AVALIAÇÃO DO NÍVEL DE INFORMAÇÃO DE TRABALHADORES RURAIS EM RELAÇÃO À FOTOPROTEÇÃO E CÂNCER DE PELE Mônica Kaline dos Santos Nascimento (1); Camylla Rayanny de Sousa Almeida (1); Adriana Almeida da Silva (2); Necienne de Paula Carneiro Porto (3); Rubia Karine Diniz Dutra (4) Faculdades Integradas de Patos - FIP, rubiadutra@gmail.com Resumo: Trata-se de um estudo transversal de análise descritiva e exploratória, com abordagem quantitativa, tendo como amostra 50 pessoas que residem na zona rural. O objetivo da pesquisa foi analisar o nível de informação e conhecimento de trabalhadores rurais em relação à Fotoproteção e o Câncer de Pele. Teve como resultado uma predominância na faixa etária de 31 a 59, casados, possuíam ensino fundamental incompleto e a cor parda. Em relação ao conhecimento sobre a temática da pesquisa, 64% falaram que não sabiam nada a respeito da fotoproteção e 32% afirmaram que estes seriam recursos e produtos que protegem o indivíduo contra os raios solares. Com relação aos Objetos de Proteção Individual (OPI) 76% dos entrevistados falaram que usavam chapéu e vestimenta ao mesmo tempo; a maioria com 39% informou passar 8 horas expostos ao sol durante suas atividades; 70% revelaram não fazer uso de protetor solar, mesmo informando ter conhecimento sobre o câncer de pele, 72% deles relataram nunca terem recebido informações dos profissionais da saúde. Ao término da pesquisa, foi visto nos resultados que a população não tem o conhecimento adequado no que diz respeito à prevenção dos fatores indesejados que podem ser ocasionados pela exposição solar. Palavras chave: fotoproteção, câncer de pele, cuidados preventivos e trabalhadores rurais. INTRODUÇÃO O câncer de pele é o mais frequente no Brasil correspondendo a 25% de todos os tumores malignos registrados no país. A exposição excessiva à radiação Ultra Violeta (UV) traz um sério risco de desenvolvimento do câncer de pele para a população num geral e alguns fatores levam a uma variação desses riscos como: pele clara, história de queimaduras solares, história familiar de câncer de pele, historia pessoal de câncer de pele e deficiência imunológica. Esses fatores podem provocar alguns tipos de câncer, como por exe mplo: melanoma, carcinoma de células basais e carcinoma de células escamosas 5. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA, 2008), o melanoma cutâneo é um tipo de câncer de pele que tem menor predominância entre os vários tipos tendo sua origem nos melanócitos. Sendo estas células produtoras de melanina, substância que determina a cor da pele, estudos evidenciam que pessoas de pele branca são mais acometidas que os de cor negra. O melanoma representa 4% das neoplasias malignas da pele, embora seja o mais grave por causa de seu alto poder de metástase, o prognóstico desse tipo de câncer pode ser considerado bom, se
detectado nos estádios iniciais. O surgimento do melanoma pode ser a partir da pele normal ou de uma lesão pigmentada podendo essa ser uma pinta escura acompanhada de coceira e descamação. Caso já exista alguma lesão pigmentada, geralmente ocorrem alterações nas bordas e na coloração da mesma 1. Conforme a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD, 2006), uma conscientização sobre a importância da prevenção da exposição excessiva à radiação solar, por meio do uso de protetores solares, óculos e roupas adequadas, bem como a redução do tempo de exposição direta, contribui significativamente para a redução de novos casos de câncer da pele. A maneira mais evidente de prevenção é evitando a exposição ao sol no horário entre às 10h e 16h, quando os raios são mais intensos. Mesmo com a utilização dessas outras proteções 9 1. Apesar da literatura não informar claramente dados sobre o tipo de profissional que é mais atingido por essa dermatose, é de se esperar que sejam todas as profissões em que os trabalhadores estejam mais expostos diretamente com os raios solares por longo tempo durante várias horas do dia como é o caso dos trabalhadores ou agricultores rurais. Sabese que o número de casos de câncer de pele é relativamente alto quando comparado aos outros tipos. Com base nessas informações é interessante saber o nível de informação sobre os efeitos e importância da fotoproteção para a prevenção do câncer de pele dos trabalhadores rurais, bem como a condição de acesso a certos tipos de proteção contra os raios ultravioletas e quais são utilizados pelos mesmos. Assim estaremos contribuindo para a construção de possíveis projetos informativos e preventivos sobre a fotoproteção e o câncer de pele e contribuir de maneira significativa para a redução dos casos. Portanto, esta pesquisa teve como objetivo principal avaliar o conhecimento e nível de informações dos trabalhadores rurais de um município do interior de Pernambuco em relação à fotoproteção e câncer de pele. METODOLOGIA A referida pesquisa caracteriza-se como um estudo transversal de análise descritiva e exploratória, com abordagem quantitativa, a fim de constatar a existência da problemática que é analisar o nível de informação dos trabalhadores rurais de Tuparetama - PE, sobre fotoproteção e câncer de pele. A pesquisa foi realizada no pátio da feira do município de Tuparetama, no estado de Pernambuco, no período de 2 meses entre fevereiro e março de 2011,
após a aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa das Faculdades Integradas de Patos - FIP. A população em estudo foi composta por uma amostra de 50 trabalhadores rurais, com faixa etária de 19 à 75 anos de idade, que estão em constante exposição solar. Foram inclusos na pesquisa os indivíduos de sexo masculino e feminino maiores de 18 anos, agricultores, e que realizavam suas atividades trabalhistas com frequência de 02 horas ou mais de exposição solar, como também os que aceitaram responder ao questionário e assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Os indivíduos que não se encaixaram nos critérios de inclusão, foram excluídos da pesquisa. Antes do início da pesquisa, o projeto foi enviado ao Comitê de Ética em Pesquisa -CEP das Faculdades Integradas de Patos FIP para averiguação e aprovação ao desenvolvimento da pesquisa, através do Protocolo nº 0900/2010. Após a aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa das Faculdades Integradas de Patos - PB, inicialmente foi solicitada a autorização por parte dos participantes da pesquisa, através da assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido e em seguida foi dado início a coleta dos dados. A análise de dados foi realizada de for ma ordenada, para facilitar a interpretação dos dados e dos objetivos da pesquisa, com utilização de tabelas e textos de interpretação das mesmas. Os dados foram tratados utilizando-se a planilha eletrônica, Windows Excel, versão 2007 através da estatística descritiva (média e porcentagem). RESULTADOS Dos 50 participantes da pesquisa, a distribuição etária, mostrou que 18% deles estavam entre 19 e 30 anos; 66% entre 31 e 59 anos e 16% tinham mais de 60 anos. Sendo assim, a população predominante foi de adultos, com o número de jovens e idosos semelhantes. Em relação à escolaridade, observou-se que os participantes possuíam baixa escolaridade, onde 26% dos entrevistados cursavam ensino fundamental completo, 34% o ensino fundamental incompleto, 14% ensino médio completo, 12% ensino médio incompleto e apenas 6% apresentaram ensino superior. Obteve-se ainda uma taxa de 8% de analfabetismo desse modo uma predominância de ensino fundamental. Quanto à coloração da pele 60% dos entrevistados era de cor parda, 8% deles com coloração branca, 30% morenos e apenas 2% cor negra. Em relação ao conhecimento sobre fotoprotetores, 64%
falaram que não sabiam nada a respeito da fotoproteção e 36% dos participantes responderam que sabiam o que são fotoprotetores. Os resultados mostram a falta de conhecimento sobre os fotoprotetores podendo assim, proporcionar fatores desagradáveis tratando-se da proteção contra os efeitos solares, uma vez que possuem grandes chances de não realizar as medidas adequadas na prevenção de problemas da pele, como é caso do câncer de pele, ou até mesmo nos casos de pessoas que procuram por esta medida preventiva, e a realizam de maneira inadequada não causando efetividade de suas ações preventivas; sendo também ineficaz na redução destes efeitos em outros órgãos prejudicados pela exposição excessiva aos raios ultravioletas. Quanto à definição sobre fotoprotetores, baseando-se no questionamento anterior, dos 36% dos participantes que relataram conhecer sobre a fotoproteção, 32% afirmaram que os fotoprotetores seriam recursos e produtos que protegem o indivíduo contra os raios solares, 2% relataram que seriam produtos que embelezam a pele e outros 2% que seriam produtos que rejuvenescem a pele. Estes dados são considerados satisfatórios, pois a grande maioria dos participantes que afir mam possuir algum conhecimento sobre fotoprotetores, demonstraram saber os benefícios que os mesmos proporcionam no combate aos efeitos dos raios solares, porém ainda existem pessoas que possuem um conhecimento básico do que venha a ser efetivamente a fotoproteção. Com relação aos Objetos de Proteção Individual (O PI) 76% dos entrevistados falaram que usavam chapéu e vestimenta ao mesmo tempo, 20% dos participantes afirmaram usar somente chapéu, nenhum deles afirmaram fazer uso somente de óculos de sol, 2% falaram que faziam uso só de vestimenta para se proteger, 2% falaram que não utilizavam nenhum recurso para se proteger do sol. Em relação a quantidade de horas de exposição solar relatados pelos participantes 39% passam oito horas expostos ao sol durante suas atividades, 13% das pessoas passam três horas, 13% das pessoas falaram que passam sete horas, 10% das pessoas passam seis horas e outros 10% duas horas expostos ao sol, 8% passam quatro horas e 7% das pessoas passam cinco horas. Através das afirmações dos participantes observa-se que a grande maioria da amostra expõe-se aos efeitos solares a um período de tempo considerável, tendo estes maiores chances de desencadear problemas de saúde inerentes a exposição ao sol, como é o caso
do câncer de pele, que é um dos mais diagnosticados entre a população mundial. Quanto ao uso de protetor solar 70% revelam não fazer uso deste método e 30% dos participantes responderam que utilizam o protetor solar para minimizar os efeitos causados pelo sol. Das pessoas que afirmaram usar protetor solar, 28% delas usam somente uma vez ao dia e 2% dos participantes, usam a cada duas horas. Apesar dos participantes relatarem conhecer a fotoproteção, os números expressos quanto a sua utilização são considerados negativos, pois poucos participantes utilizam o protetor solar, assim como os mesmos que fazem uso, em sua grande maioria utilizam inapropriadamente, tornando esta tentativa preventiva ineficiente e ineficaz, favorecendo ao risco de distúrbios oriundos da exposição solar, assim como, contribuindo para o provável aumento no índice de casos de câncer de pele, no qual a amostra em questão demonstra estar susceptível. Em relação ao conhecimento sobre o câncer de pele 90% relataram ter conhecimento e 10% disseram que não sabiam. A amostra apresenta-se aparentemente bem informada sobre o câncer de pele, uma vez que a grande maioria afirma possuir algum con hecimento sobre a patologia, sendo este entendimento extremamente importante para que a população possa procurar, e realizar medidas que venham a beneficiar sua situação frente à prevenção ou até mesmo tratamento do câncer de pele quando diagnosticado. Entretanto, observamos através dos dados da pesquisa que apesar dos participantes relatarem em sua maioria conhecer o câncer de pele, ao mesmo tempo não se preocupam com os efeitos do tempo de exposição e proteção solar observados através da pesquisa. Em se tratando de informação recebida dos profissionais da saúde 72% deles não receberam informações de nenhum tipo de profissional e 28% deles responderam que receberam informações dadas pelos profissionais de saúde. Dos participantes que afirmaram ter recebido informações de profissionais, 29% receberam dos enfermeiros, 21% foram informados pelo médico e 50% através de outros métodos, nenhum deles receberam através do fisioterapeuta. Os resultados são considerados insatisfatórios, pois se observou que boa parte dos participantes não receberam informações sobre à fotoproteção por nenhum profissional de saúde, sendo que a maioria dos que receberam informação foi através de outras fontes e não pelo profissional de saúde como se esperara.
De um modo geral, podemos observar que os participantes da pesquisa não apresentaram um nível adequado quanto ao conhecimento sobre fotopreteção e câncer de pele, sendo informações relevantes para a prevenção de uma patologia que causam diversos danos à saúde, tanto física como emocional. Esses resultados podem ser explicados, devido à falta de informações e orientações pelos profissionais da saúde e de outros meios como campanhas educativas e informativas de assistência em saúde pública. DISCUSSÃO Estudo realizado com 200 indivíduos com objetivo de avaliar o nível de informação quanto à prevenção do câncer de pele em trabalhadores rurais do município de Lagarto, Sergipe, mostrou que a maioria dos entrevistados tinha idade entre 30 e 60 anos, era de cor parda e morena, e apresentava nível de escolaridade baixo ( Ensino Fundamental Incompleto) 8. Comparando os dados sóciodemográficos da presente pesquisa com o estudo de Santos et al 5 foi possível observar, em ambos, uma relação entre a baixa escolaridade e o nível de informação em relação à fotoproteção. Demonstrando assi m, que campanhas de prevenção devem estar embasadas em uma didática que possa levar o homem do campo a fazer uma reflexão sobre as suas práticas quanto ao uso de fotoprotetores. A relação entre a escolaridade e o nível de conhecimento relacionado à fotoexposição também pode ser encontrada em outros estudos 3. A agressão do sol é cumulativa e irreversível, capaz de produzir alterações normalmente imperceptíveis a nossa pele, olhos, entre outros, além de induzir diversas alterações bioquímicas, inclusive alterações nas fibras colágenas e elásticas, perda de tecido adiposo subcutâneo e fotocarcinogênese. A proteção efetiva contra a radiação ultravioleta está disponível na forma de preparações para uso tópico, contendo filtros solares, conhecidas como fotoprotetores, os mesmos quando utilizados correntemente, constituem em uma medida profilática eficiente na redução dos diversos efeitos indesejáveis ocasionados pela agressão solar 10. De acordo com Martins e Paschoal 4, dentro do espectro solar, a radiação ultravioleta B (UVB) é a responsável pela maioria dos efeitos carcinogênicos na pele, ou seja, que dão origem ao quadro cancerígeno da pele. A UVB é a radiação mais intensa entre 10 e 16 horas, sendo aconselhável durante este período, evitar a exposição ao sol. A
radiação ultravioleta a (UVA) induz ao fotoenvelhecimento e acredita-se que tenha relação com o desenvolvimento do melanoma maligno. Uma variação importante entre a UVA e UVB é que a intensidade da UVA é a mesma durante todo o dia e também não muda com a estação do ano. Sendo assim, é de extrema importância o uso frequente de protetores solares diariamente, iniciando a partir dos seis meses de vida. Fotoprotetores são substâncias com capacidade de reduzir os danos da radiação solar na pele, por meio de sua habilidade em absorver, refletir e dispersar a radiação ultravioleta e a luz visível. Existem dois tipos de fotoprotetor tópico: fotoprotetor físico e fotoprotetor químico. Os fotoprotetores físicos são formulações que refletem e dispersam a radiação ultravioleta e, impedem sua absorção. São conhecidos como bloqueadores solares e contêm ingredientes como dióxido de titânio, óxido de ferro, silicato de magnésio, óxido de magnésio, kaolin, cloreto férrico e ictiol. Os fotoprotetores químicos são substâncias incolores que reduzem a quantidade de radiação, absorvendo os raios solares. Existem vários grupos de substâncias com ação fotoprotetora e que se diferenciam como fotoprotetor, pelo comprimento de onda que absorvem 7. Na pesquisa realizada por Popiam et al. 6, ao tratar sobre o uso de equipamentos de proteção solar, tais como: boné, chapéu, calça comprida, camiseta, camisa manga longa e filtro solar, 87% referiram recorrer aos mesmos e 12% disseram não usá-los. O uso de boné foi informado por 68% dos entrevistados e o de calça comprida, por 72%. Afirmaram usar camisetas 65%; 34% usavam camisas de manga longa. Em nossa pesquisa, 76% dos entrevistados falaram o usavam chapéu e vestimenta ao mesmo tempo, entretanto quanto ao uso de protetores solares 70% não utilizavam. Na pesquisa realizada por Chorilli et al. 2, a qual estudou o uso de protetores solares pelos trabalhadores rurais de Piracicaba-SP, devido às características profissionais dos entrevistados houve uma predominância de exposição com mais que 3 horas ao sol diariamente. Contudo, observamos que diante das características ocupacionais os participantes das duas pesquisas, apresentaram um tempo de exposição solar elevado. Vários são os fatores indesejáveis causados pela longa exposição solar sendo que, de acordo com dados do Ministério da Saúde, o surgimento de rugas e cancros de pele é bastante favorecido pelo longo período de exposição ao sol, principalmente quando não são utilizadas medidas preventivas que reduzam seus
feitos 1. Parte da radiação solar, radiações ultravioleta A (UVA) e B (UVB) podem alterar a estrutura da pele e induzir a alterações cutâneas em curto prazo, como queimaduras solares, manchas, e a longo prazo, aceleramento do envelhecimento da pele, consequências nada agradáveis para a beleza e principalmente para saúde da pele, que na maioria das vezes evolui para o quadro cancerígeno de pele. É extremamente importante o uso de protetores solares, sendo que o ideal é que a escolha do produto adequado seja realizada junto ao médico, de preferência especialista na área, principalmente para crianças, assim como o tempo de aplicação do produto que é geralmente indicado a cada 2 horas e mais frequente após exercícios físicos, mergulhos e transpiração excessiva 4. Na literatura pesquisada verificouse semelhanças quanto ao conhecimento do câncer de pele, onde a população sabia basicamente o que é câncer de pele, porém, poucos conseguiam associar que esta doença pode ser causada pelo excesso de exposição da pele ao sol 2. O conhecimento da população sobre ao câncer de pele é de suma importância, quando se conhece a patologia, seus métodos de desenvolvimento e de combate ou controle, a minimização dos danos e agravos é iminente, vendo a educação da população quanto à informação não só sobre o câncer de pele, mas patologias em geral, sua superação é efetivamente satisfatória 10. CONCLUSÕES Através deste estudo foi possível observar a prevalência de números insatisfatórios, pois os participantes demonstraram a falta de informações necessárias para o entendimento do que venha a ser à fotoproteção. Apesar de utilizarem alguns dos métodos de proteção individual e passarem grande parte do dia expostos aos efeitos solares, a grande maioria não faz uso do protetor solar mesmo revelando conhecer os riscos de desenvolvimento do câncer de pele; no entanto, estes dados podem ser justificados pelo fato de que grande parte da amostra em questão afirmou não terem recebido orientações sobre esta temática por parte de profissionais de saúde, e os poucos que revelaram ser orientados, receberam com mais freqüência, informações através de outros meios e não por profissionais da saúde, como se espera. Nesta pesquisa pode-se observar também, que o papel do fisioterapeuta no que diz respeito a informação quanto a prevenção do câncer de pele, ficou muito a desejar, uma vez que não receberam
informação de nenhum desses profissionais. Portanto, este estudo aponta para a necessidade de que os profissionais da área de saúde esclareçam seus pacientes sobre os fatores de risco, a prevenção e as formas de diagnóstico precoce das lesões precursoras e do câncer de pele, bem como da realização de outros estudos, com a temática abordada, em outros profissionais expostos à radiações ultravioletas e que fazem parte de um grupo de risco. REFERÊNCIAS 1. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Instituto Nacional do Câncer. Coordenação de Prevenção e Vigilância de Câncer. Estimativa 2008: Incidência de câncer no Brasil, 2008. 2. CHORILLI, M. et al. Avaliação do uso de protetores solares pela população rural de Piracicaba - São Paulo - Brasil, através da aplicação de questionário. Revista Brasileira de Farmacognosia, v.88, n.4, p. 167-172, 2007. 3. HORA, C. et al. Avaliação do conhecimento quanto a prevenção do câncer da pele e sua relação com a exposição solar em freqüentadores de academia de ginástica, em Recife. Anais Brasileiro de Dermatologia, Rio de Janeiro, v. 78, n. 6, p. 693-701, nov/dez. 2003. 5. OKUNO, E.; VILELA, M. A. C. Radiação ultravioleta: Características e efeitos. 1. ed. São Paulo: Livraria da Física, 2005. 6. POPIAM, R. C. et al. Câncer de pele: uso de medidas preventivas e perfil demográfico de uma grupos de risco da cidade de Botucatu. Ciência & Saúde Coletiva, v.13, n.4, p.1331-1336, 2008. 7. SAMPAIO, S. A. P.; RIVITTI, E. A. Dermatologia. São Paulo: Artes Médicas, 3 ed., 2007. 8. SANTOS, J. O. D. et al. Avaliação do nível de informação quanto à prevenção do câncer da pele em trabalhadores rurais do município de lagarto, Sergipe. II Congresso de Pesquisa e Inovação da Rede Norte Nordeste de Educação TecnológicaJoão Pessoa - PB 2007. 9. Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). Análise de dados das campanhas de prevenção ao câncer da pele, promovidas pela Sociedade Brasileira de Dermatologia de 1999 a 2005. Anais Brasileiros de Dermatologia, Rio de Janeiro, v. 81, n. 6, p. 533 539, nov/dez. 2006. 10. SOUSA, T. M. et al. Avaliação da atividade fotoprotetora de Achillea millefolium L. (Asteraceae). Revista Brasileira de Farmacognosia, v.15, n.1, p. 36-38, Jan./Mar. 2005. 4. MARTINS, J. E. C.; PASCHOAL, L. H. C. Dermatologia terapêutica. 4 ed. Rio de Janeiro: Dilivros, 2006.