Impostos com relevância ambiental em 2012 representaram 9,4% do total das receitas de impostos e contribuições sociais

Documentos relacionados
Impostos com relevância ambiental em 2011 representaram 9,8% do total das receitas de impostos e contribuições sociais

Impostos com relevância ambiental em 2015 representaram 7,0% do total das receitas de impostos e contribuições sociais

Impostos com relevância ambiental em 2014 representaram 6,5% do total das receitas de impostos e contribuições sociais

Impostos com relevância ambiental em 2016 representaram 7,5% do total das receitas de impostos e contribuições sociais

Impostos com relevância ambiental em 2017 representaram 7,5% do total das receitas de impostos e contribuições sociais

Jornal Oficial da União Europeia

Instituto Nacional de Estatística. stica. Procedimento dos Défices Excessivos (PDE)

Relatório mensal sobre combustíveis

Relatório mensal sobre combustíveis

A8-0321/78. Texto da Comissão

REGULAMENTO DE EXECUÇÃO (UE) 2016/699 DA COMISSÃO

As exportações e importações aumentaram 7,6% e 8,4%, respetivamente, em termos nominais

UNIÃO GERAL DE TRABALHADORES

As exportações diminuíram 0,2% e as importações decresceram 0,9%, em termos nominais

Em termos nominais, as exportações aumentaram 8,0% e as importações aumentaram 11,0%

Carga fiscal em 2011 atingiu aproximadamente 1/3 do PIB

Taxa de variação homóloga do IPC desce para 0,4%

UNIÃO GERAL DE TRABALHADORES

PORTUGAL UMA NOVA CENTRALIDADE LOGÍSTICA. Dia Regional Norte do Engenheiro 2012

Jornal Oficial da União Europeia L 165 I. Legislação. Atos não legislativos. 61. o ano. Edição em língua portuguesa. 2 de julho de 2018.

Relatório mensal sobre combustíveis

Relatório mensal sobre combustíveis

O Índice de Custo do Trabalho diminuiu 1,5% em relação ao mesmo trimestre de 2017

Carga fiscal aumenta para 34,7% do PIB em 2017

Relatório mensal sobre combustíveis

Relatório mensal sobre combustíveis

O Índice de Custo do Trabalho diminuiu 8,8% face ao trimestre homólogo de 2013

Carga fiscal atingiu 35,4% do PIB em 2018

UNIÃO GERAL DE TRABALHADORES

O Índice de Custo do Trabalho aumentou 3,6% face ao trimestre homólogo de 2015

Custo do Trabalho aumentou 2,9% face ao trimestre homólogo de 2016

As exportações diminuíram 2,0% e as importações decresceram 0,4% em junho de 2016, em termos nominais, face ao mesmo mês de 2015

O Índice de Custo do Trabalho aumentou 1,4% em relação ao mesmo trimestre de 2017

O Índice de Custo do Trabalho aumentou 2,6% face ao trimestre homólogo de 2016

O Índice de Custo do Trabalho diminuiu 2,8% face ao trimestre homólogo de 2014

Calendarização, por países, da obrigatoriedade da formação contínua para obtenção do CAM/CQM (prazos limite para frequência do primeiro curso)

PGI 2. Conselho Europeu Bruxelas, 13 de abril de 2018 (OR. en) EUCO 7/18. Dossiê interinstitucional: 2017/0900 (NLE) INST 92 POLGEN 23 CO EUR 8

O Índice de Custo do Trabalho aumentou 0,3% face ao trimestre homólogo de 2012

Despesas Descrição Orçamento Orçamento Variação (%)

ANEXO. Comunicação da Comissão ao Parlamento Europeu e ao Conselho sobre a situação de execução das ações prioritárias da Agenda Europeia da Migração

1 BREVE INTRODUÇÃO 2 ANÁLISE DE RESULTADOS

O Índice de Custo do Trabalho aumentou 1,5% face ao trimestre homólogo de 2013

ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE EMPRESAS PETROLÍFERAS

ANEXOS. ANEXO III: Avaliação global da adicionalidade ANEXO IV: Calendário de apresentação e adoção dos acordos de parceria e dos programas

Quadro 1 Número de empresas de seguros a operar em Portugal Vida Não Vida Mistas Total. Sucursais de empresas de seguros estrangeiras

I Principais Destaques Consumo... 4 Preço... 4 Margem bruta II Enquadramento Internacional III Introduções ao Consumo...

REDE DE ESTABELECIMENTOS POSTAIS RELATIVOS AOS CTT CORREIOS DE PORTUGAL, S.A., NO FINAL DO 1.º SEMESTRE DE 2007 ÍNDICE

O Índice de Custo do Trabalho aumentou 0,5% face ao trimestre homólogo de 2015

O Índice de Custo do Trabalho aumentou 1,0% em relação ao mesmo trimestre de 2018

1 BREVE INTRODUÇÃO 2 ANÁLISE DE RESULTADOS. No Continente, a proporção de trabalhadores abrangidos pela RMMG atingiu, neste mesmo semestre, os 21,4%.

O Índice de Custo do Trabalho aumentou 1,2% face ao trimestre homólogo de 2014

I Principais Destaques Consumo Preço Margem bruta II Enquadramento Internacional III Introduções ao Consumo...

Em termos nominais, as exportações aumentaram 1,1% e as importações diminuíram 1,2%

Estatísticas das Receitas Fiscais

Em Portugal o PIB per capita expresso em Paridades de Poder de Compra foi 76% da média da União Europeia em 2007.

Idade média das mulheres ao nascimento dos filhos e envelhecimento da população feminina em idade fértil,

Impostos com relevância ambiental em 2013 representaram 7,7% do total das receitas de impostos e contribuições sociais

Carga fiscal diminuiu para 34,4% do PIB em 2016

COMUNICAÇÃO DA COMISSÃO AO CONSELHO. Informações financeiras sobre o Fundo Europeu de Desenvolvimento

I Principais destaques... 3 Consumo... 3 Preço... 3 Margem bruta II Enquadramento Internacional... 4

13584/16 jcc/gd/jcc 1 DG G 2A

Cifras da Catalunha Generalitat de Catalunya Governo de Catalunha

Taxa de variação homóloga do IPC diminuiu para 0,6%

(Texto relevante para efeitos do EEE)

Quadro 1 Número de empresas de seguros a operar em Portugal Vida Não Vida Mistas Total. Empresas de seguros de direito português

Taxa de variação homóloga do IPC aumentou para 1,5%

Contas Económicas da Silvicultura 2015

Conta Satélite do Turismo

Em Portugal o Produto Interno Bruto per capita expresso em Paridades de Poder de Compra manteve-se em 76% da média da União Europeia em 2008.

Saldo natural negativo pelo nono ano consecutivo

QUÍMICA RELATÓRIO DE CONJUNTURA

I Principais Destaques Consumo Preço Margem bruta II Enquadramento Internacional III Introduções ao Consumo...

I Principais destaques... 3 Consumo... 3 Preço... 3 Margem bruta II Enquadramento Internacional... 4

A despesa corrente em saúde aumentou 3,0% em 2017

Taxa de variação homóloga do IPC diminuiu para 0,4%

Informações gerais sobre o respondente

Identificação do inquirido: Fields marked with * are mandatory.

ANEXO. Relatório da Comissão ao Parlamento Europeu e ao Conselho

CONSELHO EUROPEU Bruxelas, 31 de maio de 2013 (OR. en)

União Europeia Docente: Pedro Moreira Ano Lectivo: 2012/2013

Taxa de variação homóloga do IPC sobe para 0,9%

Produção Científica Portuguesa: Séries Estatísticas

Em Portugal o Produto Interno Bruto per capita expresso em Paridades de Poder de Compra

Taxa de variação homóloga do IPC diminuiu para 1,2%

Comércio Internacional de bens: as exportações aumentaram 5,4% e as importações 7,0%

Taxa de variação homóloga do IPC aumentou para 0,7%

Fundação Bienal de Cerveira, 15 de outubro de 2018

Conselho da União Europeia Bruxelas, 17 de março de 2016 (OR. en)

A Taxa do IVA dos Serviços de Alimentação e Bebidas tem que baixar, já no próximo Orçamento Retificativo

Relatório mensal sobre combustíveis

I Principais Destaques Consumo Preço Margem bruta II Enquadramento Internacional III Introduções ao Consumo...

REGULAMENTO DELEGADO (UE) /... DA COMISSÃO. de

I Principais destaques... 3 Consumo... 3 Preço... 3 Margem bruta II Enquadramento Internacional... 4

11. CARTÕES DE CRÉDITO E DE DÉBITO (OUTROS CLIENTES)

Envia-se em anexo, à atenção das delegações, o documento COM(2017) 217 final - ANEXO 1.

Taxa de variação homóloga do IPC aumentou para 1,4%

PORTUGAL - INDICADORES ECONÓMICOS. Evolução Actualizado em Dezembro de Unid. Fonte Notas 2010

Características Gerais

DECISÃO DA COMISSÃO de 23 de abril de 2012 relativa ao segundo conjunto de objetivos comuns de segurança para o sistema ferroviário

Transcrição:

Impostos e taxas com relevância ambiental 2012 11 de outubro de 2013 Impostos com relevância ambiental em 2012 representaram 9,4% do total das receitas de impostos e contribuições sociais Em 2012, o valor dos Impostos com relevância ambiental ascendeu a 5,03 mil milhões de euros, representando 9,4% do total das receitas de impostos e contribuições sociais coletado (9,8% em 2011). Aquele valor representou uma variação de -9,7% face a 2011, o que compara com a variação de -6,1% observada para o total da receita de impostos e contribuições sociais. De acordo com a informação disponível para 2011, o peso destes impostos no total da receita fiscal incluindo contribuições sociais, em Portugal, foi superior ao da média da União Europeia. O Instituto Nacional de Estatística divulga os dados referentes aos Impostos e taxas com relevância ambiental para o ano de 2012. Esta informação, consistente com as Contas Nacionais Portuguesas (Base 2006), é transmitida anualmente ao Eurostat no âmbito do Regulamento (UE) Nº 691/2011 do Parlamento Europeu e do Conselho de 6 de Julho de 2011, relativo às contas económicas europeias do ambiente. São apresentadas comparações a nível da União Europeia relativamente a 2011, o ano mais recente para o qual a informação está disponível. Esta nota informativa encontra-se organizada em duas partes distintas: impostos com relevância ambiental e taxas com relevância ambiental. Impostos com relevância ambiental Os impostos com relevância ambiental são impostos que incidem sobre bens e serviços (bases do imposto) que possuem um potencial impacto negativo sobre o ambiente. O gráfico seguinte permite percecionar a composição deste tipo de impostos. Impostos e taxas com relevância ambiental 2012 1/8 2013: Ano Internacional da Estatística Promover, à escala mundial, o reconhecimento da Estatística ao serviço da Sociedade www.statistics2013.org

Gráfico 1 - Impostos com relevância ambiental, por categoria, em 2011 e 2012 (%) 2011 2012Po Impostos sobre os recursos 0,2 Outros impostos sobre a poluição 0,1 Imposto sobre veículos 11,6 Imposto único de circulação 6,5 Impostos sobre os recursos 0,3 Outros impostos sobre a poluição 0,0 Imposto sobre veículos 7,4 Imposto único de circulação 8,1 Imposto sobre o tabaco 27,4 Imposto sobre o tabaco 28,5 Outros impostos sobre a energia 0,3 Imposto sobre produtos petrolíferos 54,0 Outros impostos sobre a energia 0,3 Imposto sobre produtos petrolíferos 55,4 Em 2012, o valor dos impostos com relevância ambiental ascendeu a 5,03 mil milhões de euros, representando o valor mais baixo para o período compreendido entre 2006 e 2012. Ao longo deste período, houve uma redução da receita fiscal com estes impostos em mais de mil milhões de euros. Em 2012, o valor observado foi inferior em 9,7% ao valor registado em 2011, redução que foi mais intensa que a observada para a totalidade da receita de impostos e contribuições sociais (variação de -6,1%). Esta redução teve um impacto nos indicadores Peso dos impostos com relevância ambiental no total das receitas de impostos e contribuições sociais e Peso dos impostos com relevância ambiental no PIB. O primeiro passou de 9,8% em 2011 para 9,4% em 2012 (em 2006, tinha atingido 11,9%), enquanto o segundo passou de 3,3% em 2011 para 3,0%. Gráfico 2 - Total dos impostos com relevância ambiental milhões de euros 6 500 % das receitas 14,0 % do PIB 3,9 6 179,464 12,0 3,8 3,7 6 000 5 946,053 10,0 3,6 5 500 5 682,220 5 470,311 5 812,257 5 568,928 8,0 6,0 3,5 3,4 3,3 4,0 3,2 5 000 5 027,615 2,0 0,0 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012Po 3,1 3,0 2,9 Peso dos impostos com relevância ambiental no total das receitas de impostos e contribuições sociais 4 500 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012Po Peso dos impostos com relevância ambiental no PIB A redução dos impostos com relevância ambiental deveu-se sobretudo à diminuição das receitas com impostos sobre a energia e impostos sobre os transportes, dos quais o imposto sobre os produtos petrolíferos e energéticos e o imposto automóvel/isv, respetivamente, são os mais relevantes. Impostos e taxas com relevância ambiental 2012 2/8

Os seguintes gráficos permitem analisar o comportamento da receita com aqueles impostos face à respetiva base de tributação. Enquanto as vendas de produtos petrolíferos se reduziram expressivamente em 2011 e 2012, as vendas de veículos automóveis diminuíram significativamente em 2009, apresentando depois um crescimento expressivo. Este aumento esteve parcialmente associado a uma antecipação na aquisição de veículos em reação ao agravamento fiscal que foi introduzido sobre este setor em 2011 (aumento do IVA de 21% para 23%, aumento das taxas do ISV e fim do programa de incentivos ao abate de veículos em fim de vida). Gráfico 3 Evolução das vendas de combustíveis e veículos automóveis e respetivos impostos 110 120 110 105 100 100 90 80 95 70 60 90 50 85 40 30 80 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012Po 20 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012Po Vendas de gasolinas e gasóleo Impostos sobre a energia Vendas de veículos automóveis Impostos sobre os transportes Imposto sobre veículos Comparando 2012 com o ano anterior, destaca-se a forte redução do peso do imposto sobre veículos, facto explicado pela diminuição expressiva das vendas de veículos automóveis. Porém, a reforma global da tributação automóvel que entrou em vigor em 2007, em que se reduziu a tributação no momento da compra para a substituir pelo agravamento da mesma ao longo do período de vida do veículo, contribui também para esta redução e explica ainda o aumento do peso do Imposto único de circulação (que passou de 6,5% em 2011 para 8,1% em 2012, ultrapassando mesmo o peso do Imposto sobre veículos, que se fixou em 7,4%, em 2012). Comparando com outros países da União Europeia (UE), em 2011, o Peso dos impostos com relevância ambiental no total das receitas de impostos e contribuições sociais, em Portugal, atingiu 7,1% 1, valor superior à média do conjunto da EU que se fixou em 6,2%. Em 2011, Portugal situou-se na 14ª posição dos países da UE em que os impostos com relevância ambiental têm mais peso no respetivo sistema fiscal (11ª posição em 2010). Relativamente ao indicador Peso dos impostos com relevância ambiental no PIB, Portugal apresenta um valor 1 idêntico à média da UE27 (2,4%). 1 O Eurostat, na divulgação dos dados relativos a este projeto, não considera o imposto sobre o tabaco como um imposto com relevância ambiental. De forma a permitir a comparação internacional, foi necessário subtrair ao total de Portugal a receita relativa a esse imposto. Daí o valor do gráfico para Portugal ser um pouco inferior ao reportado no início deste destaque. Impostos e taxas com relevância ambiental 2012 3/8

Espanha Lituânia França Roménia Eslováquia Bélgica Alemanha Rep. Checa Portugal Luxemburgo Áustria Letónia Suécia Hungria Irlanda Polónia Reino Unido Grécia Itália Estónia Bulgária Chipre Finlândia Malta Eslovénia Holanda Dinamarca França Bélgica Espanha Suécia Alemanha Áustria Luxemburgo Eslováquia Itália Lituânia Roménia Rep. Checa Hungria Portugal Reino Unido Finlândia Polónia Chipre Grécia Dinamarca Estónia Irlanda Letónia Eslovénia Malta Holanda Bulgária Gráfico 4 - Peso dos impostos com relevância ambiental no total das receitas de impostos e contribuições sociais e no PIB, nos países da União Europeia, em 2011 % das receitas 12,0 10,0 10,6 8,0 7,1 6,0 6,2 4,0 4,2 2,0 0,0 UE27 % do PIB 5,0 4,0 4,1 3,0 2,0 1,6 2,4 2,4 1,0 0,0 UE27 Impostos e taxas com relevância ambiental 2012 4/8

Avaliando a receita fiscal por tipo de contribuinte, verifica-se que continuam a ser as famílias que mais contribuem para a receita com estes impostos. Desagregando esta informação por categoria de impostos, as famílias contribuem com a quase totalidade da receita de impostos sobre a poluição, devido ao imposto sobre o tabaco. As famílias têm ainda um peso preponderante na receita de impostos sobre o transporte. Por outro lado, quem mais contribui para os impostos sobre a energia são as empresas, nomeadamente, os ramos associados aos transportes. Analisando o perfil de contribuição de cada ramo de atividade, verifica-se que a maior parte dos impostos com relevância ambiental no setor produtivo (excluindo as Famílias) estão concentrados na categoria impostos sobre a energia (81,5%). Nas Famílias, existe uma distribuição mais equilibrada pelas várias categorias (45,8% do valor pago corresponde a impostos sobre a poluição, 39,9% a impostos sobre a energia e 14,3% a impostos sobre os transportes). Quadro 1 Estrutura dos impostos com relevância ambiental, por ramo de atividade e famílias e por categoria, em 2012 NACE A10 unidade: % para o total das categorias unidade: % para o total em cada atividade ENERGIA POLUIÇÃO RECURSOS TRANSPORTE TOTAL ENERGIA POLUIÇÃO RECURSOS TRANSPORTE TOTAL 1 Agricultura, Silvicultura e Pesca 2,0-0,1 0,8 1,2 89,5-0,02 10,5 100,0 2 Indústria e Energia 7,0-92,3 5,9 5,0 77,0-5,0 18,0 100,0 3 Construção 7,9-1,2 2,0 4,7 93,2-0,1 6,7 100,0 4 Comércio; Reparação automóvel; Transportes e Armazenagem; Alojamento e Restauração 28,7-0,6 20,5 19,2 83,5-0,01 16,5 100,0 5 Informação e Comunicações 0,4 - - 0,4 0,3 77,1 - - 22,9 100,0 6 Atividades financeiras e de seguros 0,4 - - 0,4 0,3 78,5 - - 21,5 100,0 7 Atividades imobiliárias 0,3 - - 0,3 0,2 78,9 - - 21,1 100,0 8 9 10 Atividades profissionais, técnicas e científicas e Atividades de serviços administrativos Administração pública e defesa; Segurança social; Educação; Saúde e Atividades de apoio social Artes, Entretimento, Reparação bens pessoais e Outros serviços 2,2-0,5 10,2 2,8 43,2-0,05 56,8 100,1 4,7 - - 1,5 2,9 92,0 - - 8,0 100,0 0,7 0,02-0,7 0,5 78,2 1,0-20,8 100,0 Total dos ramos de atividade 54,3 0,02 94,7 42,7 37,1 81,5 0,01 0,7 17,8 100,0 F Famílias 44,5 99,98 5,3 57,3 62,2 39,9 45,8 0,02 14,3 100,0 O Outros (não residentes e não atribuído a um ramo) 1,2 - - - 0,7 100,0 - - - 100,0 Total 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 55,7 28,5 0,3 15,5 100,0 Impostos e taxas com relevância ambiental 2012 5/8

Taxas com relevância ambiental Em 2011, as taxas com relevância ambiental atingiram os 722 milhões de euros (0,4% do PIB), registando um crescimento de 4,0% face a 2010, explicado sobretudo pelo aumento da cobrança das taxas de recolha e tratamento de resíduos sólidos efetuada por parte dos Municípios. As taxas de recolha e tratamento de resíduos sólidos e as de saneamento representaram 78,4% do total de receita arrecadada com as taxas com relevância ambiental em 2011. De referir ainda que quase todos os sistemas de gestão de resíduos baseados numa taxa ECOVALOR perderam receitas, apesar do valor unitário de algumas delas ter aumentado, o que em parte estará associado à redução do consumo privado registada em 2011. Quadro 2 - Taxas com relevância ambiental, entre 2006 e 2011 unidade: milhões de euros DESIGNAÇÃO 2006 2007 2008 2009 2010 2011 Taxas sobre a poluição 617,236 687,301 729,886 750,071 687,131 715,044 Taxas de recolha e tratamento de resíduos sólidos 415,207 426,181 483,863 501,214 402,947 438,628 Taxas de salubridade e saneamento 119,604 148,237 130,223 134,648 136,209 127,702 Taxa de gestão do sistema de reciclagem de embalagens de vidro, papel, plástico, metal e madeira Taxa de gestão do sistema de reciclagem de medicamentos e produtos fitossanitários Taxa de gestão do sistema de reciclagem de óleos lubrificantes usados 50,376 65,834 64,251 59,630 87,185 89,090 1,825 1,857 1,935 1,852 2,035 2,171 5,588 5,679 5,632 4,996 5,156 4,666 Taxa de gestão do sistema de reciclagem de pneus 8,673 9,123 10,540 9,965 10,369 9,081 Taxa de remoção, bloqueamento e depósito de veículos e de gestão do sistema de reciclagem de veículos em fim de vida Taxa de gestão do sistema de reciclagem de equipamentos elétricos e eletrónicos Taxa de gestão do sistema de reciclagem de pilhas, baterias e acumuladores 0,250 0,246 0,245 0,248 0,274 0,579 10,930 22,458 22,517 21,126 22,555 18,339 2,464 2,459 1,413 1,591 2,020 1,691 Taxa de gestão de resíduos - 3,055 6,593 11,941 15,732 18,484 Taxa de recolha de cadáveres de animais mortos na exploração agrícola 2,319 2,172 2,674 2,860 2,649 4,613 Taxas sobre os recursos 0,093 - - 8,060 7,198 7,267 Taxa de recursos hídricos (componentes A, I e U) - - - 8,060 7,198 7,267 Taxa de exploração de termas 0,093 - - - - - Total das taxas com relevância ambiental 617,329 687,301 729,886 758,131 694,329 722,311 Impostos e taxas com relevância ambiental 2012 6/8

Notas metodológicas Os impostos são pagamentos obrigatórios sem contrapartida cobrados pelas Administrações públicas. O termo sem contrapartida significa, neste contexto, que as Administrações públicas não oferecem, diretamente, nada em troca à unidade institucional que está a efetuar o pagamento, embora possam usar esses fundos para o fornecimento de bens e serviços para outras unidades institucionais ou para a comunidade como um todo. Impostos com relevância ambiental O projeto Impostos com relevância ambiental identifica as receitas obtidas pelas Administrações públicas através da taxação de produtos e serviços cuja base de imposto possa ter um impacto negativo no ambiente. Desta forma, todos os impostos que recaiam sobre aquelas bases de imposto são impostos com relevância ambiental (definição de acordo com a publicação do Eurostat Environmental taxes - A statistical guide, de 2001). O imposto sobre o valor acrescentado (IVA) foi excluído da definição de imposto com relevância ambiental porque é um imposto neutro. Sendo dedutível pelas empresas (havendo poucas exceções) e suportado pelas famílias, não tem uma influência sobre os preços relativos dos bens e serviços da mesma forma que um imposto com relevância ambiental tem. A fonte de informação dos dados é o quadro 9 do programa de transmissão do SEC 95 Regulamento (CE) nº 1392/2007 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 13 de novembro de 2007, que detalha as receitas de impostos e contribuições sociais por tipo de imposto ou contribuição social e subsector recebedor. De acordo com o SEC 95, há três categorias de impostos principais: - Impostos sobre a produção e a importação (D.2); - Impostos correntes sobre o rendimento, património, etc. (D.5); - Impostos de capital (D.91). Para efeitos de análise, os impostos com relevância ambiental podem ser classificados em quatro categorias: - Impostos sobre a energia esta categoria inclui os impostos sobre produtos energéticos (gasolina, gasóleo, fuelóleo, gás natural, carvão e eletricidade). - Impostos sobre o transporte esta categoria inclui, principalmente, os impostos relacionados com a propriedade e o uso de veículos automóveis. Impostos sobre outro tipo de equipamento de transporte aviões ou embarcações também são incluídos aqui, desde que se adequem à definição geral de imposto com relevância ambiental. Os impostos sobre o transporte tanto podem conter impostos sobre a importação e/ou venda de veículos como impostos anuais relativos à circulação de veículos. - Impostos sobre a poluição esta categoria inclui impostos sobre estimativas ou medições efetivas de emissões de poluentes para o ar ou para a água, sobre a gestão de resíduos sólidos e sobre o ruído. - Impostos sobre os recursos esta categoria inclui impostos ligados à extração ou uso de recursos naturais, tais como petróleo e gás, água, floresta, flora e fauna selvagens, etc., pois essas atividades esgotam os recursos naturais. Impostos e taxas com relevância ambiental 2012 7/8

Taxas com relevância ambiental Uma taxa difere de um imposto no sentido em que as Administrações públicas usam a receita arrecadada para estabelecer algum tipo de função de regulação (tais como a verificação de competências ou qualificações das entidades envolvidas ou o estabelecimento de sistemas de gestão em diversas áreas que tenham a tendência, no decorrer da sua atividade, para provocar externalidades negativas para a sociedade). O pagamento destas taxas é considerado, então, como uma prestação de serviços por parte das Administrações públicas (P.11, no SEC 95) e não como um imposto, a não ser que a receita seja desproporcionada face ao custo do serviço fornecido. Alguns exemplos são as taxas de recolha e tratamento de resíduos sólidos ou as taxas de salubridade e saneamento. Relativamente aos vários sistemas integrados de gestão de resíduos existentes no país, apesar dos mesmos serem geridos por entidades que não pertencem às Administrações públicas, as mesmas são licenciadas pela Agência Portuguesa do Ambiente, onde lhes é conferido um mandato para assumirem uma função que seria, à partida, da responsabilidade do Estado, pelo que as receitas arrecadadas relativas à gestão de cada sistema são consideradas como uma taxa com relevância ambiental. Impostos e taxas com relevância ambiental 2012 8/8