PARECER de CONTROLE Nº 085/05

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Transcrição:

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PREFEITURA MUNICIPAL DE SANT ANA DO LIVRAMENTO Palácio Moisés Viana Unidade Central de Controle Interno PARECER de CONTROLE Nº 085/05 ENTIDADE SOLICITANTE: Secretaria Municipal de Administração FINALIDADE: Manifestação para instrução de processo referente à solicitação de Revisão de Pagamento de Incorporação do Adicional de Periculosidade. ORIGEM: Processo Administrativo DOS FATOS: Ocorre que chegou a esta Unidade de Controle Interno, para manifestação, Processo Administrativo, encaminhado pela Secretaria Municipal de Administração, referente à solicitação de Revisão de Pagamento de valores referentes à Incorporação do Adicional de Periculosidade, postulada por servidor estatutário. Vem a exame, a seguinte consulta: 1. "...vem mui respeitosamente solicitar a Vossa Excelência revisão de valores da incorporação do valor de periculosidade conforme a Portaria. Matrícula funcional N, pelo motivo de não estar sendo recebido os 30% conforme a lei. Estatuto art. 87. (fl. 02). 2....seja o presente encaminhado a Unidade Central de controle Interno para que ofereça parecer. (fl. 11). DA LEGISLAÇÃO: _ Lei N 2.620, de 27 de abril de 1990 - Estatuto do Servidor Público Municipal. _ Lei N 2.717, de 29 de outubro de 1990. _ Lei N 3.231, de 03 de agosto de 1994.

_ Lei N 3.410, de 28 de dezembro de 1995. DA PRELIMINAR: No cumprimento das atribuições estabelecidas nos Arts. 31 e 74 da Constituição Federal e na Lei Municipal n 4.242, de 27/09/2001, e demais normas que regulam as atribuições do Sistema de Controle Interno, referentes ao exercício de controle prévio e concomitante dos atos de gestão, cumpre-nos lembrar que a consulta, sempre que possível, deverá vir instruída com parecer do Órgão de Assistência Técnica ou Jurídica da autoridade consulente, conforme orientação do Tribunal de Contas do Estado, a fim de dar subsídios à manifestação desta Unidade de Controle. Visando a orientação do Administrador Público, mencionamos, a seguir, os pontos anotados no curso dos exames que entendemos conveniente destacar, lembrando ainda que, por força regimental, a resposta à consulta não constitui pré-julgamento de fato ou caso concreto (Regimento Interno - UCCI - Decreto 3.662/03). DA FUNDAMENTAÇÃO: A análise em tese, quanto à revisão do pagamento de valor referente à Incorporação do Adicional de Periculosidade, pleiteada por servidor estatutário, ficará estritamente dentro dos parâmetros fixados pela Lei Municipal N 2.620/90, e pela Lei Municipal N 3.410/95, motivo pelo qual, como suporte legal do presente parecer, transcrevemos os seguintes mandamentos: A Lei Municipal N 2.620/90, em seus artigos 79, 85 e 87, constitui as gratificações e adicionais devidos aos servidores: TÍTULO V Dos Direitos e Vantagens CAPÍTULO II Das Vantagens SEÇÃO II Das Gratificações e Adicionais "Art. 79. Constituem gratificações e adicionais dos servidores municipais: III adicional pelo exercício de atividades em condições penosas, insalubres e perigosas. SUBSEÇÃO III Do Adicional por Atividades Penosas, Insalubres ou Perigosas Art. 85. Os servidores que executem atividades penosas, insalubres ou perigosas, fazem jus à uma remuneração adicional.

Art. 87. O adicional de periculosidade será de trinta por cento do vencimento do cargo. (grifos nossos) Conforme informações prestadas pelo Departamento de Pessoal Setor de Folha de Pagamento (fl. 05) e posterior análise das fichas de registro e de freqüência do servidor, o mesmo, a partir de agosto/2000, teve incorporado aos seus vencimentos o Adicional de Periculosidade, em atendimento à Portaria, de 28/02/2001, bem como ao Art. 1, da Lei Municipal N 3.410/95: Art. 1º Fica estabelecido, em conformidade com o disposto no 2º do artigo 71, da Lei nº 2.620, de 27 de abril de 1990, que o servidor público municipal poderá incorporar definitivamente ao seu respectivo vencimento ou provento o valor da Função Gratificada, o adicional noturno, o adicional de operação, o adicional pelo exercício de atividades em condições penosas, insalubres e perigosas, desde que perceba tais vantagens pelo período de 5 (cinco) anos consecutivos e/ou de 10 (dez) anos intercalados. (grifamos). Na seqüência da instrução do presente Processo Administrativo, o Setor de Folha de Pagamento (fl. 07) informa que o requerente incorporou a periculosidade 30% sobre o básico que recebia na data da portaria que concedeu a incorporação.. Nesse sentido, o Departamento de Pessoal (fl. 09) informou à Procuradoria Jurídica que o adicional de periculosidade é calculado sobre o vencimento do cargo de Eletricista Padrão 5, na respectiva classe, bem como que a incorporação aos vencimentos do requerente deu-se quando este estava na classe B, requerendo, portanto, o servidor, que seja a incorporação calculada sobre o vencimento do padrão 5, classe C, seu atual vencimento, diante de sua promoção de classe, conforme Portaria N, de 19/06/2001. Segundo a Lei 3.410/95, Art. 1º, não há dúvida quanto à possibilidade de incorporação do adicional de periculosidade. A questão, no entanto, se restringe ao cálculo relativo à percepção da vantagem. Já em primeira análise, foi identificado o equívoco daquele Departamento ao informar o Padrão de vencimento, correspondente ao Cargo de Eletricista. Conforme o Anexo II, da Lei Municipal N 2.717, de 29/10/90, o referido cargo tem Padrão 3. Assim, é calculado sobre o vencimento do cargo Eletricista Padrão 5, na respectiva classe. (fl. 09 grifos nossos). Da forma como está colocada, pela Procuradoria Municipal, a manifestação é plenamente adequada, haja vista que o assunto foi analisado dentro de uma coerência irretorquível, não deixando margem, quanto ao entendimento entre vencimento e remuneração. Também está correta a referência quanto à dificuldade da interpretação do caso em tela, pois, deve ser abrangido todo o sistema legal Municipal que trata do assunto, incluindo-se a Lei 2.717/90, a qual vem a ser a fonte decisiva para sanar as dúvidas do processo sob estudo. No entanto, é imprescindível, num primeiro momento, chamar a atenção para o fato de que as vantagens pagas aos servidores que desempenham serviços comuns em condições incomuns ou anormais de segurança, salubridade ou onerosidade são pagas a título de gratificações, ou seja, são pagas como vantagens que integram a remuneração. Também não há

dúvida quanto ao fato de que a Legislação Municipal paga a referida vantagem a título de adicional de periculosidade. O fato trás alguma dificuldade de aplicação e interpretação da legislação local, pois, a mesma dispõe que o adicional de periculosidade será de trinta por cento do vencimento do cargo, porém, as definições supra, ainda que controvertidas, não atingem ao que realmente interessa na presente análise, pois se deseja é saber como é feito o cálculo para pagamento da vantagem, se sobre o vencimento da classe inicial ou da respectiva classe, ocupada pelo servidor no respectivo padrão atribuído ao cargo. Nesse sentido, transcrevemos os institutos que disciplinam a forma de aplicação do cálculo para pagamento dos cargos, estipulados pela Lei 2.717/90, pois as gratificações são criadas e reguladas por lei e somente por ato dessa natureza podem ser alteradas ou extintas: Art. 2º - Para efeitos desta Lei, considera-se: I - cargo, o conjunto de atribuições e responsabilidades cometidas a um servidor público, mantidas as características de criado por lei, denominação própria, número certo e retribuição pecuniária padronizada; II - categoria funcional, o agrupamento de cargos da mesma denominação, com iguais atribuições e responsabilidades constituídas de padrões e classes; III - carreira, o conjunto de cargos de provimento efetivo para os quais os servidores poderão ascender através das classes, mediante promoção; IV - padrão, a identificação numérica do valor do vencimento da categoria funcional; V - classe, a graduação de retribuição pecuniária dentro da categoria funcional, constituindo a linha de promoção; VI - promoção, a passagem do servidor de uma determinada classe para a imediatamente superior da mesma categoria funcional. DA PROMOÇÃO Art. 11 - A promoção será realizada dentro da mesma categoria funcional mediante a passagem do servidor de uma determinada classe para a imediatamente superior. Art. 12 - Cada categoria funcional terá quatro classes, designadas pelas letras A., B, C, e D, sendo esta última final de carreira. Art. 13 - Cada cargo se situa dentro da categoria funcional inicialmente na classe A e a ela retorna quando vago. Art. 14 - As promoções obedecerão ao critério de tempo de exercício em cada classe e ao de merecimento. Art. 15 - O tempo de exercício na classe imediatamente anterior para fins de promoção para a seguinte será no mínimo de: I - quatro anos para a classe B ; II- cinco anos para a classe C ; e II- seis anos para a classe D.

DAS TABELAS DE PAGAMENTO DOS CARGOS E FUNÇÕES GRATIFICADAS Art. 19 - Os vencimentos dos cargos e o valor das funções gratificadas serão obtidos através da multiplicação dos coeficientes respectivos pelo valor atribuído ao padrão referencial fixado no art. 23. Art. 23 - O valor do padrão de referência é fixado em URM (Unidade de Referência Municipal). Diante da informação de que o cálculo do adicional de periculosidade é realizado com base no vencimento do cargo, considerando-se a respectiva classe, ficou claramente identificada a correta interpretação, emprestada pelo Departamento de Pessoal e pela Folha de Pagamento, com a conseqüente aplicação dos Arts. 19 e 23, da Lei supratranscrita. Verificou-se que, para o cálculo do valor, independente da nomenclatura que recebam, adicional ou gratificação, remuneração ou vencimento, são corretamente considerados os respectivos coeficientes das respectivas classes da categoria funcional do servidor, quando o adicional de periculosidade será de 30% do vencimento do cargo. Embora a Douta Procuradoria expresse entendimento de que o cálculo desta vantagem dá-se em relação ao vencimento, a base do cálculo se dá sobre os coeficientes, segundo as classes da categoria funcional do servidor. O texto da norma local, Lei 3.231/94, Art. 1º, autoriza tal exegese. Portanto, se existe uma legislação municipal que especifica claramente, sem margens para diferentes interpretações, que o cálculo para o pagamento de adicional de periculosidade deverá considerar as classes da categoria funcional dos servidores, deve a Administração fazê-lo, considerando o disposto na norma legal: 30% do vencimento do cargo. Nesse sentido, o Art. 63, do Estatuto do Servidor Público Municipal, esclarece que vencimento é a retribuição paga ao servidor efetivo exercício do cargo, correspondente ao valor básico fixado em lei, nesse caso, o valor básico será o atribuído pelos coeficientes segundo a classe, conforme Lei 3.231/94. A Lei Municipal 3.231/94, fixou a tabela dos padrões de vencimentos dos cargos de Provimento Efetivo dos Servidores da Prefeitura Municipal, sendo o valor básico do cargo de Eletricista - Padrão 3, fixado em 12,30 URM, correspondente a Classe A ; 13,53 URM, correspondente a classe B ; 14,88 URM, correspondente a classe C e, assim, sucessivamente. CONCLUSÃO: Conclui-se, sinteticamente, que a Revisão de Pagamento de Incorporação do ADICIONAL DE PERICULOSIDADE, postulada pelo requerente, através do Processo Administrativo sob análise, ENCONTRA AMPARO LEGAL, face à correta aplicação dos Art. 63 e 87, da Lei Nº 2.620/90; Arts. 19 e 23, da Lei 2.717/90, bem como da tabela dos padrões de vencimentos dos cargos, expressa na Lei Municipal Nº 3.231/94.

MANIFESTA-SE, portanto: Pela possibilidade de atendimento do pedido do Requerente, bem como pela manutenção do procedimento que vem sendo adotado pelo Departamento de Pessoal, haja vista que a matéria está regulada em Lei Municipal, dando guarida aos atos praticados, até o presente momento, pela Administração, lembrando que o TCE/RS nunca realizou qualquer apontamento nesse sentido. É o parecer, s. m. j. Em Sant'Ana do Livramento, 24 de junho de 2005. Sandra Helena Curte Reis - CRA 19.515 Teddi Willian Ferreira Vieira OAB 54.868 Técnico de Controle Interno - Matr. F- 1878 Técnico de Controle Interno - Matr. F- 1875