:... b) a desafetação ou afetação da coisa dominante a fim diverso para o qual não seja necessária a servidão. (Raquel Carvalho, Curso de direito administrativo, JusPodivm) (IV) À obviedade, é preciso que haja prova do dano decorrente da servidão. (Raquel Carvalho, Curso de direito administrativo, JusPodivm) (V) O tombamento consiste em uma restrição estatal da propriedade privada, que se destina especificamente à proteção do patrimônio histórico e artístico nacional, assim considerado o conjunto de bens móveis e imóveis existentes no país e cuja conservação seja de interesse público. (Dirley Cunha Jr., Curso de direito administrativo, JusPodivm)