ESTRUTURAÇÃO E EXECUÇÃO DO PLANO DE SEGURANÇA: Eng. Daniel Debiazzi Neto ANEPAC
AGENDA: 1. MINERAÇÃO: PERCEPÇÃO E REALIDADE 2. ESTÍGMAS CONSTRUÍDOS 3. EXPLOSIVOS NA CADEIA DE SEGURANÇA 4. O CENÁRIO E OS PAPÉIS NA SEGURANÇA: PERCEPÇÃO 4.1. O ESTADO 4.2. A AUTORIDADE DE CONTROLE 4.3. A MINERAÇÃO 5. PLANO DE SEGURANÇA: ESTRUTURAÇÃO, EFICÁCIA, SOLUÇÕES e PROBLEMAS 6. ACRESCENTANDO SEGURANÇA: SUGESTÕES
1. MINERAÇÃO: PERCEPÇÃO E REALIDADE 1. IBRAM - pesquisas qualitativa e quantitativa, mostram: Imagem comprometida por: desconhecimento, história, política e desinformação. - Constatações: MINERAÇÃO É TEMA DISTANTE: 2/3 noticias ruins. POUCA FISCALIZAÇÃO: Percepção ruim da mineração. NEM TODA MINERADORA É RESPONSÁVEL: Mácula em todo o setor. DECORRÊNCIA: Atividade estigmatizada.
2. ESTÍGMAS CONSTRUÍDOS 1. DEGRADADORA AMBIENTAL: reputação ruim prevalece sobre todas as iniciativas, ações e exemplos positivos são percebidos como pontuais. 2. EXPORTADORA DE RIQUEZAS BRUTAS: resquícios do período colonial e memória presente do mercado de ferro. Desconhecimento de benefícios e do fato de que o mercado é uma via de mão dupla. 3. ATIVIDADE ENRIQUECEDORA/BAIXO PAGAMENTO DE IMPOSTOS: associação com sucesso desconhece riscos, enxerga a CFEM e desconsidera os demais impostos incidentes. 4. ATIVIDADE DE BAIXO NÍVEL rudimentar, sem técnica e tecnologia TECNOLÓGICO: vista como atividade E...
3. EXPLOSIVOS NA CADEIA DA SEGURANÇA... o 5. ESTIGMA : explosivos e acessórios utilizados em ações criminosas são oriundos das minerações em geral e das Pedreiras em particular. PESQUISAS DAS NOTÍCIAS NA MÍDIA mostram que: RESULTADOS (Notícias) Roubo de explosivos no Brasil: 566.000 Roubo de explosivos em obras: 318.000 (56% total) Roubo de explosivos em minerações: 49.700 (9% total) Roubo de explosivos em pedreiras: 46.300 (8% total) EXPLOSIVO: Notável ferramenta da Engenharia (construção) e Mineração. Tecnologia : segura, produtiva, de baixo custo e sem substituto.
4. O CENÁRIO E OS PAPÉIS NA SEGURANÇA ESTADO OFERECE E EXECUTA POLÍTICA DE SEGURANÇA. SFPC FABRICANTES AUTORIDADES BAIXAM REGRAS E EXERCEM FISCALIZAÇÃO EFETIVA? FABRICANTES OFERECEM TECNOLOGIA DE RASTREABILIDADE E CONTROLE CONFIÁVEIS? PAPEL DA MINERAÇÃO MINERAÇÃO E CONSTRUÇÃO CONCEBEM E EXECUTAM PLANOS DE SEGURANÇA EFICAZES? CADEIA DE SEGURANÇA É FRÁGIL
4.1. O ESTADO 1. SSP/SP informações disponíveis no site oficial mostram : Fonte: www.ssp.sp.gov.br ANO ROUBOS A BANCOS (Fonte: SSP-SP) INTERIOR SP SÃO PAULO RMGSP TOTAL VARIAÇÃO % 2006 76 366 442 33,1 2007 58 227 285-35,5 2008 78 204 282-1,1 2009 57 196 253-10,3 2010 39 172 211-16,6 2011 62 190 252 19,4 2012 60 162 222-11,9 CONSTATAÇÃO: Números mostrariam controle da situação.
4.1. O ESTADO 2. SEGURANÇA PÚBLICA Fonte: Agência Estado
4.2. A AUTORIDADE DE CONTROLE 2. CONTROLE DOS MEIOS Fonte: Folha de S. Paulo
4.3. A MINERAÇÃO 3. CONTROLE DA APLICAÇÃO Responsabilidad e da Mineração? Criminosos roubam 400 kg de explosivos de mineradora Polícia informou que vai monitorar as empresas em Contagem, Minas Gerais A polícia de Contagem, região metropolitana de Belo Horizonte (MG), informou que vai passar a fiscalizar as mineradoras da cidade depois do roubo de 400 kg de explosivos de uma delas. Desde agosto do ano passado, seis grandes furtos ocorreram e ninguém foi preso pelos crimes. A polícia suspeita que os explosivos sejam usados em roubos a bancos. Mais de 100 explosões de caixas eletrônicos ocorreram no município durante o mesmo período dos roubos às mineradoras. 09/03/2013 09h56 - Atualizado em 09/03/2013 09h56
5. PLANO DE SEGURANÇA: DESTAQUES POR QUE MAIS DO QUE UMA IMPOSIÇÃO LEGAL? QUEBRA DO ESTÍGMA : REMETE QUESTÃO À SEGURANÇA PÚBLICA. 1. É condição para exercício da atividade (junto com indicação do responsável). 2. É sigiloso e deve estar disponível aos agentes de fiscalização. 3. Facultada elaboração por empresa especializada ou responsável pela segurança. 4. Tem a mesma validade do CR/TR. 5. Alterações implicam em apresentação do novo plano ao SFPC. 6. Empresa tem obrigação de cumprir tal e qual: deve ser factível. 7. Assinado pelo responsável pela segurança e direção da empresa.
5. PLANO DE SEGURANÇA: ESTRUTURAÇÃO 1. MAPEAMENTO DAS EXIGÊNCIAS E COTEJO COM A SITUAÇÃO DO EMPREENDIMENTO, CONSIDERANDO-SE AINDA : - Atividade sem paiol - Atividade com paiol. 2. CHECAGEM DE REQUISITOS E PROCEDIMENTOS, CONSIDERANDO-SE: - Cenário das operações: o meio externo e o acesso sob a ótica da segurança; - Área operacional : acesso, percurso, controles e pontos vulneráveis; - Logística de transporte interno de explosivos; - Processos de controle de pessoal e conferência de explosivos/acessórios; - Barreiras físicas e dispositivos de imagem e vigilância;
5. PLANO DE SEGURANÇA: EFICÁCIA 1. RIGOR DOS PROCEDIMENTOS: A DETONAÇÃO NÃO É UM EVENTO TRIVIAL. 2. A FALHA ESTÁ NO HOMEM: sua equipe deve ter consciência das consequências da subtração de explosivos e acessórios. 3. NINGUÉM PODE ENTRAR, NINGUÉM PODE SAIR antes da conferência final. 4. A EQUIPE DEVE SABER: não conferência implica em requisitar autoridade policial (alternativa ao procedimento de revista). 5. NO PAIOL NADA SAI, NADA ENTRA: sem apontamento de registros e IIS (o art.28 diz que fabricantes devem marcar unitariamente os explosivos com a IIS para permitir a identificação de cada unidade ). 6. ESTEJA CERTO: confira a inviolabilidade de lacres. 7. NÃO SE ESQUEÇA: Furto na mineração tem forte correlação com o controle deficiente. Roubo na mineração não pode ter origem na negligência.
5. PLANO DE SEGURANÇA: OBSERVAÇÕES N 1 2 7 3 4 5 9 6 8
5. PLANO DE SEGURANÇA: PROBLEMAS 1. Fiscalizações múltiplas: polícias militar e civil, bombeiros, Ministério Público do Trabalho, complementarmente. AJUSTES 2. Gravação de imagens da operação de carregamento e guarda: tecnologia e eficácia do procedimento; guarda por quanto tempo? 3. Presença de técnico do fabricante na sensibilização explosivos: alcance da medida e inviabilidade prática. de 4. Armazenamento e controle: sistema de escaneamento (leitores de códigos) torna a operação rápida e prática.
6. ACRESCENTANDO SEGURANÇA CONSUMO DE EXPLOSIVOS (PRESUMIDO) - SP: Fontes: Sumário Mineral 2012/Anuário Mineral Brasileiro 2010 1,1 kg explosivos/hab x ano, no Estado SP (41 milhões de habitantes) 1,9 kg explosivos/hab x ano, na RMGSP (20 milhões de habitantes). 120 t explosivos/dia, consumidos no Estado SP. Consumo presumido: 44.000 t/ano COMO CONTROLAR ESSA QUANTIDADE DE EXPLOSIVOS?
7. ACRESCENTANDO SEGURANÇA: SUGESTÕES É POSSÍVEL : 1. AÇÃO SOBRE O INICIADOR: fragilidade do atual controle sobre estopim/espoleta (mantopim) contribui sobremaneira para as atividades criminosas. O controle sobre iniciadores é mais eficaz do que sobre explosivos. Praticamente a totalidade das ações criminosas é realizada com utilização deste dispositivo. 2. TERCEIRIZAÇÃO INCENTIVADA E PROGRESSIVA: elimina paióis, concentra operações, logística e segurança. 3. MINIMIZAÇÃO DE ESTOQUES: planejamento de acordo com o consumo real. Participação de fabricantes é essencial. 4. COMPARTIMENTAÇÃO DE EMBALAGENS: caixas de material de bitola estreita devem ser fragmentadas em subcaixas, minimizando efeito caixa aberta (explosivos de menor diâmetro e peso são mais facilmente furtados). 5. ELIMINAÇÃO DO FOGO SECUNDÁRIO: com utilização de estopim+espoleta.