SEGURANÇA RODOVIÁRIA DESLOCAÇÕES CASA-ESCOLA



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Transcrição:

SEGURANÇA RODOVIÁRIA DESLOCAÇÕES CASA-ESCOLA Sandra Nascimento 12 Julho 2010 www.apsi.org.pt Seminário Sustentabilidade nas Deslocações Casa-Escola Castelo Branco, Julho 2011

A APSI Promover a união e o desenvolvimento de esforços Sociais, Políticos e Empresariais para a redução do número e da gravidade dos acidentes e das suas consequências nas crianças e jovens.

ÁREAS DE INTERVENÇÃO Segurança Rodoviária Segurança em Casa Segurança na Água Segurança na Escola Segurança nos Espaços de Lazer

EIXOS DE INTERVENÇÃO Informação & Comunicação Educação & Formação Investigação Normalização Regulamentação/Legislação

MORTALIDADE RODOVIÁRIA INFANTIL Nos últimos 12 anos as mortes com crianças diminuiram 73% A mortalidade diminuiu em todas as categorias de utentes A menor redução foi no grupo dos peões (67%) Fonte: Análise APSI 2010, a partir dados ANSR 450 400 350 300 250 200 150 100 50 0 Evolução Mortalidade Acidentes Rodoviários (triénios 1998-2009) 0-17 anos 420 281 162 Peões Passageiros Condutores Total 115 1998-2000 2001-2003 2004-2006 2007-2009

MORBILIDADE RODOVIÁRIA INFANTIL 30000 OS ACIDENTES RODOVIÁRIOS SÃO A MAIOR CAUSA 26745 25000 20000 DE MORTE 21184 NAS CRIANÇAS E JOVENS 17487 15000 15084 10000 5000 0 Evolução nº vítimas Acidentes Rodoviários (triénios 1998-2009) 0-17 anos 1998-2000 2001-2003 2004-2006 2007-2009 Peões Passageiros Condutores Total 1.000 CRIANÇAS MORRERAM NOS ÚLTIMOS 12 ANOS MORTES PRECOCES E EVITÁVEIS Fonte: Análise APSI 2010, a partir dados ANSR Fonte: Análise APSI 2010, a partir dados ANSR Nos últimos 12 anos o nº de vítimas diminuiu quase para metade (42%) O número de vítimas diminuiu em todas as categorias de utilizadores

MORTALIDADE E MORBILIDADE RODOVIÁRIA INFANTIL Mortos 54 Mortos 38 Feridos Graves - 402 Feridos Ligeiros - 5373 Incapacidades Definitivas -? Incapacidades Temporárias -? Por cada criança que morre 130 são feridas Feridos Graves - 359 Feridos Ligeiros - 4630 Incapacidades Definitivas -? Incapacidades Temporárias -? 2004/2006 (média anual) 2007/2009 (média anual) Fonte: Análise APSI 2010, a partir dados ANSR 14 vítimas/dia últimos 3 anos 8 passageiras, 4 peões e 2 condutores

MORTALIDADE vs IDADE vs UTILIZADOR Quase metade das mortes aconteceu no grupo com mais de 14 anos (45%) Mortalidade Acidentes Rodoviários (0-17 anos) Distribuição por faixa etária 15-17anos 45% 0-5 anos 18% 6-9 anos 13% A maior parte das mortes continua a ocorrer com as crianças passageiro (57%) Condutores 11% Passageiros 57% 10-14 anos 24% Mortalidade Acidentes Rodoviários (0-17anos) Distribuição por grupo de utilizadores Peões 32% Fonte: Análise APSI 2010, a partir dados ANSR

CRIANÇA/JOVEM UTENTE VULNERÁVEL 1. Imaturidade/menos experiência 2. Mais baixa 3. Campo de visão mais reduzido 4. Menor capacidade de avaliação de risco 5. Cabeça proporcionalmente maior que o corpo + pescoço frágil 6. Corpo mais pequeno que o adulto

BOAS PRÁTICAS (transporte de carro família) 1. Utilização de sistemas de retenção para crianças (eficácia 90-95% SRC VT, 70-75% SRC VF) 2. Transporte das crianças viradas para trás até aos 3-4 anos Desafios: diminuir erros na utilização aumentar SRC em percursos urbanos

BOAS PRÁTICAS (transporte colectivo de crianças) 1. Utilização de veículos com cintos de 3 pontos 2. Utilização de sistemas de retenção nos pesados (pelo menos bancos elevatórios, se criança mais 15 kg) 3. Locais de tomada e largada que não obriguem atravessamento, boa visibilidade, local próprio na escola 4. Acompanhamento das crianças no exterior (visibilidade, procedimentos) Desafios: utilização SRC transporte público: locais reservados, acompanhamento adultos, médios

BOAS PRÁTICAS (peões) 1. Redução da velocidade dos veículos (máximo 30 km/h) 2. Medidas de acalmia de tráfego 3. Ordenamento do estacionamento (eliminar, limitar, afastar) 4. Fiscalização do estacionamento (carros cima passeio, 2ª fila) 5. Rede pedonal contínua sem obstáculos (muppis, caixotes lixo,...) 6. Sinaleiros à porta da escola 7. Walking Bus 8. Utilização de materiais reflectores (walking bus, visitas de estudo,...)

BOAS PRÁTICAS (ciclistas) 1. Utilização de capacete (eficácia ronda 75%) 2. Utilização de material reflector e luzes no ciclista e bicicleta 3. Disponibilizar locais de estacionamento e arrumação equipamentos 4. Utilização bicicleta para transporte crianças

BOAS PRÁTICAS 1. Estratégias integradas: engenharia, legislação, fiscalização, educação 2. Intervenções a nível local 3. Trabalho directo e personalizado com crianças, famílias, profissionais 4. Integrar mobilidade sustentável e segurança rodoviária 5. Plano Acção Segurança Infantil

APSI NO TERRENO Sessões de Educação nas Escolas para crianças enquanto passageiros, peões e ciclistas CRIANÇAS Ateliers Lúdicos para crianças enquanto passageiros, peões e ciclistas Clínicas de Segurança Especialistas em segurança fazem uma consulta às crianças. Depois de as medir e pesar, passam uma receita para prevenir os acidentes no automóvel, quando andam de bicicleta ou a pé.

APSI NO TERRENO JOVENS Acções de formação para jovens enquanto passageiros, peões e futuros condutores (motociclos e automóveis)

APSI NO TERRENO FAMÍLIAS Centros de Verificação de Cadeirinhas A APSI verifica se a família tem a cadeirinha adequada e se está bem instalada Sessões de Esclarecimento sobre Segurança Rodoviária Infantil

APSI NO TERRENO PROFISSIONAIS Acções de Formação Motoristas TCC Acompanhantes TCC Agentes de autoridade Profissionais de saúde Profissionais educação

Obrigada! SEGURANÇA RODOVIÁRIA DESLOCAÇÕES CASA-ESCOLA Sandra Nascimento 12 Julho 2010 snascimento@apsi.org.pt www.apsi.org.pt Seminário Sustentabilidade nas Deslocações Casa-Escola Castelo Branco, Julho 2011